A dor de seu coração

7º capítulo: A dor de seu coração

 

“Há um ano atrás eu tinha toda a minha vida preparada. Formatura, casamento com Draco... uma vida perfeita e confortável. Mas eu já devia ter previsto. Nada pode ser perfeitamente planejado, principalmente quando os dias são tão confusos e assustadores como agora. Se eu trocaria a popularidade? Não posso dizer com toda a certeza. Mas deve ser ótimo não precisar ser perfeita, não ligar para as imagens. Quem estou enganando? Eu sou uma Parkinson. Ter uma imagem vem no pacote.”

 

-Pansy Parkinson.

 

 

Pansy abriu a porta do dormitório de Lexie e procurou vestígios da irmã. Cinco dias já tinham se passado e ela mal via a irmã mais nova para perguntar onde é que Lexie passava tantas horas por dia. Seria um namorado novo? E se fosse, quem poderia ser? Com certeza alguém muito ruim, porque Lexie gostava de exibir seus namorados populares por todos os cantos.

 

- Oi Pansy – Elisha sorriu para ela enquanto saia do dormitório – A Lexie sumiu. Nem foi nas aulas hoje.

 

- O que essa piveta está aprontando? – Pansy perguntou estressada. Lexie adorava arrumar problemas e era bom estar sempre de olho.

 

- Não sei, mas ela aparece quando estou com Colin para conversar – Elisha deu de ombros – Sabe como é, felizmente os dois se dão bem. Mas fora isso mal a vejo.

 

- Ela está saindo com alguém – Pansy murmurou – Eu só preciso saber quem é essa pessoa.

 

- Vou ficar de olho – Elisha assegurou – Posso até falar para o Colin ver se escuta algum boato. Você sabe como essa escola é pequena. Todo mundo sabe de todo mundo.

 

- Nem me fale – Pansy suspirou. Ela já estava cansada de ter que procurar Draco para que eles pudessem passar algum tempo juntos.

 

Nos últimos dias, mesmo debaixo de neve, ele treinava desde o fim das aulas até sete da noite. Claro que o quadribol era importante, ela não duvidava isso, mas ficar tanto tempo naquele frio todo era exagerado.

 

- Neve me deprime – Elisha murmurou, olhando a neve cair lentamente do lado de fora da sua janela – Se eu não tomo banho agora no fim da tarde, quase morro tomando banho a noite.

 

- É, está frio para caramba – Pansy concordou.

 

Tão frio quanto seu relacionamento com Draco.

 

 ***

 

Zéllie esperou Noah e Faith descolarem as bocas e se aproximou deles. Ela e Tad vinham preparando essa primeira conversa há dias. Ela seria essencial para que tudo desse certo.

 

- Oi Zéllie – Noah sorriu para ela.

 

- Oi Noah... – ela se virou para Faith – Eu posso falar com você? Não me leve a mal Noah – Zéllie sorriu docemente.

 

- Nenhum problema – ele colocou o cachecol e acenou para as duas garotas – Esse frio está me matando.

 

- Eu conheço você? – Faith perguntou na lata, nem um pouco delicada. Ela estava com o uniforme e uma capa rosa clara por cima. Zéllie não conseguiu deixar de pensar que até que ela não se vestia tão mal.

 

- Não – Zéllie ainda estava sorrindo – Eu na verdade preciso fazer uma proposta para você Faith.

 

- Você é irmã do Hux, não é? – Faith sorriu, reconhecendo-a – Sabe como é, seu irmão namorou minha melhor amiga.

 

- É, sei disso – Faith achou estranho Zéllie não parecer nem um pouco ressentida com Gina. Se ela tivesse um irmão, não ia gostar de saber que ele tinha sido traído. Não mesmo – E é sobre a Gina que eu quero conversar.

 

- Gina? – Faith ergueu as sobrancelhas, isso era muito estranho – Você não quer matar ela, quer?

 

- Claro que não – Zéllie riu – É que eu sei que você realmente se importa com a sua amiga. E eu tenho uma proposta.

 

- Claro que me importo com a Gin – Faith disse em tom óbvio – Nós somos muito amigas mesmo. O que você quer?

