Emoções e magia



Aquela fortaleza era ainda mais antiga do que se podia imaginar. Incrustrada na encosta da colina, a construção era completamente protegida, não apenas pelas capacidades mágicas lançadas sobre ela, mas também pelas características naturais ao seu redor. Uma floresta vasta e densa cercava o lugar, além da colina sinuosa e íngreme onde a fortificação era debruçada.


A pequena fortaleza possuía uma murada alta e coberta de ervas trepadeiras que envolviam completamente os blocos de pedras brancas. No interior, o prédio nada mais era que uma ampla mansão com um jardim central e poços de águas cristalinas que vertiam constantemente do subsolo.


A localização daquele lugar era secreto. Um recanto onde a magia elementar se manifestava e era controlada e estudada por seus defensores. Aquela era a fortaleza branca. E a seis gerações era também a morada dos Bennedict, os guardiões da magia elementar.


O sol da manhã subia calmo por detrás da colina que protegia a fortaleza branca e Harry já estava de pé. Levantara cedo e caminhava pela paliçada que percorria toda a extensão da murada. Um pouco antes, Harry havia feito um passeio por todo o terreno. Eros e Ilana Bennedict haviam percorrido com ele toda a fortaleza, contaram um pouco da historia do lugar e com o pouco que havia conhecido, o garoto estava encantado.


Caminhava sozinho pelos muros contemplando a beleza inacreditável da floresta que guardava o poder daquela magia antiga. Como Ilana o havia dito, aquela região era dominada pela magia elementar, e Harry a podia sentir estourando em cada um dos poros de seu corpo. A tranquilidade que sentia ali era surpreendente. Parecia que todos os seus problemas e sofrimentos eram amenizados e pela primeira vez em muito tempo, podia descansar de verdade, mesmo que não pudesse deixar de pensar em seus amigos, em como estaria a Ordem da Fênix e a situação trágica que deixara o mundo lá fora.


Lá embaixo, Harry viu Mali caminhando em sua direção. O garoto desceu as escadas e foi de encontro a mulher que estava vestida toda de branco, com calças curtas, botas de montaria e um colete de couro curto.


- Dormiu bem? – perguntou a mulher que estava ainda mais linda do que Harry se lembrava.


“Será possível que todos nessa família conseguem ser assim? Todo mundo um mais bonito que o outro?”


- Dormi! Na verdade fazia tempo que eu não conseguia descansar, ou então ao menos ter uma noite de sono sem sonhos.


A garota sorriu e concordou.


- Enquanto estiver aqui você poderá descansar! A Magia elementar permite que repousemos sem influências externas, entende? Isso é bom para que possamos compreender ainda mais a magia.


Harry assentiu com a cabeça e viu sair de dentro da casa, Eros e Silas que carregavam um enorme manequim humano feito de pedra branca. Cada um trazia um que flutuava a frente enquanto os irmãos caminhavam.


- Espero que você esteja preparado Harry! – berrou Eros acenando para o garoto.


- Preparado? – perguntou Harry olhando para Ilana que sorria.


- Meu pai acha que você deve ser treinado Harry – falou ela caminhando com ele para juntos dos irmãos – Aquilo que esta por vir será uma provação ainda mais cruel e dura do que todas as que você já enfrentou. Já que estaremos com você nessa empreitada, assim como seus amigos da Ordem da Fênix, devemos prepara-lo, entende? Voldemort também está aperfeiçoando sua magia e se fortalecendo, então se quiser vencê-lo, você deve estar ainda mais forte.


Harry olhou confuso para a garota e depois para Eros que continuava com o mesmo sorriso desproporcional ao seu tamanho de gigante, e Silas que permanecia em silêncio, mas o olhava em sinal de apoio.


- Mas o que exatamente eu irei fazer? Vocês acham que sou capaz de controlar a magia elementar? Eu terei tempo para isso? Não posso deixar que meus amigos lutem sozinhos enquanto eu fico aqui aprendendo coisas novas.


