A Ascensão ao Lorde das Trevas
Capitulo II – A ASCENSÃO AO LORDE DAS TREVAS
– Quem quer começar? – perguntou Albus Dumbledore
– Eu – pediu Alice
Dumbledore então lhe passou o livro.
– Capitulo um A ascensão ao lorde das trevas.
Ao escutarem isso, a maioria olhou para Snape.
Os dois homens se materializaram inesperadamente, a poucos metros de distância, na estreita ruazinha iluminada pelo luar. Por um momento eles ficaram imóveis, as varinhas apontadas para o peito um do outro; então, reconhecendo-se, guardaram a varinha sob a capa e começaram a andar apressados na mesma direção.
– Comensais – comentou Sirius
– Novidades? – perguntou o mais alto dos dois
– As melhores – respondeu Severo Snape
Todos olharam imediatamente para Snape, que deu os ombros.
– Não tenho nada a ver com isso. Eu juro. Pelo menos não agora – tentou se defender
A rua era ladeada por um silvado, à esquerda, e por uma sabe alta e cuidadosamente aparada, à direita. As longas capas dos homens esvoaçavam ao redor dos tornozelos enquanto eles caminhavam.
As meninas ali presentes naquela sala se arrepiaram.
– Pensei que fosse me atrasar – disse Yaxley, suas feições grosseiras desaparecendo e reaparecendo à sombra dos galhos das árvores que se interpunham ao luar. – Foi um pouco mais complicado do que imaginei. Mas acho que ele ficará satisfeito. Você tem certeza de que será bem recebido?
Snape assentiu sem, contudo, dar explicações.
– Porque você na seria bem recebido? Brigou com algum amiguinho comensal? – desdenhou Sirius
– Sirius Black, fica quieto – disse Lene
Sirius fez bico, mais se calou.
Os homens viraram para um largo caminho de entrada, à direita. A alta sebe margeava e se estendia para além do impressionante portão de ferro trabalhado que barrava a entrada. Em silêncio, ambos ergueram o braço esquerdo numa espécie de saudação e atravessaram o portão, como se o metal escuro fosse apenas fumaça.
– Uau – disseram as meninas
As sebes de teixo abafaram os passos dos homens. Ouviu-se um farfalhar à direita. Yaxley tornou a sacar a varinha, apontando-a por cima da cabeça do seu companheiro, mas a fonte do ruído fora apenas um pavão alvíssimo, que caminhava, majestoso, ao longo do topo da sebe.
– Ele sempre soube viver, o Lúcio. Pavões... – Com um bufo de desdém, Yaxley tornou a aguardar a varinha sob a capa.
– Lúcio!! Meu merlin !!Tipo Lúcio Malfoy? – Sirius perguntou
– Talvez – disse Lene
– Bem, se estamos falando em comensais ... – disse James
– Provavelmente – concluiu Frank
Um belo casarão se destacou nas trevas, no final do caminho reto, as luzes faiscando nas janelas em formato de losango do andar térreo. Em algum lugar no jardim escuro, atrás dos arbustos, uma fonte jorrava. O saibro começou a estalar sob os pés, quando Snape e Yaxley apressaram o passo em direção à porta da frente, que se abril à sua aproximação, embora ninguém parecesse tê-la aberto.
– Meu Merlin! Essa casa parece de filme de terror – disse Lily se arrepiando
– Filme de terror? – perguntou Sirius curioso
– Depois eu explico. Mais agora eu quero saber o que está acontecendo. Continua Lice.
O hall de entrada era grane, mal iluminado e suntuosamente decorado, e um magnífico tapete cobria quase todo o piso de pedra. Os olhos dos rostos pálidos nos retratos das paredes acompanharam Snape e Yaxley assim que eles passaram. Os dois homens se detiveram à frente de uma pesada porta de madeira que levava a outro cômodo, hesitaram o tempo de uma pulsação, então Snape girou a maçaneta de bronze.
