O Julgamento Mágico



Capítulo 41 – O Julgamento Mágico.

Dumbledore pediu que todos ficassem no Salão Principal depois do café, pois ele tinha um comunicado a fazer. Não foi uma coisa fácil, já que era domingo e muitos alunos gostariam de permanecer dormindo por mais algum tempo. Ele havia solicitado aos professores e monitores que acordassem a todos.
Enquanto esperava a presença de todos, o diretor analisava aqueles que já estavam presentes. Principalmente os sonserinos, apesar de desconfiar que a ausência de Snape e Malfoy ainda não tenha gerado muitos boatos.
Seu olhar caiu sobre uma pequena mesa que ficava próxima a mesa dos professores, que ele tinha ordenado que fosse colocado ali para atender Tiago, que não fora selecionado para nenhuma casa. Era uma mesa de seis lugares, para que ele possa acomodar sua irmã, seus amigos e os dela, caso desejem. Como era o caso hoje. Ele estava acompanhado de Cris, Dani e três amigas da caloura.
Ele ainda está intrigado com a vinda de um caçador para Hogwarts, ainda mais um tão poderoso. Apesar de ter conhecido a mãe deles, não conseguia entender o motivo deles se mudarem para Inglaterra.
Deixou esses pensamentos de lado e se levantou era hora de falar. Todos os alunos pararam de falar ao ver a imagem de Dumbledore.
- Bom Dia, caros alunos. Peço Desculpas por tirar todos da cama neste maravilhoso domingo, mas tenho um comunicado importante para todos. Infelizmente, teremos uma mudança no nosso quadro de professores. Por motivos particulares, o professor Snape não seguirá em nosso corpo docente. – Ele fez uma pausa, esperando a comemoração da maioria dos alunos, ficando ligeiramente surpreso que alguns sonserinos também o fizessem. – Para seu lugar, na disciplina de Poções, teremos a Professora Lilian Potter, que continuará com suas funções de medibruxa quando necessário. E a diretora da casa será a professora Sinistra. Agradeço a paciência e atenção de todos e um bom dia.
Mais comemoração aconteceu, principalmente quando o nome de Lilian foi dito. A ruiva recebeu cumprimentos de seus colegas, e dos filhotes de maroto, de longe, assim como dos brasileiros.
Tudo indicava que o dia seria perfeito. Mas três corujas adentram o salão de forma inesperada, já que aos domingos elas chegavam mais tarde. Uma se dirige para Tiago, outra para Dumbledore e a última para Harry.  
O moreno estranhou receber uma carta com a insígnia do Ministério, mas abriu cautelosamente.

“Sr Potter
Venho a partir desta, intimar a vossa senhoria para o Julgamento Mágico do Caso aberto pela família Malfoy, referente ao episódio que ocorreu no último dia 5 (sexta-feira).
O Tribunal Especial se reunirá amanhã, dia 8, às 9 horas da manhã. na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts, onde o senhor e o outro envolvido, o Sr Tiago, cujo sobrenome não consta do processo, serão acariciados.
Atenciosamente,
Amélia Bones, chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia e Presidente do Tribunal Especial.”

Harry ficou muito irritado com isso. A carta em sua mão começou a pegar fogo, mas não se consumia. Era um fogo extremamente vermelho e quente. Ele se levantou e seguiu até a mesa dos professores, onde Dumbledore acabava de ler sua carta que informava sobre o julgamento mágico, mas com outros detalhes a mais, já que ele era o diretor da escola.
Quando chegou a frente do diretor, Tiago estava ao seu lado, também irritado quanto, e com a carta também em chamas, mas uma chama azul, que ao invés de emitir calor, era fria.
Os dois jogaram as cartas sobre a mesa. As duas chamas começaram a bailar como se uma quisesse apagar a outra, mas sem efeito algum.
Os garotos trocaram um olhar e saíram sem nada dizer. Harry seguiu para a sala comunal. Sabia que ela ficaria vazia por algum tempo.
Dumbledore informou sobre o que estava acontecendo e disse que iria para o ministério averiguar, logo após informar os alunos sobre o que aconteceria no dia seguinte, cancelando as aulas até que isso fosse resolvida.
