Turning tables
Título: Turning tables
Autora: Deb Rezende
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Lily Evans era uma garota problemática e James sabia disso. Isso era, no entanto, somente o que sabia sobre ela. Mas agora era hora de respirar fundo e dar adeus àquela história que, certamente, não daria em nada mais do que sofrimento.
- capítulo único
Close enough to start a war
All that I have is on the floor
James Potter abriu os olhos, sonolento. A claridade que inundava o quarto o despertara. Olhou confuso para os travesseiros espalhados pela cama e a profusão de roupas largadas pelo chão. Aos poucos a noite passada lhe voltava à memória, fazendo com que seu estômago afundasse em uma onda de pesar. A porta entreaberta do quarto relevava mais um traço de sua estupidez, bem como a cabeça latejante e o copo de bebida quente na cabeceira da cama.
Aquilo não era nenhuma surpresa, se fosse sincero consigo mesmo. Não era a primeira vez que Lily Evans fugia do seu apartamento na calada da noite. Muito menos era inédita a sua promessa de jamais voltar a procurá-la. Não que fosse ele quem a procurasse, riu sem humor, largando novamente a cabeça nos travesseiros macios. Era sempre a ruiva que aparecia em sua frente, em toda a sua magnitude, com seus brilhantes e perigosos olhos verdes, e mais perigosos ainda lábios vermelhos. E doces, como ele bem sabia.
- James! – ela havia dito ainda ontem, sorrindo ao encontrá-lo no balcão de um bar sujo. Como todas as centenas de vezes anteriores.
A verdade era que James não sabia nada sobre ela. Lily fugia toda vez que ele dava indícios de tentar uma maior aproximação. Não sabia nem ao menos se aquele era seu nome verdadeiro, onde ela morava ou o que fazia para sobreviver. Era como um tornado, que punha sua vida em movimento e partia deixando inúmeros estragos.
- Lily! – ele largara o copo de bebida, derramando-a pelo balcão. O conhecido tremor que assaltava seu corpo quando a ruiva estava presente perpassou por seu corpo, ativando todas as suas células. – O que está fazendo aqui?
Ela dera de ombros.
- Eu disse que lhe encontraria. – Lily sorriu. – Eu sempre o faço.
Ouviu o som de sua risada. Conhecia aquele riso sedutor que o prendia. Como tudo nela, na verdade. Fechou os olhos, evitando qualquer olhadela em sua direção. Sabia o risco que corria de se perder novamente no olhar magnético que ela possuía. O ruído de metal raspando chão sujo denunciava que ela pretendia se sentar ao seu lado. Suspirou uma ou duas vezes, imaginando se algum dia aquela tortura lenta terminaria enfim.
God only knows what we’re fighting for
All that I say, you always say more.
- Não está feliz em me ver? – perguntou.
James conhecia seus padrões. Suas perguntas, seus trejeitos e suas armas. E inevitavelmente caia em todas elas. Não estava feliz em vê-la, portanto. Sabia ser aquela sua condenação. O que não impedia de suas mãos formigarem, ansiando por tocar seus cabelos e segurar seu corpo delgado novamente.
- Vá embora, Lily – balançou o novo drinque, que nem ao menos notara até aquele momento. Quando o havia pedido? – Já conversamos sobre isso.
Sim, haviam conversado. Inúmeras conversas, para as quais Lily jamais lhe dera atenção. E nas quais ele jamais conseguira manter o foco. Não quando ela permanecia sorrindo e olhando-o daquele jeito provocador e único. Muito menos quando ela pausava suas palavras enquanto beijava seu pescoço. E, todas as vezes em que acontecia, James acordava sozinho no apartamento com a porta da frente destrancada. Nem ao menos um bilhete, nunca.
Sirius Black, seu melhor amigo, não entendia qual o grande problema que James via na relação. Mas Sirius não procurava, como ele, alguma estabilidade na vida. E James sabia que essa era uma coisa que jamais teria ao lado de Lily. Não quando ela fugia feito uma raposa à simples menção de alguma conversa. E ele nem ao menos falara em compromisso. Um simples número de telefone já estava de bom tamanho para começar. Mas James não tinha como sair daquela relação agora. Não quando estava desesperadamente apaixonado por ela.
