Cabeças de Fogo
Capítulo 38 – Cabeças de Fogo
O interrogatório foi realizado conforme Harry esperava, seu pai usando a emoção, mas sem deixar de expressar o orgulho pelo filho, Sirius se interessou pelos comensais, todas as informações que podia tirar sobre eles, Remo, que apesar de não ser auror, perguntava pelos detalhes, o que eles falaram e Mel apesar absorvia tudo e falaria no final. Tonks por ser a mais nova, ficou com os outros campeões, para resguardar a segurança deles.
Lilian ouviu tudo que foi falado, enquanto curava a perna do moreno. A única reação dela foi quando ele mencionou um novo mestre, que ela apertou com mais força que o necessário a faixa que colocava na perna dele.
Ficou sozinho com Poppy por alguns minutos, na verdade nem tão sozinhos assim, Gina estava deitada em uma cama perto dele.
- Gina. – chamou ele, sem saber se ela ouviria.
- Harry. - respondeu ela se virando para ele.
Harry pode ver que ela estava chorando, percebendo que ela ouviu tudo.
- Não chora foguinho, tudo vai dar certo. – disse ele aproximando as camas por magia.
- Mas eles viram atrás de você. – disse ela preocupada.
- Mas agora sabemos quem são, e meus pais sabem como agem, não será fácil, mas conseguiremos. – disse ele.
- Eu sei. – disse ela pensativa. – Mas por que você não aparatou de lá, ou usou seus poderes, que eu sei que são grandes.
- O veneno da acromântula estava me afetando, não tinha concentração para aparatar em Hogwarts, podia parar em qualquer lugar e assim morrer por causa dele. E não mostrei meus poderes para que eles não soubessem e se preparassem, não podemos contar nossas armas para nossos inimigos, certo?
- Só você mesmo para pensar nisso numa hora dessas.
Neste momento a porta da enfermaria se abriu dando passagem aos amigos dos dois. Harry chegou mais perto de Gina, para dar espaço para Cris, que certamente iria pular no pescoço dele.
Não deu outra, mas desta vez ela foi mais delicada apenas deitou ao lado dele, o abraçando.
- Agora estou bem. – disse ele começou a narrar o que tinha acontecido, desde o momento que entrou no labirinto, até quando voltou do cemitério.
O clima ficou meio pesado, até que George soltou essa.
- Vocês deviam ter visto a cara dos apostadores, quando Cedrico apareceu antes de Krum, quebramos todas as bancas.
- Os sonserinos idiotas tentaram recuperar a grana da escolha dos campeões, e se deram mal. – disse Fred.
Isso aliviou o clima na enfermaria, até que todos foram expulsos pela Madame Pomfrey por perturbar seus pacientes.
Dumbledore já havia convocado uma reunião emergencial da Ordem, enquanto os aurores conversavam com Harry. Aos poucos foram chegando os membros que não estavam no castelo. Ele teve que decidir se chamava também os outros diretores, decidiu apenas por Madame Maxime, já que Karkaroff foi um adepto das trevas durante a guerra contra Voldemort.
O diretor sabia que Harry não confiava nele, assim como aconteceu com Tiago Potter que veio do futuro com Gina Weasley. E sabia que não contava com a confiança incondicional dos Marotos e de Minerva, ao contrário dos outros membros.
Vendo que a ameaça pairava novamente sobre a cabeça dos bruxos, apesar de não saber qual era, ele chamou outros bruxos para tomarem conhecimento da Ordem e para se reforçar. Havia chamado as suas aurores que ele pode observar esse ano, Nimphadora Tonks e Melissa Connor, além dos Weasley, pelo menos aqueles que já terminaram a escola, e a Sra Bones, seria interessante ter mais olhos dentro do ministério, alguns em posições mais elevadas.
Assim que começou a reunião, após todos os membros que não estavam no castelo, Tiago relatou o que Harry informou do seu seqüestro.
- Vocês acreditam no que o espião relatou? – perguntou Moody.
