Set fire to the rain



Título: Set fire to the rain
Autora: Caderninho azul

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I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me

(Eu deixei cair, meu coração
E enquanto ele caía, você surgiu para reivindicá-lo
Estava escuro e eu estava farta
Até que você beijou meus lábios e me salvou)

Primeiro Dia

Eu estava fugindo quando o encontrei.

Na verdade, foi ele quem me achou. Eu estava destruída por dentro, quebrada e procurando no mundo um conserto.

Meus pais tinham acabado de me deixar e encontrei meu namorado na cama com a minha melhor amiga. Não estava em um dos pontos mais altos da minha vida.

Não havia ninguém nem nada no mundo que pudesse me prender nele. Foi no empório onde pretendia comprar um veneno para mim que nos encontramos pela primeira vez.

Esbarramo-nos quando ele saía e eu entrava. E então ele olhou nos meus olhos e tudo mudou.

A sua beleza perturbadora secou minha garganta e por um segundo, senti que eu devia valer algo por capturar sua atenção. Feitas as apresentações, ele puxou minha mão e sem reação observei-o se curvando para beijá-la.

-O prazer é todo meu.

Corei a menção dessas palavras ,e ele sorriu tentadoramente.

Um café depois e o plano do veneno tornou-se uma ideia pouco atrativa.

Dias depois, nos encontramos novamente. Dessa vez ele não beijou apenas a minha mão.

My hands they were strong
But my knees were far too weak
To stand in your arms
Without falling to your feet

(Minhas mãos eram fortes
Mas meus joelhos eram muito fracos
Para permanecer em seus braços
Sem cair aos seus pés)

Dia 456

Lembro de ter ficado ridiculamente dependente de Draco. Talvez encontra-lo numa situação tão vulnerável fez com que ele se tornasse o pêndulo que me mantinha em órbita.

E aquela sensação de segurança que ele trazia se tornou tão necessária, que quando dei por mim, já estava viciada.

-Quando vai falar o que viemos fazer aqui? – questionei receosa enquanto abraçava os braços de frio.

O lago congelado a nossa frente, junto ao céu cinza formava uma paisagem tão linda e tão mórbida que não foi surpresa depois descobrir que era mais uma propriedade dele.

Draco tinha preparado tudo com esmero, seu Elfo Doméstico andava de um lado para o outro nos servindo numa elegante mesa disposta acima da camada de água congelada.

Como eu não estava acostumada a ser amada daquele jeito tão livre e espontâneo, me preparei psicologicamente para uma catástrofe.

-Você é muito ansiosa, Astoria – ele disse sorrindo calmamente como se estivesse me elogiando.

Draco se levantou e foi um ato tão repentino que por segundos achei que fosse dar as costas e ir embora.

No entanto, ao invés do que pensara, ele se ajoelhou e tirou uma pequena caixa de suas vestes. Com um singelo floreio tirou de lá o anel mais deslumbrante que já tive a sorte de admirar - definitivamente combinava com quem o havia comprado – e disse as palavras que nunca poderia imaginar sair de sua boca.

-Astoria Greengrass, aceita se casar comigo?

But there's a side, to you, that I never knew, never knew
All the things you'd say, they were never true, never true
And the games you'd play, you would always win, always win

(Mas há um lado, em você, que eu nunca soube, nunca soube
Todas as coisas que você diria, nunca foram verdade, nunca foram verdade
E os jogos que você jogaria, você sempre ganharia, sempre ganharia)

Dia 1298

Se meus pais tivessem vivos, teriam orgulho de me assistir como a Sra. Malfoy. Mamãe elogiaria a sua integridade recém-adquirida frente a intensidade que a Guerra tomara, enquanto papai provavelmente discutiria
Quadribol com o mesmo entusiasmo que costumava jogar comigo quando pequena.
Mas eles não estavam mais ali e não havia motivo de desperdiçar meu precioso tempo refletindo sobre o impossível.

Ninguém estava ali para presenciar a minha alegria.

Só Draco.

Fazia pouco tempo que eu mudara meu sobrenome, apenas dois anos, embora parecesse que ele sempre me pertencesse.

Draco chegou em casa nervoso e distraído naquele dia. Largou a capa em sua poltrona favorita, me deu um leve beijo nos lábios e seguiu para a suíte levando a tensão consigo.

Eu sabia que não devia...

Olhando para os lados, temendo que alguém tivesse me observando, fui atraída até o bolso de sua capa e de lá tirei um anel.

O anel de Blás Zabini.

Respirei fundo devolvendo o objeto ao lugar de origem. Se pudesse, apagaria o que acabara de ver mas como isso era impossível, optei por testar Draco.

