O mestre da Guilda



-Oras e eu não saberia o nome de meu ultimo descendente?

- Como que é? Acho que não entendi direito.

- Meu ultimo descendente. Muito prazer.

- Deve estar acontecendo algum engano, eu não posso ser seu descendente, se eu fosse já teriam me contado isto.

- Impossível meu jovem, só existe uma maneira de se saber que é um Griffindor, e a maneira é sendo um. A grande prova de que você é realmente um Griffindor, é você ter encontrado minha sala.

- Mas...

-Olha se você tem alguma duvida, pegue para mim o terceiro livro daquela prateleira ali, da direita para a esquerda, na prateleira de cima.

Harry foi ate a prateleira e pegou o livro, que o homem avia indicado.

-Isto agora abra na pagina 106.

Harry voltou para perto do quadro e abriu o livro. “As grandes Famílias”, ele abriu na pagina 106 onde avia um grande emblema da grifinoria, e logo depois uma enorme lista com vários nomes, no topo da lista estava o nome de Godrick, Harry levantou os olhos como que pedindo instruções.

-Você pode ver que você não é meu ultimo descendente por falta de filhos não é. Godrick soltou uma risada. Vamos procure ai o ultimo nome.

Harry percorreu os olhos ate o final da folha onde encontrou, seu nome, escrito em letras douradas, logo acima de seu nome estava seu pai e sua mãe escritos em cores mais claras, e acima deles iam vários nomes interligados.

-Os nomes com letras mais claras são os que já faleceram, os escritos em dourado são os que continuam vivos. Este é um livro muito bom, ele se atualiza sozinho, e contem toda a arvore genealógica das principais famílias do mundo bruxo.

Harry começou a folhear o livro a procura do tão odiado nome. Godric o observava, ate que resolveu ajuda lo, -tente na pagina 423.

Harry abriu na pagina. Onde um emblema com uma cobra prateada estava bem no topo da pagina, percorreu os olhos ate o final da pagina onde encontrou o nome de Voldemort, escrito em letras prateadas. O garoto fechou o livro.

-Mas como ninguém sabe disto?

-Na verdade é bem simples, antes de morrer realizei um feitiço muito poderoso de proteção, onde só membros da minha família saberiam que descenderiam de mim. Após isto vários sobrenomes foram inventados para ocultar o Griffindor, e assim manter meus descendentes protegidos da odiosa perseguição dos descendentes de Salazar, as brigas grifinoria e sonserina, começaram na realidade com nos dois, depois disto não era seguro para nenhum Griffindor carregar este nome, a mesma coisa aconteceu com os descendentes de Salazar.

-Entao Potter foi um desses sobrenomes criados?

-Exatamente, infelizmente, todos meus descendentes foram morrendo, e hoje só me resta você. Sabe eu já começava a sentir falta dos Potter, a ultima vez que seu pai veio fazer uma visita faz tanto tempo. E as noticias que ele trazia eram tão ruins.

O homem tinha uma nota de tristeza na voz.

-Que noticia?

-A noticia da morte de seu avô, seu pai veio me trazer minha fênix, que estivera aos cuidados de seu avô. Mas depois do ataque, ocorrido na mansão dos Potter, na qual seu avô morreu, minha pequena Hindu não aceitou ficar com seu pai, sabe? As fênix são muito perspicazes quanto a escolha de seus donos.

-E onde esta sua fênix? Perguntou o garoto tentando desviar o assunto, ele não queria que sua primeira conversa com um parente por parte de pai fosse sobre a morte de seu avô.

-Ela saiu para caçar. Mas me diga, quais as noticias do mundo la fora? Eu não tenho muita liberdade, para a própria segurança de minha sala secreta, eu não posso andar em outros quadros, nem eles virem ate aqui para conversar. A minha única fonte de noticias, é minha janela, por onde posso ver o que acontece ao redor de Hogwarts.

-É impressionante essa sua janela. Pela janela o garoto pode ver uma fina camada de neve que começava a cair, o lago começava já estava congelado, e a Lula gigante nadava tranqüilamente pelo lago. Mais a frente estava o campo de Quadribol, onde as arquibancadas estavam cheias de neve.