– Jamais que eu moraria nessa casa. – disse Lene tremendo
– Dentro das circunstancias, parece um bom esconderijo para comensais – observou Minerva
A sala estava cheia de pessoas silenciosas, sentadas a uma comprida mesa ornamentada. Os móveis que habitualmente a guarneciam tinham sido empurrados descuidadamente contra as paredes. A iluminação provinha das chamas vivas de uma bela lareira, cujo console de mármore era encimado por um espelho dourado. Snape e Yaxley pararam um instante à entrada. À medida que seus olhos se acostumavam à penumbra, sua atenção foi atraída para o detalhe mais estranho da cena: – Alice arregalou os olhos e parou de ler por alguns segundos – o vulto de uma pessoa aparentemente desacordada suspensa de cabeça para baixo sobre a mesa, girando lentamente como se estivesse presa por uma corda invisível, e se refletindo no espelho e sua superfície nua e lustrosa da mesa.
– Isso não tem palavras – disse Remo completamente
– O ser que fez isso é ... não existe nenhuma palavra para descrever um ato assim – disse Lily tremula
– É simplesmente horrendo. – disse Lice estremendo
“Eles ainda não viram nada” Snape pensou consigo mesmo.
Nenhuma das pessoas sentadas à roda dessa visão singular a encarava, exceto um jovem pálido que estava praticamente embaixo. Parecia incapaz de se conter e erguia os olhos a todo instante.
– Quem seria o idiota que não ergueria – ironizou James
– Yaxley, Snape – falou uma voz aguda e clara da cabeceira da mesa -, vocês estão praticamente atrasados.
O dono da voz estava sentado defronte à lareira, de um modo que, a principio, os recém-chegados tiveram dificuldade em distinguir mais que sua silueta. À medida que se aproximaram, porém, seu rosto se destacou na obscuridade, imberbe, ofídico, com – Alice travou, parecia estar extremamente nervosa – fendas estreitas no lugar das narinas e olhos vermelhos e brilhantes de pupilas verticais. Era tão pálido que parecia emitir uma aura perolada.
– Só pode ser Tom Riddle – disse Albus Dumbledore – de algum jeito, ele ficou assim.
– Severo, aqui – disse Voldemort, indicando a cadeira imediatamente à sua direita – Yaxley, ao lado de Dolohov.
Os dois homens ocuparam os lugares designados. Os olhares da maioria dos que estavam à mesa seguiram Snape, e foi ele que Voldemort se dirigiu primeiro.
– E então?
– Milorde, a Ordem da Fênix pretende transferir Harry Potter do lugar seguro em que está, no sábado, ao anoitecer.
– Seboso – disseram Tiago, Sirius, Remo, Lene, Alice, Frank e surpreendentemente e increvimente Lily
Snape arregalou os olhos.
– Pelo que eu sei, eu não fiz isso. Foi o meu futuro que fez isso – Snape se defendeu novamente
O interesse ao redor da mesa se intensificou perceptivelmente. Alguns enrijeceram, outros se mexeram, todos atentos a Snape e Voldemort.
– Sábado... Ao anoitecer – repetiu Voldemort. Seus olhos vermelhos se fixaram nos olhos pretos de Snape com tanta intensidade que alguns dos observadores desviaram o olhar, aparentemente receosos de serem atingidos pela ferocidade daquela fixidez. Snape, no entanto, sustentou esse olhar calmamente e, após um momento, os lábios descarnados de Voldemort se curvaram num aparentemente sorriso.
– E desde quando Voldemort sabe sorrir? – questionou Sirius numa tentativa de acalmar o ambiente
Todos apenas sorriram sem graça.
– Bom. Muito bom. E essa informação veio de...?
– Da fonte sobre a qual conversamos – disse Snape
– Que fonte? – James, Sirius e Lene questionaram para o livro
– Como é que eu vou saber? – Snape se irritou profudamente
– Milorde.
Yaxley tinha se inclinado para a frente procurando ver Voldemort e Snape. Todos os rostos se voltaram para ele.
– Milorde, eu ouvi coisa diferente.
Yaxley aguardou, mas Voldemort não objetou, então ele prosseguiu.
– Dawlish, o auror, deixou escapar que Potter não será transferido até o dia trinta à noite, na véspera do seu aniversário de dezessete anos.
– Então meu filho faz aniversário no dia 31 – murmurou James sorrindo
Lily sorriu junto. Algo dentro de si, dizia que ela era a mãe desse menino.
Snape sorriu.
