A Batalha Final



Capítulo 18 – A Batalha Final

 A explosão aparentemente foi uma árvore, que alguns acreditaram foi obra de um aluno desastrado ou exibido, não se preocupando com isso, mas uma pessoa sabia que isso não era verdade.
- Esse foi o sinal. Voldemort está atacando novamente. – disse Fenrir com a mão na testa.
Os amigos ficaram tensos. O moreno não iria brincar com isso, e nunca tinha errado nada com essa ‘premunição’. Gina tinha certeza do que ele sentia.
Mal deu tempo deles sacarem as varinhas e a Marca Negra foi conjurada por uma pessoa encapuzada no meio da vila. Foram poucos os que notaram de imediato, mas quando o som de aparatação foi ouvido, e mais mascarados apareceram e que perceberam a gravidade da situação.
Era um ataque dos Comensais, porém em maior escala do que foi o primeiro.
- Precisamos fazer alguma coisa. – disse Aluado. – não podemos deixar que os alunos sejam feridos.
- Isso mesmo. – disse Lilian.
- Precisamos de levá-los para um lugar seguro. Mas acredito que o objetivo deles seja o castelo. Voldemort comanda o ataque. – disse Fenrir novamente apontando para o encapuzado que lançou a marca.
- Então temos que evitar que ele alcance o castelo. – disse Pontas.
- Meninas vocês... – começou a dizer Almofadinhas.
- Nós nada. Vamos ficar aqui e combater esses idiotas com vocês. – disse Mary cortando o namorado.
- Você acha que íamos desperdiçar a ajuda de vocês.  – disse Almofadinhas serio. – eu estava dizendo para vocês encaminharem os outros alunos para a escola, os comensais estão esperando por isso. Nós ficamos na retaguarda e vocês pelos lados, para evitar ataque surpresa. Depois voltam para nos ajudar.
Gina se aproveitando da discussão manda o seu patrono avisar o diretor, Harry podia não confiar mais nele, mas ele ainda metia medo em Voldemort, além de que os professores seriam de grande ajuda na batalha.
- “Foguinho, tome cuidado, e cuide da minha mãe, eu ainda quero nascer.” – disse Fenrir para a namorada por telepatia.
- Alunos de Hogwarts e moradores de Hogsmeade. Me sigam.  Entrem no castelo. Lá é seguro por enquanto. – disse Lilian aumentando a voz magicamente.
- Quem te disse isso, menina tola? – perguntou um comensal que estava perto. – Nenhum lugar é seguro.
- Nós. – responderam os marotos que já tinham assumido a face de Cavaleiros do Apocalipse.
Isso assustou a maioria dos comensais que acreditavam que não tinham ninguém forte o suficiente para combatê-los, e encontram quatro ali com o nível de magia acima do deles.
Várias pessoas começaram a correr para o castelo sem olhar para trás. Mas muitas em pânico se abrigaram ou no Três Vassouras ou na Zonko’s, as maiores lojas do vilarejo.
O Quarteto masculino aproveitando a confusão começou a lançar feitiços nos comensais que pegos de surpresa receberam vários deles e alguns dos comensais saíram da batalha.
- Olha se os aluninhos do velho gagá aprenderam a duelar. – disse uma voz feminina.
- Bella, você devia saber que sempre praticamos com os Sonserinos. – disse Almofadinhas reconhecendo a voz da prima. – Você voltou para apanhar de novo, foi?
- Desta vez não perderemos. – Disse a louca gargalhando. – O mestre está aqui, e aquele que se diz herdeiro do castelo não é páreo para ele.
- Então ele terá a minha varinha para ajudá-lo. – disse o Cavaleiro.
Só agora a Comensal olha direito para o primo, e percebe o olhar dele, um olhar canino, diferente de tudo que já viu. Rapidamente ela olha para os outros três companheiros dele e percebe olhares semelhantes neles. Eles não eram mais humanos eram bestas, e mesmo os bruxos das trevas estarem em absoluta maioria, eram mais de cem comensais contra dos quatro mais as cinco meninas que escoltavam os alunos para escola, nenhum feitiço acertou os Grifinórios.
