Operação Cupido

Capítulo 30 – Operação Cupido.

Mal teve tempo de pousar e sentiu alguém pular no seu pescoço. Nem precisou ver o cabelo vermelho para saber que era Cris.
- Você foi fantástico. – disse a menina. – depois você me conta tudo.
- Não acredito no que vi. Nunca vi ninguém voar tão rápido. – disse Rony feliz com o amigo.
- Foi tremendamente perigoso isso. – disse Hermione tentando ralhar com ele, mas não conseguindo, pois mantinha um enorme sorriso de satisfação.
- Acho que está na hora dele receber as notas. – disse Tony.
- Estraga prazeres. – disse Fernanda.
- Justo na nossa vez de abraçá-lo. – disse Flávia.
- É melhor irmos. – disse Harry. - Teremos muito tempo para isso mais tarde, na festa.
- Teremos não. Toda a Grifinória vai atrás de você, e se deixar parte das outras casas. – disse Gina.
O Grupo se aproximou da banca dos juízes para que ele recebesse a nota. Cris ainda estava abraçada ao irmão.
- A juventude. – disse Amélia Bones em um suspiro. – Bom Potter, agora iremos dar as suas notas.
Ela levantou a varinha e apareceu um “10”, boa parte do público aplaudiu. Em seguida foi Dumbledore que deu “9”, Harry imaginou que foi por ele ser seu diretor e tentava ser imparcial. Na seqüência foi Madame Maxime, que também deu um “10”, meio contrariada, mas não podia dar menos. Todos ficaram revoltados quando Karkaroff deu “3”, mostrando seu imenso favoritismo pelo Krum. Crouch também deu “9”.
Os campeões foram reunidos de novo na tenda para novas instruções.
- O ovo que vocês pegaram é a pista para a próxima prova que ocorrerá em 23 de fevereiro. Vocês devem resolver o enigma dentro dele. – disse Crouch.
Os quatro saíram da tenda e perceberam que os espectadores já haviam voltado para o castelo, mas os filhotes de maroto ainda estavam por perto esperando Harry.
- Você está na frente. – disse Cris quando Harry se aproximou de novo. – Dois pontos na frente do Krum.
- Mas o desgraçado do Karkaroff deu “10” para o Krum, mesmo ele deixando quebrar alguns ovos. – disse Rony.
- Como foram os outros campeões? – perguntou o moreno.
- O Diggory usou transfiguração para mudar uma pedra em um cachorro. – Disse Flávia. – Na intenção de distrair o dragão. Mas não deu muito certo, pois o dragão perdeu interesse nele e lançou um jato de fogo nele. Ficou com a cabeça toda chamuscada.
Todos riram disso, de novo.
- Já a Fleur entrou com um sorriso estranho, mas perdeu ao se ver de frente com o bichinho.  – disse Fernanda. – Ela tentou fazer com que uma pedra no chão ganhasse pernas e distraísse o verdinho, mas apareceram cinco pernas esquerdas. A pedra começou a andar em círculos e o Dragão acompanhou, vendo que dava certo ela fez o mesmo com outras pedras, e assim hipnotizou-o. Mas ela quase se queimou quando em um bocejo o dragão cuspiu fogo. Ela teve que rolar no chão para não ser atingida.
- O Krum nem pensou em voar como você. – disse Rony animado. - Ele chegou diretamente lançando um feitiço nos olhos dele, a Mione disse que foi um Conjutivus. Ele foi o mais rápido depois de você. Mas acabou perdendo pontos por deixar que alguns ovos se quebrassem, quando o dragão recuou e pisou no ninho.
- Agora vamos que tem festa no salão comunal. – disse Tony. – Os gêmeos já correram para Hogsmeade garantir o estoque de comida e bebidas.
- Ainda quero descobrir como eles fazem isso. – disse Gina.
- Eles usam passagens secretas para chegar lá. – disse Harry no ouvido dela. – Um dia eu te mostro.