– E ele pode? – Alice disse como quem não quer nada, mais tentando ser ironica
– Minha fonte informou que planejam divulgar uma pista falca; deve ser essa. Sem dúvida, lançaram em Dawlish um Feitiço para Confundir. Não seria a primeira vez, todos conhecem a sua suscetibilidade a feitiços.
– Posso lhe assegurar, Milorde, que Dawlish me pareceu muito seguro do que dizia – contrapôs Yaxley
– Se foi confundido, é óbvio que parecerá seguro – disse Snape. – Garanto a você, Yaxley, que a Seção de Aurores não irá participar da proteção de Harry Potter. A Ordem acredita que estamos infiltrados no Ministério.
– Então, pelo menos nisso a Ordem acertou, hein? – comentou um homem atracado, a pouca distancia de Yaxley, dando uma risada sibilada que ecoou pela mesa.
Voldemort não riu. Seu olhar se desviou para o alto, para o corpo que girava vagarosamente, ele pareceu se alhear.
– Milorde – continuou Yaxley -, Dawlish acredita que não vão usar um destacamento inteiro de aurores na transferência do garoto...
Voldemort ergueu a mão grande e branca,
As meninas se arrepiaram totalmente
E Yaxley calou-se imediatamente, observando, rancoroso, o Lorde se dirigiu outra vez a Snape.
– E em seguida, onde irão esconder o garoto?
– Na casa de um dos membros da Ordem – respondeu Snape – O lugar, segundo minha fonte, recebeu toda a proteção que a Ordem e o Ministério juntos puderam lhe ar, acredito que seja mínima a chance de pormos as mãos nele uma vez que chegue ao destino, Milorde, a não ser, é claro, que o Ministério tenha caído antes de sábado, o que, talvez, nos desse a oportunidade de descobrir e desfazer um numero suficiente de feitiços, e passar pelos demais.
Eles ficariam extremamente bravos com Snape, mas estavam felizes de mais sabendo que Harry tinha proteção o suficiente pra nenhum comensal o pegar.
– E então, Yaxley? – interpelou–o Voldemort, a luz das chamas se refletindo estranhamente em seus olhos vermelhos. – O Ministério terá caído até sábado?
Mais uma vez, todas as cabeças se viraram. Yaxley empertigou-se.
– Milorde, a esse respeito tenho boas noticias. Consegui, com dificuldade e após muito esforço, lançar uma Maldição Imperius em Pio Thicknesse.
Muitos dos que estavam próximos de Yaxley pareceram impressionados; seu vizinho, Dolohov, um homem de cara triste e torta, deu-lhe um tapinha nas costas.
– È um começo – disse Voldemort -, mas Thicknesse é apenas um homem, Scrimgeour precisa estar cercado por gente nossa para eu agir. Um atentado malsucedido à vida do ministro me causará um enorme atraso.
– Tomara que atrase bastante – disse Lily completamente furiosa
– É verdade, Milorde, mas o senhor sabe que, na função de chefe do Departamento de Execução das Leis de Magia, Thicknesse tem contato freqüente não só com o próprio ministro como também com os chefes dos outros departamentos do Ministério. Acho que será fácil dominar os demais, agora que temos um funcionário graduado sob controle, e então todos podem trabalhar juntos para derrubar Scrimgeour.
– Isso se o nosso amigo Thicknesse não for descoberto antes de ter convencido o resto – afirmou Voldemort. – De qualquer forma é pouco provável que o Ministério seja meu antes de sábado se não pudermos por a mão no garoto no lugar do destino, então teremos que fazer isso durante a transferência.
– Nem pense em fazer isso seu cara de cobra – rugiu James furioso
– Não toque no Harry seu ... – disse Sirius
– Calma, não se esqueçam de que, se este livro está aqui, é para mudarmos isso – Remo tentou acalmar seus amigos
– Nesse particular, estamos em posição vantajosa, Milorde – disse Yaxley, que parecia decidido á receber alguma aprovação – Já plantamos várias pessoas no Departamento de Transportes Mágicos. Se Potter aparatar ou usar a Rede de Flu, saberemos imediatamente.