Voldemort começou a se preocupar. Nesta hora já era para estarem nos portões da escola. E como herdeiro ele poderia entrar sem problemas e desativar as defesas do castelo. Mas ele não contava com a perícia destes jovens. E já planejava torturar o imbecil que não conseguiu trazer eles para seu lado. Ele teria que colocar seu plano em prática. Com um aceno de varinha vez uma cobra surgir perto do caminho que levava a escola. Era o sinal para Malfoy agir.


Malfoy foi encarregado de esperar escondido nas árvores perto do caminho para a escola, era sua punição por ter falhado no ataque anterior. Ele devia esperar o sinal de seu mestre para atacar aqueles que tentavam se refugiar na escola, juntamente com alguns comensais. Mas parecia que tinham previsto isso. E aquelas meninas que tinham conjurado os patronos estavam escoltando os alunos. Mas ele tinha percebido algo interessante. Tanto as meninas quanto os guerreiros que combatia o seu mestre, às vezes olhavam para o outro grupo para ver se estava tudo bem. Seria ali que ele atacaria.
Então a cobra surgiu, ele atacaria. Deu a ordem para que os que o acompanhavam atacar o grupo de fugitivos.
Era por isso que elas estavam ali, para rebater o ataque dos comensais, que apesar de em maioria de novo, não conseguiam romper a barreira das meninas.
Malfoy decidiu atacar a menina sangue ruim, a que seria a mais fraca e o ponto fraco de todos os outros. Ele dá a volta e tenta acertar a menina pelo lado. O feitiço lançado tinha a cor negra e causaria muita dor e deixaria a menina inconsciente e definhando aos poucos se acertasse em cheio. Mas não tinha como ele errar.
Gina percebeu uma grande onde de pânico vinda de Fenrir. Ela olha em volta e percebe a movimentação do Comensal e corre para tentar salvar a ruiva. Ela pula em cima da ‘sogra’ e a tira da trajetória do feitiço. Mas foi atingida de raspão pelo feitiço soltando um grito de dor e caindo desmaiada em cima da amiga.
Fenrir ao ouvir o grito nem precisou se virar para ver o que tinha acontecido, e a fúria que sentiu, ele deixou escapar na forma de uma onda de choque que atingiu os comensais mais próximos fazendo os gritar de dor e de um uivo aterrorizante que se opunha ao olhar felino.
Os outros marotos também aumentaram seu poder ao ouvir o chamado do amigo. Neste instante várias pessoas aparataram próximas ao quarteto, eles sentiram que eram amigos mas nem pararam para ver quem eram, se eram os professores ou aurores.
Mas Fenrir sabia quem eram. Eles eram os lobisomens que ele tinha libertado do domínio do Lorde das Trevas. Tinha respondido imediatamente ao seu chamado. E sem precisar se mais preocupar com os comensais, ele corre em direção a Gina.
As pessoas que estavam escondidas nas lojas viram o menino correr e vários feitiços atingindo-o, mas sem nenhum efeito aparente. Ao chegar no grupo ele lança os comensais que ainda estava em pé ali, para longe. Restando apenas Malfoy.
- Você vai pagar caro por isso. – disse ele para o Comensal que não conseguia reagir com a cena, ele não esperava esta reação tão furiosa.
Em poucos segundos ele viu pelo menos dez feitiços vindo em sua direção. Nem mesmo seu Mestre conseguia tal feito. Muitos eram para causar dor e ferimento. Ele foi atingido por todos os feitiços em pontos não vitais, logo ele não morreria, mas sofreria por um bom tempo, nem mesmo ele tinha a condição de entrar em estado de inconsciência, parece que um destes feitiços era o responsável.
- Gina! Gina! – chamou ele ao se ajoelhar e abraçar a ruiva.
- Ela está viva. – disse Alice checando o seu pulso.