 

- Só um segundo – Zéllie sorriu, dessa vez nem um pouco doce – Tem uma pessoa que eu quero que você conheça – Zéllie chamou Tad, que esperava pacientemente a dois metros de distância das duas – Tad, pode vir aqui?

 

- Tad Nott? – Faith perguntou incrédula – É, eu realmente quero saber o que vocês dois têm para falar.

 

 ***

 

Gina esperou a crise de tosse passar e fechou os olhos. Ultimamente ela passava mais tempo dormindo do que acordada. Amortecida por tudo aquilo. Tinha pegado a maldita pneumonia por tanto andar nos jardins frios... mas a dor em seu coração não vinha disso. Vinha da traição, da mágoa. Ela estava inconsolável e nem mesmo conseguir chorar mais.

Do lado de fora começava a anoitecer lentamente. Ela queria estar lá fora, porque realmente gostava da neve. Ela era tão pura, inocente. Gina queria voltar atrás, queria nunca ter corrido atrás de Draco e suas mentiras. Queria não ter armado tanto. Podia ser uma excluída, mas sua dignidade estaria intacta. Seu orgulho.

Terrence entrou na enfermaria silenciosamente. Estava com um enorme vaso de flores nos braços.

 

- Oi Gina – ele sorriu para ela – Vim fazer uma visita.

 

- Outra visita – ela murmurou. Queria sorrir, mas não conseguia – Você vem aqui tanto quanto meu irmão. Isso é perturbador.

 

- Não seja boba – ele sorriu – Você é importante para mim Gina Weasley. Você é a pessoa mais incrível que já conheci.

 

- Obrigada – ela suspirou – É ótimo conversar com você.

 

- Gina, escuta... – ele começou – Você precisa comer entende? De verdade. Ficar assim não vai resolver nada. Eu vou te ajudar – Terren colocou o vaso na mesinha do lado da cama de Gina e segurou a mão dela – Uma hora ou outra eles vão parar de falar.

 

- Eu estou magoada, Terren – ela sentiu os olhos transbordarem. Pelo visto ainda podia chorar mais e mais – Com eles.

 

- Draco foi uma besta – ele disse gentilmente – Ele está arrependido, sei disso Gina. Eu vejo isso nele. Draco só treina quadribol, só prepara os jogos... só estuda.

 

- Nós não tínhamos nada importante – Gina deu de ombros – Nós nos beijamos uma vez ou outra. Foi isso.

 

- Não é o que parece – ele sorriu – Mas isso não é importante agora. Você é importante para mim Gina. E eu não quero mais isso.

 

- Meu coração dói, Terren – ela chorou – Muito mesmo.

 

- Nós vamos cuidar disso Gina – ele a abraçou com força – Tudo vai se resolver.

 

 ***

 

- Eu realmente preferia estar lá fora no frio do que aqui – Elisha sussurrou – Eu odeio a biblioteca. E esses montes de sussurros.

 

- Reclamona – Colin sorriu, beijando-a – Está muito frio. E é bom você me beijar muito, porque você sabe que daqui a pouco vou ficar com a Gina na enfermaria.

 

- É – Elisha revirou os olhos – Você se importa mais com sua amiga do que comigo.

 

- Dramática – Colin riu.

 

- Vocês precisam de um quarto – Hayden disse divertido, sentando de frente para eles – O que estão fazendo na mesa mais exclusa da biblioteca?

 

- O que você acha? – Elisha riu, passando o braço no pescoço de Colin – Estou estudando com meu namorado gostoso, Hayden. Você não devia estar procurando uma namorada?

 

- Não seja ruim, querida Elisha – ele riu – Está frio e eu não quero ficar lá fora. Eu não sei se sou só eu que penso assim, mas... vocês não acham que todo mundo parece estar na maior depressão? Falando sério... eu sinto isso.

 

- Eu entendo você – Elisha sussurrou – Parece uma depressão coletiva. Eu acho que é a temperatura.

 

- Pelo menos hoje não nevou – Colin observou – E o inverno acaba daqui a pouco.