– Ele não fará nenhum dos dois – disse Snape – A Ordem está evitando qualquer forma de transporte controlada ou regulada pelo Ministério, desconfiam de tudo que esteja ligado àquele lugar.
– Tanto melhor – disse Voldemort – Ele terá que se deslocar em campo aberto. Será muitíssimo mais fácil apanhá-lo.
– Não – gritaram as meninas
Mais uma vez Voldemort ergueu o olhar para o corpo que girava vagarosamente, então prosseguiu.
– Cuidarei do garoto pessoalmente. Cometeram-se erros demais com relação a Harry Potter. Algum foram meus. Que Potter ainda viva deve-se mais aos meus erros do que aos seus êxitos.
As pessoas em volta da mesa fitaram Voldemort apreensivas, cada qual deixando transparecer o medo de ser responsabilizado por Harry Potter ainda estar vivo. Voldemort, no entanto, parecia estar falando mais consigo mesmo do que com os demais, ainda atento ao corpo inconsciente no alto.
– Meu filho ... escapou de Voldemort – disse James sorrindo abertamente
– Ele deve ser muito poderoso – comentou Frank
James novamente sorriu.
– Por ter sido descuidado, fui frustrado pela sorte e a ocasião, essas destruidoras dos planos, a não ser os mais bem traçados. Mas aprendi. Agora compreendo coisas que antes não compreendia. Eu é que devo matar Harry Potter, e assim farei.
Nisso, e em aparente resposta às suas palavras, ouviu-se um lamento repentino, um grito terrível e prolongado de infelicidade e dor. Muitos ao redor da mesa olharam para baixo, assustados, pois o som parecia vir do chão.
Alice arregalou os olhos e ficou branca, mais assim que conseguiu ler.
– Rabicho? – chamou Voldemort, sem alterar o seu tom de voz, baixo e reflexivo, e sem tirar os olhos do corpo que girava no alto. – Já não lhe disse para manter essa escória calada?
– Rabicho – disseram os marotos com raiva
– Ele é traidor – disse Remo o mais friamente possivel
– Disse, M-Milorde – falou um homenzinho sentado na segunda metade da mesa, tão encolhido que, à primeira vista, sua cadeira parecia estar desocupada. E, levantando-se de um salto, saiu correndo da sala, deixando em seu rastro um estranho brilho prateado.
– Ele se mijou? – Alice perguntou tentando segurar o riso, o que era quase impossivel
– Bem feito. Ninguém mandou nos trair – disse Sirius furioso
– Como eu ia dizendo – continuou Voldemort, olhando mais uma vez para os rostos tensos dos seus seguidores –
, agora compreendo melhor. Precisarei, por exemplo, pedir emprestada à varinha de um de vocês antes de sair para matar Potter.
– Hãm!? – todos questionaram, até mesmo Snape
Os rostos à sua volta expressaram apenas incredulidade , como se ele tivesse anunciado que queria um braço deles emprestado.
Todos começaram a dar risadinhas que pareciam não ter fim
– Nenhum voluntário? - perguntou Voldemort – Vejamos... Lúcio, não vejo razão para você continuar a ter uma varinha.
– Acho que pela primeira e única vez na minha maravilhosa e bela vida, eu concordo com o Voldemort – disse Sirius friamente
– Acho que todos nós concordamos Almofadinhas – disse James concordando com o amigo
Lúcio Malfoy ergueu a cabeça. Sua pele parecia amarela e cerosa à luz das chamas, e tinhas os olhos encovados e sombrios. Quando falou, sua voz saiu rouca.
– Milorde?
– Sua varinha, Lúcio. Preciso de sua varinha.
– Eu...
Malfoy olhou de esguelha para sua mulher. Narcisa tinha o olhar fixo à frente, tão pálida quanto o marido, os longos cabelos louros descendo pelas costas, mas sob a mesa, seus dedos finos apertaram brevemente o pulso dele.
– Que romântico –ironizou Frank
– Pra um comensal sim – comentou Snape, o que era obvio para ele
Ao seu toque, Malfoy enfiou a mão nas vestes e tirou uma varinha que passou a Voldemort, que a ergueu diante dos olhos vermelhos e examinou-a decididamente.
– De que é?
– Olmo, Milorde – murmurou Malfoy.
– E o núcleo?
