Ira - Van au début de sa vie
A noite começava a cair.
A ruiva decidida tentava ler um livro, há muito fragmentado, sob na cama de colunas em seu dormitório. Tempestades tempestuosas: Neutralize-as com nossos feitiços.
As outras quatro meninas que dividiam com ela o quarto na torre da Grifinória não estavam no local, provavelmente, ainda na sala comunal em altas e calorosas conversas... Com certeza essa era uma das coisas que Gina Weasley não conseguia entender... Como podiam estar tão bem em tempos tão difíceis... Ela certamente não estaria, não com Harry, justo Harry, Rony e Hermione lá fora, correndo tantos riscos.
A garota fechou o que restava do livro e caminhou até a janela. Pôde ver as poucas estrelas brotando no céu.
“Eu precisava mesmo de uns feitiços para me manter bem nessa tempestade...” - pensou por um instante em voz alta.
O inicio de outubro se aproximava e Gina, Luna e Neville estavam atrás de algo. Queriam de alguma forma, mesmo tão longe, poder ajudar a derrotar o Lorde das Trevas.
Haviam combinado de tomar café juntos na manhã seguinte e assim, decidiriam o que fazer.
Após uns minutos ainda ali olhando o céu, Gina resolveu descer até a sala comunal.
Ainda havia algumas pessoas jogando Xadrez e tomando chocolate quente na lareira.
Muitos alunos que possuíam um de seus pais trouxa, por motivos óbvios, não tinham retornado à escola aquele ano. Uma das meninas de seu dormitório mesmo, quase não retornara por ter mãe trouxa.
- Gina! – Uma voz gritou a garota quando ela pôs os pés na sala. Era Neville, sentado em uma das mesas perto da lareira. – Venha até aqui – pediu apontando o lugar vazio ao seu lado.
- Olá – disse Gina ao se sentar.
- Achei que já tivesse dormido... – disse Neville.
- Ah... ainda não... mas não irei demorar aqui.
- Eu estive pensando no que você falou... – ele olhou para os lados e em seguida continuou, agora sussurrando – sobre entrar na sala do Snape... a espada...
- Falaremos sobre isso amanhã... – disse Gina também olhando para os lados – com todo aquele espaço vago que ficou na mesa da Grifinória no salão principal por causa dos nascidos trouxas e mestiços, acredito que seja melhor para debatermos, e lá a Luna também estará...
- Mas aqui também é seguro...
- Então por que está sussurrando? – perguntou Gina esboçando um leve sorriso.
Neville também sorriu, um pouco sem graça.
- Para prevenir – disse em um tom mais firme.
- Mas tudo bem... no que pensou? – perguntou Gina, deixando transparecer a curiosidade.
- Ah, bom, é uma boa ideia... a espada de Griffindor foi deixada ao Harry, ela deveria estar com ele – começou certo de si. - Se Dumbledore destinou a ele, temos de pegá-la e mandá-la para seu legitimo dono.
- Só não faço idéia de como vamos mandá-la... – Gina parecia estar pensando em voz alta.
Gina que teve a ideia, mas não conseguia pensar em um jeito completamente seguro de entrar e sair da sala de Snape sem ser vista, entretanto, ainda tinha esperanças...
Porém, apesar de tudo, a garota ainda pensava que um dos maiores problemas seria Amico Carrow. Aquele comensal da morte disfarçado de professor de Defesa contra as Artes das Trevas insistia em persegui-la durante as aulas e fora delas. E sua irmã Aleto Carrow, também não ficava muito longe disso...
Na manhã seguinte como o combinado, Neville, Gina e Luna se sentaram juntos na mesa da Grifinória. Luna atraia a repreensão de alguns outros alunos.
- Esqueça os olhares – disse Gina –, precisamos conversar enquanto ninguém vem pedir explicação...
- Certo – concordou Luna. – Eu acho que devemos tentar entrar na sala de Snape hoje durante o almoço.
Gina e Neville a olharam surpresos.
- Por que hoje? – perguntou Neville.
- Ouvi enquanto passava pela sala dos professores ontem à noite aqueles irmãos Carrow dizendo que durante o almoço eles tinham uma reunião no ministério... junto com Snape... – se justificou Luna.
- Tem certeza disso? – questionou Gina.
- Absoluta! E também... com a chegada do outono, a lua fica em um ângulo bem mais favorável para nós da Corvinal...
- Luna, eu e Gina não somos da Corvinal...
- Eu sei é claro... mas eu sou – disse sorrindo. – E isso já ajuda bastante.