 

- Eu sinto falta do verão – Hayden reclamou.

 

- Eu também – Colin e Elisha disseram juntos. Mas eles não estavam reclamando como loucos no verão? Porque ninguém nunca está feliz com o que tem? Não é mesmo Hayden?

 

 ***

 

- Está sendo ótimo ficar sem ela por perto – Dakota estava falando para Scarlett e Blaise enquanto os três observavam o Lago Negro de onde estavam, na ponte – Faith mal fica por lá também.

 

- Ah, ouvi dizer que ela e o Noah estão juntos – Scarlett revirou os olhos. Ela estava com um batom vermelho vivo. O cabelo loiro claro preso em um coque trabalhado.

 

Ela e Dakota estavam usando roupas pretas de grife. Parecidas até.

 

- Já anoiteceu – Blaise falou – Vamos entrar. Estou congelando aqui fora.

 

- Colin realmente era um amigo – Dakota suspirou – Mas agora ele está com a enjoadinha da Elisha e eu nunca mais procurei ele para conversar.

 

- Até a Lexie gosta desse garoto – Scarlett riu – Colin Creevey, não é?

 

- Isso mesmo – Dakota pensou em Colin. Lembrou de como vivia rindo com ele, os dois tirando aquelas centenas de fotos. Conversando sobre tudo – Ele é lindo também. E você sabe que garotos lindos são geralmente uns cretinos.

 

- A Lexie gosta dele? – Blaise perguntou incrédulo – Mas a Branca não gosta de ninguém.

 

- Maldoso – Scarlett e Dakota riram – As aulas hoje foram um saco.

 

- Nem me fale – Dakota e Blaise falaram juntos.

 

 ***

 

- Você está disposto a fingir que namora Gina, dar a ela a popularidade de volta e não ganhar nada com isso? – Faith recapitulou – Ah fala sério! Você tem que ganhar alguma coisa Nott.

 

- Tudo bem Faith – Zéllie falou – Você deve saber que Tad e Draco se odeiam, e também deve saber que Draco ama a sua amiga.

 

- Impossível – Faith balançou a cabeça – Ele só ama uma pessoa, ele mesmo.

 

- Gina Weasley só tem a ganhar – Tad falou.

 

- Vocês precisam de mim para que? – Faith os encarou. Não sabia direito o que pensar, mas meio que tinha imaginado que Tad era um babaca e Zéllie uma princesinha mimada. Eles eram ótimos na verdade.

 

- Para ajudar a convencer sua amiga – Tad falou – E então?

 

- Estou dentro – Faith sorriu. Talvez assim Gina voltasse a ser o que era antes – Coloque Gina nos holofotes de novo Nott.

 

Tad sorriu satisfeito. Ele sabia que teria que fazer um grande sacrifício, andando com uma menina chorona por todos os cantos. E ela podia ser bonita, mas ele mal via o rosto dela debaixo de todas aquelas lágrimas. Tad gostava de ficar perto de pessoas tão ruins quanto ele, porque isso o deixava confortável. E ele realmente pensava que Gina era só uma florzinha delicadíssima que não conseguia armar contra ninguém.

É, ele vai ter uma surpresa e tanto. Gina não é uma flor, e com certeza é a pessoa naquela escola que mais combina com Tadwyn Nott.

É, eu realmente acho Tad mais bonito.

 

 ***

 

Pansy terminou de passar seu batom vermelho preferido e saiu do banheiro. Uma coruja estava parada no peitoral da janela, olhando curiosamente para o quarto. Pansy se aproximou e pegou a carta.

A noite fria parecia assustadora ali da sua janela. Ela leu e riu, era só uma das brincadeiras sem graça de Blaise. Stacie, Roxy e Millie não estavam mais ali e Scarlett devia estar andando com Dakota e armando a separação de Terren e Hermione Granger. Ela achava seus amigos bem previsíveis.

Draco não estava à vista e ela decidiu que não ia esperá-lo naquele dia. Já estava quase chegando no saguão quando uma garotinha parou na sua frente.

 

- Pansy Parkinson? – a coisinha falou, mascando um chiclete impossivelmente grande.