– Dragão...fibra do coração.
– Ótimo – aprovou Voldemort. E sacando a própria varinha, comparou os comprimentos.
Foi então que Lice começou a rir.
– Que foi? – Lily perguntou um tanto preocupada
Quando conseguiu para de rir, Lice retornou a leitura.
Lúcio Malfoy fez um movimento involuntário, por uma fração de segundo, pareceu que esperava receber a varinha de Voldemort em troca da sua. O gesto não passou despercebido pelo Lorde, cujos olhos se arregalaram maliciosamente.
– Entendi a graça – disse Lene dando uma minima risadinha
– A pessoa deve ser muito idiota para achar que Voldemort lhe daria a sua própria varinha – disse Remo obviamente
– Dar-lhe a minha varinha, Lúcio? Minha varinha?
Alguns dos presentes riram.
– Dei-lhe a liberdade, Lúcio, não é o suficiente? Mas tenho notado que você e sua família ultimamente parecem menos felizes... alguma coisa na minha presença em sua casa incomoda, Lúcio?
– Nada... nada, Milorde.
– Quanta mentira, Lúcio...
– Com certeza – murmurou Minerva friamente
A voz suave parecia silvar, mesmo quando a boca cruel parava de mexer. Um ou dois bruxos mal conseguiram refrear um tremor quando os silvo foi se intensificando; ouviu-se uma coisa pesada deslizar pelo chão em baixo da mesa.
A enorme cobra apareceu e subiu vagarosamente pela cadeira de Voldemort. Foi emergindo, como se fosse interminável, e parou sobre os ombros do mestre: o pescoço do réptil tinha a grossura de uma coza masculina; seus olhos com as pupilas verticais não piscavam. Voldemort acariciou-a, distraído, com seus dedos longos e finos, ainda encarando Lúcio Malfoy.
– Por que os Malfoy parecem tão infelizes com a própria sorte?
– Que sorte – murmurou James friamente
Será que o meu retorno, minha ascensão ao poder, não é exatamente o que disseram desejar durante tantos anos?
– Sem duvida, Milorde – respondeu Lúcio Malfoy. Sua mão tremeu quando secou o suor sobre o lábio superior. – É o que desejávamos... desejamos.
À esquerda de Malfoy, sua mulher fez um aceno rígido e estranho com a cabeça, evitando olhar para Voldemort e a cobra. À direita, seu filho Draco, que estivera mirando o corpo inerte no teto, lançou um brevíssimo olhar a Voldemort, aterrorizado de encarar o bruxo.
– Milorde – disse uma mulher morena na outra metade da mesa, sua voz embargada pela emoção -, é uma honra tê-lo aqui, na casa de nossa família. Não pode haver prazer maior.
– Quem teria a mera menção a ficar com a voz embargada ao dizer que estava feliz de ter Voldemort em sua casa? – Lily perguntou incrédula, com sua voz quase sumindo
– Eu sei quem – disse Sirius friamente – minha priminha Belatriz.
Estava sentada ao lado da irmã, tão diferente dessa na aparência, com seus cabelos negros e olhos e pálpebras pesadas, quanto o era no porte e na atitude, enquanto Narcisa sentava-se dura e impassível, Belatriz se curvava para Voldemort, porque mera palavras não podia demonstrar o seu desejo de maior proximidade.
– Eca – exclamaram todos, até Snape, Minerva e Albus Dumbledore
– Não pode haver prazer maior – repetiu Voldemort, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado, estudando Belatriz. – Isso significa muito, Belatriz, vindo de você.
O rosto da mulher enrubesceu, seus olhos lacrimejaram de prazer.
– Milorde sabe que apenas digo a verdade!
– Não pode haver prazer maior... mesmo comparado ao feliz evento que, segundo soube, houve em sua família esta semana?
– Hã? – perguntou Remo distraiso
– Calminha – disse Alice
Beatriz fitou-o, os lábios entreabertos, nitidamente confusa;
– Eu não sei do que está se referindo, Milorde.
– Estou falando de sua sobrinha. E de vocês também, Lúcio e Narcisa. – Alice nessa hora ficou extremamente vermelha tentando segurar a gargalhada – Ela acabou de casar com o lobisomem Remo Lupin.
