O Baile e Novas Histórias
Não havia amor, apenas uma incrivel atracção. E eu sabia que jogava um jogo, um perigoso jogo de sedução. Fatal e pecaminoso era este jogo, tão humano.
- Veste-te. - Ele ordenou. E saíu do quarto sem mais uma palavra.
Como um suspiro, compreendi que ele ainda tentava dominar-me e vesti-me, ajustaria contas noutra ocasião. Quando me vi ao espelho, gostei do resultado. Não era o tipico "pretty girl" que eu costumava ser. Era um vestido preto, justo, ousado e sexy. Não era vulgar, mas elegante...e atraente.
Ele voltou a entrar.
- Estás linda. - Detectei um discreto sorriso nos seus lábios, no espelho.
Retirou do bolso uma máscara branca, que me deixaria a boca destapada, uma máscara que me fazia lembrar a dos Devoradores da Morte...a diferença era que a minha possuía uma meia-lua preta e prateada do lado direito. Ele colocou-me a máscara e sussurrou ao meu ouvido: "Máscara da Morte, para uma Assassina."
E então virei-me. Ele estava ainda mais sexy do que eu esperava. Vestia um fato a rigor à moda muggle todo em tons de negro com uma gravata esverdeada que lhe realçava os olhos. A sua máscara era negra com a meia lua a branco e prata do lado esquerdo.
- Eu sei que é um bocado foleiro parecemos o Yin e Yang, mas a regra do baile é que os pares se complementem de alguma maneira nas máscaras.
- Está perfeito. - Limitei-me a dizer.
E ele agarrou no meu pulso e atou um pequeno ramo de rosas vermelhas.
- Vamos?
Eu acenei. Vi Dumbledore e Slughorn anos mais novos. Vi pares e casais com máscaras que se complementavam. Lucius Malfoy e Narcisa Black, Bellatrix Black e Rodolfus Lestrange, Frank Longbottom e Alicia Green. Mas eu só me concentrei em Tom e em toda as emoções que aqueles olhos verdes tinham em mim.
Eu odiava-o. Não conseguia abandonar quem ele se tornaria. Sempre que voltava ao meu tempo tinha novidades da guerra, das novas mortes. Sentia dor, sofrimento e culpa e uma nova vontade de o matar. Culpa porque ele estava ao meu alcance e eu devia matá-lo, uma vez que já alterara o passado no dia em que falara com ele. Culpa porque aceitara vir a um baile com ele e gostava do jogo de sedução que ambos jogávamos.
Mas ele ainda não era completamente maléovolo, ainda não mergulhara tão profundamente nas trevas quanto o Lord Voldemort do meu tempo.
E os nossos corpos dançavam encostadinhos, cada um procurando conduzir a dança. Éramos ambos bons dançarinos e acompanhávamos o ritmo da música e os passos um do outro, independemente de quem estava a controlar, o que ia mudando ao longo do tempo. Houve aplausos, quando ele me ergueu no ar e assobios quando me beijou no final da dança. Eu gostei do beijo...o pior era que eu continuava a gostar dos seus beijos e a achá-lo irresistivel.
A pergunta que passava em murmurio por todo o salão era quem eu seria. Ser um mistério tem algo de atractivo, mais olhares repousavam sobre nós e tentavam reconhecer-me. Tom ignorava as perguntas, apenas olhava para mim, admirava o meu corpo, passeava as suas mãos pela minha cintura e movia-se ao ritmo da música.
Estava cansada, quando no fim do baile voltámos para a sala das necessidades. A nossa cama de casal estava lá e ambos nos deitámos nela, como já estávamos tão habituados a fazer.
Eu procurei o meu vira-tempo, quando as mãos dele agarraram os meus pulsos.
- Ainda com vontade de me matar? - Perguntou Tom com a sua voz rouca e o seu sorriso arrogante.
- Sim...porque tudo o que tentas fazer é seduzir-me e manipular-me para que eu não te mate. - Respondi determinado.
- Errado. - Ele respondeu. - Eu tento seduzir-te e manipular-te, porque te desejo desde o primeiro instante que te pus os olhos em cima. Há muitas maneiras de impedir que me mates...
E beijou os meus lábios. Sentia-se a faísca e sabia a pecado. Como eu adorava os nosso beijos.
