Uivos e Feitiço que Voltam.
Capítulo 39 – Uivos e Feitiço que Voltam.
Mais um ano letivo começaria aquele dia. Mais uma vez a estação King Cross está cheia, amigos se reencontrando depois das férias. A alegria e a saudade reinavam ali, exceto em um caso.
Harry Potter continuava frustrado com o que tinha acontecido nas suas férias e preocupado como o que tinha ocorrido no fim das aulas.
Ele teve uma longa conversa com Fenrir sobre os comensais e o que tinha ocorrido no cemitério, e sua repercussão no mundo mágico naquela época. Estava mais tranquilo, já que ninguém tinha feito nenhuma reportagem dele querendo atenção, nem difamando o diretor, mas não poderia relaxar.
Cris e ele já estavam no trem, pois, Tiago e Lilian estavam no castelo para reunião com os professores. Tony, que havia sido nomeado monitor e já estava na cabine dos monitores. Queria dar boa impressão, mesmo sendo um filhote de maroto. Principalmente que justamente a partir de amanhã seu pai se ausentaria por causa da lua cheia.
Os dois esperavam pelos amigos. Sabiam que as gêmeas se atrasariam, pois sempre é assim. Mas estavam estranhando a demora dos Weasley.
Faltando um minuto para o trem partiu, Harry percebeu várias cabeças vermelhas adentraram na estação correndo seguidas pelos Black.
- Vocês tinham que atrasar justo no último ano. – eles escutaram Gina reclamando. – Assim não vai ter cabine para ninguém.
-Calma Gina. – disse Hermione que veio com os Weasley. – Garanto que Harry e Cris estão em uma cabine nos esperando. Veja eles ali. Agora tenho que ir pra reunião.
Todos os outros entraram na cabine, inclusive Fred e George, que nunca ficava com eles.
- Ora se não é o fujão. – disse George.
- Ficamos tristes com a sua saída. – disse Fred.
- Vocês levaram foi uma bela bronca pelo que eu ouvi. - disse Harry.
-Não foi pra tanto. – disse Rony, que como os irmãos ficaram vermelhos.
Todos se acomodaram na cabine, e o assunto morreu. Ficaram especulando o que aconteceria esse ano, quantas detenções cada um pegaria, essas coisas.
Quando Hermione e Tony voltaram, tiveram a má notícia que Malfoy era o monitor da Sonserina. Os gêmeos saíram dizendo que precisavam conversar com Lino, mas que voltariam, dando lugar para Neville e Luna que apareceram para conversar m pouco.
Quando Harry precisou ir ao banheiro, foi acompanhado por Rony, o que deixou o moreno um pouco irritado.
Na volta, a senhora do carrinho estava parada na porta deles, Harry aproveitou e comprou muitos doces para não arrebentar a cara de alguém.
-“Parece que não adiantou muito a conversa da Sra Weasley.” – disse Harry para Cris pela mente.
- “Eles ficaram atrás de você pelo castelo todo.” – respondeu a ruiva.
- “Ele que tentem, eu tenho o mapa, a capa e posso fazer magia livremente, além de aparatar pelo castelo.” – disse ele segurando o riso.
- “Você é um anjo muito mau.” – disse a menina.
Draco Malfoy tentou irritar os filhotes de maroto demonstrando seu brilhante distintivo, mas foi recebido com varinhas em punho, o que vez ele sair correndo.
Cris voltou para cabine muito feliz.
- Ele está aqui. – disse ela feliz.
- Quem? – perguntou Harry de forma ciumenta.
- Você verá. - Foi o que disse a ruiva, mas as meninas ficaram muitos felizes.
Já estavam esperando pela seleção, desta vez Harry e Gina conseguiram sentar juntos. Rony, como sempre reclamava de fome, mas não tirava os olhos do amigo sentado a sua frente.
Os alunos novatos entraram, mas uma coisa chamou atenção de todos. No fim da fila duas pessoas vinham de mãos dadas. Um garoto com mais ou menos 14 anos e uma menina com onze anos. Eles estavam vestidos de forma diferente, sem o uniforme usual da escola. Eles ficaram mais para trás quando todos se alinharam na frente da mesa dos professores.
Harry acabou perdendo a canção do chapéu, tentando analisar os dois, mas não conseguia sentir nenhum dos dois. Aquilo ele sabia que era um sinal de grande poder.
Ele também não percebeu o olhar de Cris para o menino.