- Certo. – respondeu a menina corando.
Chegaram na torre e a musica já estava tocando. Na parede podia se ver uma série de painéis, provavelmente feitos por Dino, que retratavam a prova, em alguns podia se ver Diggory com a cabeça em chamas.
- Vamos Harry. Abra o ovo. – gritou alguém no meio da multidão.
- Acho melhor não. – disse o moreno.
- E abra. - Encorajou uma setimoanista.
- ABRA, ABRA, ABRA. – Começou o coro.
- Eu avisei. – disse o menino passando a unha na abertura do ovo.
Um som agonizante saiu de dentro da peça de metal, fazendo com que todos tampassem os ouvidos, menos o moreno, que parecia não ser afetado.
- Agora vocês aprendem a ouvir. – disse o campeão fechando o ovo.
- Mas que som e esse? – perguntou um.
- Será que você terá que enfrentar um espírito agourento.
- Isso me parecia ser uma orquestra fantasma. – disse outro.
- Não é hora para pensarmos nisso. – disse Fred como um mestre de cerimônias.
- Vamos continuar a festa. – disse George aumentando o som.
Harry subiu para guardar o ovo e sua vassoura. Não seria mais necessário ele ali, e nem conseguiria pensar naquele enigma agora.
- Pode ir contando tudo. – disse Cris fechando a porta atrás dela, fazendo o som da festa sumir. – Você não tem pra aonde fugir.
- Ter, eu tenho. – disse ele. – Só não farei nada, nem mesmo aparatar, nem pular pela janela. Eu já havia enfeitiçado a minha vassoura para voar mais rápido que ela realmente pode. Assim ficaria mais difícil me ver. Já tirei o feitiço, não seria legal vencer assim no quadribol. Depois que comecei a fazer o rastro vermelho usei um feitiço de clonagem, assim teria outro me ajudando, quando percebi que já tinha feito o circulo perfeito e estava nas costas do dragão, desci e peguei o ovo. O Rabo-Córneo nem viu o que aconteceu.
- Nem ele, nem ninguém. – disse a ruiva.

- Aqueles que não conseguiram executar o feitiço com perfeição, deverão tentar fazê-lo para a próxima aula. – disse Minerva ao termino da aula. – Antes de dispensar vocês. Tenho um recado do Diretor. Vocês já devem saber que durante o Torneio Tribruxo é realizado na noite de Natal o Baile de Inverno, uma forma de interagir as escolas em um ambiente sem competição. Todos os alunos acima do quarto ano estão convidados, podendo ir acompanhado. Aqueles que estão abaixo só poderão ir se forem convidados por alguém que tem direito a ir ao baile. Não quero saber de alunos da Grifinória envolvidos em confusão. Quero mostrar aos nossos convidados quem somos. Dispensados. Sr. Potter tenho que falar com você uma coisa, poderia ficar um minuto.
- Claro, Tia Mimi. – disse ele e se virando par aos amigos falou. – Podem ir, encontro vocês mais tarde.
Quando ficaram sozinhos Minerva volta a falar.
- Harry, os campeões abriram o baile com uma dança. Eu sei que você não gosta muito disso, mas são as regras. Você mais que ninguém deve arrumar um par, e deve ser a altura de você e de seu antepassado.
- Pode deixar, não jogarei no lixo o nome do GG. – disse ele. – E cuidado com os aproveitadores, que querem apenas se gabar de levar a professora para o baile.
Minerva ficou vermelha com a insinuação do moreno, mas não falou nada, ela conhecia bem essa família. Com certeza Tiago falaria o mesmo.
Harry saiu decidido, Cris com certeza entenderia, e ela também não teria nenhum problema em ir a festa, com certeza receberia inúmeros convites. Teria um pouco de confusão com as gêmeas, mas teria de qualquer forma mesmo. Ele nunca conseguiria escolher uma das duas, nunca conseguiu, sempre preferiu se manter neutro nas disputas das duas.