-Eu sei, ainda posso senti-la. – disse o moreno.
- A culpa e minha. – disse Lilian, obviamente se culpando pela desatenção e percebendo o sentido das palavras do amigo. - Ela pulou para me salvar.
- Não se culpe, Lírio. Ela sabia o risco que estava correndo. A culpa é daquele ser. – disse ele de forma carinhosa. – Você está bem?
- Sim, estou. – disse ela escondendo o braço esquerdo que possuía um corte feito na queda.
 – Vou levá-la para a Poppy. Volto daqui a pouco. Agora que todos já estão seguros por aqui, cuidem da entrada do Três Vassouras, eles podem atacar ali.- disse o moreno.
As meninas não viram muita necessidade disso, eles agora estavam ganhando e ainda tinham os professores que corriam em direção ao vilarejo. Mas seguiram a ordem dele.


Guinho aparece com Gina nos braços bem em frente a enfermeira, que nem perguntou nada e indicou uma cama.
- Ela se recuperará. Pela marca o feitiço foi de raspão. Em pouco tempo ela se recuperará. Só espero não ter tanta gente para cuidar. - disse a enfermeira vendo as marcas de feitiços nele com cara feia.
- Não se preocupe comigo. Estamos evitando que isso vire uma filial do St. Mungus. – disse o moreno.
Ele então saca a varinha e começa a executar uma série de movimentos com ela. E na sua frente surgiu um clone seu. Guinho joga a varinha para ele, que a pega e com um aceno de cabeça aparata para o vilarejo.
A enfermeira acha isso muito estranho, por que o garoto iria se desfazer de sua varinha, se ele com certeza voltaria para a batalha. Mas se espantou com o que viu.
Guinho fechou os olhos e se concentrou. Seus cabelos começaram a crescer e ficar vermelhos, uma barba foi crescendo na nova cor dos cabelos. O menino cresceu e ganhou musculatura. Sua roupa seguiu a transformação do corpo, se tornando algo semelhante a uma armadura medieval na cor vermelha. E abriu os olhos, eles estão negros, sem vida. A imagem era realmente ameaçadora.
- É hoje que Voldemort cai. – disse ele com uma voz que parecia um rugido. – Nem que seja a ultima coisa que eu faça.
- Se você morrer eu vou ajudar a ruiva ali, a te ressuscitar só pra te matar de novo. Ouviu bem, Lorde Gryffindor? – disse a enfermeira tentando ser ameaçadora.
- Sem problemas. – disse ele com um sorriso maroto, contrapondo com o olhar ameaçador.
Ele aparata em uma clareira onde estava o seu grifo esperando pela batalha. E de lá para o fim de uma guerra.


Voldemort estava espantado com o crescimento de poder dos defensores e mais ainda com o surgimento dos lobisomens, que até pouco tempo estavam do seu lado. Era hora de entrar na luta. Ele estava perdendo. E com a perda algumas das Horcruxes, ele não podia perder o castelo, onde ele tinha escondido uma delas. Era onde ele reinaria e encontraria a fórmula para sua imortalidade.
Ele acabaria primeiro com os quatro garotos que iniciaram a batalha, principalmente agora que um deles destruiu a sua armadilha. Seria por ele que começaria. Agora que ele voltou para a batalha. Depois se preocuparia com o Dumbledore.
Mas quando ele começou a se mover, sente um poder impressionante vindo do alto. Ele olha e vê um grifo com um cavaleiro. Ele sabia quem era. Gryffindor.
- Sua batalha é comigo, Tom. – disse o cavaleiro vermelho desmontando.
O grifo corre para perto da Zonko’s onde se encontrava agora Fenrir. Os outros marotos e as meninas estavam na frente do Pub, enquanto os lobisomens ainda combatiam os comensais restantes.
- Se você quer assim, eu te matarei antes de matar a todos os sangues-ruins da escola. – disse o bruxo.