Gina riu-se um pouco.
- Esperamos então que esteja certa... – disse a ruiva ainda sorrindo.
A aula de Defesa contra as Artes das Trevas parecia arrastar-se. Era de longe a pior aula aquele ano. Amico fazia um total apelo às artes das trevas, os alunos eram praticamente obrigados a usar maldições uns contra os outros, e isso era totalmente inaceitável para Gina.
Era sobre a cruciatus que o comensal estava falando aquele dia. Parecia sua maldição favorita.
- Então assim que tiverem chance... não precisam utilizar um simples estupefaça comum. O cruciatus irá resolver todos os problemas... vejamos... Você ruivinha... vem aqui na frente, faremos uma demonstração.
Gina levantou os olhos.
- O que? – perguntou em um tom exacerbado.
- Venha aqui, é surda?
- Não... – E se levantou balançando a cabeça fortemente.
Os dois se puseram de frente um ao outro.
Amico sorria enviesado e sarcasticamente. Ele era alto e corpulento, seus olhos esbanjavam maldade.
Por sorte, o sinal indicando o almoço fora alarmado.
- Ah... que pena, vamos ter de deixar a demonstração para a próxima aula... – disse Gina enquanto já começava a se dirigir novamente para seu lugar.
- Pode parando por ai garota. – A voz do comensal foi firme e livre de ironias daquela vez.
Os alunos da Grifinória olhavam apreensivos, e a maioria dos alunos da Sonserina, que ainda estavam na sala, riam-se com gosto.
- Vocês podem sair – ordenou Amico. – Eu tenho que acertar umas contas aqui, e sem plateia.
Todos foram se retirando, e Gina continuou parada no mesmo lugar, sua varinha em punho. Esperando talvez o pior. Suas colegas de quarto esbanjaram sorrisos fracos quando passaram por ela.
O comensal pesadão fechou a porta e ordenou que a garota se virasse.
- Você não pode usar uma maldição contra mim seu idiota – afirmou séria. A raiva afogueando cada poro de sua pele.
- O que... Crucio!
Gina que já esperava aquilo pulara até a janela desviando do raio da maldição.
- Protego! – A garota lançara um escudo entre ela e o comensal.
Amico começou a gargalhar.
- Ah lindinha... você me é tão insolente...
Naquele momento bateram na porta. Gina olhou com esperanças. Amico também desviara sua atenção.
- Você acaba por ter razão... Eu não posso fazer muito contra você assim de graça... – Ele continuava rindo. – Mas quem sabe... tenho outros meios para te castigar... Sem envolver minhas mãos...
Gina escutava atentamente.
- É mesmo? E como seria isso? – perguntou tentando compreender o que ele dizia...
Continuavam a bater na porta.
- Você é muito intrometida garotinha... não é da sua conta! – disse o comensal de repente irritado. – Eu tenho um compromisso agora, não posso ficar perdendo tempo com você!
Ele se pôs a caminhar até a porta e ela desfez o feitiço de proteção.
- O que ainda está fazendo aqui Amico? – ouviu-se a voz seca de Severo Snape.
- Nada... vamos...
Snape ainda deu uma olhada para dentro da sala antes de sair, seus olhos encaram Gina antes de sumirem de vista, e ela não poderia afirmar, mas... pareciam esbanjar culpa.
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Luna e Neville estavam esperando Gina na virada da entrada do salão principal quando viram Snape passando.
- Por que será que Gina não chega logo? – perguntou um ansioso Neville.
- Acho melhor irmos até ela...
- Amico a prendeu com ele na sala de aula... acho que ele ia lançar uma cruciatus contra ela... – comentou uma das meninas do dormitório de Gina parando perto dos dois.
- O que? – exclamaram Luna e Neville juntos.
- Eu sei... é horrível!
Mas um segundo depois Gina já estava apontando no fim do corredor. Corria o mais rápido possível.
- Ah, olha ela lá... que bom! – disse Neville aliviado.
Assim que Gina se aproximou a menina de seu dormitório perguntara ansiosa:
- Está tudo bem? Ele te fez muito mal?
- Não... Está tudo bem, ele foi embora – respondeu Gina com um fraco sorriso.
- Que bom, que horrível esse homem – disse a garota.
- Está tudo bem agora – a acalmou Gina.
- Depois vamos tentar dar queixa para McGonagall... talvez ela nos ajude... – E a garota olhou para a mesa dos professores, a professora de Transfiguração estava lá. – Vou indo almoçar, até mais...