- Escutei que o Cedrico vai convidar você, Cho. – Harry escutou Marieta disser em um corredor próximo.
- Ta podendo, hein, amiga. Um campeão caidinho por você.– disse outra amiga da oriental.
- Melhor que isso somente se todos os campeões me convidassem. – disse Cho. – Pois eu iria adorar ir com um e poder dizer que rejeitei os outros dois.
Harry ficou indignado com isso. Está certo de que ela era bonita e se já não tivesse alguém em mente ele poderia até pensar nela, mas se vangloriar de dispensar os homens assim era revoltante, agora ele entendia o porquê de sua mãe demorar para aceitar seu pai. Mas como um autêntico Filhote de Maroto ele ia ter sua vingança e seria agora.
Assumiu sua porção Cavaleiro do Apocalipse, Ginho tinha lhe contado sobre esse apelido depois dele contar sobre a primeira tarefa, e entrou no corredor onde as corvinais conversavam. Se bem que elas pararam ao ver o moreno, pois todas abriram a boca e pensaram que ele estava daquele jeito pela Cho.
Mas Harry passou direto pela oriental. Ele parou em frente a última menina, Diana Walker, que para muitos era a menos atraente de todas, mas ele sabia que era por ela não se produzir como as outras.
- Oi, Diana. – disse Harry com a mão na cintura dela. – Se eu não tivesse um par, eu adoraria te levar ao baile, assim como você está, muito bonita sem um pingo de maquiagem. Me desculpe, mas se você quiser posso dançar uma musica com você, ela não vai se importar com isso.
- Claro. – sussurrou ela.
Ele deu um beijo na bochecha dela e saiu como tinha chegado e ia ao seu verdadeiro alvo. As meninas continuaram com a boca aberta menos Diana, que colocava a mão onde ele tinha beijado.
Sacando o mapa ele encontra quem procurava, saindo da biblioteca, saiu correndo para lá. Esperava que não fosse tarde.
- Gi. – disse ele chamando a atenção da ruiva, que estava acompanhada de uma amiga.- Bom dia, Luna. Gi, tenho uma coisa para perguntar para você.
- Pode perguntar Harry. – disse a ruiva depois que Luna retribuiu ao cumprimento.
- Você gostaria de ir ao Baile comigo? – disse ele sem rodeios e olhando diretamente para os olhos avelã.
- Eh... Bem... Quero. – disse ela finalmente. – Mas eu não tenho roupa. Principalmente para acompanhar um campeão. Acho melhor você convidar outra pessoa.
- Se te der um vestido de presente de Natal, você vai? – perguntou ele esperançoso.
- Só se for o único presente. – disse ela corando.
- Ótimo, vou pedir pra minha mãe te ajudar. Acho que ela pode te levar par comprar algo, com a sua mãe. – disse o moreno.
- Tudo bem. – disse a ruiva com um brilho no olhar.
- Agora tenho quer ir, tenho mais umas coisas para fazer. – disse ele dando um beijo na testa dela. – se cuida.
- Ah, Harry. Não conta pra ninguém. Meus irmãos vão encher o saco, melhor deixar isso para depois.
- Ok. – disse ele piscando para ela e aparatando.
- Nossa ele é rápido. Nem vi ele indo. – disse Luna voltando de seu estado pensativo que entrou quando começou o dialogo entre os dois.
- Nem eu. – disse ela suspeitando que o moreno tenha aparatado, mas esperaria para conversar direito com ele.
Harry aparatou diretamente no quarto. Esperaria a sua próxima vitima ali, abriu O Livro, chamando Guinho. Não demorou muito para Rony aparecer por ali.
-Que susto Harry. Pensei que ainda estivesse com a McGonagall. – disse o ruivo. – O que ela queria?
- Só me avisar que eu vou abrir o Baile. E que eu preciso de um par. Mas problema resolvido.