O moreno estava jogado em uma poltrona imaginando todas as azarações que ele lançaria em Malfoy e no seu pai comensal, e não percebeu a chegada dos amigos.
- Harry. – disse Gina exultante. – Dumbledore contou o que está acontecendo. Ele falou que alguns alunos e professores serão ouvidos. Você vai se dar bem.
Ele a puxou para um abraço, colocando a no colo, como se fosse essencial para sua vida.
- Eu sei. Mas isso envolve você também, não sei o que eles falaram para poder criar esse circo, com certeza você vai ser ouvida.
- Sim, mas será a verdade o que eu falarei, então não devemos nos preocupar. – disse ela alisando os cabelos rebeldes dele.
- Anjo. – disse Cris chegando. – Como você está?
- Estou bem Fada. Mas você não deveria estar atrás do seu namoradinho? – perguntou ele meio triste dela não ter seguido ele imediatamente.
- Sim, eu fui, mas também estava preocupada com você. Ele me pediu para que ficasse com você, pois, ele estava de cabeça quente e poderia fazer algo que eu não apreciasse. Assim como você acabou de fazer, mas você é meu irmão e nada vai mudar isso, nem seu mau humor, ou ciúmes bestas do meu namorado. Ele no momento é apenas um namorado, e isso pode mudar rapidamente.
- Me desculpa. – disse ele puxando ela para se sentar junto com ele e Gina.
- Claro, só porque eu te amo. – disse ela.
Ficaram ali animando ele por um tempo, até que o quadro se abriu revelando Lilian e Pontas.
- Filho. Como você está? – perguntou Lilian acariciando seu rosto.
- Agora estou melhor. A verdade deve prevalecer, né?
- Queria ter sua fé. – disse Pontas. – Você não sabe o que é um Julgamento Mágico do Tribunal Especial, sabe?
- Não. – respondeu Harry, assim como os outros que negaram com as cabeças.
- Um Julgamento Mágico é um recurso antigo usado a muitos anos para decidir quem tinha a razão em uma caso onde havia duas ou mais versões para um fato, geralmente criminal, ou de posses. – disse o auror. – Ele não é utilizado mais há algumas décadas, depois que começaram a perceber que nem sempre a verdadeira história era considerada assim, pois as versões são contadas e provas são apresentadas para o tribunal propriamente dito, que são pessoas importantes na sociedade, neste caso serão membros do Ministério. O número de pessoas varia de acordo com o fato a ser julgado, mas sempre existe pelo menos um membro que não será identificado. Isso pode ser o trunfo dos comensais. Desacreditando você.
- Isso é grave. – disse Hermione.
- Sim, mas eles não sabem mas Amélia Bones, que presidirá o tribunal é nossa aliada, e tentará não convocar ninguém que pode ter alguma ligação com eles. – disse Lilian.
- Se isso é parecido com um julgamento comum. Digo na parte de testemunhas e provas. – disse Tony. – Deverá ter advogados, ou algo assim.
- Sim. Cada parte envolvida terá um representante que falará por ele. Já sabemos que o deles será Lúcios Malfoy. – disse Lilian. – Dumbledore seria a nossa primeira escolha, mas ele não poderá ser por causa que foi ele que tomou as decisões de expulsar os dois do colégio, já que Snape também estará no julgamento.
- Depois de conversar, pedimos para o Aluado ser o representante de vocês dois. Só falta conversar com Tiago para confirmar. – disse Pontas, não gostando de ter que falar com o brasileiro.
- Cris, você sabe onde ele está? - perguntou Lilian.
- Sim. Ele está na floresta.
- Espero que ele não assuste nenhuma das criaturas perigosas de lá. – disse Harry com um pouco de humor. – Coitadas não merecem encontrar com ele.
- Bobo. – disse ela. – Vou ver se a Dani consegue falar com ele. Peço para ele falar diretamente com o Tio Aluado.
- Diz que eu quero falar com ele. – disse Lilian.
- Pra que? – perguntou Pontas, com a mesma expressão de Harry.
- Ele pode ser um lobo solitário, mas precisa saber que tem alguém apoiando ele.
- E por que tem que ser você?
