De volta ao lar

Enfim chegara a hora de voltar à Hogwarts e no momento estavam todos se despedindo do senhor e da senhora Wesley e de alguns membros da ordem como Lupin e Tonks na Estação King Cross.

─ Meus queridos tenham extremo cuidado todo o tempo por favor... – recomendava a senhora Wesley enquanto abraçava a todos

─ Pode deixar mãe... – assegurou Gina

─Venham aqui todos vocês – Lupin chamou Harry, Rony, Hermione, Luna e Gina em um canto, já que Neville tinha ido se despedir de sua avó , Harry sentiu falta do garoto e perguntou a Lupin:

─ Não é melhor conversarmos quando Neville estiver por perto?

─ Neville é um ótimo garoto e extremamente capaz... mas o que vocês cinco e mais uma pessoa tem juntos é muito maior que o Neville, bem ele será um grande profissional e ainda é um grande amigo de todos porém o mundo bruxo depende de vocês... – ele concluiu.

─ Mais uma pessoa? Quem seria essa pessoa? – perguntou Hermione

─ Ao longo desse ano vocês saberão eu só peço a vocês que não deixem de acreditar na sinceridade das pessoas... – respondeu o professor de um jeito enigmático e olhando para os lados se certificando que as pessoas a volta não estivessem prestando atenção na conversa. O trem soou um primeiro apito para a saída e Lupin se apressou a falar o que pretendia.
─ Eu só preciso que me prometam uma coisa... que vão ficar juntos não importa o que aconteça, que vão se apoiar nas dificuldades e aceitar os outros da maneira como são...

Os garotos se olharam confusos mas Harry respondeu por todos quando o trem estava dando o segundo apito ─ Nós prometemos.

─Muito bem. Não se esqueçam de tudo o que eu disse... Boa viagem e cuidem-se.

Todos entraram no trem e partiram da estação mas estava difícil encontrar cabines vazias entraram em uma mas estranharam seu ocupante solitário... ali estava Draco Malfoy com uma expressão triste e olhando o horizonte pela janela. Ele se assustou quando viu a porta da cabine ser aberta por uma ruiva muito bonita... ele nunca tinha reparado nela e só a reconheceu quando viu o irmão dela chegando logo atrás. Ele não podia acreditar aquela era Gina Wesley mais bonita que nunca aos seus olhos.

─Malfoy? – Harry que vinha um pouco atrás conversando com Hermione e Luna se surpreendeu ao ver o garoto ali sozinho.

─ Potter – ele disse e aquiesceu com a cabeça. ─ Podem ficar com a cabine... eu preciso fazer a primeira ronda como monitor. – pareceu meio desajeitado ao dizer isso, mas se levantou e saiu sem dizer mais nada. Antes de ir conseguiu olhar mais uma vez para Gina e depois disfarçou ele nunca pensou que aquela garota mudaria tanto.

─ Esse primeiro dia está realmente estranho, primeiro Lupin vem com aquele papo de união, como se nós já não fossemos unidos o bastante e agora Draco Malfoy falou com a gente sem nos desprezar e é a única vez que o vejo sem o pessoal nojento da Sonserina bajulando ele, pra falar a verdade o estado dele me pareceu deplorável... ele estava... deprimido ou seja lá o que for que ele tenha. – disse Rony com uma cara desconfiada.

─ Harry? Tudo Bem? - Luna perguntou vendo o garoto com um olhar perdido e uma expressão distante.

─ Hã... oh tudo bem sim. – ele respondeu acordando do transe em que parecia estar. ─ Só estava pensando no que Lupin nos disse... ele falou sobre uma outra pessoa que juntamente conosco tem um grande poder... ele não nos disse quem é e eu não consigo pensar em ninguém.

─ Talvez... Dumbledore – disse Hermione pensativa e olhando para o amigo ─ Afinal quem mais tem tanto poder e pode nos ajudar mais que ele... – ela deixou a pergunta no ar.

De repente Harry se lembrou de uma coisa que esquecera completamente. A Carta de Dumbledore que ainda estava no fundo de seu malão.

─ Merlím! – exclamou ele ─ Me esqueci completamente da carta de Dumbledore... eu não a li ainda.

