De volta - att 30/07/2012



N/A: Não aguentei esperar para postar e aí está o segundo capítulo! Nesse eu quis retratar um pouco mais do sofrimento de Jorge, que ainda irá aparecer por muitos caps.

Bem, se estão achando muito deprimente... Calma. Não se esqueça:
Tudo está apenas no início.
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De volta 

 


- Soube que de um dia para o outro o Ministro acionou os rastreadores nos suspeitos de serem do exército do Lord. Estamos perdidos. – Falou Eveline.


 



- Tem que haver uma solução! – Exclamou ele.



 


- Já disse, estamos perdidos, acabados. A única coisa a fazer é esperar.


 
 


– Esperar pelo quê, sermos presos? – Falou Narcisa. – Não me parece nada convidativa esta sua opção.



 


- Iremos fazer o que planejamos - Disse Lúcio.



  


- Lúcio, tem certeza do que está fazendo? Não temos mais o controle sob o Ministério. – Disse o homem mais velho. – Irão nos caçar até no inferno se for preciso! 





- Aqui é o inferno, Chris. – Eveline disse, virou-se para a janela, observando a rua quase deserta, apenas um carro passava vez ou outra com alguém bêbado; e mal iluminada e fechou as pesadas cortinas de um hotelzinho do subúrbio da França trouxa. – Sangues-ruins nojentos e imundos! Odeio esses animais!



 


- Controle-se. Não temos escolha. – Falou Narcisa, séria. – E nem para onde ir. Acha que gosto deste mundo? 



 


- Mas por que temos de ficar aqui? – Sua voz esganiçada transmitiu desespero – Não poderíamos ir para outro lugar? Os Greengrass não são seus amigos de longa data?


 


 
- Não podemos arriscar, não por enquanto. - Continuou Narcisa.


 


 
- Ah, que inspirador. - Ela bradou, levando as mãos para o alto, em sinal de desistência - Não contem comigo para ajudá-los, não merecem minha ajuda. 



 


- Você fez um voto perpétuo! Irá morrer se não cumpri-lo. - Adiantou-se a loira.





- Estou começando a me arrepender de ter trazido você conosco, Eveline. – Disse Lúcio. – Deveria ter deixado você apodrecer naquele fim de mundo. – Ela apontou a varinha ameaçadoramente para ele. – Vai fazer o quê, me matar? Cá entre nós, você não se consegue nem matar uma mosca.
 

 
Uma luz verde ofuscante seguiu na velocidade de um raio em direção do homem, que com um simples movimento o bloqueou. Eveline atacou novamente, e um novo bloqueio surgiu, ricocheteando o feitiço e atingindo o espelho, quebrando-o.


  



A lâmpada do quarto piscou duas vezes.


 


 - Os dois, parem de brigar! – Gritou Narcisa. - Não é hora para isso. Alguém pode ouvir.


 


 
- Não me diga o que fazer! – Seus curtos e repicados cabelos negros balançaram furiosamente e sua varinha tremia na mão. Apontando-a para a loira agora. – Você fugiu. Você, seu marido e seu filho fugiram do seu dever. Deveriam ter permanecido no campo de batalha, lutando pelo Lord das Trevas!


 


 
- O Lord está morto. – Disse Chris, levantando-se da cadeira. 



 


- Cale já a boca, idiota! – Gritou Eveline, ainda ameaçando Narcisa. O moreno não fez absolutamente nada além de observá-la, sabendo do perigo que corria se a contrariasse. - São todos covardes! – Disse ela - Até Draco os repugna. Veja, nem tentar impedir a mãe de ser assassinada ele tenta! – O garoto não se manifestou em nenhum momento até agora, apenas continuava sentado. – Não defende o próprio sangue... Belo homem que você educou, Lúcio!



  


O cômodo perdeu a iluminação. Caiu dura no chão, imóvel. O estrépito fez o garoto se levantar.



 
- Ela está morta? – Draco perguntou tremendo, o que era perceptível mesmo à penumbra.



 
- Não. – Falou Chris – A petrifiquei.


 



- Que faremos com ela? – Perguntou Narcisa, aproximando-se do corpo de Eveline.


 



– Vamos alterar a memória dela. - Continuou Chris - Eveline não é necessária. Eu mesmo poderia ter conseguido um hipogrifo ou até coisa melhor.


 



- Sei da sua habilidade para isso, Chris. Mas nós estamos sendo caçados pelo mundo todo e qualquer um pode ser um auror. – Continuou Lúcio.


 



- Pai? – Chamou Draco de repente. Com um floreio da varinha, Lúcio fez a luz voltar. – O que vai acontecer conosco?


 


 


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"É só fechar os olhos."


 



Assim que sua visão era apenas uma escuridão total, gritos lhe eram ouvidos, luzes multicoloridas voavam em todas as direções, colegas sangrava, e pessoas morriam, paredes sendo destruídas e o pavor t...




