Orfanato St. Helena



ESSA HISTÓRIA ACONTECEU 100 ANOS DEPOIS DA DERROTA DE LORD VOLDEMORT


 


Afric Johns, por tantos anos sendo forçado a conviver com aquela mulher que tanto detestava, pois não podia deixar o garoto sozinho com ela. Não aguentava mais, tinha que se livrar dela. Mas e o garoto? Não podia sustentá-lo sozinho. Não tinha parentes vivos, pois aquela mulher os matara, assim como fizera com os seus amigos. Só lhe restava ela e o garoto
Tinha de fazer. Afinal, ela já fizera aquilo tantas vezes, por que não ele? Decidiu-se. Pegou seu facão, escondeu debaixo da camisa e certificou-se de que sua esposa estava dormindo. E, sem mais delongas, matou-a.
Por algum tempo, refletiu se fizera a coisa certa, ou se ela havia realmente morrido, pois alguém como ela, ele não sabia se cortar o pescoço era suficiente. Nunca gostou realmente da ideia de ela ser uma bruxa, ainda mais das trevas. E o garoto? Seria igual a mãe? Ou seria pior? Não poderia suportar alguém como ela por nem dez anos mais em sua vida.
Foi até o quarto do garoto e recolheu-o. Não poderia esperar. Tinha de levá-lo ao orfanato. Mas era tarde. Não sabia se o atenderiam a essa hora da noite. Mas não importava. Deixaria-o na porta, e então, finalmente, depois de dez tortuosos anos, ele poderia ser feliz de novo.
Então ele chegou a um portal de prata, com o letreiro em cima:
Orfanato St. Helena
Tocou a campainha. Uma voz rouca mandou-o entrar. Aparentemente, todas as crianças estavam dormindo. Ele era a única pessoa nos corredores, quando apareceu uma velha dos cabelos cacheados e negros, provavelmente, dona da voz que lhe mandara entrar.
Não sabia o que dizer. Nunca fizera isso antes. Nem conhecia ninguém que tivesse levado seu próprio filho ao orfanato.
Tentando escolher as palavras, disse:
_ Eu... eu... vim deixá-lo aqui. Espero que tenha lugar para mais um. - Aparentemente, não escolhera bem o suficiente as palavras, as idosa lançou-lhe um olhar cortante e depois olhou para o bebê em seu colo. Ela demonstrou um olhar de pena, não só do bebê, mas também do pai, que estava cometendo um grande erro naquele momento.
_ Mais é claro. - disse ela estendendo o braço para pegar o bebê.
Depois de levar o bebê para seu novo quarto, voltou para o lugar onde o deixara esperando e levou-o até seu escritório para ele assinar uns papéis. Logo em seguida, foi direto para casa. Pegou todos os seus pertences e foi para longe. Nunca mais voltaria ali.
No dia seguinte, às oito horas da manhã, Dona Marta, diretora do orfanato St. Helena, recebeu mais uma visita.
_ Eu... eu tinha combinado de ir visitá-los - choramingou uma mulher de cabelos brancos, olhos azuis e pele muito clara, mas ficando cada vez mais vermelha. - Ent-tão -soluçou - bati na porta, mas ninguém atendeu. Bati outra vez, e de novo ninguém atendeu. Então - e ela chorou ainda mais alto. Parecia fazer força para não desabar em lágrimas, mas não estava tendo resultado - ela - e indicou um bebê ao seu lado em uma cadeira - começou a chorar. Eu p-pensei que eles estivesse-ssem dormindo, e ao ouvir o choro dessa pobre menininha, eles acordariam, mas nã-não. - Agora seu rosto estava tão vermelho que parecia que todo seu sangue estava em sua cabeça - Então eu virei a maçaneta, e a porta estava destrancada, e entrei.
"Fui direto ao quarto deles para tentar acordá-los. Então eu os vi, deitados no chão, imóveis e congelados, embora não apresentassem nenhum ferimento. E ela..." olhou novamente para o bebê ao seu lado. Puxou um lenço de seu bolso e começou a assoar o nariz " ...continuava chorando. Eu não podia deixá-la lá, nem tanto levá-la comigo, pois mal tenho condições para sustentar a mim mesma. E sem falar em minha idade. Logo já terei partido desse mundo, e ela ficaria novamente sozinha."


"Então a trouxe para cá. Tenho esperança de que ela encontre a felicidade mesmo sem as duas pessoas que mais a farão falta. Por favor, cuide bem dela. Seus pais foram as melhores pessoas que já conheçi em minha vida."

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