Se o que desconfiava era verdade, então ele estava mentindo para mim.
E para o resto do mundo.

Draco dizia ter mudado de lado permanentemente aliando-se a Ordem da Fênix, o que talvez tenha sido o principal motivo de eu ter lhe dado uma chance. O que faria então com o anel de um dos líderes dos Comensais?

-Draco.

Eu ouvi o barulho de água caindo sobre o azulejo e encostei a cabeça na parede do banheiro.

-Sim? – questionou com uma voz macia.

-Aonde estava? Achei que fosse chegar mais cedo.

-Ah, só resolvendo alguns problemas de última hora da Ordem, Potter está fora e não sobra ninguém competente.

Revirei os olhos me divertindo com sua arrogância.

-Isso não é um jogo, Draco – me senti na obrigação de lembra-lo.

Ele sorriu presunçosamente se virando para mim.

-É claro que não, mas se fosse você já sabe quem sairia sempre vencedor. Quer se juntar a mim?

O convite era tentador, no entanto, ainda estava preocupada com a nova desconfiança se alojando em minha mente como um hospedeiro.

-Fica para outra hora.

Demorei tempo demais para perceber que ele saía sorrindo maliciosamente.

-Você já devia me conhecer, Tori – sua voz saiu rouca colada ao meu ouvido – e não vou te deixar fugir.

E dizendo isso, me puxou com roupa e tudo para o banho menos gelado da minha vida.

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

(Mas eu ateei fogo à chuva
E fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto
Bem, ela queimava enquanto eu chorava
Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!)

Último Dia

Era a segunda vez que mergulhava em suas memórias e era pega.

Em outra ocasião, estaria temendo que Draco nunca me perdoasse mas hoje era ele quem me devia explicações.

-Eu já falei para você nunca mais fazer isso – ele sibilou socando a parede mais próxima me assustando um pouco – É TÃO DIFÍCIL ENTENDER?

-É, Draco, é muito difícil entender porque estava falando com Zabini na memória entregando o paradeiro de metade dos membros da Ordem! – eu gritei furiosa – você está traindo quem te abriu as portas quando ninguém, nem sua própria família, se manteve do seu lado?

Diante disso, seu rosto perdeu um pouco da cor.

-Não interprete o que viu desse jeito, Tori.

-Perdão, existe outra forma de se interpretar? – ironizei cruzando os braços.

-Eu só estou te protegendo.

-Do que você se tornou? - demandei recuando quando senti que ele se aproximava – agradeço a sua preocupação, mas eu li a carta em cima da mesa, entendi muito bem o que está acontecendo!

-Está mesmo? – ele arqueou as sobrancelhas – porque eu pretendia te contar.

-E não contou porque sabia que eu não aprovaria.

-Sim, porque você acharia perigoso – Draco falou aliviado como se tivéssemos chegando a algum lugar.

-Acredite, tem tanta coisa errada nesse plano duplo que está fazendo que o “perigoso” é o menor dos seus problemas!

-Eu estou fazendo o que é certo!

-O certo para quem?

-Para todos nós, para você!

-Eu não quero ouvir mais nada!

-É, faça isso mesmo – ele retrucou irritado – mas pelo menos eu me arrisco, não fico apenas em casa julgando quem está fazendo algo!

Foi só depois que recolhi a minha mão latejante que percebi que acabara de dar um tapa em seu rosto, Draco cambaleou, não sei se pela força do golpe ou por mera surpresa.

Céus, onde fomos parar?

When I lay, with you
I could stay there, close my eyes
Feel you here forever
You and me together, nothing is better!

(Quando deito, com você
Eu poderia ficar lá, fechar meus olhos
Sentir você aqui para sempre
Você e eu juntos, nada é melhor)

Dia 980

Numa feliz manhã acordei com Draco nos meus braços depois de uma noite,na qual dormir foi a última coisa que acabamos fazendo.

-Bom dia, Tori.
Olhei para cima, já que minha cabeça repousava em seu peito.

-O que me delatou que estava acordada?
Ele sacudiu os ombros.

-Acho que eu só te conheço o suficiente.

Sorri, sem me preocupar em ajeitar os cabelos ou procurar um espelho. Quando estava com Draco, parecia que nada disso era importante.

Ainda que seja preciso ressaltar, que antes eu estava desesperada em me equiparar e ele.

Foi mais ou menos nesse momento que percebi que estava diante uma tarefa impossível.

-Eu sempre estive curioso com uma coisa – ele começou e franzi a testa, sempre me considerei uma pessoa muito fácil de se ler – no dia em que nos encontramos no empório, você parecia perturbada. O que fazia lá mesmo?

Minha vontade foi de me cobrir com os lençóis e não subir a superfície para responder aquela pergunta.