 

- Sou eu – Pansy suspirou, imaginando o que aquela garota queria – O que foi?

 

- Tenho uma carta – a menininha explicou, rindo. Pansy lembrou de onde a conhecia. Era a piveta que estava vendendo provas.

 

- E de quem é? – Pansy pegou o bilhete, tentando lembrar se Scarlett já tinha arrumado a prova de História da Magia.

 

- Ninguém importante – Delilah sorriu, sumindo um segundo depois.

 

Pansy abriu o bilhete, já imaginando ser de Blaise. Mas aquele era muito diferente. Quase inimaginável. Estava escrito, em duas linhas:

 

Sua irmã e Harry Potter estão dormindo juntos.

Onde? Vestiário masculino de quadribol do lado B.

 

Mas isso não é uma surpresa? Com os olhos arregalados de surpresa, algo que não acontecia desde seu nascimento, Pansy rumou para os jardins. Não, ela não estava se preocupando com o frio, a neve e a escuridão. Tudo porque P. Anne estava em missão, e quando isso acontece, ninguém fica na frente.

Por isso se você é um daqueles bichinhos assustadores que ficam por aí, um conselho, caiam fora antes que a pancadaria comece.

 

 ***

 

- Você está feliz demais – Colin observou enquanto ele e Hayden desciam para o jantar – O que você fez de ruim Hayden?

 

- Nadinha – Hayden sorriu – Só vamos embora. Eu estou com fome.

 

Colin lançou mais um olhar desconfiado para o amigo, depois começou a falar de Elisha. Ele estava tentando se apaixonar por ela, porque Lexie era intocável demais e seu coração não podia mais esperar.

 

 ***

 

Gina bocejou e abriu os olhos, contemplando a sombria noite do lado de fora da enfermaria. Não via a hora de sair de lá, mas mal podia andar ainda.

Huxley tinha conversado por horas com ela, falado que a amizade deles era mais importante do que tudo o que tinha acontecido e como ele se sentia mal pelas coisas horríveis que andavam dizendo sobre ela. Foi bom saber que pelo menos um amigo estava de volta. Colin e Faith, com Elisha e Noah logo atrás, ficaram enchendo-a por vinte minutos e ela foi obrigada a comer. Seu irmão e Dominique também passaram por lá, e pareciam bem amigos. Gina ficou feliz por ele.

Hermione foi logo depois de Terrence e Gina imaginou que Scarlett já estava usando todas as suas armas para acabar com o relacionamento dos dois. Ela quis dizer que Terrence era impossível de se ter, porque ele e Scarlett estavam destinados. E mesmo que não estivessem, Scarlett era bem capaz de pegar o dinheiro do pai e ir escrever isso no destino. Porque por mais que Gina a odiasse, sabia reconhecer alguém que corria atrás de seus desejos. Ela era uma garota assim, até ver seu mundo ser arruinado com as fotos. Até ser uma traidora, uma ninguém.

Ela fechou os olhos e tentou sonhar com um outro momento, uma outra história. E Draco, sem querer, acabou aparecendo em seus pensamentos. Talvez em outro momento, em algum outro lugar... eles poderiam ter dado certo. Ela seria só Gina e ele só Draco. E então o que quer que existisse entre eles antes de tudo, aquela pequena faísca, aquilo teria crescido sem parar. Mas eles tinham parado nos beijos, nos sobrenomes. É, Gina suspirou, talvez aquilo não a estivesse matando agora. Mas a única coisa que ela sentia era uma terrível dor no coração.

 

Não se esqueça G, a dor em seu coração também está no coração de outra pessoa.

 

 ***

 

- Harry me ajuda com o botão – Lexie pediu, aproximando-se dele – Nós precisamos ir, o jantar já deve estar acabando.

 

- E sua irmã vai começar a te caçar – Harry sorriu, dando um beijo no ombro dela – Vamos lá Lexie, sua irmã simplesmente não pode ser tão ruim quanto você diz.

 

- Ela é pior Harry – Lexie suspirou, soltando o cabelo e colocando a capa de frio branca novinha – Pansy anda meio com tempo livre, agora que Draco anda por aí todo concentrado com quadribol. Ela fica atrás dele o tempo todo, é meio patético de se olhar.