Os novatos foram sendo selecionados, e nada dos dois serem chamados. Quando só restaram os dois, Dumbledore se levanta e diz:
- Gostaria de desejar boas vindas para os novos alunos e bom retorno para os nossos antigos. Antes de liberar o delicioso jantar, venho pedir um pouco de paciência. Temos o orgulho de receber esse ano e pelos próximos, dois estudantes brasileiros. Eles serão selecionados agora. Primeiro, Daniela.
A menina se adiantou. Ela era loira e tinha os olhos negros. Se sentia estar insegura ninguém percebeu.
- Corvinal. – berrou o Chapéu Seletor.
- Agora, Tiago, que cursará o quinto ano. – disse novamente o diretor.
O menino não muito alto, mas exalava perigo, principalmente que tinha os cabelos azuis longos, olhos esverdeados, e um brinco transversal na orelha esquerda.
- Não sei onde te colocar. Tem inteligência para ir para Corvinal, ambição para ir para Sonserina, lealdade para ir para Lufa-Lufa e coragem para ir para Grifinória. Não consigo te classificar, você é o primeiro dos seus que eu tenho a honra de selecionar, assim como sua pequena irmã, que é o sangue que volta a sua origem. Será que poderia me passar para Dumbledore, quero saber se ele apoia a minha decisão.
- Alvo, ele quer falar com você. – disse o garoto, ele falava o inglês americano, mas levava um leve sotaque diferente, bem brasileiro.
- O que ele quer, Tiago? – perguntou o diretor, mas recebeu apenas um balançar de ombros.
Ninguém comentou nada, todos prestando atenção no desenrolar da situação.
- Teremos um fato inédito aqui, hoje. – disse o diretor depois de tirar o chapéu da cabeça. – Este Jovem, não pertencerá a nenhuma casa. Parece que ele tem características valorizadas pelos quatro grandes, portanto, nenhum o leva. – ele se virou para Tiago, e falou baixo, mas as pessoas mais perto, conseguiram ouvir. – Será arrumado um quarto para você, mas você terá acesso a todas as casas, podendo visitar seus salões comunais e comer na mesa que quiser. Gostaria que depois do jantar me acompanhasse para que pudéssemos resolver tudo.
- A sua disposição, Alvo. Está muito bonita hoje, Minerva. – disse ele se afastando da mesa dos professores.
Tiago seguiu em direção a sua irmã, deu uma olhada para mesa da Grifinória e deu uma piscadinha e mandou um beijo para Cris.
- Garoto Folgado. – disse Harry.
- Você queira saber quem era. É ele, Tiago. – disse a ruiva. – Ele foi meu par no baile.
- Como? Eu não reconheci. – disse o moreno.
- Claro que não, ficou o tempo todo prestando atenção na sua companheira, e nem me percebeu lá. – disse Cris, deixando os dois citados vermelhos. – Você nem reparou na cara do papai, ele reconheceu.
Harry se virou para o pai, ele não tirava o olho do rapaz de cabelo azul, e ele podia ouvir seu pai reclamando mentalmente “Garoto atrevido, ele vai me ouvir, a se vai. Já não bastava ficar de olho no baile ele me aparece aqui de novo.”
Na manhã seguinte, assunto preferido de todos, eram os brasileiros. Ninguém conseguiu nenhuma informação nova sobre eles, principalmente sobre Tiago. Cris tinha pedido para Harry dar uma olhada no mapa para saber onde ele ia dormir, mas ele não permitiu. Deixando a ruiva com raiva dele.
Quando todos chegaram ao salão principal, Tiago e Daniela já estavam comendo, e conversando. A loirinha falava para o irmão como tinha sido a sua recepção na casa azul, assim como ele contava a conversa com o diretor e alguns professores, principalmente os diretores das casas. Eles nem se importavam que alguém ouvisse, já que falavam em português.
Cris, para fúria de Harry, correu para cumprimentar o rapaz. Ela trocou algumas palavras com ele e a irmã e voltou saltitando de felicidade. Pontas, que estava na mesa dos professores, não gostou nada disso, também.
- Gostaria de saber como é o ensino de magia no Brasil. – disse Hermione, ignorando os resmungos de Harry e Rony. – Pelo que pude notar ano passado, o ensino na Europa é bem parecido, tem suas diferenças, mas a forma de ensinar segue a mesma linha.
- Soube que eles têm uma maneira diferente de ver a magia por lá. – disse Tony, entrando na conversa para ver se nenhum dos amigos pulava em cima da monitora. – Parece que os trouxas são mais tolerantes a magia e algum chegam mesmo a estudar sobre magia.