─ Onde ela está Harry? – perguntou Luna

─ No meu malão - respondeu se levantando e pegando o malão no compartimento de cima do trem, ele abriu a mala e Hermione começou a rir ele a olhou interrogativo e ela disse:

─ Olha a situação das suas coisas...- disse ela pegando uma camisa amarrotada e amassada e levantando até a frente dos olhos.

─ Nem fale de mim você ainda não viu o malão do Rony... – disse rindo também, ele retirou um monte de coisas até achar a carta bem no fundo. ─ Aqui! – disse triunfante mostrando uma carta do mesmo estado das roupas. Hermione o ajudou agitando a varinha e fazendo com que as roupas voltassem para o malão,mas agora organizadamente. Ele agradeceu a amiga, abriu a carta e começou a ler em voz alta já que além da profecia não tinha segredos com os amigos.

Caro Harry
O Dia do regresso a Hogwarts se aproxima e você e seus amigos enfrentarão muita coisa esse ano dentro e fora da escola. Por isso todos precisamos conversar, não sei se eles já sabem da profecia que o espera mas se não, acho que já é a hora de contar a verdade a eles pois sem sombra de dúvida ficarão ao seu lado e eu também.Por isso peço-lhe que seja honesto com todos e conte-lhes todo o mistério que envolve sua vida meu jovem porque os amigos servem para isso, para compartilhar... compartilhar alegrias e tristezas. Há muitas coisas à serem discutidas e quero que depois que o senhor se entender com seus amigos todos venham até a minha sala. Eu preciso discutir assuntos de extrema importância com vocês e mais alguém especial. Não tenham pressa de virem me visitar quando estiverem prontos me mandem uma coruja avisando e eu poderei me certificar de que todos estejam presentes.
Abraços
Alvo Dumbledore

Ele olhou para os amigos e compreendeu era chegada a hora de contar sobre a profecia. ─ Dumbledore está certo, preciso dividir isso com vocês. Naquele dia no ministério eu ouvi a voz Sibila Trelawney quando segurei aquela profecia e eu soube que aquela era a minha profecia... ela dizia...

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido
dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das trevas o marcará como seu igual,mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece...e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..."

Ele terminou de dizer e olhou para cada um de seus amigos Rony tinha um olhar de incredulidade, Luna parecia estar confusa mas Harry viu compreensão em seus olhos, Gina tinha um olhar perdido em sua direção e uma expressão que lembrava pena, e por ultimo ele olhou Hermione ela tinha lágrimas escorrendo de seus olhos mas não expressava som de choro, ela olhava diretamente Harry mas parecia não estar enxergando-o olhar para ela estava machucando.

─Meu Merlín... – disse Rony ─ Seu destino foi ditado antes mesmo de nascer... você não teve nem escolha. – completou o amigo olhando com pena para Harry.

─ Harry eu sinto muito. – disse Luna olhando-o com carinho instintivamente a loira procurou a mão de Rony que estava ao seu lado sem perceber o susto do garoto que sorriu e apertou a mão dela.

─ Não sintam. – ele respondeu convicto ─Esse é meu destino como o Rony disse, eu fui escolhido para acabar com o sofrimento das pessoas do mundo Bruxo, para acabar com Voldemort... eu posso matá-lo... eu tenho o poder que me permitirá fazê-lo... mas eu nunca conseguirei sozinho...preciso da ajuda dos meus amigos. – sorriu ternamente para todos – E eu preciso saber se estão comigo?

Rony sorriu e respondeu: ─ Até o fim irmão... – Luna também sorrindo e ainda de mãos dadas a Rony disse: ─ Conte comigo, Harry... sempre. – Gina voltou ao normal olhou para o amigo e completou ─ Estou com você. Todos dirigiram seus olhares a Hermione mas parecia que a garota não estava nesse mundo, ela mantinha a mesma posição e as lágrimas silenciosas ainda escorriam de seus lindos olhos castanhos mas que no momento estavam completamente perdidos e sem rumo.... Harry olhou para os amigos e eles entenderam perfeitamente que ele precisava conversar com Hermione à sós, se levantaram e saíram da cabine silenciosamente.