- Porque ele é o namorado da minha filha. Eu gosto dele, e apoio os dois. – disse Lilian de forma a não ter contestada.
Pontas preferiu não discutir isso na frente dos meninos.
- Alguém sabe o porquê isso não está cheio de gente tentando saber detalhes.
- Pedi para Agnes não abrir para ninguém, para que você ficasse melhor. Ela gosta de você. – disse Cris. – Aprendi com você.

O castelo acordou animado, nem parecia uma segunda-feira. Como Dumbledore não havia informado precisamente o que tinha ocorrido, várias teorias foram elaboradas durante o dia anterior. Alguns diziam que Harry e Malfoy haviam duelado e que o sonserino tinha ido parar gravemente ferido no hospital. Alguns diziam que era apenas uma armação de Harry para ficar ainda mais popular. Mas a mais aceita era que Harry e Tiago estavam discutindo por causa de Cris, o moreno não concorda com o namoro dos dois, e Malfoy como monitor foi separar e acabou sendo atacado pelos dois.
Até pouco antes do julgamento ocorrer, ninguém tinha notícias dos dois envolvidos. Harry e os filhotes de maroto tinham passado o resto do domingo na Sala Precisa, onde dormiram, acompanhados pelos gêmeos. Enquanto Tiago ainda não havia voltado da floresta, e Daniela também sumirá no meio da manhã, após conversar com Cris.
O Salão Principal já estava pronto para o evento. No local da mesa dos professores, havia uma tribuna com cinco cadeiras, número de juízes. Havia também o espaço para os envolvidos, três cadeiras de cada lado do salão atrás de uma mesa.
Uma cadeira se destacava ao centro, onde se sentaria aquele que estivesse sendo interrogado. Além do espaço ao fundo para aqueles que iriam assistir.
Muitas pessoas de fora do castelo foram para assistir, uma vez que alguns envolvidos eram de famílias prestigiadas.
Harry estava nervoso, seria a primeira vez que encararia Lúcios Malfoy depois do seu seqüestro, na final do Tribruxo. Sabia que não podia fazer nada, mas ele havia ameaçado a sua família e isso era uma coisa que ele não admitia. Se contentava com o fato de que se ele vencesse o comensal perderia prestigio.
Ele estava com os amigos a sala que foi usada para o Tribruxo, para ficar afastado do resto da escola e dos visitantes.
 Foi quando Tiago apareceu. Ele não demonstrava emoções, assim com a irmã dele. Cris logo se adiantou dando um beijo nele e conversando com os dois baixinho.
Lilian também se aproximou.
- Como você está? – perguntou ela.
- Estou bem, Lírio. – disse ele. – Não vai ser um riquinho metido a besta que vai me afetar.
- Que bom. – disse a medibruxa olhando para a filha.
- Mas tenho um problema. – disse ele meio encabulado. – Preciso de uma varinha para poder entregar quando solicitado. Não quero que todos saibam do meu sangue.
- Pode usar a minha, Logan. – disse Lilian passando a varinha para ele.
- Obrigado. – disse ele guardando a varinha com cuidado.
- Logan? – perguntou Cris, enquanto Dani ria.
- Sim, esse é o nome do Wolverine das histórias, pelo menos o que normalmente chamam ele, nem ele mesmo sabe se é verdadeiro. – explicou Lilian.
- Gostei de Logan. Assim não confundimos mais com o papai. – disse a ruivinha.
- Isso porque elas ainda não sabem de toda a sua história. – disse Dani em português.
- Temos que desenvolver sua telepatia. – respondeu ele.
- Que graça teria falar português se os outros não vão ficar curiosos com o que eu falo. – disse ela em inglês.
- Logan em prometeu ensinar a falar em português. – disse Cris.
- Entendi. – disse a loirinha.
Neste instante chega Molly, com seu jeitão carinhoso abraçando os filhos e depois Harry.
- Por que tudo acontece com você, menino. – disse ela. – Seus pais me contaram tudo na sexta. Queria tanto que você vivesse com um garoto comum.
- Todos nós. – disse Lilian.
- Obrigado, Sra Weasley.
- Você deve ser Tiago. – disse Molly analisando o garoto. – Obrigado por ajudar a salvar a minha menina.