-Deve ser muito interessante. – disse Fernanda.
- Tira o olho. – disse Cris entre os dentes.
- Você também. – disse Harry para ela.
- Por quê? – perguntou a ruiva.
- Ele não é pra você. – disse ele em tom para encerrar a conversa.
- Qual será o bicho que o Hagrid vai nos mostrar hoje? – disse Flávia mudando radicalmente de assunto depois de ver o horário.
- Só espero que ele não tenha tentado criar mais daqueles explosivins. – disse Rony, brincando com o animal criado pelo professor de TCM, e bem feliz de ver o amigo preocupado com a irmãzinha.
- Ele não seria louco para fazer isso, seria? – disse Neville.
A primeira aula foi o de feitiços, mas o novo aluno não estava presente. Parece que essa matéria ele assistiria com outra turma. O Professor Flitwick deu começo a conversa sobre os NOMs que eles prestariam no fim do ano.
Mas na aula seguinte, Transfiguração, ele estava presente. Aliás foi o primeiro a entrar. Não que fosse anti-social, mas ele ainda não conhecia ninguém daquela turma.
Minerva também deu inicio a aula com discurso sobre os exames, sendo bem mais enfática com relação a eles, já que ela não aceitava nada menos que Excede Expectativas.
- Agora tentaremos fazer desaparecer ratinhos. Desaparecer objetos inanimados é fácil, mas com seres vivos é muito mais complexo. Srta Brown distribua um para cada e pare de frescura. Vocês já sabem as palavras.
Todos começaram as suas tentativas para isso. Harry novamente começou a fingir que não conseguia, esperaria por Hermione ou Tony para realizar o feitiço. Nesse meio tempo ele ficou de olho em Tiago. Ele nem ao menos tinha sua varinha nas mãos, o que era muito estranho.
-Consegui. – disse Hermione, chamando a atenção do moreno.
Quando ele voltou atenção para o cabeludo ele já havia feito seu ratinho desaparecer, depois dele mesmo ter realizado o feitiço.
- Muito bom, Tiago. – disse Minerva um pouco mais feliz que o normal. – Sua irmã também foi muito bem na aula.
- Obrigado, Minerva. – disse ele.
Todos na sala se surpreenderam com isso, até mesmo Harry. Mais um motivo para o moreno ficar de olho nele.
A semana foi passando, e o mistério em volta dos brasileiros continua, principalmente que ninguém viu nenhum dos dois empunhando uma varinha, nem mesmo fazendo magia.
Harry estava com dois problemas. O primeiro era Tiago, ele sempre conseguia falar com a Cris, mesmo ele tentando impedir. O Segundo e mais grave, era que não conseguia tempo o suficiente para falar com Gina, mesmo com Rony sumindo durante as noites. O estudo para os NOMs era exaustivo. Mas ele tentaria arrumar algum tempo no fim de semana, onde os dois teriam mais tempo.
Então ele se concentrou em Tiago. Hermione disse que era o feitiço que se virava contra o feiticeiro, antes ele ficava provocando o ciúme de Rony e os outros ruivos, agora era ele quem se corroía de ciúmes pela irmã.
Ele estava inclinado sobre o mapa do maroto para ver se encontrava o brasileiro, ele não conseguia encontrar o quarto dele. Parece que havia um feitiço para evitar sua localização.
Ele o encontrou na frente de dois grifinórios do sexto ano, pela posição estava duelando, logo atrás dois nomes que ele suspeitava que eram de sonserinos.
Não perdeu tempo e aparatou para perto deles. Quando viu o que realmente acontecia, os sonserinos eram do segundo ano e estavam completamente assustados pelo grifinórios, não conseguiu segurar sua incredulidade.
- O que está acontecendo aqui? - isso chamou atenção de todos, principalmente Tiago.
Os dois grifinórios se aproveitaram disso e usaram uma tática muito comum quando se está dois contra um, um deles atacou, esperando pela defesa, assim fazendo com que o segundo atacante acertasse.
Mas as coisas aconteceram muito rápidas, e de forma diferente do normal.
Tiago armou um escudo para rebater o primeiro feitiço, que acabou se direcionando para o segundo atacante no momento que ele lançava o feitiço, fazendo sua mirar ser péssima. Mesmo assim, nada iria resultar, já que o escudo ainda estava ativo.
O feitiço perdido acabou acertando uma armadura que estava perto dos dois sonserinos. O machado que a armadura caiu, ameaçando acertar os dois. Foi impedido pelo corpo do brasileiro. A arma pareceu parar na parte posterior do seu ombro esquerdo.