Silas lançou a Harry um olhar de reprovação. Era impressionante, mas a falta de palavras daquele Bennedict, fazia com que conseguisse se expressar muito mais profundamente através dos olhos.


- Tudo a seu tempo Harry – respondeu Mali – Seus amigos não estarão desprotegidos. Na verdade, nossos pais estão nesse momento resolvendo tudo e logo você será informado. Só pedimos que confie em nós. Meu pai pediu que lhe déssemos sua palavra de que cuidará de tudo.


O garoto tentava se conter mas parecia demais para ele. Já ficará longe tempo demais. Pelo que sabia, seus amigos poderiam estar todos mortos nesse momento.


- Relaxa cara! – disse Eros dando um leve tapa nas costas de Harry – os Bennedict sempre cumprem suas promessas. Ainda mais o papai. E Sabe Harry, ficamos ausentes dos assuntos que cercavam o mundo durante tanto tempo, que para estarmos nos envolvendo agora, é porque a coisa é séria e importante de verdade.


Harry acenou com a cabeça e se sentou no banco de madeira toscamente esculpido diretamente da raiz de uma velha árvore. Observou enquanto Silas se distraía com feitiços rápidos que manipulavam o manequim de pedra como se fossem uma bexiga de gás, daquelas que ele via em festas de crianças trouxas.


- Eu confio em vocês. Tenho tido muitos problemas com confianças, mas vocês eu realmente sinto que estão tentando ajudar.


Mali sorriu novamente e se sentou ao lado de Harry.  Eros se ajoelhou ao lado do garoto enquanto Silas permanecia ao lado do Manequim.


- Certo então – falou Mali – o que faremos aqui nas próximas semanas Harry, é lhe ensinar a usar efetivamente a Magia Elementar. Para isso, você precisa entrar nos mistérios da Magia, e ser iniciado pelo círculo da pedra branca.


Harry a olhou confuso.


- O Círculo da Pedra Branca é a sala onde permanece a essência primitiva da magia Harry. Todo bruxo possui esta essência em si, mas o tempo foi passando e ela foi se perdendo. A magia foi sendo corrompida por sentimentos e influência do mundo até se tornar o que vocês conhecem hoje. O círculo é capaz de liberar essa magia em você e só assim podemos te ajudar a controlar esse poder. Tudo bem até aqui?


- É muita informação – Harry esboçou um meio sorriso, tentando absorver tudo o que estava ouvindo, junto com o resto de toda a informação que adquirira nos últimos dias – Mas estou entendendo sim.


- Então... fique em pé! – disse Eros com o tom alegre de sempre – Vamos lá Harry. Venha até aqui e pegue sua varinha.


Harry se levantou ainda indeciso e caminhou até o gramado a frente de onde estavam. Eros parou um pouco distante do garoto e apontou a varinha para ele.


- Você precisa entender as diferenças que existem entre a magia elementar e a que você conhece hoje Harry. Só assim será capaz de liberar o coração para aquilo que o Círculo pode lhe oferecer.


- Vai Harry! Quero ver o que você tem aí! – berrou Eros - Me ataque! E capriche hein!


Harry pensou bem e olhou para Mali que afirmou com a cabeça. O garoto olhou para o gigante novamente e sorriu.


- Estupefaça – bradou alto com a varinha apontada para Eros.


O feitiço jorrou da ponta da varinha de Harry e correu rápido. A poucos centímetros de atingir o homenzarrão, Eros levantou a varinha e sem pronunciar uma única palavra, descreveu um círculo de luz a sua frente que engoliu completamente o feitiço.


Harry já esperava por aquilo. Sabia que o bruxo defenderia sem problemas o feitiço estuporante de Harry, só não imaginava que o feitiço não acabasse por ali. Eros apontou novamente a varinha para Harry e quando o garoto pensou que viria outro ataque em resposta, o mesmo círculo de luz se abriu bem de frente ao garoto e seu feitiço estuporante emergiu do círculo estourando no peito de Harry que se estatelou no gramado denso do pátio.


- Você está bem? – perguntou Mali enquanto ajudava o garoto a se levantar.


“Se estou bem? Eu acabei de ser atacado por mim mesmo!”