- Quem?
- Surpresa.  Mas é você? Já sabe quem convidar?
- Como vou saber se não é a menina que eu quero convidar.
- Não se preocupe, e alguém que você não convidaria. Principalmente que eu sei que você quer convidar a Mione. E como ela estava ao seu lado o tempo todo, não pode ser ela.
- Quem disse que eu quero chamar a Mione? – disse o ruivo, mas ao ver a cara de ‘você não me engana’ do moreno confessa. – Sim, é ela. Mas você acha que ela vai aceitar, pois eu não queria convidar e ser recusado, não quero estragar a amizade.
- Infelizmente você só vai saber as consequências de atos assim depois deles realizados. Mas com certeza que ela aceitará, desde que você faça o convide direito e rápido.
- Eu não sei como fazer, ela me achará um bobo. Não, não vou, prefiro ir sozinho.
- E deixar que ela vá com outro. Não. Você é um grifinório ou um sonserino?
- Acho que um rato. – disse Rony.
- Eu não queria, mas você não me dá opção. – disse Harry sacando a varinha.
Rony arregalou os olhos ao ver o amigo empunhar a varinha mas não teve tempo de pegar a sua. Logo estava transformado em um cachorro vermelho.
- Agora me escute bem, só vou falar uma vez. Também não precisa de mais. Você vai depois que voltar ao normal, até a poltrona em que Hermione está sentada no salão lendo o livro de Runas e vai chamá-la para o Baile. Vai ser direto e firme. Chega e convida. Nenhuma piadinha ou fale nada para encher a paciência dela por ela estar estudando.
Rony voltou ao normal, olhou assustado para o amigo que ainda tinha olhos bestiais e saiu tropeçando do dormitório.
 Harry se virou para o livro.
- O que você está aprontando. – disse Guinho com um sorriso maroto no rosto.
- Eu, nada. Como você pode me acusar de fazer algo?
- Eu sou você. – disse Guinho. – Lembra? Operação Cupido?
- Sim. Mas como você sabe?
- Eu fiz isso com Sirius e Mary, e Remo e Anna e mais um casal. Se bem que adiantei o romance dos nossos pais.
- Harry o que você fez com o meu irmão? – perguntou Gina entrando no quarto com Tony.
- Eu só o convenci a convidar a Mione para o baile. – disse o moreno.
- Isso eu não posso perder. – disse Tony correndo de volta para o salão comunal.
- Como você fez isso? – perguntou Gina.
- Usei meus poderes. – disse ele simplesmente.
- Odeio você e seus poderes, e o fato de você nunca falar nada sobre eles. – disse a ruiva com um biquinho, coisa que ela sabia que ele não resistia.
- Desta vez não vai funcionar, mas pode ter certeza que um dia eu te conto. – disse ele com um sorriso sedutor.
- Ah Harry....
-Tem uma coisinha que preciso te contar. Sabe a Diana Walker?
- Sei, uma das coleguinhas da Chang. – disse ela aborrecida.
- Eu me ofereci para dançar uma música com ela no baile. – disse ele esperando a explosão.
- Espero que tenha um bom motivo para isso. – disse a menina emburrada.
- Quando eu estava inda a sua procura, eu acabei ouvindo uma conversinha daquele bando. E a Cho estava se vangloriando do fato do Diggory quer convidá-la e queria que todos os outros campeões a convidassem também para que ele os esnobasse e contassem para todos. Fiz isso para esnobá-la. Fui na menina mais simpática e quieta do grupo e convidei para dançar no baile, deixando claro que a convidaria se já não tivesse par. Mas que já tinha par.
- Foi só para tirar com a Cho? Então não me importo que você dance UMA música com ela. Mas só com ela. Nada de mais fãs.
- Ok, foguinho. – disse ele tentando de aproximar.
- POTTER. – berrou Rony entrando que nem um furacão no quarto seguido por Tony, Flávia, Fernanda,Cris e Neville.