- Até – responderam os três.
Assim que a menina estava a vários passos de distância Gina falou:
- Snape e Amico acabaram de ir embora, acho que devem encontrar Aleto em seguida. Precisamos ir logo, já perdemos muito tempo!
- Certo – disse Luna.
Eles se dirigiram o mais cautelosamente possível até a sala de Snape.
- Qual é a senha...? – perguntou Neville. Os três estavam parados em frente à Gárgula talhada à pedra.
- Muito bonita... – disse de repente Luna.
- O que? A senha é essa Luna? – indagou Gina, incrédula.
- Não... A Gárgula é muito bonita...
Gina e Neville respiraram fundo.
- Não é tempo para admirar a Gárgula Luna... – disse Neville.
- Você não disse que sabia a senha? – perguntou Gina com a voz abafada e nervosa, colocando uma mão no ombro da amiga.
- É Puro-Sangue - afirmou Luna.
- Ok... - gemeu Gina.
- É... previsível... não? – indagou Luna sorrindo.
- Sim... é bem previsível... Puro-Sangue! – quase gritou Neville cheio de coragem, e a Gárgula se afastou para o lado.
Eles subiram a escada em caracol muito ansiosos, os corações disparados.
- Você ouviu mesmo isso em algum lugar? – indagou Gina quase abraçando a menina.
- Ah... não... Só disse que havia ouvido para vocês não se afligirem... – confessou Luna, a voz um pouco triste.
Gina e Neville pararam abruptamente.
- Luna! – advertiram quase ao mesmo tempo.
- Vamos, não temos tempo para isso – lembrou calmamente a loirinha, continuando o caminho e puxando os amigos.
Abriram a porta de carvalho cautelosamente e entraram no local.
Parecia o mesmo apesar de tudo. Eles olharam o grande retrato do velho Dumbledore descansando.
- Professor, iremos fazer algo para ajudar! – disse Neville ainda cheio de coragem.
Eles correram até a estande de vidro onde estava a espada e com um lance de varinha Gina o quebrou. Retiraram a arma rapidamente e quando se viraram, viram o vulto de uma mulher alta e bem robusta adentrar o local.
- Ora, ora... Como se atrevem! – sua voz forte e imponente os atingiu.
Os três estavam praticamente paralisados. Gina largou a espada no colo dos amigos e levantou a varinha para Bellatrix Lestrange, mas antes que pudesse perceber já estava desarmada.
- Então você Weasley, traidora do sangue, achava mesmo que poderia invadir a sala do Diretor da escola com esses dois idiotas e levar embora com vocês alguma coisa? – E gargalhou profundamente. – Não, não pode sua criança insolente!
Bellatrix começava a se aproximar dos três quando uma voz masculina quase arrastada adentrou o aposento.
- Chega Bellatrix, eu me encarrego deles. Você não deveria estar aqui.
Snape entrou na sala e fitou os três garotos.
A comensal o encarou sério.
- Eu dou as ordens aqui – disse Snape muito enfático.
Ela deu uma última olhada para eles, esbanjou um sorriso maldoso para Gina e se retirou.
Snape fora rápido e pouco ofensivo.
O castigo era simples, ajudar Hagrid aquela noite com alguns serviços na floresta proibida.
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- Então Bellatrix, o que está fazendo aqui? – perguntou Amico. Bellatrix estava às escuras, sentada na mureta da torre de astronomia.
- É agradável lembrar a morte daquele velho idiota... – ela olhou o comensal grandalhão de esguelha – seu imprestável...
- Não precisa falar comigo assim.
Bellatrix olhava atentamente para a cabana de Hagrid, era quase meia-noite, e de alguma forma ela sabia o que aconteceria na floresta proibida dali a alguns instantes.
- Você não deveria estar aqui, sabe que Snape não quer – lembrou Amico.
- Não confio naquele imbecil.
- Mas o Lorde das Trevas confia. Aliás... acredito que nem o próprio Lorde das Trevas sabe que você está aqui...
- Ele não sabe não... e me culpo por isso... mas... é necessário, aqueles garotos iam roubar o Snape!
- Achei que você tinha total obediência ao Lorde das Trevas...
- Cale a boca! – Bellatrix se alterou. – Eu tenho total obediência!
Naquele momento, eles puderam observar logo embaixo, Gina, Luna e Neville se aproximarem da cabana de Hagrid, e este já estava a postos com dois lampiões.