- Você já tentou uma vez e não conseguiu. Seu bichinho tava preso até agora, lá naquela câmara, uma pena que ele tenha tentado me comer, senão ele estaria vivo ainda. – disse Gryffindor.
Dumbledore se aproximou dos dois e ouviu tudo. A destruição do monstro deixado por Slytherin foi uma boa noticia.
- Seu maldito, saque sua varinha e me enfrente como um homem. – disse venenoso Voldemort.
- Não preciso de minha varinha para esfregar a sua cara no chão, Tom. – disse o ruivo despreocupado. – Aliás eu nem trouxe a minha varinha hoje.
- Tinha que ser um Gryffindor, com essa arrogância toda.
- E você é um idiota que acha que os puros-sangues são melhor como seu vovozinho. Mas vamos deixar a conversa de lado que tenho um encontro hoje. – disse o herdeiro do Leão, fazendo todos que estavam perto rir, menos Voldemort que ficou irado.
O Bruxo das trevas começou a lançar poderosos feitiços em direção ao adversário, que simplesmente se desviava e se aproximava.
Com um movimento inesperado, Gryffindor acerta um soco que arremessou o rival no chão. Este se levantou e cuspiu o sangue que acumulou na boca, quando reparou que dois de seus dentes foram junto.
- MALDITO! – berrou.
- Eu posso te destruir sem usar nem um pouquinho de magia. – disse o ruivo. – Mas como não tenho tempo a perder vou usar isso.
Ele saca de sua bainha nas costas a espada que ele recuperara do chapéu seletor. Os professores e o Voldemort ficaram impressionados. Ninguém nunca soube da localização da espada. Eles acreditavam que ela estava perdida.
- Sim, Esta é a espada de Godrico Gryffindor. Bonita não, também mortal. – disse ele lançando um feitiço simples em direção ao inimigo, que bloqueou com dificuldade. – Peça única feita pelos duendes.
A troca de feitiços foi espantosa, pela rapidez e pela quantidade de feitiços lançados pelos dois. Aquela era a mais intensa batalha que tinham presenciado. Era a única que acontecia no momento. Eles tinham um espaço muito grande para batalhar.
Alguns começaram a perceber que o Cavaleiro Vermelho não se esforçava para bloquear os feitiços, enquanto seu adversário passou a se preocupar mais em se defender do que ferir o outro.
- Me cansei disso. – disse Voldemort.
- Agora que eu estava esquentando. – disse Gryffindor com uma cara de menino que ia aprontar.
-Não queria ter que usar isso. - Disse o Bruxo das Trevas, guardando a varinha, gesto imitado pelo outro. – Mas assim eu conseguirei matar a todos aqui mais rápido.
- Primeiro terá que me matar. – desafiou o ruivo.
O corpo de Voldemort começou a mudar sua pele, parecendo ser de uma cobra.
Harry pensou rápido, e viu que Tom era um animago e todos iriam correr perigo se não agisse, então com um movimento amplo com os braços ergueu uma muralha formando um circulo entre eles. Aos poucos, para quem via de fora, a muralha foi se tornando transparente. E todos puderam ver Voldemort se tornar mais alongado, seus membros se fundirem e presas aparecerem, apesar de que parecia faltar duas onde o mago perdeu os dentes.
- Um basilisco. – Disse Dumbledore para os outros professores. – Acho que essa barreira vai nos proteger, mas não estou confiante sobre o nosso amigo.
A professora não respondeu nada, mas seu sorriso denunciava que ela sabia de algo.
- Como ele conseguirá vencer agora? – perguntou Anna preocupada.
- Ele tem seus segredos. – disse Aluado, ele e os outros dois cavaleiros já haviam percebido que o corpo do Herdeiro também mudou um pouco.  
- Não entendi. – disse Mary.
- Olhe para as mãos dele. Parecem garras, a cor da pele mudou, parecendo que sofreu cresceu uma pelugem. E aquilo ali saindo da capa dele, não parece um rabo? – disse Lilian mostrando que ela também tinha percebido. – se não me engano isso é uma transformação incompleta controlada, ele é um animago.  Mas não consigo imaginar um animal que possa combater um basilisco.