- Culpado. – disse ele rindo, levantando as mãos e sentando na sua cama, longe demais em sua opinião de Gina.
- Vai me explicar agora o que você fez, ou prefere que eu te azaro antes. – disse o ruivo possesso.
- Nesta condição que você está não me acertaria nem que eu ficasse parado. – disse o moreno. – Então eu vou te contar logo. Eu sabia que você ia ficar se lamentando o resto do ano se não a chamasse e ela fosse com outro, só dei uma forcinha. E ai como foi?
- Ele chegou lá e chamou atenção da Mione e se desculpou por perturbá-la. – disse Flávia enquanto Gina arregalava os olhos e colocava as mãos na boca incrédula, sem saber para quem olhar. – Mencionou o baile e perguntou se ela queria ir com ela. Vocês tinham que ver a cara do Rony quando ela demorou para responder, mas achou que ela ficou chocada com a iniciativa do Roniquinho, mas ele quase explodiu de alegria quando ela concordou. Fez um bom trabalho nele, priminho.
- Eu sou demais. – respondeu o moreno.
- Eu to ferrado. – disse Rony desabando na cama, esquecendo que ainda queria pegar o amigo pela forma que ele fez com que ele tomasse coragem.
- Por quê? – perguntou Fernanda.
- Minha roupa é um desastre. Assim que Mione a ver vai sair correndo.
- Maninho, você se esqueceu que somos bruxos. Podemos dar um jeito nisso. – disse Gina gentilmente, ela torcia pelos dois.
- Não se esqueça que o Harry é excelente em Feitiços e Transfiguração. Né, Harry? – Disse Tony. - Harry? Cadê ele?
- Ele disse que tinha outras coisas pra fazer. – disse Gina.

Assim que Rony desabou na cama, Harry saiu de fininho e aparatou assim que saiu do quarto, apareceu na sala do Aluado.
- Oi, Tio. – disse ele assustando o professor, que corrigia algumas redações antes do jantar.
- Sabe, uma das coisas que eu mais odeio em vocês Potter, e essa mania de nos dar susto. – disse o lobisomem.
- Eu não tenho culpa se você se concentra demais em corrigir isso. – disse o moreno. – Mas discutimos isso depois. O assunto que me trouxe aqui é mais importante, o Baile de Inverno.
- Tá preocupada em dançar ou quem escolher para isso? – perguntou o professor tentando zombar do menino.
- Nem um nem outro. Eu sei dançar muito bem, só não gosto de fazer na frente de muita gente. E quanto à garota, eu já escolhi, pedi e fui aceito. – disse o menino. – Agora eu quero saber se você já fez isso?
- Eh... que isso? Eu sou seu professor e você me deve respeito pirralho. – disse ele envergonhado.
- Hum, parece que tem alguém na mira, mas não quer gastar munição. – disse ele para irritar mesmo. – eu sou um Filhote de Maroto e você antes de tudo é um Maroto, então não devo respeito não. Quem é ela?
- Não te interessa, Potter enxerido.
- Aposto que é a Nimpha. – Remo corou violentamente com a observação. – Tio Aluado, você deveria saber que nós Potter somos muito observadores. E aí, quando vai convidá-la?
- Eu não vou convidar ninguém.
- Maldita Maldição. – praguejou o menino. – Achei que você tivesse se esquecido dela. Por que você não se deixa ser feliz? Não aconteceu nada com a Tia Anna, nem com o Tony para você ficar assim.
- Não é isso.
- Você acha que a Tia Anna não ficaria contente se você fosse feliz com outra mulher? E isso? Ou tem medo de machucá-la? Pois ela sabe sobre você e mesmo assim arrasta uma asa para você. Sabe ela consegue ser duas vezes mais desastrada quando está perto de você.
- Mas...
- Se você vier com discurso de que é pobre, velho e fedido, eu te transformo definitivamente em um lobo.