- Não foi nada. Eu não gosto de covardias e violência. – disse ele.
- Deixa eu ajeitar isso. – disse Molly arrumando a roupa do menino e também seu cabelo. – Vocês devem estar bem apresentáveis.
- Para quem já tem uma mãe, você acaba de conseguir mais duas. – zombou Dani em português para não constranger a senhora.
- “Que foi que ela disse? Me pareceu algo sobre mim.” – perguntou mentalmente Lilian.
- “Para quem já tem uma mãe, você acaba de conseguir mais duas.” – respondeu ele, fazendo Lilian corar.
- “Eu não consigo falar com ela pela mente, ainda.” – disse Lilian.
- “Ela ainda bloqueia a telepatia, ou qualquer outra forma de contato mental. E você ainda não falou com ela como falou comigo.” – respondeu ele se afastando um pouco do grupo, como era sua personalidade, sendo seguido por Cris, que nada falou, apenas o abraçou.
Minutos depois, entram na sala, Pontas e Aluado.
- Está na hora. – disse o professor.
- Temos que ir. – disse o auror. – Nem adianta Lírio. Somos testemunhas, de pelo menos parte do processo e temos que nos apresentar agora, para caso sejamos convocados a falar. Assim como a Gina. E o resto tem que ir para seus lugares, também.
Todos desejaram boa sorte aos dois garotos e saíram da sala deixando eles com Remo.

- Eu, Amélia Bones, Presidente deste Tribunal Especial. E declaro aberta essa seção. Que entre os envolvidos.
Assim foi feito. Harry viu que logo atrás de onde eles se sentariam, estavam seus pais, Gina, Dumbledore e Madame Pomfrey, que segundo Remo disse seriam as testemunhas para o incidente. Remo acabou fazendo com que eles se sentassem um do lado do outro, apesar de quererem que ele se sentasse entre os dois.
Tonks estava ali como segurança. Ela se adiantou e pediu as varinhas dos quatro envolvidos, colocando cada uma em uma caixinha e as caixas em um baú que se encontrava na frente dos juízes.
Quando todos se sentaram Amélia voltou a falar.
- Hoje contamos com os juízes Sr Quim Shacklebolt, auror do ministério inglês e Sra Dolores Umbridge, assessora sênior do Ministro. E mais dois juízes ocultos. Estamos aqui para julgar o caso aberto pela família Malfoy contra o Sr Potter e Sr Tiago. Especialmente hoje não haverá a identificação do caráter dos envolvidos.
- Como não? – protestou Malfoy. – Como poderão julgar quem fala a verdade?
- Senhor Malfoy se comporte. Essa foi uma decisão de todo o tribunal, pois estamos em Hogwarts, e sabemos muito bem que existe rivalidade entre os alunos de casas diferentes, principalmente as duas as quais os dois pertencem. As opiniões serão bem parciais. Acreditamos que os depoimentos referentes ao incidente julgado é o suficiente, assim como as provas que serão solicitadas. – Disse Amélia. – Mas como requerente, você pode começar com sua apresentação.
O loiro se levantou devagar, e se posicionou bem na frente dos juízes. E começou a falar ignorando completamente o público.
- O que temos aqui é um caso clássico de armação. Aquele mestiço, com inveja da popularidade do meu filho sangue puro criou uma situação com uma traidora do sangue para acabar com ele. Aquela menina pobre, recebeu dinheiro para seduzir meu filho e quando ele se permitiu chegar perto dela, a armadilha foi fechada. Ela o atraiu para uma sala vazia e depois chegou esse mestiço e o atacou sem piedade. Tudo feito muito bem para parecer que meu filho era o culpado. Até atacou violentamente um professor que chegou para acabar com a situação. E todos acreditaram nele, por ser o grande campeão do Torneio Tribruxo. Um torneio no qual ele participou ilegalmente, desrespeitando as regras, assim como fez desde que entrou nesta escola. E ainda teve ajuda de uma pessoa que ninguém sabe quem é, de onde veio, e o que pode fazer.