- Sim. – respondeu Sirius. – Ele está muito contente em poder afirmar que concluirá sua missão com sucesso, para tentar nos enganar. Infelizmente ele é apenas um soldado descartável, não sabendo quem está no comando. Mais um que foi influenciado pela família.
- O que faremos com os comensais que Harry identificou? – perguntou Dorcas.
- Por enquanto, apenas ficaremos de olho neles. – disse Dumbledore. – O Ministro não aceitará o depoimento de Harry, alegando que eles podiam estar sobre Polissuco ou que o veneno afetou a percepção do menino. Principalmente que a maioria faz parte do grupo que foi inocentado na outra guerra. Nenhum nome deve ser passado para ele, assim ele aceitará melhor o perigo. Assim eles ficaram confiantes e poderão errar, facilitando o nosso lado.
Ficaram mais algum tempo discutindo o que seria feito e a repercussão disso, mas não houve nenhuma ideia de quem poderia ser o Novo Mestre dos comensais, e se eles estavam sozinhos. Algo não estava claro neste momento.
- E por fim devemos providenciar para que a segurança daqueles que foram ameaçados seja melhorada. – disse o diretor. – Acredito que as casas dos Marotos devam receber novos feitiços de proteção.
- O Largo Grimmauld já possui feitiços de sobra, e mais alguns ficaria uma fortaleza, Alvo. – disse Sirius, que apesar de não morar naquela casa, e ter mandado o irmão para lá.
- Lá poderia ser a Sede da Ordem. Não podemos nos encontrar sempre no castelo e o dono da sede antiga morreu ano passado, ficando a casa para um parente aborto. – disse Alvo. – Passarei na próxima semana para avaliar os feitiços e colocar novos, e assim será melhor que os Black, Potter, Lupin e Weasley mudem para lá depois disso. Pelo menos a maior parte das férias. Assim como a Srta Granger deva ir junto, Neville e a Srta Lovegood, não são alvos óbvios, mas terão suas seguranças reforçadas também.
Foram todos dispensados.
Gideão se aproximou da irmã, preocupado.
- Molly, você não devia se envolver nisso. Isso pode ser muito perigoso.
- Então, por que você está envolvido? Você lutou na guerra mesmo eu dizendo para você e para o Fabian não fazerem isso. Então não me vem com essa.
- Mas Molly... – disse o homem, mas foi interrompido por Tiago.
- Fica calmo, Gideão, não há necessidade de estresse. Molly é um grande reforço para nós. Quem vai puxar nossa orelha quando fizermos uma burrada? Quem vai botar ordem nas reuniões? Vai ser a função da sua irmã, ser mãe de todos nós, principalmente que ela tem a sal família toda envolvida, seja na ordem, ou como pessoas a se proteger.
Depois de uma semana, a mansão Black servia como Sede da Ordem e como refúgio para as famílias alvo dos comensais. Alguns ainda olhavam torto para Régulos, mas a confiança de Sirius e de Dumbledore nele evitou confrontos e aos poucos ele foi aceito na casa, mesmo não querendo entrar na Ordem. Ele não se sentia a vontade para tal ação, por causa de seu passado com vários dos membros ali presentes.
- Harry você não nos contou como foi a conversa com os outros campeões na festa. – disse Hermione quando eles foram confinados mais uma vez no quarto que estavam Tony, Harry e Rony.
- Ah, não foi nada de mais, só o que aconteceu no labirinto e o que aconteceu depois. – disse o moreno.
- Conta como eles foram. – disse Fred que tinha feito questão de sentar ao lado dele, com George do outro lado.
- E mesmo das arquibancadas não dava para ver direito. – disse o George.
- E ficamos mais preocupadas com você. – disse Fernanda.
- Não que você precisasse, mas queríamos ver o que você faria. – disse Flávia.