-Quer mesmo saber?

-Vamos lá, Tori. Com a vida que eu tive, nada do que você diga vai me fazer sair correndo – ele disse bem humorado e sorri descarregando um pouco do nervosismo que eu sentia.

-Eu estava em um hora bem ruim então – suspirei antes de falar a verdade – decidi comprar veneno.

-Veneno?

Seu rosto se tornou sombrio e ele se sentou me obrigando a fazer o mesmo.

-Prometa – ele pediu num tom urgente segurando meus ombros.

-O quê?

-Prometa, não importa o que aconteça, nunca vai fazer isso. Tentar tirar a própria vida.

Eu não entendi porque ele estava dando importância aquilo, uma vez que acontecera há tanto tempo, mas concordei o deixando mais calmo e aceitando o seu abraço apertado.

Cause there's a side, to you, that I never knew, never knew
All the things you'd say, they were never true, never true
And the games you'd play, you would always win, always win

(Porque há um lado, em você, que eu nunca soube, nunca soube
Todas as coisas que você diria, nunca foram verdade, nunca foram verdade
E os jogos que você jogaria, você sempre ganharia, sempre ganharia)

Dia 1332

-Onde estava?

Era a terceira vez que Draco se atrasava para o jantar aquela semana. Eu queria desesperadamente acreditar que estava apenas trabalhando demais mas a imagem do anel de Zabini não queria sair da minha mente.

-Com minha mãe – ele respondeu com a voz relaxada – o que me lembra, ela manda lembranças.

Observei-o subindo as escadas para um rápido banho. Ele mentia tão bem, como saber a verdade?

Como um sinal, a velha Andrômeda chegou colidindo com a vidraça e recolhi o animal, que felizmente não havia se machucado.

A carta em seu bico estava endereçada a Draco só que uma chama ascendeu em mim impediu-me que o avisasse. Abri o pergaminho, afobada.

“ Querido Draco ,

É realmente uma pena ter adiado o nosso encontro de última hora. Entendo, no entanto, as circunstâncias.

Muitas saudades suas, meu filho. Como anda Astoria?

Espero que o plano esteja funcionando como previsto, seu pai estaria tão orgulhoso de você. “

Ergui os olhos com o que devia ser o terceiro chamado de Draco.

-Quem era?

-Ninguém, só uma antiga amiga – falei abismada com a minha capacidade de mentir mas depois percebi que morava com um excelente reitor.

Era esse um jogo? Quem conseguia enganar mais o outro?

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

(Mas eu ateei fogo à chuva
E fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto
Bem, ela queimava enquanto eu chorava
Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!)

I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Well, it felt something died
Cause I knew that that was the last time, the last time!

(Eu ateei fogo à chuva
E nos atirei às chamas
Bem, sentia que algo morreu
Porque eu sabia que era a última vez, a última vez!)


Último dia

Depois daquela tapa, eu saí correndo.

Se eu estava fugindo dele ou de mim mesma, essa é uma dúvida que sempre vou levar comigo.

O fato era que eu sabia o que tinha que fazer agora. Por mais que me cortasse por dentro, esse era o certo. Seria egoísmo meu manter o culpado de milhares de mortes livre só porque, por uma infeliz coincidência, ele também era o homem que eu amava.

Andrômeda, sempre solícita pousou em meu ombro enquanto eu escrevia frias palavras numa carta que tinha como destino o Ministério da Magia.

Ela rapidamente entendeu as ordem e saiu levantando voo carregando a carta para longe.

-Tori?

Vire-me sobressaltada olhando para Draco que colocava a capa preta.

-Vai sair? – perguntei em pânico.

Isso não podia acontecer. Não agora, pelo menos.

-Eu preciso esfriar a minha cabeça – ele admitiu seguindo em direção a porta mas o interceptei. Se Draco saísse, poderia descobrir o que eu acabara de fazer e uma catástrofe aconteceria.

-Não vá – eu pedi o alcançando e pondo as mãos em seu pescoço.

-Mas eu pensei..

-Não, eu pensei melhor e percebi que posso ter reagido por impulso – falei sem me assustar mais com o fluxo de mentiras que saíam.

E calei qualquer questionamento seu com um beijo que só acabaria na nossa cama, quando estaríamos muito ocupados para prosseguir ligados apenas por aquele contato.

Talvez tenham se passados apenas alguns minutos ou quem sabe longas horas, nunca vou ter a certeza pois estava muito focada no que seria nossa última vez.

Eu só posso afirmar com convicção que os Aurores entraram arrombando qualquer porta que vissem pela frente e com a do nosso quarto não foi diferente.