- Vocês estão bem? – perguntou Tiago para os dois.
- Sim. – responderam.
- Agora é melhor irem para sua casa. – depois se virou para os dois, e com o machado sangrando na mão. – Espero que vocês percebam a dimensão dos seus atos, isso podia ser apenas uma rivalidade estúpida entre casas, mas quase se tornou um assassinato.
Os dois ficaram com muito medo dele, principalmente com o olhar de fúria que ele tinha e com o machado na mão.
- E você, Lobinho, se meta apenas na sua vida. – disse ele avaliando o machucado.
Harry ficou chocado e não conseguiu fazer nada enquanto o outro se afastava.
Finalmente chegou a sexta feira. Cris tinha dado um recado para Gina, que Harry queria falar com ela. Ela ainda ia descobrir como eles faziam isso. A ruiva havia saído correndo depois do jantar para a biblioteca para pegar o livro indicado pelo professor e correr para Harry.
Mas isso não foi possível, já que quando passava por uma sala sentiu um feitiço puxando-a para uma sala vazia. Perdendo o equilíbrio, ela foi ao chão, caindo sobre o braço direito, sentindo o osso rasgar a carne.
- Ora, ora, se não é a namoradinha do Potter que resolveu aparecer aqui. – disse uma voz enjoativa e maliciosa.
- O que você quer Malfoy? – cuspiu a menina tentando segurar a dor.
- Eu quero aquilo que o Potter foi nobre de mais para pegar antes de te dispensar. – disse ele chegando perto.
- Quem disse que você conseguirá? Ter irmãos serve para algo. – disse ela dando um soco com o braço saudável quebrando o nariz dele.
- Sua cadela, eu ia ser gentil com você. Mas agora vai ser da forma mais dolorosa. – disse ele sacando a varinha, no fundo foi possível ouvir um uivo. – Se prepare para sofrer.
- Eu já sofro só de olhar para sua cara. – respondeu a ruiva se preparando para lutar, mesmo sem varinha.
O uivo agora soou do lado de fora da sala, que está lacrada magicamente.
- Que isso, aquele professorzinho não conseguiu manter os lobos fora da escola. – disse Malfoy desdenhando de Hagrid.
- Eu não ficaria tão certo disso Malfoy. – disse Gina.
Neste momento a porta foi arrebentada, voando longe e um par de olhos em chamas era visível pelo portal.
- Seria melhor se fossem eles. – disse uma voz grutal.
Pontas estava fazendo uma visitinha para Lilian na enfermaria. Como não havia ninguém ali, eles estavam na sala privada muito usada por Harry.
Foi quando uma sensação ruim passou pelos dois e logo foi seguido pelo primeiro uivo.
- Não, de novo não. – disse Tiago saindo correndo.
Apesar de poder aparatar, ele não sabia para onde, já que ele não sabia quem estava em perigo, apesar de tentar localizar primeiro Cris e depois Gina.
Foi quando percebeu a presença de Harry dois andares acima, e estavam perto de uma passagem secreta que levava ali. O segundo uivo veio.
Os dois chegaram a sala com a porta destruída e entraram e Lilian viu uma cena muito familiar, mas mesmo assim desagradável.
Harry estava feliz, ele tinha conseguido uma trégua com Hermione nos estudos para que pudesse se acertar com Gina. Ele tinha falado com Cris para que ela repassasse o recado.
Estava esperando no salão comunal, com os outros filhotes de marotos, a ruiva que tinha ido até a biblioteca.
Ele estava deitado com a cabeça no colo da irmã. Ainda estava se estranhando com ela por causa do cabeludo que está dando em cima dela. Mas será que ele é o cara que a profecia que ele e Gina haviam ouvido.
Seus pensamentos foram interrompidos por uma sensação ruim e um claro grito de socorro que somente ele ouviu.
- Gina! - exclamou ele correndo para fora, assustando a todos.
Ele parou em frente a Madame Gorda.
- Agnes, que quero que você...
- Não deixe ninguém sair até que você mande um patrono, Já sei. – disse ela identificando a cara dele, mas não se lembrando bem de quando foi isso.
Ele voltou a correr e soltou seu poder com um uivo.
- Ah, foi ai que aconteceu. – disse Agnes segurando Rony do lado de dentro da torre.
O moreno aparatou para perto de onde sentia Gina, e se deparou com Tiago chegando ao mesmo corredor. O Brasileiro simplesmente se encostou perto de uma porta.