- Estou! Acho que dei sorte em não ter lançado um feitiço tão forte.


Eros sorriu do outro lado do gramado.


- Agora é minha vez Harry! Defenda-se!


Harry não teve tempo de responder. Eros apontou a varinha para o garoto e desferiu um feitiço mudo que irrompeu da varinha do homem e veio absurdamente rápido na forma de um jato azulado de luz.


Harry imediatamente conjurou um escudo da rainha grande o bastante para proteger todo o seu corpo, e colocou ainda mais força no feitiço assim que viu o raio de luz que se aproximava. No extremo oposto, Eros viu o escudo fortificado de Harry e sorriu. Com um movimento brusco de varinha para cima, o feitiço do gigante subiu desviando completamente da proteção mágica de Harry. O garoto olhou para aquilo inconformado. Rápido como no primeiro movimento, Eros baixou a varinha e o feitiço obedeceu perfeitamente ao comando, descendo de encontro a um Harry embasbacado com o que via.


Por mais que aquilo fosse incompreensível, Harry teve sorte e muita habilidade. Remo havia ensinado a ele como moldar e expandir seu escudo da rainha, de acordo com a necessidade e limitado pelo nível de magia. Com um gesto rápido, o escudo cresceu e envolveu Harry, mas até certo ponto. O feitiço de Eros estourou pela metade no escudo e o resto foi de encontro a Harry que mais uma vez rolou pelo gramado.


- Ahá! – Berrou o Eros enquanto corria para ajudar Harry a se levantar – o que achou?


- Inacreditável! – falou o garoto sentando-se novamente no banco árvore. Por mais que haviam sido feitiços fracos, dois impactos na sequência acabavam sendo um tanto quando doloridos – Como isso é possível? Você desviou seu feitiço no meio do caminho.


- Isso é apenas uma parte do que a Magia Elementar nos permite fazer Harry – falou Mali oferecendo ao garoto uma taça de cristal com água – Isso foi para que visse uma amostra da imensidão da magia. É aí que começam as diferenças entre nossas formas de poder mágico.


- Desculpa, mas não entendi.


- Como eu havia dito Harry. Bruxos que não manipulam a Magia elementar, tem em si a magia comum, a que todos os bruxos e bruxas hoje conhecem e aprendem a utilizar. Esta forma de poder nada mais é do que a magia antiga, porém corrompida com o passar dos anos, pelo sentimento do bruxo que a utilizam, consegue entender?


- Consigo, mas isso me parece óbvio! Nossa mágica é sempre intercedida pelos sentimentos, Dumbledore me disse que isso é primordial.


- Sim, e é mesmo! – continuou a mulher – Mas de uma outra maneira.


Harry agora estava realmente confuso, mas Mali percebeu e tentou desanuviar um pouco a cabeça do garoto.


- Durante um duelo por exemplo. Um bruxo deve sim ter sentimentos, emoções e racionalidade para executar seus feitiços com força e perfeição, mas todas estas emoções não devem ser incorporadas a magia. Devem ficar restritas ao ato de evocar mentalmente o feitiço. Você se concentra para lançá-lo, mas deixa esta concentração repleta de sentimentos, apenas em você, para que a magia possa correr livre e pura.


- Mas e com o Patronum? – questionou Harry tentando entender de vez o raciocínio da Bennedict – o patronum é um feitiço repleto de sentimentos. De lembranças positivas e agradáveis.


- Sim Harry, mas estes pensamentos e sentimentos são necessários apenas para que você conjure um bom Patronum, depois disso a magia por si só se encarrega do resto. Acontece que a Magia Elementar se perdeu na vida dos bruxos, e essa carga de emoções, boas ou ruins acabou por se envolver com a magia de cada um.


- E isso é muito ruim?


- Não é ruim, mas de certa forma acaba por impedir que a magia seja livre e de possibilidades infinitas, entende? Digamos que este excesso de particularidades humanas, tenha impedido a magia comum de ser manipulada inteiramente pela mente do bruxo que a controla. Quando isso aconteceu no passado, foi que começaram a ser dar nomes para feitiços específicos.