E esse era o seu maior problema.
I can’t keep with your turning tables
Under your thumb I can’t breathe
- Só estou lhe cumprimentando, querido – ela pediu o próprio drinque. Mas James sabia que a última das intenções dela era ser meramente cordial. Viu-a sorrir pelo canto dos olhos. Era seu sorriso favorito, sonhava com ele todas as noites. Via-a em cada fechar de olhos, esperando sinceramente que um dia ela pudesse ser real.
Mas a garota de jaqueta de couro ao seu lado não podia ser de verdade. Seu cabelo desgrenhado, o olhar traiçoeiro e malandro... James sabia que não era para ser.
- Pois bem – James ergueu o copo na sua direção, como se a brindasse. Se fosse forte, pagaria a conta e sairia dali agora mesmo. Amaldiçoou-se por ser tão fraco – Pode me deixar sozinho agora que já o fez.
Aos 32 anos, dono de uma importante agência de contabilidade, James Potter se orgulhava de seguir um padrão: contas pagas, carros limpos, casa arrumada. Organização. Sabia que sua vida não admitia uma garota-problema que frequentava os bares sujos de Nova Iorque. Mesmo que essa garota em questão fizesse com que cada parte do seu corpo reverberasse em vida.
So I won’t let you close enough to hurt me
No, I won’t ask you, you to just desert me
I can’t give you what you think you gave me.
- Ora, Jay – ela se aproximou, fazendo com que seus ombros se tocassem. James sentia o bico das botas de salto dela rasparem em sua canela de um jeito sensual. – Não diga que não me queria aqui.
Lily sorriu, fazendo com que todo o bar sumisse do campo de visão de James. É claro que a queria, tanto ali quanto em todos os outros lugares em que fosse na vida. Como não poderia? Sabia, mais do que ninguém, que não poderia deixar com que ela o domasse novamente. Mas então o que estava fazendo num bar sujo na noite de sexta, senão esperando que ela o procurasse?
Por isso James sorriu. Era inevitável.
- Eu sabia que queria – Lily disse, seus olhos de esmeralda brilhando intensamente.
E a próxima coisa de que James tinha lembrança era de estar aos beijos com a ruiva no elevador do seu prédio de classe média às três horas da manhã.
It’s time to say goodbye to turning tables
- Você tem uma nova mensagem – disse a secretária eletrônica na manhã seguinte. James sentiu um comichão na barriga, mesmo que soubesse que as chances do recado ser de Lily fossem as mesmas de o inferno congelar – James!! – a voz grossa de Sirius ao telefone provava que estava certo. Ela nunca ligava. Duvidava até mesmo que ela guardara seu telefone, ainda que o tivesse dado a ela pelo menos cinco vezes. – Onde esteve na noite passada?
Devo ter ligado umas sete ou oito vezes pra sua casa! Só espero que não tenha ido atrás daquela ruiva de novo. Vamos sair hoje. Marlene diz que tem uma garota ótima para conhecê-lo.
James checou os recados anteriores mais uma vez, só para ter certeza de que não deixara passar nada. Nenhuma surpresa. Sabia que deveria realmente ir ao encontro de uma garota normal à noite. Se até mesmo Sirius conseguia ver uma mulher por mais de duas semanas, como vinha sendo com Marlene, supunha que não tinha nada que o impedia de não fazer o mesmo.
Exceto, talvez, o tornado que havia passado mais uma noite por sua vida.
Under haunted skies I see you
Where love is lost, your ghost is found
Do outro lado da cidade, Lily Evans tomava seu primeiro drinque. Ou o milésimo depois de algumas pausas, considerando que não havia dormido pouco mais do que duas horas. Tomou uma ducha rápida no banheiro do posto mais aceitável que pode encontrar antes que sua higiene começasse a ficar em um estado preocupante. Sabia que precisava voltar para casa em algum momento, mas esperava sinceramente que pudesse colocar um pouco mais de álcool no sangue antes de enfrentar a Sra. O’Connor cobrando o aluguel.