- O que você fez com Gina? – disparou.
- Não fiz nada, Lobinho. – disse ele tranquilamente. – Ela ainda está em perigo aqui dentro, só vim garantir que VOCÊ não cometa nada que vá se arrepender. Então, é melhor que use a cabeça e o que tem nos bolsos.
Harry logo entendeu que era para usar a varinha.
- O show é todo seu. – disse Tiago apontando para porta.
Harry mais uma vez uivou, sem se importar com o que o outro iria pensar e ouviu por trás da porta.
- Que isso, aquele professorzinho não conseguiu manter os lobos fora da escola. – disse Malfoy desdenhando de Hagrid.
- Eu não ficaria tão certo disso Malfoy. – disse Gina.
Ao ouvir a voz de Gina desafiando o Malfoy, ele arrebentou a porta com um chute e disse:
- Seria melhor se fossem eles.
E mandou uma seqüência de feitiços no loiro, deixando-o inconsciente e bem amarrado.
Harry se aproximou de Gina, que finalmente se rendeu a dor e chorava.
- Calma, ele não pode mais te machucar. – disse o moreno.
Tiago também tinha entrado na sala, mas estava afastado, apoiado novamente na parede perto da porta.
Pouco depois chegam ofegantes, Pontas e Lilian. A reação de Lilian foi de choque, enquanto dele foi de raiva.
A ruiva se aproximou dos dois para ver de onde vinha o sangue, enquanto o auror ia na direção do sonserino. Harry aproveitou e mandou patronos para os interessados, Dumbledore, Poppy, Minerva e os amigos.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou Snape, entrando correndo na sala.
- Você sabe muito bem. – disse Pontas.
Snape olhou para Harry que estava perto de Gina, e percebeu seu olhar que ainda estava em chamas.
- Você! – disse ele reconhecendo o menino e sacou a varinha. – AVADA KEV...
Ele não conseguiu terminar a maldição, já que sua varinha foi tomada de sua mão.
- Isto fica comigo. – disse Tiago, que foi a pessoa que pegou a varinha. – Agora se vira com ele.
Quando Snape olhou de novo para Harry, este já pulava em seu pescoço.
Harry socou de todas as formas possíveis o professor até que ele estivesse desacordado.
- Já chega. – disse Pontas parando o filho. –A Gina precisa de você.
- É mesmo. – disse o menino se aproximando dela e pegando no colo gentilmente. – Vejo vocês na enfermaria.
Aparatou dali rapidamente, direto para o quarto reservado.
- Sempre impulsivo. – disse Pontas, abraçando a esposa e seguindo o mesmo caminho.
Assim que chegou Lilian se adiantou novamente e ajudando a Poppy a curar e avaliar a menina.
Pontas se surpreendeu ao ver Tiago ali, parado, encostado a uma parede, como estava lá em baixo.
- Gina, o que aconteceu? – perguntou Rony, entrando como um balaço. – O Patrono de Harry disse que você estava aqui.
- Aliás, Harry, como você consegui fazer isso? – perguntou Hermione.
- Não é hora pra isso. – disse Cris, que tinha ido dar um abraço na ruiva, um beijo no irmão e agora estava abraçada com Tiago, de costas para este, de frente para os outros, para desgosto do pai e de Harry.
- Eu estava voltando da biblioteca quando fui puxada pelo Malfoy para dentro de uma sala. Acabei quebrando o braço, ele queria vingança contra Harry. Acho que nunca conseguiu suportar o fato do Harry ser melhor que ele sempre. Ele queria me usar.
Harry ficou em pé e se direcionava para porta, quando Gina o segurou.
- Ele não vale a pena. – tudo bem.
- Isso mesmo. – disse Dumbledore. – Ele foi expulso da Escola. Mas não concordo de você Tiago bater em um de nossos professores por coisas do passado.
- Não foi ele. Foi Harry. – disse Tiago. – Foi legitima defesa. O “Seu Estimado Professor” iniciou a maldição da Morte contra ele. Nada mais justo que ele concertasse a cara do carrasco.
Dumbledore pensou nas palavras de Tiago, que todos sabiam que sempre entrava em conflito com Harry.
- Aqui está a varinha dele. – disse Tiago. – Assim com a do Lobinho.
Harry se espantou com isso, nem tinha visto quando ele tinha retirado a sua varinha.
- Foi quando você pulou em cima do Snape. – disse Gina. – Foi muito rápido.
- Poppy, o mesmo? – perguntou o diretor.