- Estás com sorte, porque eu também te desejo.
Levantei-o e despi a sua camisa, os botões um por um, calmamente. Deslizei as minhas mãos pelas costas em "V" de músculos enrijecidos, passei os meus dedos pelos peitorais definidos e por cada um dos seus seis sedutores abdominais, e ele tremia a cada instante, antes de lhe tirar as calças e os boxers. Observei-o nu, antes de sentir o toque das suas mãos geladas no meu pescoço. Agarrou-me por trás e mordeu-me levemente o pescoço, abriu o fecho do meu vestido por entre beijos quentes. Massageou os meus ombros antes de os desnudar e percorrer as minhas costas com lingua e a barriga com as mãos à medida que o vestido caía. Só de lingerie, agarrou a minha cintura e encostou-se a mim, eu senti a sua erecção, as suas mãos subiram até aos meus seios lentamente, eu começava a tremer, mordeu-me o pescoço e eu quase que me desequilibrei. Ouvi a sua voz murmurar rouca e máscula que eu era linda.
E então virei-me e empurrei-o para o meio dos lençois, enquanto ele me acarranva as últimas peças que me cobriam. A luta começou. Não havia romance nem submissão. Era uma paixão selvagem, uma guerra pelo controle. Rodávamos, arranhávamos, mordia-mos, beijávamo-nos. Não era violento, mas era subtil, cada um cedia e dominava, tentando deixar o outro mais vulnerável. Não havia palavras, apenas sensações. Éramos ambos resistentes.
Ele ficou por cima. Mordia e lambia os meus seios e agarrava os meus pulsos, impedindo-me de o rodar. Eu gemia. A sua ligua desceu perigosamente a minha barriga por entre beijos. Ele separou as minhas pernas e colocou a sua cabeça por entre elas antes de lamber cada coxa, largar os meus pulsos e agarrar os meus seios já em bico, o que me obrigava a continuar deitada e beijar a minha intimidade. Eu tremia, enquanto ele lambia e beijava e o meu clitoris inchava. E senti-me fraquejar quando a sua lingua me penetrou.
Depois, lutei pelo controlo. Levantei-me e empurrei-o contra a parede. Agarrei-lhe os pulsos e ajoelhei-me. Chupei o seu membro erecto e grande. E não parei até que ouvi um longo gemido da parte dele. Parei, deixando-o carente, como ele me deixara a mim. Passei as minhas mãos nos seus abdominais e toquei de leve no seu pénis e sorri destemida, quando vi fogo de luxúria no seu olhar. Ele parecia um animal, disposto a tudo para me devorar.
Empurrou-me para cima da cama. E colocou-se para cima de mim. Tentei rodá-lo, mas não consegui. Foi a vez dele sorrir arrogante ao sentir a minha impontência. Mordeu-me a orelha e murmurou que eu não devia brincar com o fogo. Antes de me penetrar. Eu sentia-o dentro de mim, sentia-me completa, preenchida. O ritmo era acelerado e eu dei por mim a acompanhá-lo, movia os quadris. Eu queria mais daquela sensação de extâse e realização, gritava de prazer e arranhava-lhe as costas, sei que tremi e gemi como nunca antes...
E então ele baixou a guarda por uns leves momentos, o suficiente para eu o rodar e ficar por cima. Cavalguei como se não houvesse amanhã. E quando soube que estava quase quer para mim, quer para ele parei... deslizei as mãos pelos abdominais e sorri...eu queria fazê-lo implorar, mas não demorei a perceber que não o devia ter feito. Tom levantou-se, ainda com fogo nos seus olhos e a face sem sorrisos. Encostou-me à parede. Já suavamos ambos por esta altura...gemiamos ao minimo toque. Ele colocou a sua mão sobre a minha intimidade e me penetrou com o dedo, o polegar roçando o meu clitoris. Eu gritei de extâse. Ele abriu as minhas pernas. Nossos corpos encaixavam na perfeição. Não conseguia resistir, tentei lutar, mas fraquejava...já nem eu nem ele podiamos resistir. Quando ele me penetrou, limitei-me a acompanhar. Gozámos juntos e cambaleámos até à cama. Ambos sorriamos extasiados, ambos demasiado cansados. Sentiu-o abraçar-se a mim, senti-me protegida e segura antes de adormecer.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!