O garoto olhou com ternura para ela levou seus dedos ao queixo da morena e a virou para olhar em seus olhos ─ Princesa... olhe pra mim... – a garota saiu do transe em que se encontrara imediatamente ela olhou para ele e Harry viu um turbilhão de sentimentos passar por seus olhos, ele viu insegurança, pena, carinho, amor, compreensão mas o sentimento que prevalecia era o medo. Ela não agüentou mais se jogou nos braços do moreno chorando compulsiva e descontroladamente, ela afundou a cabeça em seu pescoço e agarrou camisa do garoto com força, ele a trouxe para bem perto de si e a abraçou forte, sentiu sua camisa ser banhada pelas lágrimas da amiga, e a aninhou em si como uma criança. Ficaram assim por um longo tempo não sabiam ao certo se foram segundos, minutos ou horas, só sabiam que pareceu uma eternidade.

Aos poucos ela foi parando de chorar e se acalmando levantou a cabeça devagar para olha-lo e viu os olhos verdes que tanto amava no mundo, aqueles olhos que lhe transmitiam segurança, amor, carinho, ternura e sobretudo paz. Encontrou forçar ali naqueles olhos para falar.
─ Tu terá de matá-lo... Tu... e sabes disso, estaremos sempre com você mas na hora da batalha estarás sozinho... então penses em mim Harry, pense com todas as suas forças quando chegar a hora... porque se o fizer meu espírito estará contigo, aonde quer que formos... até a eternidade.

─ Eu sei... sempre soube. Você me dá forças pra continuar... e eu vou cumprir minha promessa Hermione, vou estar sempre do seu lado, não vou deixar que ele me derrote porque eu tenho motivos pra lutar. – ele disse colando sua testa à dela.

Se separaram e Harry fez com que ela colocasse a cabeça em seu peito e assim seguiram viagem até Hogwarts.

**************;*

Gina estava descendo do trem na estação de Hogsmeade havia tido uma reunião no vagão dos monitores e ela teve que inventar ao monitor e a monitora chefes que Hermione não podia estar presente porque estava passando mal e Harry tinha ficado com ela em uma das cabines, sorte sua que os monitores entenderam e não tocaram mais no assunto. Eles iriam trabalhar com um sistema de parceiragem e Já que Hermione não estava presente Rony tinha se oferecido para ser parceiro da amiga e Gina encontraria-se com seu parceiro do lado de fora do trem perto do grupo de crianças do segundo ano que eles seriam responsáveis por organizar. Foi andando até lá e tal qual foi sua surpresa quando viu quem a esperava era Draco Malfoy. Ele também pareceu surpreso quando a viu caminhar em sua direção.

─ Malfoy? Você será meu parceiro a partir de agora? – perguntou incrédula

─ Parece que sim Wesley... – ele respondeu calmo e Gina viu que seu tom de voz não era repleto de escárnio como sempre agora ele parecia amigável. ─ Eu sugiro uma convivência pacífica a partir de agora... não sou mais aquele cara debochado e asqueroso, confie em mim não farei nem direi nada de mal a você. Amigos? – perguntou lhe estendendo a mão para um aperto.
Gina lhe olhou profundamente nos olhos acinzentados e viu sinceridade neles, ela sabia que ela dizia a verdade mais era difícil ser amiga de uma hora para outra de alguém que sempre lhe fez mal. Ela suspirou derrotada e decidiu:

─ Não Malfoy. - respondeu com convicção e pode jurar que viu a esperança se esvair dos olhos do loiro, mas ela ainda não tinha terminado... ─ Não podemos ser amigos porque ainda não esqueci as humilhações que fizestes meus amigos e minha família passarem, mas podemos sim ter uma convivência boa a partir de agora e se nesse tempo você me provar que realmente mudou podemos ser amigos. – concluiu orgulhosa de si mesma por ter conseguido falar sem gaguejar sendo que estava completamente perdida no olhar do garoto.

Ele lhe sorriu de leve e disse ─ Você está certa em não confiar plenamente em mim depois de tudo o que fiz a você, eu entendo e acho que mereço esse tratamento, mas não posso deixar de ter esperanças e lhe agradeço por ter me dado uma chance de me redimir por todos esses anos.