-Sim, sim, eu era o encarregado da segurança do castelo, tenho muitas coisas bastante uteis sabe. Mas eu queria fazer um teste com você antes de conversamos mais. Todo Griffindor que entrou nesta sala ate hoje, fez este teste, e todos fracassaram. Talvez seja você que ira me trazer tal felicidade.

-Mais que teste, é esse? Ele agora tinha um tom de preocupação na voz.

-Calma, calma, não se preocupe que ele na realidade é bem simples. Vá ate a mesa ali no canto da sala, e pegue para mim por favor um grosso livro, que esta sobre ela.

O garoto o fez e logo voltou, sem nem ao menos reparar direito no caderno.

-Muito bem Harry agora, o teste é o seguinte, você terá que abrir este livro.

-Para que?

-Simplesmente tente abra, é muito importante que você consiga abri lo.

Harry deu de ombros e começou a forçar o livro para que este abrisse, mas isto parecia lhe custar um sofrimento danado. Rodou o livro em busca de algum sinal que lhe pudesse ser útil, mas nada, ate que viu um pequeno sinal gravado no livro. Na verdade o sinal era mínimo, e passara despercebido durante muitas vezes para o garoto, se alguma pessoa que não conhecesse a fundo os grafemas, acharia que aquilo era apenas alguma mancha provocada pelo tempo, mas ele sabia muito bem o que era aquilo.

Chamou em seu espírito alguns grafemas, e logo fabricou um sortilégio bem simples para se falar a verdade. O livro se abriu na mesma hora. Griffindor aplaudiu animadamente.

-Você conhece os grafemas?

-Claro meu jovem, mas a pergunta é, como você conhece os grafemas?

-Eu estive em Ys, nestas férias, depois de sofrer um tal de efeito Tarquin.

-Efeito Tarquin? Agora eles dao esse nome para quem desperta?

-Bem sim, mas como você conhece isto tudo? Ainda não entendi.

-Leia a segunda pagina que eu acho que você ira entender.

Harry passou a primeira pagina onde estava desenhado o emblema da grifinoria, e no canto inferior da pagina estava uma pequena fênix. Na segunda pagina o garoto encontrou escrito em letras garrafais:

“ Godric Griffindor




Tarquin”



Harry se assustou ao ver o nome.

-Você é o Tarq..Tarquin? perguntou finalmente passado o susto.

-Este era o apelido pelo qual eu era conhecido no mundo Incerto, meus pais pertenciam ao mundo Incerto. Deis de criança coisas estranhas aconteciam comigo sabe, então todos acreditavam que era por causa do meu dom para feiticeiro. Eu fui crescendo, e me aprimorando na minha magia, com poco tempo consegui realizar alguns feitiços mais simples, mas nada que envolvesse a magia das estrelas.

-Mas como você realizava magia sem varinha??

-Eu não sabia da existência da varinha, eu estava isolado no mundo incerto, pois eu era o único das crianças de lá que tinha poderes. Então uma guerra terrível começou no mundo incerto, criaturas estranhas aviam chegado lá, elas se auto denominavam criaturas de Hades. Elas simplesmente arrasaram com os poucos feiticeiros que viviam no mundo incerto.

-Como elas eram? Agora garoto tinha um tom ainda mais interessado na voz.

-Eram horríveis, nem se comparavam com Dragões ou qualquer coisa do tipo, sedentos por sangue. E extremamente fortes. Durante um dos duelos, em que um feiticeiro usou a magia das estrelas, eu sofri de um efeito muito estranho, como se eu reagisse a magia que ele estava usando, eu simplesmente apaguei, e quem estava no lugar me falou, que eu liberei uma aura dourada, muito intensa. Depois disto varias das criaturas de Hades aviam fugido. Fui considerado um grande herói, e então me levaram para Ys, para que eu pudesse ser treinado na Guilda.

