Chegada e Um Lugar Pra Ficar.



Capitulo Três
Chegada e um lugar pra ficar.

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Um flash de luz vermelha iluminando os arredores de Hogsmeade tão tarde da noite de segunda-feira devia ter alertado os moradores que viviam lá, mas, como já era tarde, ninguém viu nada e a estrada continuou silenciosa e deserta, exceto pela grossa camada de gelo que cobria o chão.


Os primeiros a acordar foram Edwiges e Nagini.  A pobre coruja agitou suas pernas e piou irritada por quase ter sido jogada no chão durante sua aterrisagem. Nagini deslizou primeiro na direção de seu mestre, que estava deitado de cabeça para baixo em um amontoado de roupas, enquanto reclamava do frio do lugar.


Criança serpente?


Nenhuma resposta.


Nagini cutucou o garoto moreno com a cauda, mas Harry estava obviamente cansado demais para responder. Edwiges desce, aterrissou ao lado de Harry e bicou-o repetidamente no ombro.


O menino-que-sobreviveu contraiu-se e gemeu, e então sentou-se devagar, sentindo-se tremer.


“Edwiges? Nagini? Hermione?... HERMIONE? – Chama Harry exasperado.


Olhou ao redor com uma expressão confusa e reconheceu vagamente o lugar como sendo os arredores de Hogsmeade, mesmo com toda a neve, eles podia ver a Casa dos Gritos numa colina mais ao longe. Encontrou Hermione a alguns metros dele, desacordada. Correu até ela e se pôs a tentar acorda-la.


“Hermione? Hermione, acorde! Vamos, por favor!” – Dizia Harry, lhe dando leves tapinhas no rosto.


Acordou devagar, confusa, mas quando Harry entrou e foco se lembrou de tudo o que tinha acontecido, se sentando rapidamente.


“Você esta bem?” – Perguntou Harry preocupado.


“Estou bem!” – Responde Hermione, com um pequeno sorriso enquanto Harry lhe estendia a mão e a ajudava a levantar, aquilo já estava virando abito. “E você” – Seu sorriso havia sumido.


“Estou bem, não se preocupe!” – Diz Harry sorrindo, agora menos preocupado.


Edwiges voo para o ombro de Hermione, dando leves bicadinhas em sua face, enquanto Nagini rastejava silenciosamente até eles.


Mestre onde estamos? O que nos devemos fazer agora?


Harry ergue a cabeça para encontrar o olhar intrigado e curioso de Hermione sobre si.


“Nagini, acaba de perguntar onde estamos e o que vamos fazer!” – Responde Harry, a pergunta silenciosa de Hermione.


“Diria que estamos nos arredores de Hogsmeade, da pra ver a Casa dos Gritos daqui!” – Diz Hermione. Harry assenti.


“Acho que primeiro devemos encontrar um lugar para dormir!” – Diz Harry.


“Sim, mas depois seria melhor se procurássemos informações sobre esse mundo. O Beco diagonal é o melhor lugar para começarmos, lá tem uma grande biblioteca e eu tenho certeza que eles guardam registros do Profeta Diário. Teremos trabalho pela frente se não quisermos parecer ignorantes”. – Sentenciou Hermione.


Harry concordou e se virou para Nagini, para dizer o que tinham decidido.


“Hermione você poderia?” - Pergunta Harry, fazendo um gesto para suas roupas.


“Oh! É mesmo. Reparo!” – Diz Hermione, apontando sua varinha para Harry e depois para si mesma.


Suas roupas e capas se emendaram imediatamente. Entretanto havia uma coisa que tinham que fazer antes de entrar na vila bruxa. Trocou um olhar com Hermione, como se lhe transmitindo o que fazer, e pediu para Edwiges e Nagini não se assustarem.


Eles ainda não sabiam em quem podiam confiar neste mundo e estavam contentes por terem aprendido como mudar sua aparência com magia no começo do sexto ano. É claro, havia sido uma aula “extracurricular” cortesmente ensinada por Lupin, um segredo bem guardado por Harry e Hermione, assim como suas novas habilidades animagas, também ensinada pelo lobisomem.


Havia sido uma necessidade: eles estavam sofrendo ameaças e Harry não teve outra escolha senão voltar a ter suas aulas noturnas de Oclumência ensinadas por Snape e suas aulas de DCAT (Defesa Contra as Artes das Trevas) com Remo Lupin, que ficava escondido em uma das muitas torres de Hogwarts.Tinha as aulas sempre em companhia de Hermione, já que as ameaças se referiam a ambos.