- Meu amor, pense um pouco. As transformações, o nome, as lendas por trás. Se bem que tem outro animal que pode olhar para um basilisco sem sofrer. E ele não se parece com uma fênix. – disse Pontas.
- Não acredito. – disse Lilian levando as mãos na boca. – Um Grifo.
- Não um qualquer. Um Grifo Real. – disse ele de forma honrada.


Quando Voldemort terminou a sua transformação ele olha para seu adversário e o vê de olhos fechados.
- Ficar de olhos fechados não vai te salvar. – disse a cobra em sua língua.
- Eu queria fazer uma surpresa, mas já que você insiste, eu abro os olhos. – disse o guerreiro abrindo os olhos e revelando os olhos de um leão. – Existem animais que não são suscetíveis ao seu olhar.
Voldemort se impressionou por ele conseguir entender o que foi dito.
- Você realmente acha que essa barreira vai me impedir de matar a todos? Ela parece bem fraca. Eu poderia destrocá-la facilmente.- disse Tom.
- Você pode até tentar, mas não conseguirá. Ela apesar de parecer frágil, ela é mágica. Portanto tem suas características próprias, uma delas é que possui resistência a ataques físicos de dez vezes. Outra é que quem está fora vê perfeitamente o que se passa aqui dentro, sem riscos, pois não é a imagem real é uma projeção. – disse Gryffindor como se fosse um vendedor.
- Eu posso atacá-la repetidas vezes até que a magia se esvaire. Nesta forma não sinto impactos deste tipo – disse o Voldemort de forma superior se lançando contra a barreira, mas nem chegou a tocá-la sendo arremessado de volta para o centro por uma descarga elétrica.
- Esqueci de avisar que ela possui um sistema de proteção contra criaturas mágicas meio chocante. – disse o Ruivo rindo da piada. – Este é o seu fim.
- Eu te vencerei e matarei a todos. Quando o seu corpo for destruído, a sua barreira cairá e estarei livre para reinar absoluto.
- E aí que você se engana. Essa barreira só pode ser desfeita por um contra-feitiço realizado por quem a conjurou, mesmo com a morte deste. Se eu perecer, ela nunca será destruída e essa será sua prisão por alguns dias, até que você morra. E nem adianta tentar sair voando por cima dela, que ela é infinita, nem mesmo cavar, o solo em baixo de nos se tornou mais duro que o metal mais duro, e resistente a magia. Estamos presos aqui dentro nem mesmo aparatar para fora VOCÊ pode. Como disse é o seu fim.
- Mas eu não morrei sozinho e mostrarei para todos que sou o melhor. O verdadeiro Herdeiro dos Quatro Grandes. – disse o mago das trevas avançando contra o inimigo.
- Você terá que me pegar para poder dizer isso. – disse Harry finalizando a transformação e alçando vôo.
Mas para a surpresa do próprio algo saiu um pouco diferente do que devia. Longas presas surgiram em sua boca, presas afiadas como dentes de sabre. Mas eram feitas de ouro puro assim como suas garras. Essas eram características dos Leões Ancestrais, a forma mais poderosa destes animais. Ele decidiu se preocupar com isso depois, ele ainda tinha um ofídio para matar.
Voldemort começou a perceber que a briga entre os animagos não lhe dava vantagem alguma, muito pelo contrário, ele estava sendo derrotado. Apesar de grande o Grifo era extremamente rápido e ágil, se esquivando se seus botes, que era agora sua única arma, já que seu olhar não funcionava. Em compensação as garras e dentes do animal alado já abriram rombos grandes em sua grossa pele. Ele sabia que ferimentos sofridos em sua forma animaga não desapareceriam em sua forma humana, e o adversário passou a mirar em seus olhos. Esperando contar com a nobreza, que para ele era uma coisa idiota, Voldemort voltou à forma humana, onde ele teria mais chance de derrotar o adversário.