- Então aquela garotinha insolente vai mesmo cumprir uma detenção na floresta proibida hoje à noite... Queria tanto poder dar uma lição nela... – disse Amico.
- Não gosta dela é?
- E quem gosta?
- Eu detesto. – E havia desdém nos olhos de Bellatrix. – Com o pouco que vi, já é o suficiente para querer me divertir fazendo ela sofrer... traidora do sangue...
- Por que você não vai até lá e faz isso? Ninguém sabe mesmo que você está aqui... Snape te mandou embora... Já eu, não posso ir mesmo...
- É... eu vou com certeza. – Bellatrix se levantou decidida.
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- O que vamos fazer Hagrid? – perguntou Luna como se estivesse indo às compras no Beco Diagonal, enquanto eles adentravam a floresta.
- Temos de encontrar hortaliças para plantação de ervas medicinais da professora Sprout... não é nada demais...
- Snape nos mandou fazer apenas isso? – perguntou uma incrédula Gina.
- Sim... Provavelmente teremos de ficar aqui até amanhecer... – informou Hagrid.
- Tem certeza que é só isso? – indagou também Neville.
- Claro meninos... E a floresta no inicio do outono é sempre mais calma. Acho que para nos adiantarmos devemos nos separar em duplas... O que acham?
- Se você pensa que estará tudo bem, eu concordo – respondeu Gina, simples.
- Ah... eu não acho tão boa idéia... – disse um medroso Neville.
- Você pode ficar comigo Neville, estará tudo bem – tentou acalmá-lo Gina.
- Então certo, nos separaremos daqui – disse Hagrid. – Peguem sempre o caminho da direita, se avistarem qualquer coisa estranha, ou estiverem muito receosos, lancem para o alto faíscas vermelhas que eu irei ao encontro de vocês imediatamente – alertou o professor. – Acreditem, nos tempos loucos em que vivemos, a floresta está mais segura do que a própria escola...
- Acho que você tem razão Hagrid... – concordou Luna. – De qualquer maneira, tenham cuidado – concluiu a Corvinal.
Os quatro foram se afastando vagarosamente. Neville carregava o lampião e Gina mantinha luz acesa com a varinha também, apontava para o chão enquanto procurava as hortaliças.
- Você provavelmente é melhor que eu procurando hortaliças Neville, então olhe bem para o chão...
- Ah, sim... Olha! Já achei uma ali! – E ele correu um pouco até o pé de uma árvore.
Gina virou-se para olhá-lo e logo depois continuou apontando a luz de sua varinha para o chão adiante procurando as plantas. Foi caminhando lentamente um pouco mais à frente quando de repente pensou ter visto algo piscando na imensa escuridão.
- Neville... tem algo piscando ali... – a garota falou tão baixo que provavelmente Neville não fora capaz de ouvi-la.
Gina continuou andando com cautela, e ainda assim fora muito rápido.
Pisara em um galho em falso e fora diretamente para o chão, gritara assim que algo a puxara para baixo bruscamente.
Ela foi escorregando muito rápido para o breu total.
Depois de alguns segundos bateu com os pés em uma grande pedra. Em seguida seu corpo foi para frente e sua cabeça também alcançou o pedregulho.
Imediatamente ficou tonta, resolveu deitar sobre as folhas em frente à pedra até a vertigem passar. Olhando para cima, parecia uma ladeira muito íngreme, seria difícil voltar... pensou em assim que conseguisse focalizar novamente a visão lançar as faíscas vermelhas...
Quando finalmente seus olhos foram voltando ao normal ela pôde se levantar e perceber que aquele lugar era extremamente sombrio. A luz de sua varinha estava apagada, se abaixou e começou a procurá-la pelo chão, havia a soltado com a queda.
- Está procurando isto garota? – a voz de Bellatrix invadiu o cérebro da ruiva.
Um frio terrível percorreu a espinha de Gina e ela se virou calmamente na direção da voz.
Com a visão pouco acostumada ao escuro total, conseguiu ver Bellatrix recostada em uma grande árvore por além da pedra. Ela rodava duas varinhas, uma em cada mão.
Gina se sentiu paralisada de medo. Sim, estava sentindo medo, aquela mulher tinha um porte sobre humano, era capaz de impor o medo em qualquer um.
- Venha aqui garotinha ladra e traidora do sangue...
O corpo de Gina não obedecia, ela não queria, mas seu corpo tremia como nunca.
Sua cabeça doía demais.
- Vem! – gritou Bellatrix, parecia estar perdendo a paciência.