E, por isso, bebia.
Acreditava que não precisava mais passar por aquilo, não aos 27 anos de idade. Talvez devesse arrumar algum emprego digno, pagar os meses atrasados e assumir algumas contas. Mas qual seria então a graça da vida? Se despediu do bartender e pegou a jaqueta. Se não morresse ao longo do dia – o que Lily já considerava uma enorme vantagem – voltaria ali no amanhecer seguinte para sua primeira dose.
Como vinha fazendo desde que deixara o orfanato dez anos atrás.
Lily só sabia que era uma “Evans”, mas não o porquê. Muito menos quem a deixara no orfanato velho e imundo do subúrbio da cidade. Não tinha nenhuma ideia de quem eram seus pais, e menos vontade ainda de procurar por eles.
Quando deixara de ter comida e abrigo garantidos no orfanato, passara a se virar nas ruas. Ora vendendo uma mercadoria roubada por alguém em algum lugar, ora entregando meia dúzia de pizzas velhas. O suficiente para comer e vestir, porque as contas Lily deixara de pagar há muito tempo. Se é que algum dia o fizera.
I braved a hundred storms to leave you
As hard as you try, no, I will never be knocked down
O sol que começava a brilhar iluminava seus cabelos sujos. Teria que fazer alguma coisa hoje para poder comprar um vidro de xampu. Talvez servisse mesas em qualquer lanchonete por meia hora. Se desse sorte, ainda descolaria um sanduíche.
Bom plano, pensou.
As pessoas já começavam a se acotovelarem nas ruas, com mais pressa do que podiam exigir de suas pernas, atrasadas para um trabalho normal e entediante que jamais teria. Não entendia o que fazia pessoas trabalharem em pleno sábado. Conhecia muito bem a sua sina: viveria a vida toda em cantos escuros e sujos, ignorada por quem não fosse seu credor e subestimada por absolutamente todos que parassem mais de um segundo para vê-la. Lily sorriu: estava mais do que pronta para honrar com todas essas expectativas.
Do outro lado da cidade, onde tudo era limpo e chique, Lily supunha que James estivesse acordando e se deparando mais uma vez com sua ausência. Sorriu ao pensar na testa franzida dele: podia quase visualizá-la. Não que se arrependesse de deixá-lo. Uma garota como ela jamais se arrependia.
Era necessário. E Lily aprendera desde cedo que não se luta contra as necessidades da vida.
I can't keep up with your turning tables
Under your thumb, I can't breathe
Lily entrou sorrateiramente na casa velha em que vivia. Estava ali por seis meses e era hora de ir embora. Não somente pelos cinco meses de aluguel atrasado (os quais ela não pretendia pagar nem mesmo em sonho), mas porque Lily jamais ficava tanto tempo em algum lugar. Não, o melhor a se fazer era entrar no raiar do dia, recolher seus poucos pertences e sumir.
Pensou em James mais uma vez enquanto trocava as roupas da noite anterior.
Gostava de ter o rapaz vez ou outra. Sua vida certinha, seu apartamento delicado... James parecia ser um sonho. Como o brinquedo desejado de uma garota que nunca tivera nada. As fotos na estante mostravam que o moreno tinha uma família, amigos, crianças ao redor... Coisas que uma desajustada como ela jamais ousaria pensar em ter.
Lily não pertencia a esse mundo, ela estava ali somente de passagem.
- Quem é você? – ele havia dito em uma noite qualquer. Ela não tinha ideia de quando.
- O que? – Lily riu, pegando mais um morango da tigela. Não tinha recordação da última vez em que os pudera comer – Eu sou Lily, oras. O que mais poderia ser?
Ela não tinha ideia.
So I won't let you close enough to hurt me
No, I won't ask you, you to just desert me
I can’t give you, the heart you think you gave me
- Vamos, Lily! – ele pedira, acariciando seus cabelos. Ela se lembrava de ter fechado os olhos, aproveitando o carinho. Nunca o tivera antes, não que se lembrasse. – Me diga quem você é, o que faz, como vai parar na minha vida toda vez que lhe digo para não fazê-lo.
