"Essa menina não bate bem"
Oi gente!! Esse cap vai dar uma esquentadinha nas coisas... espero que gostem!!! Bjos!! ^-^
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"Essa menina não bate bem"
Depois daquele dia Hermione não tinha mais falado com Draco, não que eles conversassem quando não estavam na ronda, mas nesses três dias, ele ao menos a havia xingado entre uma aula e outra. Em vez de ficar feliz por isso, a garota sentia falta da implicância dele. Já estava tão acostumada as implicâncias nem a afetavam mais e era tão bom ouvir aquela voz, olhar naquelas íris cinzas, sentir aquele cheiro, mesmo que fosse enquanto era humilhada pelo sonserino.
Ele não estava implicando com Hermione por um motivo: havia se arrependido do que disse. Não se arrependeu por ter falado os “defeitos” dela, “Ela precisava ouvir umas verdades”, pensou. Ele se arrependeu de ter dito que ela não era tão ruim e que poderia ser amigo dele, “Eu sei que eu deixei bem claro que isso não ia acontecer, mas do jeito que ela é tapada, vai achar que eu quero ter ela como amiga... Até perece, eu, amigo da Granger! Acho melhor eu voltar a irritar aquelazinha.”
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Era 20:30 quando a monitora saiu do Salão Comunal, ainda era cedo, mas ela não conseguia mais ficar lá parada. Já tinha resolvido, ia seguir o conselho da amiga. Ainda não sabia muito bem como ia fazer, mas sabia que ia fazer alguma coisa. Ela gostava dele e por mais que fosse Draco Malfoy, o garoto mais intragável da escola, ele estava se saindo muito bem, era sempre ele quem começava as conversas – era sempre por causa dele que acabava também – nunca tinha falado nada dela, a não ser no último dia, e as vezes até conseguia fazer ela rir um pouco. “Talvez a Gina esteja certa e ele não me odeie tanto assim... tá, mas mesmo que ele não me odeie tanto, eu sou uma 'sangue-rum' e ele já deixou bem claro que não seria meu amigo, quanto mais ficar comigo. Você tá sonhando muito alto Hermione...”
- É, estou mesmo, mas se eu não sonhar, ninguém vai fazer isso por mim! - disse chegando no corredor onde eles sempre se encontravam
- Não sabia que você falava sozinha, Granger. - Draco foi se aproximando, com um sorriso debochado e o olhar arrogante, extremamente sedutor
- O que você tá fazendo aqui? Ainda não são nem quinze pras nove – perguntou sem esconder a surpresa de tê-lo encontrado ali
- Eu te faço a mesma pergunta, não é, Sabe-Tudo? - abrindo ainda mais o sorriso de tirar o fôlego - E eu só vim essa hora porque terminei mais cedo o que estava fazendo e precisava pensar um pouco, mas pelo visto...
- E o que você tava fazendo? - indagou curiosa
- E lá é da sua conta, garota? - bem irritado ele continuou – Mas e você, tá fazendo o que aqui essa hora?
- Isso também não é da sua conta. - ele arqueou as sobrancelhas com indiferença, alguns segundos depois, ela continuou – Mas já que estamos aqui, eu queria conversar com você... er... sobre aquilo que você me disse no outro dia.
O loiro não sabia o que dizer, ele imaginou que ela iria querer ser amiga dele, mas não que ela ia querer conversar sobre isso. “Eu sabia, merda, não devia ter falado aquilo.”
- Eu não tenho nada pra falar com você sobre aquilo. - foi a única resposta que conseguiu dar
- Tudo bem, - a grifinória já estava ficando irritada – você não precisa falar nada, só me ouve, ok?
Ao ver a cara de “fala logo” do sonserino, ela continuou:
- Eu... er... eu queria..... te, te agradecer. - “AI MEU DEUS!! Eu to agradecendo por ele ter falado aquele monte de coisas pra mim?” o sonserino olhou incrédulo, ele só podia estar tendo uma miragem. Ela tomou fôlego e continuou – É, isso mesmo, obrigada! Acho que você só falou aquilo pra me irritar, mas você tava certo. Eu penso muito nos outros, no que eles vão pensar, a partir de agora vou pensar mais em mim.
Depois de ter certeza que realmente ouviu aquilo, Malfoy respondeu:
- Tá louca, Hermione? - revirou os olhos e pensou: “Desde quando eu chamo a Sangue-Ruim pelo primeiro nome? To pegando a loucura dela, só pode!” - E você quer que eu fale o quê? “Disponha, foi um prazer te ajudar”? Me poupe.
- Você me chamou de Hermione? - ela não conseguia pensar em mais nada além de: “Ele me chamou de Hermione, ele nunca fez isso!”
- Chamei, e daí? É o seu nome, não é? - respondeu um pouco corado
Nenhum dos dois falou nada por longos segundos, que pareceram horas. Ambos, absortos em pensamentos, tentavam absorver o que tinha acabado de acontecer.
“Não acredito que eu agradeci por ele ter me dito aquelas coisas e ainda por disse que ele estava certo. Aonde o ego dessa criatura vai parar agora? E ele me chamou de Hermione...”
“Essa menina não bate bem. Eu falei aquilo só pra deixar ela irritada, e ela me agradece? Se bem que eu nunca erro mesmo. E onde já se viu eu chamar aquela... aquela... MAIS ESSA AGORA?? NÃO CONSIGO ACHAR ALGUMA COISA PRA XINGAR ESSA... AHHH!!!”
- Vamos logo com isso. Você tá muito estranha hoje, não que não seja normalmente, mas pode ser contagioso! - disse irritado, fugindo dos seus pensamentos e tirando Hermione dos dela
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Eles não trocaram mais nenhuma palavra pelo resto do caminho. Só era possível ouvir os passos e a respiração, um pouco fora de ritmo, dos dois. A garota estava tão distraída que, sabe-se lá como, tropeçou. Só não caiu de cara no chão porque, por impulso, Draco a pegou pela cintura.
- Obrigada! - disse ofegante, se virando e encontrado aquelas íris azul acinzentadas, quase tão assustadas quanto as dela
- Você quase caiu de cara no chão! Vê se olha por onde anda da próxima vez.
“Eu to ficando louca, ou tem preocupação na voz dele?” ela se perguntou ainda encarando aqueles olhos perfeitos. Draco, se dando conta que ainda fitava os castanhos da garota, desviou o olhar e disse, tentando recuperar o tom arrogante:
- Eu já disse, Granger, se olhar demais, vai se apaixonar.
Sem pensar no que estava fazendo, a morena diminuiu ainda mais a distância entre os dois.
- Tarde demais. - sussurrou encostando os lábios nos de um Malfoy completamente estático.
Levou alguns segundos para ele entender o que estava acontecendo e, para surpresa de Hermione, corresponder ao beijo. As línguas se encontraram urgentes, ainda inseguras pela sensação nova. Eles aprofundaram o beijo, não mais urgente, mas com de uma paixão exultante. O sonserino a puxou pela cintura, enquanto ela afundava as mãos naqueles cabelos platinados e macios e o perfume dele se impregnava cada vez mais dentro dele. Os dois podiam sentir ambos os coração martelando dentro deles.
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