Harry percebeu que seu companheiro ficou extremamente tenso quando Malfoy falou a palavra Mestiço, mesmo não sendo para ele. Isso foi o que evitou que ele pulasse no pescoço daquele comensal. Isso e o olhar que ele recebeu de Remo. Mas ele também notou que ele relaxou quase que completamente quando o ‘advogado’ disse que ele era desconhecido.
- Sua vez, Sr Lupin. – disse a Sra Bones.
- Obrigado, Sra Bones. Gostaria de ressaltar o ponto que o representante dos requerentes usou termos estranhos, mestiços, puro sangue, traidores do sangue. Eram expressões utilizadas pelos seguidores de Voldemort. Uma pessoa que se diz contraria a ele, que agia por conta da Maldição Império, não devia usar isso no seu dia-a-dia. Muito menos para atacar alguém. – disse Remo, posicionado de forma a falar com os juízes, mas também com o publico, criando uma conexão. Voltando ao caso, todos sabemos que as coisas aconteceram por causa da impulsividade dos jovens. Houve inveja sim, mas por parte do jovem Malfoy. Posso assegurar isso, pois presenciei isso por quatro anos na escola. Draco Malfoy sempre se disse o melhor em tudo, mas não suportava ser deixado para trás. Eu um ato de desespero atacou uma menina inocente, aquela que seu rival Harry Potter tinha interesse, causando uma fratura exposta no braço dela. O Sr Potter sentiu isso, uma prova da ligação entre eles, e foi salva-la. Ele atacou sim o Sr Malfoy, mas foram apenas feitiços para afastar e prende-lo. Nenhum ferimento causado, a não ser pela queda. O Sr Tiago, presenciou tudo. Logo após, chegaram Tiago Potter e Lilian Potter, que tiveram a mesma sensação de perigo. Antes que pudessem cuidar do ferimento da Srta Weasley, aparece o Prof Snape, que ao ver o ocorrido sacou a sua varinha e começou a lançou uma Maldição da Morte contra o Sr Potter. Algo haver com traumas passados. Felizmente foi impedido por Tiago, o outro envolvido. Quem depois de ver uma pessoa querida ferida e atacado covardemente, não reagiria da forma que Harry reagiu. Era uma forma de defesa. E agora é acusado de tramar contra um colega.
Ele se sentou recebendo palmas de quase todos que estavam na platéia.
- Passemos para os testemunhos. Primeiro Sr Potter. – disse Kim.
- Isso está errado. – disse Malfoy em protesto. – Devia ser o Draco.
- Desta vez, começaremos com a versão que promove esse tribunal. – disse o auror.
Harry se senta na cadeira, era virada para os juízes.
- Nos conte o que aconteceu. – disse Umbridge.
- Estava procurando pela Gina, quando senti que ela estava em perigo. Corri até uma porta que senti que estava trancada magicamente, onde encontrei com Tiago, arrombei a porta e encontrei Gina caída no chão resistindo, com o braço direito quebrado. Lancei alguns feitiços para prender o Malfoy e corri para Gina tentando ver como ela estava. Meus pais chegaram e pouco depois Snape. O professor assim que me viu, começou a lançar a maldição, mas foi impedido por Tiago. Posso ter perdido a razão e quebrado a cara dele, até que meu pai me parou. Depois disso levei a Gina para a enfermaria, não antes de avisar o Professor Dumbledore.
- Alguma pergunta? – perguntou Kim para os dois representantes.
- Para mim, está claro. – disse Remo.
- Não. – respondeu Lúcios.
- Então passemos para Tiago. – disse o auror, e Tiago substituiu Harry na cadeira.
- Você tem algo a acrescentar? – perguntou Umbridge.
- Não. – respondeu ele.
- Vocês têm perguntas para ele? – perguntou a assessora para os representantes.
- Sem perguntas. – disse Remo.
- Eu tenho. – disse Malfoy, com um brilho no olhar, o usaria para encontrar uma contradição. – Qual o seu sobrenome, que não consta dos autos do processo.
- Ele não é importante para o processo. – disse Tiago.
Ele ficava mexendo em algo sobre a camisa no meio do peito, qualquer uma poderia supor que isso era sinal de nervosismo, mas Harry sabia que não era, mas não conseguia descobrir o que era.