E então ela fugia. Ninguém gostava de ter uma problemática por perto, Lily sabia. Em toda e qualquer tentativa de James de fazer isso, um alarme de alerta soava em sua mente, fazendo com que a garota saísse correndo pela mesma porta em que entrara. E, no final, Lily se divertia com isso. E entendia: uma mulher como ela viera ao mundo simplesmente para causar confusão.
Por isso ela voltava. Em todas as vezes em que, com os olhos dizendo o contrário, James pedia para ela não procurá-lo novamente, Lily voltava. E voltaria sempre. Até que James seguisse seu inevitável destino, se casando com uma garota de boa família e ajuizada, deixando a ruiva enigmática em nada menos do que a memória.
Isso também fazia parte da sua sina.
It’s time to say goodbye to turning tables
To turning tables
James fechou os livros de contabilidade com um movimento só. Não conseguia se concentrar no trabalho. A imagem de Lily sempre voltava à sua mente quando tentava. Devia ter esquecido a ideia absurda de trabalhar em pleno sábado. Porque não podia manter o escritório fechado por ao menos um dia?
Seria muito mais proveitoso.
Pensou nas centenas de pessoas que, a essa hora, haviam conseguido de fato fazer o seu trabalho sem nenhuma preocupação absurda na mente: as invejava.
O relógio da parede anunciava que ainda era cedo demais para sair com o pretexto de comer alguma coisa. Mesmo que, tecnicamente, ele tivesse toda a liberdade de fazer isso em seu próprio escritório. Mas era bom evitar, a secretária já parecia mal humorada o suficiente por ter vindo ali num sábado para que James a aborrecesse com escapadelas impróprias.
Não parecia certo. E James Potter nunca fazia algo que o deixasse fora da linha.
Next time I'll be braver, I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Lily pousou a mochila no chão. A nova casa onde estava temporariamente hospedada parecia um pouco mais aconchegante do que a toca de um rato. Bom, pelo menos a velha rabugenta que administrava o local cobrava barato.
Talvez ela pudesse ficar ali por um bom tempo. Algo em torno de seis ou
sete meses.
Era quase uma vida.
O quarto era pobremente decorado, mas tinha um banheiro em bom estado.
Separou uma roupa das menos amassadas e ligou o chuveiro, esperando sinceramente que ele esquentasse. Bom, pelo sim ou pelo não, aquilo era o melhor que tinha no momento.
E Lily não era do tipo que reclamava do que viesse.
Tomou uma ducha rápida – era o máximo que podia fazer, a água parecia suja demais para permanecer por um tempo maior do que o necessário embaixo dela – e se vestiu. As noites de sábado eram suas favoritas. Todas as pessoas estariam descansando de seus trabalhos normais, todas felizes em esquecer-se da vida. E, nesse momento, eles eram iguais à Lily.
Next time I'll be braver, I'll be my own savior
Standing on my own two feet
- Sem chances, Sirius – disse James ao telefone.
Precisara ficar trabalhando até tarde para compensar toda a manhã perdida em divagações que não deveria mais ter e estava exausto. Além de todos os números e papéis com que tivera de lidar, James ainda havia tido o bom senso de dispensar a secretária por volta das quatro da tarde, ficando responsável por atender aos telefonemas.
A última coisa que desejava, portanto, era sair para encontrar alguma garota.
- James! Por Deus, isso está marcado há semanas! – Sirius resmungou, mas
James não lhe dera atenção. Estava mais interessado em desatar o nó que prendia sua gravata. Porque diabos fora trabalhar com ela? – Você não pode simplesmente dar para trás agora!
- Não só posso como estou fazendo, Sirius – chutou os sapatos para longe, se olhando no espelho da sala de estar: estava uma bagunça – Hoje vou passar a noite em casa, sinto muito.
O que era absolutamente verdade. Tomara a decisão enquanto tentava trabalhar: essa noite, James não sairia. Não mentiria para si mesmo com a desculpa de “só um drinque” em um bar sujo, onde sabia que Lily o encontraria. Se queria terminar de vez com aquele tormento, James teria que começar a se mexer. Ou, pelo contrário, ficar exatamente onde estava: na segurança de sua casa.
