Na biblioteca



Lilian e Severo ficaram, na terça-feira, pensando em um modo de invadir a sessão reservada, que não era permitida a entrada de nenhum estudante. Tiago Potter parecia perceber o que eles queriam fazer, então no fim da tarde, chamou Lilian e lhe entregou duas coisas: um pedaço de pergaminho e uma capa longa e fina. 


 - Se você realmente pretende fazer aquilo - ele dizia, sabendo o que ela iria fazer -, vai precisar disso. Para ver o que há no pergaminho, é só murmurar "eu juro solenemente não vou fazer nada de bom". E depois, Malfeito Feito.

 
 Tiago saiu de perto dela e ela admirou os objetos em suas mãos. Ficara tão obsecada com as vozes que até esquecera de pensar se iria ficar com Tiago ou não. Decidindo que pensara nisso mais tarde, saiu correndo ao encontro de Severo, que estava na biblioteca.


 - Sev - ela sussurrou -, olhe isso. Tiago Potter me entregou, e disse que isso nos ajudaria.


 - Tiago Potter? - disse Severo, os olhos faiscando. Lilian sabia do desentendimento entre os dois um tempo atrás.


 - Ah, vamos, Sev! Isso já passou, tente dar a ele uma segunda chance...
 Mas Lilian se calou. Severo boquiabriu-se ao olhar a capa e o pergaminho. 


 - Lilian... isso é... uma capa da invisibilidade! - exclamou Severo.


 - É? - Lilian já ouvira falar delas.


 - E isso, o que é? - perguntou Severo olhando para o pedaço de pergaminho.


 - Vamos ver... Eu juro solenemente não fazer nada de bom! - disse Lilian apontando a varinha para o pergaminho. E surgiu nele, em caligrafia verde e fina as palavras:

 
Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas tem orgulho de apresentar o 
      Mapa do Maroto


  Lilian observou encantada o pergaminho, enquanto Severo olhava desconfiado.


 - Lilian, não sei se é certo usarmos isso, vai saber o que há nele...


 Lilian abriu cuidadosamente o mapa, e se surpreendeu ainda mais: era um mapa perfeito de Hogwarts, mostrando pontinhos dos alunos em seus dormitórios, salas comunais, jardins e, os dois se assustaram, na biblioteca. Ela pôde ver o seu nome e o de Severo no mapa, escrito caprichosamente.


 - Sev, vamos agir hoje. Ah, qual é - ela disse quando viu o olhar desaprovador de Severo. - Temos a capa e o mapa, o que pode dar errado? 



 
   *


 Lilian aguardava ansiosamente na sala comunal. Tanto ela quanto Severo planejaram agir à 00:00. Porém, já eram 23:40 e a sala comunal tinha pelo menos uns dez alunos, ainda. Para sua sorte, todos pareceram demasiado cansados para continuarem lá.
  
 
 Ela saiu quase correndo, passou pelo retrato da Mulher Gorda - que estava pregada no sono - e viu que Severo já a esperava. Jogou a capa sobre os dois e consultaram o pergaminho. Filch estava na sua sala com Madame Nora. Devagar para não acordar nenhum dos quadros, eles se dirigiram à biblioteca. Murmuraram ao mesmo tempo "Lumos" e entraram sorrateiramente na sessão reservada. Retiraram a capa com cuidado e começaram a procurar livros sobre vozes invisíveis.

 
 De repente, a voz de Severo ecoou.


 - Lilian! Olhe esse! - ele disse histéricamente. O livro era exatamente e apenas sobre vozes invisíveis. Se sentaram numa mesinha nos fundos e começaram a ler juntos.


  Vozes invisíveis, normalmente ouvidas por uma pessoa apenas, são vozes em que não se vê quem a disse. O feitiço para produzí-la é complicado e necessita muita atenção.

 
 -
Será possível que todos os livros falam a mesma coisa? - interrogou Lilian, indignada. Mas Severo olhava para o rodapé da página. Lilian finalmente compreendeu.


 Normalmente, vários jovens bruxos fazem os feitiços de vozes por ciúmes de alguém, um amor não compreendido, normalmente. Mas há um feitiço para descobrir quem é o atacante. É um feitiço não verbal, ao ouvir a voz, concentre-se e pense: Revellio Vocie. Os efeitos do feitiço são: 
 - Irá soltar uma pequena trilha de fumaça para você encontrar o atacante;
 - Se praticado errado, pode fazer você ficar doido com a fumaça que aparecer.


 
Vendo que já sabia o bastante, Lilian recolheu os livros e guardou-os nas prateleiras, Severo acompanhou-a. Ela deixou Severo perto da sala comunal da Sonserina e foi, coberta pela capa e guardando o pergaminho embaixo do braço, para a sala comunal da Grifinória. 


 - Não sei porquê resiste, eu... -
 a voz novamente. Rapidamente, Lilian puxou a varinha e concentrou-se com todas as forças nas palavras Revellio Voice. Uma trilha de fumaça apareceu, Lilian seguiu-a. O caminho levava até a sala comunal. Então, encolhida num canto e parecendo que levara um balaço na nuca, estava ela...




 ...................
N/A: é gente, to agilizando a fic! Mas não é o próximo capítulo o último não! Vocês vão descobrir logo quem é "ela".
 
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