Como estava em terra e o grifo voando ele conseguira chegar a uma forma para poder usar a varinha antes do descendente do Leão pudesse pegar a sua espada e se defender do feitiço que ele lançaria. Ele aprenderá a roubar energia de um inimigo e assim ele conseguiria desfazer a barreira, mas só poderia ser usado em um momento em que sua vida dependesse disso, e assim igualaria a luta novamente e ele seria beneficiado.
Seu plano deu certo, assim que conseguiu mover seu braço direito ele sacou a varinha e lançou o feitiço. O rival tinha pousado a pouco e tinha acabado de se tornar bípede ainda com suas enormes asas.
Voldemort viu tudo em câmera lenta, o feitiço sair de sua varinha, ouviu os gritos por trás da barreira e reação do adversário de colocar as mãos na frente do corpo como se fosse impedir o raio de acertá-lo. Agora a vitoria era certa.
Porém, o feitiço não acertou o alvo. Bateu em algo antes, iluminando tudo. As pessoas de fora que tinham ficado indignadas com a atitude de Voldemort puderam ver somente a sombra do Gryffindor. Como ele ainda possuía suas asas, muitos viram a semelhança com um Anjo Salvador, principalmente as mulheres que suspiraram com a imagem, tanto de alivio quanto de desejo.
- Ei, esse eu não conhecia. O que ele faz?– disse o Ruivo curioso para o adversário que estava extremamente irritado por seu estratagema ter falhado, por algum motivo ele ainda mantinha as presas. – Não vai me dizer que não sabia que tinha a capacidade de realizar feitiços sem varinha. Seus bichinhos não te contaram como eu os humilhei da outra vez? Eles andam escondendo muita coisa de você. Mas eu sei que não conseguiram esconder que dei uma passadinha no cofre dos Lestrage e na Mansão Malfoy. Que belo presente de Natal eles te deram.
- Seu Maldito, se eu pego o seu espião ele estará morto. Mas como eu sou magnânimo eu te direi o que aquele feitiço faz. Ele rouba energia. Uma pena que não poderei usar de novo com você. Sua energia é bem poderosa. – disse Voldemort consciente de que Gryffindor possuía suas Horcruxes.
- Você não está preocupado com o que eu fiz com suas relíquias? Se bem que aquele seu diário é bem tagarela. Me contou um monte de historinhas suas, inclusive seu nome Tom Riddle. Gostei de bater um papinho com ele, mas ele ficava tentando me possuir, tive que dar um fim nele, com minha maravilhosa espada. Mas como eu poderia destruir uma peça de valor histórico tão grande como a Taça da Helga. Você foi bem esperto em usar ela.
- Então você destruiu meu diário, eu ainda sou imortal. – disse babando de ódio com a confirmação da destruição de seu diário.
-Sim, claro, eu destruí seu diário. Mas não quer dizer que não destruí também o pedaço de sua alma que continha na taça. Ficou surpreso por saber de suas Horcruxes. Digamos que foi chegar perto que era perceptível, pelo menos para mim, agora. Sabe procurar cinco objetos espalhados pela ilha toda não foi fácil. Fiquei mais de um ano procurando.
- Você não pode ter encontrado todas as minhas Horcruxes. É IMPOSSÍVEL! – berrou o lorde das trevas.
- Como impossível? Você ainda não reparou no meu anel? – disse ele mostrando o Anel que continha a pedra da Morte. – Acho que fica melhor no meu dedo. Ou quem sabe neste belo colar? São heranças de família pelo que sei. E o Diadema, não combina com a minha barba, me desculpe. Mas foi bem esperto em escondê-lo bem debaixo do nariz torto do Dumbledore.  Sim Voldemort, você voltou a ser apenas Tom. Um bruxo mestiço.
- Eu ainda terei minha vitória.