─ Não há o que agradecer, todos merecem uma segunda chance. – ela disse se atrevendo a sorrir um pouco. ─ Bem agora acho que devemos mostrar o caminho a essas crianças. – resolveu mudar de assunto o viu assentir levemente e os dois iniciaram as obrigações como monitores.

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Harry e Hermione se esqueceram do tempo e somente perceberam que eram os últimos dentro do trem quando Harry olhou pela janela e viu a plataforma deserta.

─ Mione acho que vamos perder o banquete... - disse calmamente para a morena não fazer alarde.

─ O que? – ela perguntou levantando a cabeça do peito do amigo também calma mas só agora entendendo o que o garoto queria dizer. ─ Merlín! Precisamos ir Harry. – respondeu se levantando e olhando o amigo que também se levantara.

Eles se olharam e se abraçaram se entendendo mutuamente, Hermione se soltou dele rindo e disse ─ Chega de melodrama por hoje ok?

─ Concordo senhorita Granger, mas a culpa não é minha se você é totalmente sentimental. – ela riu e eles se encaminharam para fora do trem de mãos dadas até os portões de Hogwarts que já estava sendo fechado. Filch os viu chegando e abriu o portão novamente à contragosto. Eles entraram agradeceram rapidamente e correram para o saguão de entrada.

─ Meu Deus estamos muito atrasados e nem deu tempo de vestirmos os uniformes. – disse Hermione as portas do salão principal ─ Todos já devem estar jantando e vão pirar se a gente chegar assim. - a garota estava exasperada e ainda tinha o rosto vermelho por conta do choro.

─ Hei Mione vai ficar tudo bem você vai ver agora venha aqui me dê sua mão e vamos entrar. – disse o moreno segurando delicadamente a mão a garota e sorrindo transmitindo total confiança. Ela sorriu também e eles adentraram ao banquete.

No momento em que ouviram as portas se abrirem e por ela passarem Harry Potter e Hermione Granger de mãos dadas e sem as vestes o salão principal inteiro se calou e todos pararam de comer. Os dois morenos andaram confiantes até a frente da mesa dos professores sendo acompanhados pelo olhar de todos. Snape se levantou para falar irado mas Dumbledore ergueu uma mão a sua frente indicando que parasse e o professor sentou novamente.

─ Senhor Potter ... Senhorita Granger... – Dumbledore apenas assentiu com a cabeça para cada um e Harry concluiu como uma deixa para que falassem.

─ Nos desculpe Diretor, mas tivemos um imprevisto e não tivemos tempo de nos trocar e chegar a tempo para o início do jantar... – disse o garoto.

─ Não tem problema senhor Potter o importante é que estão aqui agora e nós começamos a comer não faz nem cinco minutos, sentem-se por favor. – o diretor sorriu amavelmente para os dois que agradeceram e se dirigiram para a mesa da Grifinória sentar- se com seus amigos.

─ Mas o que diabos foi isso? – perguntou Rony sussurrando aos dois quando se sentaram

─Não foi nada Ron, nós somente perdemos a noção do tempo. – disse Hermione como quem encerra o assunto ela detestava chamar atenção e estava se sentindo extremamente envergonhada com as conversas e burburinhos a respeito dela e Harry à sua volta.

Todos no salão voltaram a conversar animadamente depois disso mas os comentários sobre a chegada dos dois amigos continuaram até a hora de dormir.
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N/A: Primeiramente eu quero agradecer as Lindas Thierry Grima, Rosana Franco e Bethany Jane Potter pelos lindos comentários e pela força que estão me dando.
Esse capítulo foi particularmente difícil de escrever porque como vocês sabem essa é minha primeira fic e foi a primeira cena de Draco e Gina que eu escrevi, eu tentei várias vezes até achar que ficou apresentável e quero que todos me digam o que acharam da primeira conversa entre os dois.
Enfim o Harry contou aos amigos sobre a profecia e o que vocês acharam da reação deles???
Orbigado a todos que comentaram, maracaram e visitaram a fic essa semana eu adoro cada um dos leitores que passam por aquii.
CONTINUEM COMENTANDO MUITO.
Beijos
Mary Potter Granger

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