Gina finalmente começou a andar, apesar de não enxergar muita coisa, conseguiu chegar até a frente de Bellatrix. Não ousou falar, mas a qualquer hora, sabia que iria bater de frente com aquela mulher... precisava sair dali, e principalmente da presença nojenta daquela comensal.
- Pode dar uns passos para trás... Vai encostar na grande pedra em que bateu. Quero que fique ali.
Gina o fez. Quando suas costas acharam a firmeza da pedra conseguiu reunir forças para falar.
- Qual é o seu objetivo com isso?
Bellatrix gargalhou. Havia uma mistura de insanidade e satisfação em sua risada.
- Qual o meu objetivo...? – Gina ouviu sua voz mais perto. – Como você se atreve a fazer uma pergunta dessa garotinha? – A voz estava ainda mais próxima.
Sentiu de repente a ponta de uma das varinhas em sua bochecha, e o hálito de Bellatrix perto de seu pescoço.
Por um segundo de total loucura pensou que aquela mulher nojenta fosse lhe morder. Mas ela nada fez. Continuou ali, daquela mesma forma por um tempo.
Gina não sabia o que pensar, tinha medo, mas, um pouco mais de coragem agora. O que a detinha quieta, era não ter a mínima ideia do que Bellatrix tinha em mente.
A ponta da varinha em seu rosto começava a machucar, e o hálito de Bellatrix subira até sua orelha.
O medo voltava a abater-lhe.
Bellatrix se afastou um pouco, mas ainda conteve a varinha sob a bochecha de Gina. Os contornos de seus rosto eram visíveis a Gina agora. Os olhos maldosos estavam cerrados mais que nunca em maldade.
- O que você quer...? – perguntou Gina, a voz saíra mais fraca do que pretendia. – Você é nojenta – concluiu parecendo menos nervosa.
- Nojenta?
- É, você é nojenta!
Bellatrix gargalhou, os olhos brilharam em ira.
- Eu poderia fazer você sentir meu nojo, traidora do sangue!
- Do que está falando? – indagou, a voz novamente fraca.
Bellatrix apertou mais a varinha, Gina gritou, e em um movimento automático deu um tapa no braço de Bellatrix, a varinha voou longe.
Gina tentou correr até o objeto, mas foi impedida por um feitiço que Bellatrix lançou com a outra varinha que restara em sua mão.
A comensal enfurecida puxou a garota pelo braço e a prensou novamente contra a pedra, mas desta vez com o próprio corpo.
- Saia daqui sua imunda!
- Imunda é você garota! – Bellatrix pôs a ponta da varinha na barriga de Gina. – Crucio – sussurrou fortemente em seu ouvido.
Gina gritou alto, o ferimento em sua testa sagrava muito, as dores se misturavam atordoadamente.
Bellatrix gargalhou mais uma vez, forte.
- Crucio!
Quando a mulher se afastara um pouco, Gina que não agüentava mais de dor fora escorregando pela pedra até o chão.
A comensal se divertia enquanto observava sua presa no chão, deixando a raiva que a abatia a dois minutos atrás, de lado.
Apontou mais uma vez a varinha para Gina.
A garota conseguiu levantar o olhar para ela, Bellatrix se sentiu renovada, agora a ruiva traidora do sangue parecia estar morrendo de raiva.
Ela se abaixou e falou ao pé do ouvido da manina:
- Está com raiva garotinha? E sem forças...?
Elas estavam próximas, Gina não conseguia se concentrar em nada, a dor era fustigante, ela só desejava que aquilo acabasse e que não sofresse muito. Tentava reunir forças, mas o crucio e a pancada na cabeça haviam levado todas elas.
Bellatrix afastou seu rosto e pôde ver o sangue de Gina escorrer da testa para o rosto. O lambeu e em seguida o cuspiu na terra.
- Vê? Você não é sangue ruim, mas seu sangue também é imundo garota insolente...
- Então me dei.. deixa em ppaz... – ela tentou falar.
- Não. Já que me acha tão nojenta, vou ter que te obrigar a me provar. Por que afinal...
Bellatrix começou a deslizar sua mão pela coxa de Gina. Levantou sua saia, e completou a frase.
- Traidores do sangue merecem sofrer muito...
Gina arregalou os olhos e tentou empurrar Bellatrix quando a mulher se aproximara de seu pescoço, mas não conseguira. E daquela vez ela a mordeu.
Fora mais uma grande dor, ela só não tinha mais forças para gritar...