- Eles falaram mais ou menos as mesmas coisas, muitos becos sem saída, feitiços aqui e acolá, não muito diferente que foi comigo. Fleur teve menos dificuldades que os outros dois, por isso conseguiu tirar a diferença de tempo muito rápido. O Victor acabou ficando preso entre dois obstáculos o poço sem fundo e ao que parece ser um feitiço ilusório que fazia ele andar sem parar. O Cedrico acabou dando de cara com uma Esfinge, e pelo que parece ele ficou tão surpreso que não prestou atenção no que foi dito e ficou muito tempo pensando na resposta, e não saiu dali para procurar outro caminho, o que fez ele perder o segundo lugar. Já Fleur, além da sorte, ela pegou poucas criaturas e outros obstáculos, só pegou feitiços e o Fofo. E foi só ela jogar o charme de Veela para cima dele, que ele ficou que nem um filhotinho.
- Eu vi que você ficou sozinho com a francesa, o que rolou ali? – disse Rony, mas olhando para a irmã.
- Ela veio me perguntar sobre uma pessoa. – disse ele. – Ela está muito interessada nele.
- Fiquei sabendo que ela está no Gringotes, fazendo um estágio. – disse Cris. – Para melhorar seu inglês.
- Quem é? – perguntou Gina que sabia que a loira nada tinha com Harry e não caindo na provocação do irmão.
- O Gui. – disse ele. – Passei todas as informações que eu tinha, acredito que tenha mandado uma coruja assim que chegou na França, e esse estágio, justamente no Banco depois que Gui pediu transferência para cuidar de coisas ali pra a Ordem não é coincidência.
- Eu não acredito que ele está escondendo isso de nós. – disse George indignado se levantando e começando a andar pelo quarto.
- Por que ele faria isso? – perguntou Rony.
- Ele não pode fazer isso conosco, só por que iríamos falar no ouvido dele até voltarmos para Hogwarts. – disse Fred seguindo o irmão gêmeo.
- Justamente por isso ele não contou. – disse Gina, que agora estava sentada ao lado de Harry. – Pra vocês, ele falou para mamãe assim que viemos para cá.
Os três ruivos olharam para o ‘casal’ e perceberam que foram enganados pelos dois para fazer papel de bobos, já que eles eram os únicos a não saber.
- Acho que só vocês e o Monstro não sabiam dessa. – disse Hermione.
- Você sabia? – perguntou Rony para a namorada.
- Ele veio me perguntar algumas coisas sobre a França, sabia que eu tinha passado férias lá uma vez. – disse a menina.
Continuaram conversando até que Molly avisou que a reunião tinha acabado. Como já era tarde todos foram dormir. Harry se preparou para dormir, mas sentiu sede.
- Onde você vai? – perguntou Rony ao perceber o moreno se dirigindo para a porta apenas com a calça do pijama.
- Beber água. – respondeu ele.
- Vou com você. – disse o ruivo, deixando Tony intrigado, mas Harry sabia o porquê. - Estou com fome.
- Que novidade. – respondeu Tony.
Os dois seguiram para a cozinha, com o ruivo olhando para todos os lados esperando encontrar alguém por lá. Mas no caminho não tinha ninguém.
- Meninos o que vocês fazem aqui? – perguntou Molly que parecia deixar tudo preparado para o café da manhã.
- Eu vim beber um copo d’água, mas o Rony está com fome. – disse Harry rapidamente para deixar o amigo desconfortável.
- Acho que restou um pouco de sopa. Senta ai filho, que eu já pego para você. Você não quer um pouco também?
Harry estava distraído olhando para um papel caído debaixo da mesa, estava escrito com a letra da mãe, mas ele conseguiu ler apenas “Profecia?” antes de sua atenção se voltar para Molly.
- Não, obrigado. Eu ainda estou satisfeito com o jantar, que estava uma delicia.
O elogio fez a senhora corar, e deixar o Rony sem graça. Ele bebeu sua água e saiu deixando o amigo para trás, não podendo fugir da mãe.
