Eu Vou Mudar o Futuro
Olhei para seu peito e vi que ele usava um distintivo de monitor. Por isso deve ser tão certinho, eu pensei.
Ele percebeu que eu estava o observando e disse:
– Precisa de ajuda? - ele me perguntou sem demonstrar muito interesse.
– Ahh não mas, seria bom conversar com álguem em uma escola nova sabe... - disse eu dando uma indireta.
– Bom, por que não conversa com Abraxas Malfoy? - ele perguntou apontando para um menino loiro um pouco mais a nossa frente - Ele não para de olhar para você mesmo - céus, ele não percebe que é com ele que eu quero conversar?
– Ahh ele está um pouquinho longe...- disse eu fazendo pouco caso.
– Isso não é problema, ei Abraxas! - o garoto loiro se virou para nós com interesse - troca de lugar comigo, a novata quer conversar com você.
E assim os dois trocaram de lugar e Abraxas veio se sentar no lugar do Riddle me lançando um sorriso verdadeiro.
– Hum... olá - foi só o que eu consegui dizer.
– Não precisa ficar tímida,sou Abraxas Malfoy e você é Jane Stone não é mesmo? - ele me perguntou chegando mais perto de mim.
– Ahh sim, mas na verdade não estou tímida, é que é estranho vir para cá e ser selecionada para cursar o quarto ano. - eu meramente disse.
– É deve ser mesmo. Mas tudo bem, não se sinta intimidada, eu posso te fazer companhia. - ele me disse dando umas palmadinhas em meu ombro. Na verdade, antes eu não queria falar com ele pensando que ele poderia ser como o neto Draco Malfoy mas ele me surpreendeu sendo uma pessoa maravilhosa.
– O que a de errado com aquele garoto? O monitor? - perguntei fingindo não saber o nome do Riddle.
De repente o Abraxas se enrrijeceu e me olhou parecendo uma estátua.
– Bom acho que você vai descobrir logo, logo que o Tom é cheio de mistérios. E que ninguém consegue desvendá-los. - Abraxas susurrou para mim.
Passei o resto do banquete ouvindo Abraxas falar sobre como eu ia gostar de Hogwarts. Mas eu não prestava atenção os meus pensamentos vagavam em Tom Riddle.
– Ei? Jane? - ouvi Abraxas me chamando.
– Sim? - perguntei me direcionando a ele.
– Vamos pras masmorra! - ele disse me puxando pelo braço.
Vi que todos estavam saindo do Salão Principal. Eu tinha me esquecido que agora era da Sonserina e estava tomando o rumo da Sala Comunal da Grifinória.
Abraxas me deu um puxão e logo em seguida me disse:
– Aonde você pensa que vai? - ele me perguntou perplexo.
– Só estava seguindo o fluxo de alunos. - foi a única desculpa que consegui pensar.
– Está seguindo o fluxo de alunos errado.- ele me disse dando risada e falando comigo como se estivesse explicando a uma criançinha o que é certo e errado. - Este caminho é pra Sala Comunal da Grifinória, a da Sonserina é nas masmorras. Vamos.
E eu começei a segui-lo até as masmorras. Quando chegamos lá ele me perguntou:
– Você quer ficar um pouco aqui na Sala Comunal?
– Na verdade, eu queria descansar um pouco. - era mentira, eu só queria conseguir pensar no Tom sem ter que prestar atenção nas intermináveis conversas do Abraxas.
– Sem problemas, o dormitório das meninas é o da direita. Boa noite- ele me disse dando um beijo na bochecha e seguindo obviamente para o dormitório masculino.
Nessa mesma hora o Riddle entrou na Sala Comunal. Chegou perto de mim e disse:
– Viu como foi uma boa idéia fazer você sentar ao lado do Abraxas?
Ele começou a ir em direção ao seu dormitório mas eu o impedi. Entrei na sua frente bloqueando o seu caminho.
– Me avisaram sobre você. - eu disse tentando mostrar que eu não me submeteria a uma pessoa como ele.
– Avisaram o que? - ele disse com o seu tom de voz o mais natural possível, mas eu via em seus olhos a preocupação.
– Alguma coisas. - disse eu indo me sentar no sofá de frente para á lareira. Agora que eu havia notado que na Sala Comunal só estávamos eu e o Riddle.
– Que coisas exatamente? - ele disse em um tom irritadiço. Tenho de adimitir que aquilo estava me divertindo.
– Eu não tenho medo de você, não vou te dizer as coisas só porque você está mandando. - disse eu me levantando do sofá e o encarando com frieza.
– Pois devia ter. - ele me disse sombriamente.
Decidi que não iria temê-lo, ele ainda era só um garoto.
– Você não sabe o que eu sou capaz de fazer! - ele disse tentando me intimidar.
– Oque? Falar com as cobras? Matou o seu pai e pois a culpa no seu tio Morfino? Isso não me assusta! Pra mim você é só um garoto tolinho. - pela primeira vez via expressão do Riddle mudar para indignação.
– Como você sabe de tudo isso? - ele me perguntou em um tom de voz que na minha modesta opinião era desnecessário ser usado.
– Uma boa jornalista nunca revela as suas fontes. - ainda mais porque se eu revelasse ele saberia que eu vim do futuro!
– Você não é uma jornalista! - ele exclamou. Adorava ver como eu conseguia fazer o humor dele alterar.
– Você não sabe... - tudo bem, agora ele teve razão em me olhar como se eu fosse uma maluca.
– Boa noite Tom. - eu disse saindo de lá misteriosamente.
Fui para o meu suposto dormitório, tomei um banho quente e me joguei na cama, afinal esse seria um recomeço e amanhã seria um longo dia pois, eu vou mudar o futuro!
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