- Se você quer dizer sobre o ataque que realizou no ministério, pode esquecer. Se você não reparou, mas não apareceu nenhum auror aqui. Portanto todos defenderam o Ministério, aliás, eles estão chegando. – disse o ruivo executando o mesmo feitiço do lado de dentro da barreira para poder visualizar o exterior.
Neste instante, vários aurores aparatam na vila. Alguns ficaram impressionados com alguém duelando com Voldemort, e pelo que parecia levando vantagem. Mas logo começaram a tentar prender os Lobisomens.
-Ei, vocês do ministério. Eles estão comigo. Não mexam com eles e eles não mordem vocês. – Gritou Harry para os recém chegados.
E se virando para o adversário disse:
- Como eu ia dizendo, você perdeu. Mas você é muito perigoso para ser apenas preso. Hoje você morrerá, prometi isso para alguém.
- Você não tem capacidade de me matar. – disse Voldemort, mas se arrependeu disso quando sentiu a lamina da espada em sua nuca.
- Não é porque eu ainda não te matei que eu não possa, aliás, eu poderia ter te matado desde o começo. Mas achei que um duelo honraria nossos antepassados e não deixaria dúvidas sobre quem é o Herdeiro do Castelo. – disse Gryffindor nas costas do adversário, aparatando novamente para seu lugar. –Dê tudo de si agora.
- E o que farei. ‘RESTRICTUS’. – berrou Voldemort e um raio partiu de sua varinha mas ao invés de se dirigir para o guerreiro, ela foi lançada no chão. E um círculo branco apareceu envolvendo os pés do ruivo.
 - Mais um que eu não conheço. O que ele faz?
- Ele restringe a magia de algo. Muito usado pelos saqueadores de tumbas no Egito Antigo. Agora você esta impedido de fazer magia até que eu o retire. E assim não poderá se defender de meu ataque, não sei porque que não pensei nisso antes. – disse o Cara de Cobra convencido de sua vitória.
- Num é que é mesmo, uai. – disse Harry tentando levitar umas pedras e se mexendo, mas o circulo sempre o acompanhava. – Mas eu já provei que posso te vencer de maneira trouxa, está lembrado de seus dentinhos.
Está foi a gota d’água para Voldemort. Sem pensar em mais nada ele concentra toda a sua magia neste feitiço. Não haveria como o ruivo escapar desta vez.
- AVADA KEVADRA. – berrou Tom, e um raio três vezes maior e mais rápido partiu de sua varinha.
Era isso que o Leão esperava, um ataque desesperado. Ele esperou pelo último segundo para agir com um sorriso no rosto, enquanto via o inimigo se deleitar com a vitória iminente. Então ele segurou a espada horizontalmente, segurando tanto no cabo como na ponta da espada, assim amparando o feitiço, e com um pequeno movimento de braços refletiu a maldição da morte para seu feiticeiro.
Voldemort não acreditou que aquilo pudesse estar acontecendo, seu próprio feitiço seria responsável pela sua derrota. Essa foi a sua falha, subestimou o adversário o tempo todo, estando sempre um passo atrás.
 A mesma expressão de choque vista no bruxo das trevas foi visto em quase todos os que viam a cena, com exceção dos Lobisomens, que começaram a uivar honrando seu líder, acompanhados inconscientemente por Remo e o clone do Fenrir.
- Tom, você é mesmo idiota, esqueceu que eu disse que a espada era mágica. – Disse para o corpo sem vida, e pensou ‘Dumbledore estava errado ainda possuo a proteção da mamãe’.
Ele enfim começou a andar, mas o circulo do feitiço restritivo permaneceu no lugar e depois do ruivo cruzá-lo ele foi se apagando, indicando que o feitiço se perdeu.
Com um movimento de braços a barreira voltou a ficar opaca e aos poucos foi se dissolvendo.
Assim terminava a batalha o que ficou conhecida como a Batalha entre a Cobra e o Grifo.
Os amaldiçoados aparataram de volta para seu lar depois disso, restando apenas os moradores de Hogsmeade, os professores e alunos da escola e os aurores que chegaram ali.

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