Rony tentou tomar a sopa o mais rápido possível, sem levantar as suspeitas da mãe, e subiu rapidamente e tentou entrar no quarto das meninas para ver se a irmã estava ali, mas parece que elas também trancam a porta para que Monstro não entre nele durante a noite.
Desistiu e seguiu para seu próprio quarto, e viu o moreno dormindo tranquilamente. Soltou um suspiro de alivio, ele não tinha falhado com os irmãos.
Harry estava entediado, já estavam presos na mansão há mais de um mês, e nada mais acontecia. Ele ainda não tinha conseguido ficar sozinho com Gina tempo suficiente para conversarem. Sempre tinha um cabeça de fogo para atrapalhar, eles não faziam nada muito evidente, mas sempre estava com eles, se sentavam perto dos dois nas refeições, ou melhor entre eles. Sempre que um dos dois saía do ambiente em que estavam todos, um deles saia com eles.
Até mesmo Percy que só aparecia de noite com o pai, agia assim.
Carlinhos era o pior, não largava a irmã um só instante quando visitava a família. Se bem que Harry tinha conseguido enganá-lo alguns dias atrás. Enquanto os outros afrouxaram um pouco a vigilância ele tinha fugido e colocado a capa. Gina estava na biblioteca lendo um livro, enquanto Carlinhos analisava a velha árvore genealógica dos Black, tentando entender como sua família se encaixava ali. Harry se aproximou dela e se sentou ao seu lado, ela pareceu um pouco surpresa, mas nada falou apenas deixou ser abraçada, aproveitando um pouco o momento que ela sabia que não se repetiria tão cedo, e também a sensação de perigo de estar fazendo isso na frente de um dos seus tiranos irmãos.
Agora ele estava ali, naquele sofá novamente, sozinho no meio da noite, pois não conseguia dormir.
Quando a porta se abriu, ele já se preparou para ouvir o sermão, por estar fora da cama. Mas a pessoa que entrou não faria isso, era Gina.
- Harry. – disse ela se assustando com o menino ali.
- Dificuldades para dormir? – perguntou ele convidando-a para se sentar ao seu lado.
- Mais ou menos, acordei depois de um sonho ruim, não chegou a ser um pesadelo, já que teve um final feliz. E você?
- Só estou sem sono. Pode me contar seu sonho?
- Não me lembro como começou, mas eu estava deitada em um local escuro e úmido, com um aluno de Hogwarts, mas nenhum que eu me lembre. Ai você entrou, parecia ter doze anos, eu tinha onze. Tentou falar comigo, mas não consegui falar nada. O Cara voltou e chamou uma cobra enorme, disse que se chamava basilisco. A fênix do diretor apareceu com o chapéu seletor, de onde você tirou uma belíssima espada, e depois de lutar com a cobrinha, você fincou a espada no céu da boca dela, mas acabou sendo ferido. A fênix te salvou do envenenamento, e você destruiu um livro e o cara sumiu, ai eu consegui falar com você.
- Que eu me lembre a bela adormecida acordava depois de um beijo do príncipe que matava um dragão. Mas aceito destruir um livro depois de matar um basilisco. – disse ele abraçando a menina.
- Agora fica quietinho que eu quero dormir, conversamos depois. – disse ela se aninhando melhor contra o peito dele.
- Depois. – disse ele meio frustrado, dando um beijo no topo da cabeça dela. – Sonhe com os anjos, Foguinho.
- Sim, com você. – disse ela já adormecida.
Harry acabou adormecendo embalado pela respiração dela.
Acordou pouco depois do nascer do sol, e se viu deitado em cima de um tapete que ali existia ali naquela sala, ao seu lado bem colada nele, estava Gina. De alguma maneira um cobertor apareceu sobre eles. Só faltava saber quem tinha feito isso, se sua mãe, ou a de Gina.
Não quis arriscar que os ruivos fizessem um escândalo por nada, decidiu acordar a ruiva.
- Gina, acorde. Esta na hora de você voltar para sua cama. – disse ele de forma carinhosa.