Remo ficou extremamente rubro. Lily e Lice sorriram. James, Sirius, Lene e Frank fizeram uma dancinha da vitória. Tipo uma macarena com uma ragatanga. Minerva não pode evitar de dar um mínimo sorriso. Dumbledore sorriu em aberto. Snape revirou os olhos.
– Espera. Você se casou com a minha prima? Somos parentes Aluado – disse Sirius
A família deve estar muito orgulhosa.
Alice leu a próxima frase com um tom de voz extremamente indignada.
Gargalhadas debochadas explodiram à mesa. Muitos se curvaram para trocar olhares divertidos; alguns socaram a mesa com os punhos. A cobra, incomodada com o barulho, escancarou a boca e silvou irritada, mas os Comensais da Morte nem a ouviram, tão exultantes estavam com a humilhação de Belatriz e dos Malfoy. O rosto da mulher, há pouco rosado de felicidade, tingiu-se de feias manchas vermelhas.
– Onde já se viu debochar assim do meu priminho? – Sirius exclamou muito indignado
– Ela não é nossa sobrinha, Milorde – disse em meio às gargalhadas. – Nós, Narcisa e eu, nunca mais pusemos os olhos em nossa irmã depois que ela se casou com aquele sangue-ruim. A fedelha não tem a menor ligação conosco, nem qualquer fera com quem se case.
– Filha duma &¨%*$# - disse Sirius
– Olha as palavras Sr. Black – disse Minerva
– Foi mau tia Mimi.
– E você, Draco, que diz? – perguntou Voldemort e, embora falasse baixo, sua voz ressoou claramente em meios aos assovios e caçoadas. – Vai bancar a babá dos filhotes?
Todos ganharam feições irritadas.
– Epa. Ninguém fala assim com o Remito – disse James
Se desse, James e Sirius iriam entrar no livro e socar Voldemort.
– Calma. Tenho certeza, que tudo vai ficar melhor – disse Lily, embora ela própria estivesse tentando se acalmar.
Alice, irritada voltou a ler.
A hilaridade aumentou; Draco Malfoy olhou aterrorizado para o pai, que contemplava o próprio colo, e seu olhar cruzou com o de sua mãe. Ela balançou a cabeça quase imperceptivelmente, depois retomou seu olhar fixo na parede oposta.
– Já chega – disse Voldemort, acariciando a cobra raivosa. – Basta.
E as risadas pararam imediatamente.
– Muitas das nossas árvores genealógicas mais tradicionais, com o tempo, se tornaram bichadas – disse, enquanto Belatriz o mirava ofegante e súplice. – Vocês precisam podar as suas, para mantê-las saudáveis, não? Cortem fora as partes que ameaçam a saúde do resto.
– Meu Merlin – disse Lene horrorizada
James, em um movimento involuntário, abraçou Lily. Que deixou a cabeça em seu ombro. Snape evitou olhar.
– Com certeza, Milorde – sussurrou Belatriz, mais uma vez com os olhos marejados de gratidão. – Na primeira oportunidade.
– Você a terá – respondeu Voldemort. – E, tal como fazem na família, façam no mundo também... vamos extirpar o câncer que nos infecta até restarem apenas os que têm o sangue verdadeiramente puro.
– Ele quer acabar com todos? O nascidos trouxa e mestiços – disse Frank com a voz um pouco fraca
– Isso porque ele também é um mestiço – disse Dumbledore
– Como?!
– Sua mãe é puro-sangue e seu pai é trouxa – disse Dumbledore
– Então ele vai morrer – disse Sirius
– Ele comanda idiota – disse James – aposto que ele mente ser puro-sangue.
Voldemort ergue a varinha de Lúcio Malfoy, apontou-a diretamente para a figura que girava lentamente, suspensa sobre a mesa, e fez um gente imperceptível. O vulto recuperou os movimentos com um gemido e começou a lutar contra invisíveis grilhões.
– Você está reconhecendo a nossa convidada, Severo? – indagou Voldemort.
De baixo para cima, Snape ergueu os olhos para o rosto pendurado. Todos os Comensais agora olhavam para a prisioneira, como se tivessem recebido permissão para manifestar sua curiosidade. Quando girou para o lado da lareira, a mulher disse, com a voz entrecortada de terror:
– Severo, me ajude!