- Sim, Alvo. – disse ela.
- Acho que os detalhes devam ficar para amanhã. Harry, será melhor que você fique com a Srta Weasley. Assim ela supera o choque. Vocês podem voltar para a torre com Minerva. Srta Lovegood acompanhe Tiago.
- Eu? – perguntou Pontas.
- Não, ele. – disse apontando para o Aluno. – Isso vai dar muita confusão de novo.
- Mas, eles não podem ficar juntos aqui, sozinhos. – disse Rony com as orelhas vermelhas.
- Eles receberão poção para dormir assim que vocês saírem. – disse Poppy. – Eu tenho experiência com esses casos, o melhor é somente alguém para apoiar a curar psicológica.
Eles foram saindo, com dúvidas, que só poderiam ser respondidas pelos dois que ficaram.
- Espere. – disse Lilian para o brasileiro. – Luna, espere lá fora.
Todos saíram e a medibruxa se aproximou dele.
- Obrigado. Você salvou o meu filho. – disse a ruiva deixando a emoção sair.
- Que isso! – disse Tiago abraçando a mulher para consolá-la. – Eu só impedir que ele perdesse a razão.
- Mesmo assim, Obrigado. – e disse baixinho. – Estou feliz de você estar com a Cris.
-Eu também. – disse ele saindo.
Harry acordou cedo com Gina nos seus braços. Ele ficou ali olhando para a ruiva.
- Bom dia, Foguinho. – disse ele quando percebeu que ela estava acordando.
- Bom dia. – respondeu ela.
- Como você está? – perguntou ele.
- Estou bem. Melhor agora. – disse ela esperando o beijo que via no olhar dele.
Mas um barulho fora do quarto os fez se afastarem.
Pouco depois, Poppy chegou para checar como ela estava. Liberando-os para o café.
- Gina. – disse Miguel Corner entrando na enfermaria. – Você está bem? Luna me disse que você estava aqui. Bem precisei perguntar muito para ela o que era aquele patrono, para que ela me dissesse.
- Eu estou bem. – a ruiva por educação. – Vamos Harry.
- Claro. – disse ele.
- Mas e eu? – perguntou o corvinal.
- Não temos nada. – disse a ruiva. – Conversei com você apenas uma vez em quatro anos e você fica agindo como se fosse meu dono. Me esquece, e pare de amolar a Luna.
Eles se afastaram da enfermaria, Gina rindo e Harry bem sério. Era hora de uma decisão.
- Foguinho, precisamos conversar. Agora.
- Tudo bem. – disse ela.
Eles entraram em uma sala qualquer.
- Foguinho, ontem eu senti uma coisa horrível. Eu quase te perdi. Eu não posso mais ter essa sensação. Eu quase me perdi ontem, se não fosse o Tiago, eu teria matado o Malfoy e depois o Snape.
- Você nunca vai me perder.
- Eu sei, mas quero que isso seja definitivo. Sei que prometi uma conversa, mas não sei se será necessária. Você sabe o que me cerca, mas mesmo assim quer ficar comigo. Nenhuma outra pessoa na nossa situação seria assim, nem como eu, nem como você.
- Te entendo. – disse ela.
- Foguinho, essa é nossa chance, seus irmãos estão longe, não tem ninguém para atrapalhar. Quer namorar comigo?
- Você ainda pergunta? – disse ela puxando para um beijo.
Depois de quebrar o beijo, ele pergunta.
- Isso é um Sim?
- Claro seu bobo.
Agora foi ele quem puxou o beijo.
Ficaram mais alguns minutos namorando naquela sala, antes de seguirem para o café.
- Harry, acho que é melhor você maneirar um pouco com a Cris. Deixa ela namorar o brasileiro dela. Ela está feliz.
- Não sei.
- Sem contar que esse é o feitiço que volta para o feiticeiro. Agora é você quem está com ciúmes de sua irmã. Coisa que você odiou durante todo o ano passado. – ao perceber que ele estava sem palavras continuou. – agindo assim dará razão aos meus irmãos. Converse com ele, o cara parece alguém legal.
- Vou tentar por você. – disse ele.
- Quero ver o que você faz por mim.
- Você não tem nem ideia. – disse entrando no salão de mãos dadas com ela.
Todos pararam para ver os dois pombinhos. Harry para dar logo o aviso, deu um longo e apaixonado beijo nela.
Três ruivos ficaram irados, mas nada podiam fazer, sabiam que isso aconteceria uma hora, mas não precisava ser tão cedo.
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