Dessa vez o ponto final era definitivo.
I won't let you close enough to hurt me, no
I won't ask you, you to just desert me
I can’t give you, what you think you gave me
Lily afastou o oitavo brutamontes que vinha em cima dela naquela noite. Estava mal humorada. Não havia encontrado James em nenhum dos bares que visitara até agora. Onde diabos ele havia se enfiado? Remexeu incomodada nos cabelos. Aquele boteco era quente e mal frequentado demais.
Se afastou sorrateiramente do balcão, chegando até a porta do bar sem ser percebida. É claro que não pagaria a conta. Nunca o fazia. E não estava nem remotamente interessada em deixar algum dos clientes fazê-lo por ela. Não quando isso custaria um ou dois beijos que não estava disposta a dar.
Eram quase três horas da manhã e não o havia visto. Sua noite tinha sido um completo desperdício de tempo. Talvez devesse voltar para o quartinho sujo que alugara não muito longe dali, mas a ideia de passar a noite naquela cama úmida e pequena não lhe apetecia. Pensou com saudade na cama grande e macia de James. Nas cobertas finas e delicadas e nos travesseiros gordos e fofos. Mas ele não a queria mais por perto. Já havia dito isso vezes demais. E a profundidade das emoções dos olhos castanhos dele lhe assustavam mais do que poderia definir.
Talvez fosse mesmo a hora de ir embora.
Lily acreditava que, se fosse uma garota um pouco mais sortuda, ficaria inacreditavelmente feliz por despertar em James a vontade de continuar em um relacionamento. Mas ela era a órfã Evans, que não tinha absolutamente nada em sua vida. E não era agora que começaria a ter. James era somente o cara certo para a garota errada.
Mas, ainda assim, seus pés a levavam em sua direção.
Se tivesse espaço para se apaixonar, Lily sabia que o faria desesperadamente por James. Mas não tinha. Seu único espaço era para sobreviver. Então, sim, ela o fazia. Vivia cada dia de cada vez, lutando para não morrer e tendo alguma diversão. Por isso sorriu abertamente quando James abriu a porta, ligeiramente confuso e visivelmente alcoolizado.
- Olá, James! – disse.
It's time to say goodbye to turning tables
James piscou os olhos repetidas vezes, acreditando que, se os fechasse, ela iria embora. Mas Lily não era uma miragem produzida pela vodka em seu sangue. Ele sabia pelo perfume dela, pela vivacidade de seus olhos... E nenhuma bebida seria capaz de reproduzir as sensações que eles produziam em seu corpo.
- O que está fazendo aqui? – balbuciou. Não havia saído, não havia ido ao seu encontro. Porque então ela ainda estava ali?
Lily entrou e fechou a porta, sorrindo em sua direção. James não contava com aquela intervenção. Achava que, uma vez em casa, estaria seguro. Mas ali estava ela, linda e ameaçadora como sempre, andando em sua direção. James sabia que levaria uma questão de segundos até estarem arrancando desesperadamente as roupas em cima da cama.
Não, não hoje. Já não havia se decidido sobre o ponto final?
- Estou me assegurando de que você ainda está aqui – ela sorriu, desabotoando o cardigã preto e puxando-o pela gravata que não conseguira se livrar até então.
Quando Lily tocou seus lábios, James soube que estava perdido. Estava-o, na verdade, desde a primeira vez em que a vira. Suspirou, desistindo de tentar compreender aquela história e se agarrando mais à ela, puxando seus cabelos e sentindo sua pele. Se para ficar ao lado dela James teria que jogar o seu jogo... bom, era um risco a se correr. E ele sabia que sempre voltaria atrás em suas decisões para tê-la por uma vez mais.
To turning tables.
FIM
n/a: Oi, gente! Primeiro, obrigada à Liv por me avisar sobre o concurso! Devo confessar que essa é uma das minhas músicas favoritas da Adele, e sempre me faz querer ouvi-la novamente. Espero que tenham gostado dela com a fic! Beijo pra todo mundo, Deb.
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