Harry tinha certeza que não teria problemas se quisesse se tornar um Auror, com seu feitiço do Patrono, sua habilidade animaga, sua habilidade em Oclumência assim como o perfeito “glamour” que ele era capaz de lançar. Seguindo o fato que ele havia acabado de matar o “seu” Voldemort, com 17 anos de idade e isso não dava duvidas de seus poderes mágicos, com ou sem varinha.


Ambos fecharam os olhos e começaram a imaginar a maneira que queriam parecer por um tempo, mas já sabiam como seus disfarces iriam parecer no final, porque já haviam usado estas aparências antes como um teste.


O cabelo de Harry cresceu até os ombros, ficando cacheados, mas não mudou a cor, seu corpo espichou alguns centímetros e sua face tornou-se mais fina. Ele abriu seus olhos, e profundos olhos azuis olharam para a curiosa cobra e a silenciosa coruja, antes de voltar sua atenção para Hermione que ainda estava se transformando.


O cabelo de Hermione cresceu até dois palmos abaixo dos ombros, seus cachos desapareceram e viraram ondas definidas, a cor também mudou para um castanho avermelhado, seu corpo também cresceu alguns centímetros, ainda assim ficando menor que Harry e alguns traços de seu rosto se tornaram mais fortes. Ela abriu os olhos. E o que Harry viu, foi olhos idênticos aos seus.


“Espero que não se importe, Harry!” – Diz Hermione, com um pequeno sorriso nos lábios.


“Imagine! Se você também não se importar, Mione!” – Diz Harry, com um largo sorriso, se referindo a si mesmo.


“É claro que não, você sabe que sempre achei ele bonito!” – Comenta Hermione, com um sorriso malicioso nos lábios.


“É bom saber disso Srta. Granger, muito bom.” – Diz Harry, tentando parecer serio e falhou miseravelmente, já que não aguentou e começou a rir com ela.


Edwiges reconheceu suas transformações, portanto ela os ignorou, mas levou alguns minutos para Nagini se acostumar.


Enquanto começavam sua caminhada em direção a Hogsmeade, a mente de Harry vagava sobre o seu “glamour” e a aparência que ele havia usado.


Era fácil de saber: cabelos escuros e compridos e profundos olhos azuis, com uma fina aparência. Harry havia usado a aparência de seu falecido padrinho para criar a dele, mesmo que não pudesse esconder sua cicatriz em forma de raio na testa. Ele não parecia exatamente com Sirius, é claro, aquilo seria difícil demais para suportar, tanto para ele como para Remo, mas ele gostava de saber que havia um pouco de seu padrinho em si próprio.


Quanto a Hermione, ela nunca mencionou o porque de fazer sua aparência do “glamour”  com características tão fortes de sua mãe, mas assim como ele havia feito, Hermione não era idêntica a Lílian.


Somente algumas vitrines estavam abertas, mas a maioria das lojas estavam fechadas. Eles andaram com cansaço para o bar de Rosmerta, o Três Vassouras e sabiam por experiência própria que ele estaria sempre aberto até bem tarde noite.


Neste mundo isso também era verdade e, com um ar de confiança, Harry empurrou rangendo a porta de madeira.


Havia poucas pessoas a essa hora, e os presentes não os perceberam, tendo já bebido muitas cervejas amanteigadas, Rosmerta entretanto, os olhou imediatamente e andou devagar até eles. A mulher estava provavelmente se perguntando quem, em nome de Merlin, era a essa hora, e se era amigo ou inimigo.


Mesmo assim, ela os cumprimentou com um sorriso.


“Olá! O que posso fazer para ajuda-los?”


Harry retribuiu com um sorriso cansado e tirou dez galeões do bolso, entregando a ela.


“Gostaríamos de um quarto com duas camas aqui por alguns dias. Acabamos de voltar de uma viagem bastante cansativa e precisamos de um bom descanso.” – Respondeu Harry.


Rosmerta pareceu surpresa de ver um garoto com tanto dinheiro, mas quem era ela para recusar?Ela assentiu e mandou com um gesto que eles a seguissem, evitando um bruxo bêbado, que estava quase caindo de sua cadeira.


Hermione acariciou Edwiges e gentilmente pediu a ela para não fazer barulho, enquanto Harry estava silenciosamente agradecido por Nagini ter decidido ficar escondida na capa dele; não queria repetir o incidente de seu segundo ano, especialmente quando Voldemort ainda estava vivo e atacando. As consequências provavelmente seriam dez vezes piores.