- A bela adormecida precisa de um beijo. – respondeu ela.
Ele atendeu seu pedido.
- Agora vamos. – disse ele se afastando.
Ele a abraçou e aparatou para o quarto das meninas. Gina entendeu a ideia dele e foi para cama. Esperaria as meninas acordarem, e assim teria um álibi para usar contra seus irmãos, caso eles suspeitassem de algo.
Harry voltou para a biblioteca, sentou no sofá, pegou um livro, abriu sobre o colo e fingiu dormir.
Foi o tempo preciso para seu corpo relaxar, e a porta se abriu dando passagem para o exército de cabeças de fogo. Os seis irmãos entraram ali como um bando de lobos atrás de uma presa ferida.
- Harry. – disse Rony com uma voz forte o suficiente para acordar a casa toda.
Harry fingindo espanto pulou no sofá derrubando o livro.
- É hora da prova da McGonagall? – disse o moreno com uma voz de sono sem abrir os olhos.
- Nada disso. – Disse Percy.
- Queremos saber o que você está fazendo aqui. –disse Fred.
- Principalmente uma hora destas. – disse George.
- Quando você deveria estar no seu quarto dormindo que nem um bebê. – disse Gui.
-Coisa que não fez a noite toda. – disse Carlinhos.
- Deixa ver se entendi, vocês me acordaram por que eu não estava na minha cama? Quem são vocês para ficar me patrulhando? Meus pais? – disse ele com uma raiva fingida, já que ele sabia muito bem o motivo disso tudo, e neste caso eles estavam certos nas suas conclusões, mas errados em tentar se intrometer. – Só para que vocês fiquem cientes, eu não consegui dormir, para não acordar nenhum de meus companheiros eu desci, e acabei aqui, peguei esse livro, e depois de ler um pouco acabei dormindo. Agora se me dão licença, to todo quebrado.
Harry saiu dali com um enorme sorriso, deixando para trás seis ruivos confusos e enganados. Mas ele ficou intriga com sonho da ruiva. Quando conseguiu um tempo se trancou no quarto e pegou O Livro.
- Fenrir, tenho que perguntar um trem pr’ôce.
- Finalmente o grande campeão veio me visitar. – disse o outro aborrecido.
- Eu fiquei meio sem tempo. –tentou explicar Harry.
- E ai como foi no cemitério?
- Como você sabe disso?
- Eu fiz minha visita por lá. E mesmo tendo mudado o fluxo do tempo, algumas coisas ainda aconteceram o mais próximo que da outra vez.
- Hum, tudo bem. O de sempre, eles falando bobagens, eu sangrando e envenenado por uma acromântula, descobri que eles têm um novo mestre, e querem vingança. Mas não foram eles quem me inscreveram.
- Nada de muito diferente então, a não ser que Cedrico foi comigo, mas acabou sendo assassinado, e eu vi Voldemort renascer.
- Depois você me conta a historia direito, tenho pouco tempo.
- Os Weasley não te deixam em paz.
- Sim, mas como você sabe?
- A Fada me contou. Ela sim gosta de mim, sempre que tem um tempo me caça nas suas coisas e conversa comigo.
- Isso com ela não sabendo quem realmente é você.
- Mas o que te traz aqui?
- A Gina teve um sonho estranho, envolvendo um basilisco, espadas e um cara estranho.
- A Câmara Secreta.
- Isso realmente aconteceu?
- Sim, infelizmente. Mas a coisa é bem pior que isso. Depois te conto.
- Como isso é possível? Se isso aconteceu com você como ela pode estar lembrando se não aconteceu conosco?
- Isso se chama Ecos do Tempo, quando uma pessoa modifica o tempo da maneira que eu fiz, ela pode ter visões do que aconteceu da outra vez. Você poderá ter algumas dessas visões, aliás já pode ter tido algumas dessas sem perceber que era da minha vida.
Harry ficou pensativo e resolveu que era melhor aparecer, antes que os cabeças de fogo resolvessem caçá-lo de novo.