-Isto é incrivel, tirando a parte das criaturas, aconteceu a mesma coisa comigo. Eu tive o mesmo despertar, e pelo que me contaram na mesma proporção, acordei um quarteirão inteiro. Mas você sabe o porque dessas criaturas terem fugido?

-Bom o que todos compreendemos foi que, a magia que eu liberei era muito carregada de energia positiva. E as criaturas eram feitas de trevas. Seria algo parecido com o feitiço do patrono, e os dementadores. Mas me diga meu jovem porque tanto interesse nestas criaturas?

-O ultimo descendente de Salazar pretende liberta-los novamente, e traze-los para destruir Hogwarts.

-Mas isto é um absurdo, como ele descobriu da existência destas criaturas e dos outros mundos?

-Três homens roubaram o livro das estrelas, e se aliaram a Voldemort.

-O que? Mas isto é uma calamidade, pode contar comigo garoto, creio que este livro lhe será de grande ajuda então, e meus aposentos de maior ainda.

-O que tem de tão precioso neste livro?

-Você deve saber que fui o grande mago da Guilda?

-Claro.

-Pois então, este era meu caderno de aprendiz, ele possui todo o relato de todos meus poderes. Tudo que descobri em toda minha vida, todos os feitiços, todos os sortilégios. Neste livro eu ensino como fazer magia sem varinha, e ate mesmo o caminho para se tornar um animago, o mais rápido de todos, todos descobertas minhas, alem é claro de conter um mapa completo de Hogwarts. Creio que você tenha o mapa que era de seu pai certo?

-Tenho sim.

-Meu mapa contem passagens que seu pai nem imaginava existir. Só eu sei o quanto seu pai, me pediu, ajuda com aquele mapa. Hehehe

Harry sorriu também, ele queria perguntar mais para Godric, mas este parou de sorrir, e lhe informou.

-Tem um feiticeiro da Guilda tentando fazer contato com você, quer que eu permita.

-Por favor, deve ser meu metre.

-ok.





-Ei Harry, por onde esteve? Tem um bom tempo que estou lhe chamando e nada.

- Desculpe mestre, mas fale.

-Já conversamos com seus amigos, eles estão a sua procura. Guillemot esta junto deles, parece que se deram bem.

-E eles o que falaram da profecia mestre?

-Estão chocados, mas prometeram não contar a ninguém sobre ela. Você tem bons amigos Harry, mas eu gostaria que você desse um pulo ate a sala do diretor, temos que lhe dar uma palavrinha. E eu logo estarei de partida.

-Mas já?

-Já Harry, você sabe que não posso ficar muito tempo afastado de Ys, mas escute tem algo que acho que você ira gostar.

-O que mestre?

-Guillemot, ira ficar. Dumbledore o autorizou a passar alguns dias aqui, para ser mais exato até o Natal.

-Que bom, assim poderei mostrar para ele o castelo, colocar o assunto em dia sabe.

-Logico que sei. Mas agora venha, se apresse, que tenho que partir o mais rápido possível.

-Já vou.





Harry abriu os olhos, ele tinha uma expressão de estrema felicidade no rosto, seus olhos brilhavam em um verde claro, a noticia fora realmente boa, o garoto aprendera apreciar a companhia de Guillemot, alem de que o amigo sempre tivera ótimos conselhos a respeito de garotas para Harry.

-Preciso ir agora.

-Claro, se quiser levar o caderno, esteja a vontade, e fique despreocupado, ele só se revela para um Griffindor, e só se abre, com aquele sortilégio. De uma lida nele, vai ser muito útil para você.

-Eu queria lhe pedir para me ajudar, no treinamento, você sabe muita coisa, e seria muito útil fazer magia sem varinha, virar animago..

-Concerteza, eu tenho uma sala aqui perfeita para isto.

-otimo então. Eu volto amanha se puder.

-Eu vou estar esperando, mas antes preciso de um favor, não revele nosso parentesco com ninguém, é muito importante que isto continue em sigilo absoluto.

-Pode deixar, até mais.....



