Contando História
Capítulo 96 – Contando História
Com a aproximação do fim do ano, os professores apertaram nos estudos. Principalmente para aqueles que estavam na eminência dos NIEMs. Era mais fácil encontrar um aluno do sétimo ano na biblioteca que em qualquer outro canto do castelo, até mesmo de suas camas.
Mas claro que isso tinha suas exceções. Os Filhotes de Maroto não pisavam lá. Ainda mais com a Sala Precisa só para eles. As meninas do sexto ano não estavam tão apertadas, mas preferiam a calma ali.
Os professores não ficavam para trás. Remo e Lilian gostavam de escapulir para perto dos Filhotes, a fim de poderem ter um pouco de paz. A quantidade de alunos surtando que batiam na porta deles era enorme.
Sem contar que sempre tinha mais alguém para ajudar. Os Weasley passavam por lá, para treinar, assim como Frank e Alice.
E sempre que precisavam relaxar um pouco, eles paravam para brincar com Teddy, ou treinar com os caçadores.
A única coisa que mudava um pouco essa rotina era o treino de quadribol. Como houve outra tentativa dos jogadores da Sonserina de sabotar outra equipe, desta vez a Lufa-lufa. O que causou a eliminação da equipe verde do campeonato. Seus jogos tiveram os pontos retirados, o que manteve Corvinal e Lufa-lufa na disputa com Grifinória.
Claro que a casa amarela ia precisar tirar o saldo que os leões conseguiram. E dependendo do resultado, a taça poderia cair no colo da Corvinal, que vencera os texugos, mas em um jogo apertado.
Apesar de estar comprometido com o jogo ou com os exames, essas não eram as principais preocupações de Harry. A guerra com os demônios e a viagem no tempo ocupavam seus pensamentos.
Quanto a guerra, ele já estava fazendo o que podia. Treinava duro, tanto magia quanto com armas. E a espera é o que mais o angustiava.
Então ele teria que resolver seu outro problema. Contar aos amigos sobre a viagem.
- Tem certeza? – perguntou Lilian quando Harry comentou isso.
- Sim. – disse Harry. – Eles merecem saber. Tanto por essa vida, quanto pela outra.
- Vamos chamar todos então.
Só foi possível juntar todos no domingo. Mais pelas aulas que qualquer coisa.
Estavam presentes os Marotos, isso incluía Tonks, Frank e Alice, os Filhotes de Maroto, Minerva e todos os Weasley, com exceção de Percy, que Harry sabe ser muito ligado as regras e com certeza ia tentar envolver o ministério nisso.
Aqueles que já tinham conhecimento da viagem foram informados do motivo da reunião, mas os outros estavam às cegas.
- Desta vez o que motivou essa reunião, não tem nada relacionado com os demônios. – disse Tiago. – Apesar de ter ligação com os comensais.
- Mais precisamente com Voldemort. – disse Lilian.
- Não vai me dizer que ele voltou. – disse Gui.
- Não, ele morreu bem morrido. – disse Sirius. – Nós vimos isso.
- Então o que pode ser? – perguntou Carlinhos.
- Essa história não é bem do jeito que ela é contada. – disse Remo. – Tem alguns capítulos desconhecidos.
Aqueles que não conheciam isso se viraram para Hermione. Ela era é pessoa que poderia ter lido isso em algum lugar. Mesmo Tony não era tão aficionado com livros.
- Nunca li nada que pudesse indicar isso. Nem mesmo uma suspeita de algo diferente. – disse a morena.
- Não existe nada, porque poucas pessoas sabem disso. – falou Mary. – E nenhuma delas contaria para alguém que espalharia isso. Fora desta sala, somente duas pessoas sabem.
- Duas não. – disse Lilian. – Seis. Meus pais, os do Tiago, Poppy e Dumbledore.
- Dumbledore não sabe os detalhes. – lembrou Tiago.
- Todos, pessoas que manteriam isso em segredo. – disse Frank.
- Sim. – disse Minerva.
- Vamos a historia. – disse Tiago. – Se os fatos estivessem seguidos o curso normal, muitos de nós não estariam aqui.
- O que você quer dizer com isso, pai? – perguntou Cris.