Abriu-os novamente. Ela estava paranoica, aliás, todos estavam. Esperava que a qualquer momento um Comensal aparecesse pela janela e a atacasse. Alguém entrou no quarto. Com um movimento rápido, sua mão buscou a varinha em cima do móvel.


 


- Me desculpe - Disse Ginny - Sei que te acordei, mas isso não é motivo para me azarar. - Ela procurava algo na cômoda. 




- Que horas são? - Disse Hermione, passando a mão pelos cabelos cheios e castanhos, fazendo um coque frouxo.





- Calma, ainda é cedo. - A ruiva sorriu tristemente. - Pode dormir mais se quiser.


 



- Já ia me levantar, não consegui dormir direito - Ela se sentou e calçou os sapatos.


 



- Devia ter tomado aquela Poção do Sono... - Ginny comenta, fechando a gaveta do móvel.


 



- Não me sinto bem tomando essa poção.


 



- Ao menos garantiria uma noite mais tranquila - Ela sai para o banheiro do corredor a tempo de ouvir a garota falar. Esfregando os olhos, Hermione esbarra em alguém. O homem alto e magro a encara.


 


- Bom dia, Sr. Weasley - Ela fala gentil e ele responde igualmente.


 

Entrando no cômodo ela escova os dentes e lava o rosto. A água corrente lhe escapava pelos dedos finos, e ela via que suas mãos estavam machucadas. Olhou-se no espelho. Estava abatida, magra. Havia algumas marcas roxas em seus braços, e um corte perto da sobrancelha. A cicatriz mais perceptível era a do pescoço, adquirida na caça às Horcruxes. Talvez demorasse para se recuperar de tudo o que passou. Fez tantos planos, tinha várias expectativas. E expectativas geram decepções.


 


Secou de leve com a toalha para não irritar o corte no rosto e, voltando para o quarto, retirou seus amassados pijamas azuis. Depois de trocar de roupa, desceu para o térreo. A Toca estava silenciosa, e até, digamos, um pouco sombria. Olhou pela porta dos fundos, que estava aberta. O céu límpido e o Sol brilhava forte. A atmosfera do local estava diferente da de Hogwarts, ou do que sobrou dela, mas ela não ouvia o diário canto dos pássaros e todo aquele movimento contínuo na casa era inexistente.


 


Molly fritava bacon e ovos com grande agilidade. Às vezes fungava baixo, enquanto servia Arthur e Ginny. Os Weasley se entreolhavam quando ela fazia isso.


 


- Bom dia, querida. - Disse com a voz fraca e melancólica - Se sente e coma, está tão magrinha.


 


- Bom dia. - Hermione falou, se sentando na rústica cadeira de madeira. Servindo-se de suco de abóbora e algumas torradas. Por alguns minutos eles comeram em silêncio, os únicos sons vinham dos talheres e da mastigação das pessoas.


 


O estômago dela revirou quando Ron chegou na cozinha e se sentou. “Dia”, ele disse.


 


- Dia – falou Ginny – Harry não desceu com você? - O ruivo negou com a cabeça enquanto sua mãe colocava bacon no seu prato.


 


- Ele mais que ninguém merece descansar – Fala a Sra. Weasley.


 


- Harry tem de aproveitar o máximo, estamos numa reviravolta com o Ministério. – Arthur descansa o talher no prato. Ouviu-se um estralo de aparatação. - E mesmo Kingsley controlando o Profeta, o povo vai querer uma entrevista com ele, é de direito, devo admitir, e os repórteres já se encarregaram disso.


 


- Não dou um dia para estarem na porta daqui de casa – Uma voz conhecida disse. Todos se viraram para o ruivo que chegou pela porta dos fundos. – Desculpe não avisar, mamãe, vou ter que almoçar aqui hoje. – Gui se aproximou da mãe, lhe dando um beijo carinhoso no topo de sua cabeça repleta de fios ruivos desbotados.


 


- Fleur também? – Molly pergunta, olhando um pouco atordoada para o primogênito.


 


- Não, ela foi para a casa dos Delacour resolver um problema de família – Ele se sentou ao lado de Ron. “Já tomei café da manhã”, Gui disse, quando a Sra. Weasley ia o oferecendo ovos mexidos.


 


- Vai retomar seu emprego no Gringotes? – Perguntou o Sr. Weasley, voltando a comer. Molly se retira da cozinha, subindo apressada para o segundo andar.


 


- Vou. – Responde Gui. – Precisam de alguma coisa? Só irei voltar a trabalhar próxima semana...


 


- Irei para o Ministério, se puder fique com sua mãe e a ajude. – Ele disse significantemente e Gui assentiu.


 


- Como está Jorge? – Perguntou depois de algum tempo, com o olhar baixo.


 


- Como você acha? – Disse Ginny de repente, mas sem seu habitual tom de desafio.


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Comentários (2)

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