 

- Aquele Malfoy insuportável – Harry revirou os olhos – Eu não suporto aquele cara.

 

- Vocês falam tanto do Draco – Lexie riu, abotoando a camisa azul de Harry – Mas ainda não viram o Tad. Ele sim é uma peste e quando começar, meu Deus, vocês vão implorar pelo antigo Draco.

 

- Eu duvido muito – Harry pegou seu cachecol da Grifinória e colocou em Lexie – Alguém já disse que seus lábios são impossivelmente vermelhos, Branca?

 

- Muitas pessoas – Lexie sorriu, beijando-o.

 

 ***

 

Harry xingou baixinho quando afundou o pé em dez centímetros de neve. Será que nenhum daqueles elfos estúpidos podiam tirar aquilo? Ela sentiu o coração dar um grito quando percebeu a luz do vestiário acesa? Quem estaria lá?

Pansy abriu a porta rapidamente. Tenho certeza de que se ela não estivesse com suas botas novas teria aberto a porta com um chute.

Sabe como é, bem dramático.

Ao invés disso ela só abriu a porta e gritou. Lexie e Harry se separaram em um pulo.

 

- Alexandra Parkinson! – Pansy disse tão chocada que Harry arregalou os olhos. Mas então Pansy se virou para ele – Com Harry Potter? – Harry deu dois passos para trás, provavelmente com medo de ser encontrado morto com um salto enfiado no rosto.

 

- Não seja dramática – Lexie disse confiante, por mais que estivesse morrendo de medo – Nós estamos juntos Pansy, sabe como é... casual.

 

- Minha irmã não sai com Harry Potter – Pansy disse lentamente. Ela estava assustadora para caramba.

 

- Pansy calminha – Lexie respirou fundo – Não vá ficar toda estressadinha comigo. Nós estávamos só nos divertindo.

 

- Fora Lexie! – Pansy exigiu.

 

- Tchau Harry – Lexie murmurou antes de sair rapidinho do vestiário.

 

- E você Potter – Pansy ergueu o dedo – Quem pensa que é para ficar se agarrando com a minha irmãzinha? Eu posso matar você agora mesmo.

 

Harry respirou fundo uma, duas vezes. E então riu. Porque, meu Deus, quem diria que ele ia ser pego por Pansy Parkinson? Ele, Harry, o garoto mais bonzinho daquela maldita escola, se agarrando com Alexandra Parkinson. O garoto traído, o menino que sobreviveu de novo e de novo.

Não sei se por perplexidade ou só para irritar Pansy, mas Harry simplesmente sorriu largamente. E depois riu. Uma risada alta, despreocupada. Límpida. Uma risada de alívio... de libertação.

Pansy percebeu a diferença em Harry e pela primeira vez o encarou de verdade. Harry era alto, muito alto, com os olhos verdes mais lindos que ela já vira. O cabelo preto desajeitado e irresistível... e rindo daquele jeito.

Não, Harry não era o pobre coitado que ela sempre via, o certinho demais. Pelo menos não naquele instante.

E quando ele deu dois passos na direção dela, parecendo cada vez mais alto, a segurou firme pelos ombros e a beijou com força... Pansy não fez nada. Nada além de corresponder ao beijo.

Harry a beijou profundamente por uns vinte segundos, depois a soltou e sorriu.

 

- Vê se supera – ele ainda disse, antes de dar as costas e ir embora. Eu faria mais algum comentário, isso é, se não estivesse tão chocada.

 

-x-

 

Nota da Autora: Gentee to postando rapidinho pq vou sair! O próximo cap chama Acordando #ficadica! hahahaha Continuem comentando nos caps q to adorando isso, mas postem tb na página da fic! Espero q gostem e agora as coisas só melhoram bjooooooooooo

 

Nota da Beta: M E U  D E U S ! Um fanservice básico do meu tão amado Harry&Pansy foi realmente a mais gigante das surpresas, a única coisa que estava faltando... DEMAIS! *--*

 

 

 

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