- Quem disse que eu sou fedido? Almofadinhas não pode falar nada.
- Eu pensei que pelo seu problema peludo você fedesse mais. – disse ele com uma cara de anjo. – Você vai convidá-la, ou vou ter que forçar você também a isso.
Remo percebe que os olhos do garoto tinham se alterado e eram os do Fenrir, achou melhor não contrariar desta vez.
- Vou, mas também não quero que o Almofadinhas mate nenhum aluno por convidar a priminha dele.
- Sabia decisão. – disse o moreno aparatando.
- Remo. – disse alguém da porta.
- Pode entrar Lily. – disse ele sem mudar a expressão do rosto.
- O que aconteceu aqui? Escutei vozes, mas você está sozinho.
- Era o seu filho bancando o Cupido de novo?
- Hein? – perguntou a ruiva.
- Na escola foi ele quem juntou os casais. Você não lembra? Usou o Fenrir para me forçar a falar com a Anna, então a convidei para Hogsmeade. Usou os ciúmes para juntar a Mary e o Almofadinhas e pelo que me pareceu acelerou o romance de vocês dois. Sem contar o Amus e a Kelly. E te garanto que se ele não estivesse apagado de verdade na enfermaria, ele tinha ajudado a Poppy a rejuntar vocês dois.
- Como assim a Poppy ajudou?
- Acho que falei de mais. – disse ele. – Ela armou o flagrante que você deu naquela oferecida. Ela tinha envenenado ela para que ela aparecesse na enfermaria e confessasse que era virgem.
- Eu tenho que agradecer a ela então. – disse a ruiva. – Mas com quem o Harry está bancando o Cupido?
- Comigo e a Dora.
- E?
- Vou convidá-la para o baile. – disse ele. – E melhor não contrariar muito um lobo maior que eu. Mas você acha isso certo?
- Não foi isso que a Anna pediu antes de... Que você fosse feliz. Que não permitisse que seu coração fechasse e a maldição retornasse.
- Foi. Saco, odeio os Potter e a mania de sempre estarem certos.
- Somos perfeitos, Remo. – disse a ruiva no melhor estilo Pontas, arrancando uma gargalhada do amigo.


Cristiana Potter
 
Você não me conhece, mas eu venho aqui para te convidar para o Baile de Inverno que acontecerá em Hogwarts.
Eu não estudo na escola ainda, somente a partir do ano que vem, uma espécie de intercambio. Sou brasileiro e terei a honra de me formar na Inglaterra. O Diretor Alvo me convenceu a participar da festa como uma forma de interagir antes com meus novos colegas, e disse que eu poderia convidar uma aluna para me acompanhar. Ao saber da regra de que apenas os alunos acima do quarto ano iriam ao baile, mas se convidado os outros também poderiam ir, pedi para ele me indicar alguém do terceiro ano.
Eu estou no quarto por isso não sou muito mais velho, na verdade eu tenho treze anos como você. Sim eu sei um pouco sobre você e o que me deu mais vontade de te conhecer.
Se preferir, converse com o Alvo ou com a Professora Minerva, eles confirmarão tudo.
Espero que não se assuste com a Vênus. Ela é bem mansinha com quem ela vai com a cara. Eu pedi para que ela se comportasse com você, mas não disse nada sobre os engraçadinhos que tentarem algo com ela.
Aguardo a sua resposta.

Beijos
T.

A ruiva ficou encantada por receber um convite assim. Não esperava receber convites, todos os meninos do colégio tinham medo do seu irmão, apesar dele não saber que os meninos não chegavam nela por causa disso, e como não queira ficar abandonada no dormitório, já que Flávia, Fernanda e Gina iriam na festa, ela também iria. Escreveu rapidamente uma resposta e mandou pela ave que ela não conhecia a espécie, mas que a olhava com carinho. Se Dumbledore e a Tia Mimi tinham permitido, não seria perigoso ir com ele.

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