E assim Harry passou pela porta novamente pela qual avia entrado, o caderno de Godric guardado, em sua sacola de aprendiz, ele agora estava muito mais feliz do que estivera a algumas horas a trás. Teria a companhia de um grande amigo até as férias, descobrira mais sobre a família de seu pai, e iria aprender magia com um grande mago, e ele se atrevia a dizer, maior ate mesmo que o próprio Dumbledore, e convenhamos isto é alguma coisa.

Logo venceu a distancia que separava a sala de Griffindor, da sala do diretor. Não encontrou ninguém no caminho, provavelmente já deveriam estar jantando. Parou de frente do gárgula de pedra e falou a senha, ao que este atendeu prontamente.

Subiu a escada em caracol se lembrando de uma escada parecida que avia descido a pouco tempo atras. Bateu na porta e depois entrou. Dumbledore continuava sentado em sua confortável poltrona, e Qadehar estava sentado de frente para o diretor.

-Ola Harry, temos que conversar.

-Claro.

O garoto se sentou em uma poltrona que fora conjurada pelo diretor.

-Primeiro queríamos agradecer as informações Harry, foram de grande utilidade.

-Imagine prof. Não fiz mais que a minha obrigação e você sabe disto.

-Certo Harry, mas nos queríamos conversar sobre seu treinamento – O garoto estreitou os olhos- A guerra se aproxima, e talvez seja hora de começarmos um treino rigoroso com você.

- Também acho, mas que tipo de treinamento?

-Digamos, um treinamento no estilo Dumbledore. Você seria treinado por mim e por alguns aurores como o olho-tonto, Tonks, Lupin...

-Otimo professor, e quando começo?

-Vou dar uma olhada nos teus horários, e organiza-los da maneira que sobre algum tempo para você. Você terá aulas também de esgrima. Acho que seria uma excelente opção de defesa, são pouquíssimas as pessoas que dominam, armas como a espada, e sabem utiliza las junto com magia.

-Tudo bem então.

-E eu Harry –Qadehar que estivera ouvindo ate aquela hora tomou a palavra- Vou para Ys, conseguir aliados, vou contatar os que me ajudaram contra a Treva, e começar um preparatório, mais forte com os homens da Guilda, e de Gri, para que eles possam combater os bruxos, e proteger Hogwarts. Vou convidar os Korrigans também, e os homens da Areia. Vamos tentar preparar o maior exercito já visto em todos os mundos. A confraria com certeza ficara honrada em nos ajudar.

-Fassa isto mestre, enquanto isto, temos que conseguir aliados por aqui também, e descobrir alguma maneira de acabar com as criaturas de Hades, se elas forem libertas, estamos a um passo a frente de Voldemort, ele não sabe que conhecemos os planos dele, e não espera que estejamos preparados.

-Isto mesmo Harry, mas não podemos descartar a hipótese de ele estar tentando lhe usar mais uma vez, vamos abrir os olhos desta vez, e nos manter preparados.

-Claro professor, já pensei nisto também, mas em todo caso estaremos preparados para qualquer ataque. Ele precisara de tempo para libertar as criaturas de Hades, e eu acho que se ele fizer isto o mestre ira saber, e assim poderemos nos preparar melhor. O que temos que começar a fazer são armaduras com proteções. Isto será de grande ajuda para a confraria, e para nos mesmos, eu posso ajudar com os grafemas.

-Pode deixar isto por nossa conta Harry, vou encarregar de que se comece a fazer as armaduras, e a protege-las com feitiços. Mas agora tenho que ir Harry, avise por favor ao Guillemot, e diga-lhe que volto antes do inicio das férias para busca-lo.

-Pode deixar....

-Dumbledore, mais uma vez foi um prazer, em breve nos reencontraremos, muito obrigado, por tudo. E não hesite em chamar a atenção de Guillemot por qualquer coisa.

-Pode ficar tranqüilo.

-Entao ate mais.

E assim ele abriu uma porta no Wyrd provavelmente em direção a França, deixando para traz Harry e Dumbledore, cada um prezo em seus próprios pensamentos e incertezas......

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