Bellatrix a empurrou brutalmente a fazendo deitar-se ao chão. Levantou a saia da garota e puxou sua calcinha com tal violência que a mesma se rasgou.
Gina tentou lutar contra, mas não pôde, Bellatrix estava forte e firme sobre ela.
Enquanto ainda pensava que aquilo só poderia ser um pesadelo horrível sentiu os dedos de Bellatrix atravessarem seu sexo, aquilo fora a maior dor que Gina sentira aquela noite.
Enquanto Bellatrix cravava seus dedos cruelmente em Gina, também mordia firmemente seu pescoço, ele já sangrava.
A menina não conseguia fazer nada além de gemer de dor e fincar seus dedos na terra. Não podia acreditar que estava passando por aquilo...
Bellatrix parou de mordê-la, olhou bem em seus olhos, estavam quase fechados, e deles escorria uma lágrima. Continuou a penetrá-la ardentemente.
A ira se apossava dela, a cada penetração mais profunda. A garota era uma imunda traidora do sangue, e merecia sofrer, era só isso que Bellatrix pensava, era só nisso que se mantinha ali.
Rasgou sua blusa com a outra mão, o sutiã vermelho com renda preta ficou completamente à mostra. O arrebentou também, e começou a morder vorazmente seus seios.
Por um momento parou.
Gina abrira devagar os olhos, estavam vermelhos. Bellatrix apoiou suas mãos nos braços da garota ainda em contato com o chão.
- M-me deixa ir embora... – com a voz mais fraca que antes, pediu Gina.
Bellatrix olhou bem para seus seios, havia sardas por todo o lugar, e era inegavelmente atraente.
- Você era a virgensinha do bebê Potter, Weasley?
- O que... não se refira a ele... – gemeu a garota.
Bellatrix riu-se.
- Não é mais...
A beijou.
Em seguida se levantou e de pé cuspiu mais uma vez, agora, nos seios de Gina.
Pegou sua varinha, apontou para a garota.
- Crucio...
Gina gritou, de algum lugar a voz saíra, e forte.
- Você sabe, apenas quis fazer um favorzinho para Amico... – E rindo-se mais um pouco com desdém, fora saindo do local, desaparecendo entre as árvores e o breu que habitava aquela parte da floresta.
Gina continuou ali naquele estado lastimável por minutos. Temendo que a mulher voltasse e ao mesmo tempo nutrindo um ódio mortal por ela, e de todo esse tempo tenebroso que estavam vivendo. Ainda não conseguia acreditar no que havia lhe acontecido, tudo doía, suas roupas estavam rasgadas, seu pescoço e cabeça sangrando... precisava se levantar e achar sua varinha...
De algum modo ela conseguiu tal forças... Achou sua varinha caída logo adiante, e acendeu uma luz.
Estava acabada, mas não chorava. Sentia uma profunda dor e vazio no peito, mas não chorava. Sentia-se suja, usada, mas não chorava...
Seu sutiã, calcinha e blusa estavam rasgados, tentou emendar tudo com o feitiço reparo, não foi tão eficiente, mas resolveu o suficiente para ela poder sair dali, achar Hagrid e os outros... Ainda não sabia o que iria falar a eles, não podia confessar que fora estuprada por Bellatrix Lestrange... As contas ela acertaria mais tarde. Com certeza. O ódio que sentia agora começava a fazer-lhe ter pensamentos e planos desastrosos para a mulher.
Tentou limpar o sangue da testa que escorrera por seu rosto com a manga da blusa, e a marca de sangue que ficara dos dentes de Bellatrix em seu pescoço...
Em seguida lançou as faíscas vermelhas de sua varinha para o alto.
Enquanto os outros não chegavam tentou subir sozinha a descida íngreme, mas no meio do caminho Hagrid a ajudou.
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Depois de vários dias ela já tinha convencido a todos que havia sido atacada por um animal extremamente feroz que nunca tinha visto ou estudado antes.
Apenas o que não mudava era o ódio que sentia de Bellatrix. Ele aumentava a cada dia. Ela tinha sede de vingança, e sabia que esse dia chegaria.
Amico desde então parou de atormentá-la, até mesmo a olhava com satisfação. Gina o ignorava, mas também sabia que se vingaria dele...
E toda noite pensava em Harry, o amor e as lembranças dele, de alguma maneira fazia ela se sentir melhor. Era a única esperança que nutria, que ele derrotasse Voldemort e assim ela pudesse fazer Bellatrix pagar pelo que fez.
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