Draco não pode acreditar que estava sendo levado assim, ele exigia saber o que estava acontecendo e num momento de desespero me agarrei a ele, não querendo que ninguém o tirasse de mim.

-Não...eu mudei de ideia – tentava dizer aos Aurores, que sem um pingo de compaixão, cobriram Draco com uma túnica preta e o arrancaram de mim, levando também a Penseira, suposta prova de seus crimes.
O mais doloroso não foi ter que me separar de seu corpo, ou ter que lidar com todo o frio quando ele partiu. O pior mesmo foi ouvir os seus gritos, que chamavam o meu nome, sem saber que eu fui culpada de tudo.
Assim como ele seria culpado por todos crimes que fora acusado.

Sometimes I wake up by the door
That heart you caught must be waiting for ya…
Even now when we're already over
I can't help myself from looking for ya

(Às vezes acordo ao lado da porta
Aquele coração que você apanhou deve estar esperando por você
Mesmo agora, quando já terminamos
Não posso evitar ficar te procurando)

Tempo Atual

Eu não fui ao seu julgamento.

Simplesmente não conseguia, Draco já devia saber quem o delatara e eu não queria ver a decepção em seus olhos.

A sentença foi mais cruel que eu esperara e só fez com que a culpa se intensificasse dentro de mim.

Beijo do Dementador.

Havia um dia apenas que a alma de Draco Malfoy estava vagando sem rumo pelo mundo. Eu não tinha certeza se isso fazia de mim viúva.

Eu passara as últimas vinte e quatro horas num pesadelo vivo. Toda vez que fechava os olhos, vinha a imagem de Draco com uma capa de Dementador, com o rosto encovado e os olhos fundos me culpando.

Desci as escadas, tendo que me escorar no corrimão, ao seguir para sentar em sua poltrona que ainda continha o seu cheiro, me deparei com uma carta numa mesinha em frente a ela. Lembrei vagamente da nossa discussão e sorri debilmente com saudades dessa época.

Da época que Draco Malfoy discutia, ou falava, ou tinha alma.

A carta que eu tinha lido estava em cima da mesa de jantar e pertencia Zabini.

Mas essa era escrita por Harry Potter.

“Malfoy,

Eu nem sei como te agradecer por toda a ajuda que tem dado a Ordem. Vejo que tomou a decisão certa a tempo, lembro que seu pai também mudou de ideias quanto a ficar dos lados dos Comensais e descobriu tarde demais.

Os Comensais têm acredito em você? Como o truque com a duplicata do anel de Zabini deu certo, espero que a falsa informação sobre o paradeiro dos nossos também tenha. Me mantenha atualizado.

Parto hoje para a Albânia, de onde devo permanecer incomunicável por um tempo então não se meta em problemas durante esse período de tempo.

Como anda Astoria, e quando pretende contar a ela?

Cordialmente,
Harry Potter.”

Ele era inocente.

Era só isso que conseguia pensar.

I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

(Eu ateei fogo à chuva
E fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto
Bem, ela queimava enquanto eu chorava
Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!)

I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Well, it felt something died,
'Cause I knew that that was the last time, the last time!

(Eu ateei fogo à chuva
E nos atirei às chamas
Bem, sentia que algo morreu
Porque eu sabia que era a última vez, a última vez!)

Último Dia

Eu me sentei com seu Whisky favorito e encarei a lareira, observando o fogo que crepitava.

Draco não está mais aqui.

E quando o conheci, estava atrás de algo.

Paz.

Quando o conheci, estava no meio de um plano que interrompi.
Estava na hora de voltar ao meu plano original.
Eu só faria algumas modificações necessárias.

Oh oh oh oh oh…
Let it burn…
(Oh oh oh oh oh…
Deixe queimar)

Último Dia

Porque eu não merecia morrer com o efeito de um veneno que gentilmente iria adormecer meus sentidos e me levar a um tranquilo desmaio.

Não, eu merecia agonizar. Sofrer como Draco devia ter sofrido, acusado de um crime que era inocente.

Eu nunca poderia pedir perdão. A sua alma pairava em algum lugar desconhecido enquanto a minha teria o castigo que tanto almejava e merecia.

Espalhando o conteúdo do frasco pela sala, joguei o objeto quase vazio na lareira e o fogo se ergueu.

Mas não o suficiente.

Não, pensei frustrada, eu precisava de uma explosão, uma combustão. Eu criaria o meu pequeno inferno particular.

Empunhei a varinha e sabia que o que sairia era a minha última palavra.

-Incendio.

Me desculpe, Draco. Por tudo.

No fim das contas, não cumpri a sua promessa.

Queria encontra-lo mas sei que tornei isso impossível.

Impossível.

Let it burn.
(Deixe queimar.)

FIM.

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