“Então... Vocês parecem jovens demais para estarem viajando sozinhos.”


Harry saiu de seus devaneios quando Rosmerta os endereçou tão bruscamente. Ela provavelmente queria julgar suas reações e respostas para ver se eram bons ou maus e era cuidadosa em formular suas frases. Ela falava casualmente, mas não funcionava com eles.


“Na verdade, vocês parecem estudantes de Hogwarts, com essas suas capas e tudo mais...” – Ela concluiu.


Hermione deixou escapar uma risadinha e balançou a cabeça negativamente, sob os olhos incrédulos de Rosmerta.
   “Eu sinto dizer que você está enganada, madame. Estas capas negras são bastante populares e além disso, você não esta vendo um brasão da escola nela, não é mesmo?” – Respondeu Hermione gentilmente.


Rosmerta deu a ela uma olhada e depois de um pequeno momento de reflexão, ela assentiu para si mesma e sorriu para eles, decidindo que eram simpáticos e que não eram uma ameaça.


“Eu peço desculpa pelas perguntas. Aqui esta o quarto de vocês e a chave, me chamem se precisarem de alguma coisa.Aliais, você deveria ir dormir rapaz, você parece um pouco cansado. Tem certeza que esta bem?”– Ela perguntou preocupada.


Harry só sacudiu a cabeça e disse a ela para não se preocupar com a sua saúde. Rosmerta deu um olhar hesitante, mas quando ela bocejou esqueceu sobre o assunto; a cama parecia a melhor escolha no momento.


“Se tem certeza... eu vou indo, boa noite!” E com isso ela se afastou e desceu as escadas para expulsar seus clientes.


Harry fechou a porta e a trancou com a chave e alguns feitiços, que incluíam um par de feitiços para silenciar o quarto (“-não queria que ninguém ouvisse os pios de Edwiges ou pior, ele falando em língua de cobra... ou ainda pior, ele acordando fazendo estardalhaço, gritando, por causa de seus ocasionais pesadelos-”), enquanto Hermione fazia algumas modificações no quarto, ela juntou as duas camas, colocou o criado mudo no canto da parede ao lado da cama, a escrivaninha próxima da janela e o guarda-roupa ao lado da porta, não era um quarto muito grande, nem muito confortável, mas eles com certeza já viveram em situações muito piores, aquele quarto era mais que o suficiente.


“Boa noite Edwiges, boa noite Nagini.” – Disseram Harry e Hermione, na língua de cobra no caso de Harry.


Boa noite mestres!” - Responde Nagini, mesmo que Hermione não pudesse entendê-la.


“Nagini disse boa noite pra gente, nos chamou de mestres! Ela parece gostar de você.” – Diz Harry, para Hermione.


“Eu também gosto dela, apesar de tudo!” – Diz Hermione, com um sorriso sincero.


Seus dois animais de estimação logo caíram no sono, enquanto Harry e Hermione limpavam-se com um feitiço, estavam cansados demais para se lavarem do modo mais demorado e não queriam dormir sujos por causa do que havia acontecido mais cedo naquele dia.


“Boa noite, Mione!”
“Boa noite, meu amor!”


Disseram Harry e Hermione, já debaixo das cobertas, caíram no sono quase instantaneamente, ainda com o “glamour”. Com Harry ainda se perguntando o que o amanhã iria trazer para ele e suas companheiras.

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oioi!!!!
Rosana Franco, Natascha e Bruneca, obrigada pelos comentários, cada uma de vocês.

Sei que a fic deve estar meio parada, mas no decorrer dos capítulos o negócio vai melhorando, considerem eles como uma "introduçao" para a aventura e mistério.
 Nossa que coisa enigmática, deu pra entender né.....

Espero que gostem.
Deixem seus comentários.
Qualquer dúvida ou crítica é só falar.

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Comentários (4)

  • Black Wolf

    interessante apesar de meio de vagar eu to gostando da historia

    2011-11-21
  • Déborah Rogers Poynter Potter

    Fic maravilhosa!!! continua!!!!!

    2011-11-19
  • Alysson Lima

    Gostei, sou novo aqui e aguardo mais capítulos. Muito boa a ideia e devo dizer que me agradou bastante. Poste rápido:p

    2011-11-19
  • rosana franco

    Estou super curiosa pra saber como são as coisas nessa dimenção e como esta a luta com o Lord não demore pra postar.

    2011-11-19
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