- Isso é relevante sim. Eu exijo saber. – disse o loiro.
- Infelizmente, será negado. Como disse não será feito a analise de caráter. – disse Amélia. – E conhecer a fundo a família pode ou não revelar isso. O Tiago está no direito de não revelar sua família.
Malfoy bufou mas voltou ao ataque.
- O que você estava fazendo naquele corredor e não na sua sala comunal, em um horário proibido?
- Eu estava indo para meu quarto, já que ainda era horário permitido. Eu senti que a ruiva estava em perigo e fui ajudar.
- Como sentiu isso? Podemos entender o Sr Potter, mas você tinha alguma ligação com ela? – perguntou ele tentando ganhar espaço para sua versão.
- Eu apenas conhecia ela de vista, já que ela é amiga da minha namorada. – disse ele com um sorriso ao perceber que quebrara a linha do comensal. – Normalmente quando se está em perigo ou leva um susto, nosso corpo reage sem nosso controle, assim produzimos um hormônio chamado adrenalina. Como bruxos, esse hormônio tem um efeito a mais, ele gera um pulso de energia mágica. Algumas pessoas conseguem senti-la, por isso minha mãe me ensinou a identificar de quem era e de onde vinha. Foi assim que cheguei junto com ele.
- Sentir energia mágica? Inventa outra. – disse ele.
Tiago se virou para trás e perguntou para o público.
- Quem sentiu algo diferente na noite de sexta?
Várias pessoas levantaram a mão, entre elas os filhotes de marotos, alguns grifinórios, corvinais e lufalufas e dois sonserinos mais velhos, assim como quase todos os professores.
- Eu não fui o único a identificar o que era. – disse Tiago. – Uma vez que mais pessoas apareceram por lá também, inclusive o professor Snape, que deveria estar em sua sala.
- Seu mentiroso. – explodiu Malfoy. – Você está mentindo para ajudar esse mestiço.
- Eu nem vou com a cara dele, para que eu iria protegê-lo? E de mentira você entende, né?
- Seu. – disse ele sacando a varinha da bengala e disparando o feitiço antes que pudessem impedi-lo. – AVADA KEVADRA!
O feitiço pegou no peito do Tiago.
Muitos viraram a cara para a cena. Outros tentaram ajudar, mas era tarde. Tonks havia desarmado Lúcios, e o encarcerado.
- Acredito que não há mais razão para continuarmos com isso. – disse Amélia.
- Agora que tava ficando divertido. – disse Tiago assustando a todos. – Que foi? Esse ai não consegue matar nem mesmo um verme cego com uma mareta gigante.
-Como? – perguntou Umbridge.
Mas Amélia resolveu continuar.
- Pela atitude do representante, podemos afirmar que essa parte do processo foi resolvida. O Sr Malfoy será enviado para Azkaban, assim que terminarmos aqui. Seguindo com o processo, Sr Snape, por favor, se aproxime.
- Relate o que aconteceu com você. – disse Kim.
- Quando cheguei a sala, vi o senhor Potter agachado perto da Srta Weasley com a varinha na mão e o Sr Malfoy no chão. Isso me lembrou uma cena traumatizante do meu passado. Eu acabei perdendo a cabeça e ataquei o Sr Potter com a maldição da morte. Mas frustrado, e acabei apanhando.
- E você fala isso assim, tranquilamente? – disse Amélia espantada.
- Sim, odeio os Potter, por causa deles, minha vida foi destruída, duas vezes. Quando estudava na escola, e agora. Tentei descontar minha raiva no Harry, mas ele não podia fazer nada, ele sempre se dava bem, e depois colocaram o pai aqui. Até mesmo tentei fazer com que eles fossem expulsos colocando o nome dele no cálice de fogo ano passado. Mais uma vez ele se safou, e acabou ganhando o maldito torneio. Mas devo ressaltar que nada tive haver com o incidente na terceira prova, apenas coloquei o nome no cálice.
- Acredito que agora temos condições de julgar. – disse a presidente do tribunal. – Aquele que tiver alguma dúvida pode pedir mais provas. Aqueles que querem se dar seu veredito basta falar o nome dos envolvidos que falam a verdade: Harry e Tiago, ou Malfoy e Snape.