– Quem é? – Frank perguntou olhando para Severo
– Como eu vou saber? – retrucou Snape irritado
– Ah, sim – respondeu Snape enquanto o rosto da prisioneira continuava a virar de para o outro lado.
– E você, Draco? – perguntou Voldemort, acariciando o focinho da cobra com a mão livre. Draco sacudiu a cabeça com um movimento brusco. Agora que a mulher acordara, ele parecia incapaz de continuar encarando-a.
– Mas você não teria se matriculado no curso dela – disse Voldemort – Para os que não sabem, estamos reunidos aqui esta noite para nos despedir de Caridade Burbage que, até recentemente, lecionava na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!
Ouviram-se breves sons de assentimento ao redor da mesa. Uma mulher corpulenta e curvada, de dentes pontiagudos, soltou uma gargalhada.
– Sim... a profª Burbage ensinava às crianças bruxos tudo a respeito dos trouxas... e como se assemelham a nós...
Um dos Comensais da Morte cuspiu no chão. Em seu giro, Caridade Burbage tornou a encarar Snape.
– Severo... por favor... por favor...
– Silêncio – ordenou Voldemort, com outro breve movimento da varinha de Lúcio, e Caridade silenciou como se tivesse sido amordaçada.
– É bom ele não fazer o que eu penso que ele vai fazer – murmurou Minerva friamente
Poucos ouviram, e um deles, foi Snape, que já estava branco, com esse mesmo pensamento.
– Não contente em corromper e poluir as mentes das crianças bruxas, na semana passada, a profª Burbage escreveu uma apaixonada defesa dos sangues-ruins no Profeta Diário. Os bruxos, disse ela, devem aceitar esses ladrões do seu saber e magia. A diluição dos puros-sangues é, segundo Burbage, uma circunstância extremamente desejável... Ela defende que todos casemos com trouxas... ou, sem duvida, com lobisomens...
– Mas claro que sim. Se não tivéssemos casado com trouxas, estaríamos extintos – disse Lene segura
– Pode crer que não é assim que as cobrinha pensam – disse Sirius irritado
Desta vez ninguém riu: não havia como deixar de perceber a raiva e o desprezo na voz de Voldemort. Pela terceira vez, Caridade Burbage encarou Snape. Lágrimas escorriam dos seus olhos para os cabelos. Snape retribuiu seu olhar, totalmente impassível, enquanto ela ia girando o rosto para longe dele.
Alice soltou um gritinho agudo, mas leu:
– Avada Kedavra.
Todos encararam Snape com raiva, até Mimi. Snape estava extremamente branco.
– Se contenham. Se essas pessoas nos mandaram o livro, é porque sabem que Snape pode mudar – Dumbledore falou
Os marotos resmungaram alguma coisa inlegivel.
O lampejo de luz verde iluminou todos os cantos da sala. Caridade caiu estrondosamente sobre a mesa, que tremeu e estalou. Vários Comensais pularam para trás ainda sentados. Draco caiu da cadeira para o chão.
Todos deram risadinhas, imaginando a cena.
– Jantar, Nagini – disse Voldemort com suavidade e a grande cobra deslizou sinuosamente dos ombros dele para a lustrosa mesa de madeira.
Fim do capitulo.
– Isso foi realmente, complexo – disse James
– Ele quer matar Harry, só que ainda não sabemos o porquê – disse Remo
– Quem quer ler o próximo capitulo? – perguntou Alice, mudando de assunto
– Passa pra cá – disse Lene
Alice passou o livro.
– In Memoriam. – leu Lene
Comentários (3)
Eu gostei! Não existe a tal de 'Dorcas' (eu não aprovo essa personagem das fanfics, acho que o Remo deve ficar com a Tonks). Não abandone a fanfic.
2013-02-12Nossa amei a fic !! To morrendo de curiosidade para saber o q vai acontecer entao por favor posta rapido o proximo capitulo!!
2012-03-03O que posso dizer? Adorei adorei adorei Amei sua ideia de misturar o futuro com o passado por meio do livro posta rapido Estou Hiper curiosa.
2012-01-03