- Alguns de nós teríamos morrido, estaríamos gravemente feridos ou no caso de vocês, não teriam nascido. – disse o auror.
- Eu, Tiago e Sirius estaríamos mortos. – disse Lilian.
- Frank e eu, no St Mungus, na sessão de danos permanentes. – disse Alice.
- Meninas, vocês duas não teriam nascido, já que seu pai não teria me visto em Hogwarts. – disse Mary. – assim como Remo não teria perdido o complexo de lobisomem dele, e não teria o Tony. E as circunstâncias da guerra não permitiriam que Cris nascesse.
Os citados se olharam entreolharam tristes. A ruiva sabia um pouco da história, mas não sabia de detalhes, nem como isso afetava os amigos.
- Mas a guerra...? – começou Mione.
- Não tente racionalizar isso, Mione. – disse Lilian. – Aparentemente o que causou isso foi interpretado por Voldemort como uma vantagem, e ele acelerou alguns de seus planos. Tornou algumas pessoas um de seus comensais antes da hora, e outras que seriam comensais foram deixadas de lado.
- Era pra ele ter ficado mais tempo na guerra psicológica e guerrilha, mas ele passou para a guerra aberta. – disse Tiago. – Eu prefiro como ficou.
Eles contaram coisas que Fenrir havia passado para eles, tanto no passado e como o livro. O ataque a eles no Dia das Bruxas. A vida de Harry, sua infância, sua vida escolar e suas aventuras que envolviam Voldemort.
- Não era para ficarmos juntos? – perguntou Tonks um pouco apreensiva.
- Era. – disse Logan. – Você demorou um pouco para convencê-lo a abrir mão de sua tristeza. Mas Teddy foi uma alegria para todos na guerra.
- Você sabe disso? – perguntou Neville.
- Sei. Eu estava em Hogwarts quando aconteceu a virada. Logo não fui totalmente afetado. Tenho as memórias da outra vida, como se fosse essa.
- Mas o que pode causar isso? – perguntou Rony.
- Uma viagem no tempo. – quem respondeu foi Luna.
- Isso é impossível. – disse Mione. – todos sabem que não existe como viajar anos no tempo, ainda mais alterar tanto as coisas. Isso nunca foi relatado em nenhum livro.
- Livros não contam tudo. – disse Fleur. – Se a pessoa não contar pra ninguém não tem como isso ir para os livros.
A morena ainda não estava convencida, mas achou melhor não discutir.
- Continue. – disse Fred.
- Essa história está boa. – disse George.
- Quem? – perguntou Tony.
Harry e Gina levantaram a mão.
Os ruivos começaram a reclamar.
- Quietos. – disse Molly. – Isso já aconteceu, e vocês não podem fazer com isso. Nem vão impedir nada.
Ninguém ousou discordar dela.
- Por que a Gina? – perguntou Rony.
- Na verdade, foi um acidente. – disse Harry. – Eu estava lutando com Voldemort, mas não tinha condições de derrotá-lo. Já tinha esse plano pensado. Ela acabou encostando-se a mim quando eu ativava o vira-tempo.
Ele mostrou o objeto que havia pegado no Ministério.
- Só estamos contando isso porque vamos ter que fazer a viagem novamente.
Novamente todos começaram a discutir na hora. Desta vez, nem Molly deu jeito.
Mel se aproximou de Logan.
- Você sabe o que aconteceu comigo?
- Infelizmente não. – disse ele. – Não me lembro de ver seu nome em nenhuma lista de mortos ou desaparecidos da guerra. Mas também ficava mais centrado em Hogwarts. Sem os Marotos aqui, não tinha porque você estar aqui, mesmo que fosse amiga deles naquela época.
- Ah bom. – disse ela.
- Mas eu posso dizer. – disse Dani. – Você realmente não ficou amiga dos Marotos, algo com um incidente no Natal que não aconteceu antes. Então você tornou uma pesquisadora e viajava pelo mundo buscando feitiços de proteção.
- Pelo menos fazia algo útil. – disse Mel mais relaxada. – Só não queria ser uma comensal.
- Mais fácil Remo ter um encontro romântico na Lua Cheia do que você se tornar uma comensal. – disse o caçador.
Comentários (1)
ficou ótima a explicação! pelo menos agora todos já sabem da viagem.
2012-07-07