- Harry e Tiago. – disse Kim.
- Malfoy e Snape. – disse Umbridge, e olhou para os cunhados, e por um segundo viu nos olhos deles um olhar bestial que a vez tremer.
O primeiro juiz oculto levantou a varinha e escreveu no ar: Harry e Tiago. Assim como o segundo juiz.
- Harry e Tiago. – disse Amélia. – Por quatro votos a um, Harry e Tiago dizem a verdade. Os senhores Snape e Malfoy, pai e filho serão julgados pelos crimes cometidos. Está encerrada a seção.
Os filhotes de Marotos se adiantaram para cumprimentar os dois, assim como Molly e Dani.
- Ainda bem que o amuleto que a mamãe te deu funcionou. – disse Dani um pouco mais alto que o necessário.
- Sorte ter colocado ele hoje. – disse ele mostrando o cordão que estava no pescoço, o mesmo que ele mexia o tempo todo.
Rony ia perguntar o que estava acontecendo, mas Gina impediu. Ela sabia que não era assunto para ser discutido ali.
Fernanda e Flávia não perderam a oportunidade de implicar com as amigas e pularam sobre os dois assim que Molly e Lilian permitiram aproximação depois de conferir se eles estavam bem mesmo.
- Pra trás. – Disse Gina. – esse moreno já tem dona.
- Isso vale para o brasileiro. – disse Cris.
Saíram dali, rapidamente, quando todos tentavam falar com eles. Foram em direção a sala de Tiago, que não ficou muito feliz com a presença do genro.
Assim que a porta foi fechada e encantada começou a enxurrada de perguntas.
- Por que você fez aquilo?- perguntou Cris.
 - Você podia ter se machucado. – disse Lilian.
- Ele é um cara mau, menino, você podia ter morrido. – disse Molly.
- Que amuleto era aquele? – perguntou Tony.
- Antes de mais perguntas, deixe eu explicar tudo. Eu fiz aquilo, pois se tudo se estendesse podia ser pior para nós. – aqueles que sabiam que tanto ele, quanto Harry, tinham segredos entenderam a jogada. – Eu sei que ele é um comensal, e não podia descobrir que eu sou um Caçador. Sim Molly, além de bruxo, sou Caçador. Por isso nada ia me acontecer, nem mesmo a maldição da morte me atingiria. O amuleto não funciona para mim, dentro de Hogwarts. Mas o feitiço me deixou com dor. Cris, o colar que mandei para você no seu aniversário, também é um amuleto por baixo da pedra.
- Deixe me ver isso. – disse Pontas pegando o amuleto. – Como você o fez?
- Um presente de minha mãe. Eu tenho que andar com ele por ai, ela acha que eu sou um pouco impulsivo.
- Se ele for um pouco impulsivo, eu sou uma mandrágora. – disse Neville.
- Agora pode ir tirando sua camisa que eu quero avaliar o local onde o feitiço pegou. – disse Lilian.
- Não precisa. – disse ele, mas percebeu que não adiantava falar, já que Molly, Cris e Dani concordavam com ela.
Ele vencido, tirou a camisa. Se fosse outro, Pontas ficaria do seu lado.
- Eu não me lembro destas tatuagens. – disse Luna. – ou será que ficamos olhando pra a outra.
- Não deu tempo de esconder. – disse Tiago envergonhado olhando para Lilian e Molly pedindo desculpas por dar essa ideia para os filhos delas, principalmente os gêmeos. – Um costume dos caçadores.
Em seu peito do lado direito está a figura do Wolverine, no lado esquerdo a constelação do Cruzeiro do Sul. Nos braços eram tribais de animais, no direito um dragão, e no esquerdo um Grifo Real.
 - Não se preocupe, Logan. Enquanto eles estiverem sobre nosso teto, nenhum deles terá essa ideia.  – disse Lilian, olhando para os seus filhos, interpretando corretamente o motivo da vergonha dele.
Molly fez o mesmo.
- Vai ficar um belo hematoma aqui. Um pouco de gelo e alguma pomada que sua irmã deve ter serão o suficiente para curar isso.
- Obrigado. – disse ele.

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