- Nos vemos por ai. – disse Harry.
- Você sabe onde me encontrar. – disse Guinho com sarcasmo.
Molly havia percebido que o clima na casa estava meio pesado, percebeu que as crianças estavam cansadas e irritadiças. Era o preço de ficarem presas em um lugar sem muita coisa para fazer, por isso pediu autorização para Dumbledore para levá-los para Toca. Era onde eles estavam agora.
Ali tinham espaço para correr e gastar a energia. Assim quem sabe os filhos não deixavam Harry e Gina um pouco em paz e quem sabe eles consigam namorar. Molly tinha ficado contente quando ela e Lilian tinham encontrado os dois dormindo na biblioteca da mansão Black. Sabia que não tinha ocorrido nada mais sério entre eles.
Mas para desespero do filhote de maroto, eles ficaram ainda pior, colocaram até um feitiço na cama dele para alertar se ele se levantasse durante a noite.
Mas ele aproveitou do fato dele poder aparatar para conseguir falar com Gina. Esperou uma ocasião para isso. Rony estava namorando com Hermione em um canto. Cris tinha recebido uma carta de seu ‘amigo’, atraindo a atenção das outras meninas, Fred e George, estavam em um canto confabulando. Carlinhos estava na cozinha ajudando a mãe, por insistência dela, por ver pouco o filho. Gui ainda estava no Grigontes, ele estava ‘responsável’ pelo treinamento de Fleur.
Harry fez um sinal para que Gina subisse, o gesto passou despercebido pelos garotos Weasley, mas não pelas outras meninas. Hermione conseguiu distrair Rony, assim como as outras fingiram que nada acontecia. Gina subiu enquanto o moreno saía para os jardins. Fred e George não se importaram em segui-lo, já que foram cada um para um lado.
Logo que saiu do campo de visão da sala, Harry aparatou para o quarto da menina.
- Harry? – perguntou ela ao ver o moreno chegar, querendo saber o que ele queria.
- Aqui não. – disse ele apontando para a sala. – Vamos.
Os dois aparataram para perto do lago que tem perto da Toca.
- Foguinho, estou te devendo uma conversa. Mas seus irmãos estão em cima, me deixando louco.
- Você não é o único.
- As coisas mudaram muito, desde que prometi, mas meus sentimentos não. Quero...
- O que vocês dois estão fazendo aqui? – perguntou Gui, que tinha aparatado para casa e viu os dois no lago.
- Conversando. – respondeu Gina emburrada.
- Vocês dois não devem ficar sozinhos. – disse Gui se colocando no meio dos dois, e tentou corrigir. – Vocês sabem que é perigoso.
Harry nem quis saber, perdeu o controle e no momento seguinte o ruivo foi lançado para o meio do lago.
O moreno saiu nervoso dali, e quando entrou na casa as coisas começaram a explodir assustando a todos, mas logo voltavam a se consertar.
Molly logo foi atrás do menino para saber o que estava acontecendo, ela não gostou nada do que aconteceu e ficou ainda pior quando viu a irmã do menino olhando para seus filhos de forma muito fria.
- Harry, o que aconteceu?
- O exército dos Cabeças de Fogo. – disse ele fazendo as malas. – Vou embora antes de fazer uma bobagem. Agradeço a hospitalidade.
- Tentarei conversar com eles. – disse ela de forma bondosa. – Vocês conseguiram se acertar em Hogwarts. Eu torço por vocês.
- Obrigado, Sra Weasley. – disse ele saindo do quarto.
Harry avisou aos pais que ia para casa, e foi para lareira.
- Fada se quiser ficar pode, mas to indo embora.
- Vou com você Anjo. – disse a menina subindo para pegar suas coisas, quando ele sumiu pelo fogo verde.
- As coisas ficaram feias lá. – disse a menina ao encontrar com Harry no quarto dele. – A Sra Weasley gritou os nomes completos de todos eles.
- Espero que isso resolva algo. – disse o menino.
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