- Como assim? Os feitiços não eram nomeados?


- Nunca foram. Aquilo que você conhece como Estupefaça, Bombarda, Cruciu, Protego, Impedimenta, Expecto Patronum, só começou a surgir quando estudiosos da magia entenderam que a magia comum estavam tão contagiada por sentimentos e emoções, que muitas vezes se confundiam e o bruxo pensava no feitiço que queria evocar, mas não conseguia.


- Então passaram a criar feitiços que pudessem ser conjurados verbalmente Harry. Porque assim não se misturavam dentro do espírito humano, lugar onde a magia é acumulada – complementou Eros ajudando a irmã.


- Eu estou conseguindo entender! Mas isso é tão espantoso!


- Para vocês que tiveram uma educação voltada a magia comum, é realmente confuso. Mas bruxos antigos como o próprio Dumbledore, sabiam exatamente do que se tratava todo esse conhecimento.


- Por isso que era muito difícil ver Dumbledore conjurando um feitiço com palavras.


- Exatamente. Claro que no final da vida, Dumbledore estava tão intensificado com preocupações e emoções, que ficava difícil até para ele controlar a magia, mas mesmo assim ele foi um bruxo além do seu tempo. Controlava a magia elementar sem nunca ter sido treinado pelos Bennedict.


- E porque ele nunca tentou passar isso a outros alunos. Ou mesmo os que lutavam ao seu lado contra Voldemort.


- Acredito que ele tenha tentado Harry. Mas é realmente muito difícil. Não esqueça que foram centenas de gerações em que a magia foi passada e aprendida da forma como você a conhece. Tirando Dumbledore, é preciso parar e dedicar-se inteiramente ao aprendizado para que a Magia Elementar possa ser controlada, e no meio de tantas outras questões a serem trabalhadas, ficava difícil para Dumbledore passar isso a outros bruxos. Mesmo assim Dumbledore sempre sonhou com o dia em que Hogwarts fosse tomada pela Magia Elementar, e que seus alunos aprendessem cedo a conviver com ela.


- Então – começou Harry levantando-se – a Magia Elementar nada mais é do que aquela que eu conheço hoje, mas com a diferença de que minha magia é repleta de sentimentos e emoções humanas como raiva, amor, felicidade.


Silas sorriu em aceitação ao raciocínio do garoto.


- E isso tudo aconteceu com o passar dos anos. Nós bruxos comuns deixamos que nossas emoções se envolvesse demais com a magia, deixando ela um pouco limitada.


- Exato! – falou Mali – a magia não foi algo criado pela força vital do mundo para ser misturada com mais nada entende? Ela por si só é uma vastidão de poder inimaginável.


- Entendo. Então se eu conseguisse lançar um feitiço estuporante por exemplo, sem a interferência das minha emoções, ele seria muito mais poderoso.


- Mais o menos Harry. Não esqueça que os sentimentos devem sim ser chave para qualquer magia, e o poder também está diretamente relacionado a força mágica de cada um. Mas se você conseguir lançar o feitiço, concentrando suas emoções apenas no conjurar deste feitiço, porém o liberando livre de qualquer influência emocional, seus resultados seriam muito mais positivos. Além de você ser capaz de evoca-lo sem o auxilio de palavras, ele poderá ter o formato que você quiser, mudar de direção e até mesmo ser interrompido no meio do caminho. Sua magia terá uma ligação direta com você do momento em que você evoca-la, até o momento que for desfeita.


- Está tudo muito claro para mim. E eu serei capaz disso?


- Você tem um poder mágico surpreendente Harry. Meu pai foi capaz de identificar isso em você, assim como Dumbledore já havia feito. E com sua força de vontade, que podemos perceber por tudo que já fez até hoje, você será capaz sim de controlar a Magia Elementar, ao menos em partes. Demora muito tempo para um controle completo. Dependerá muito do seu empenho e dos anos que passar aprimorando isto daqui para frente.


Por ainda algum tempo, eles conversaram sobre as sombras das árvores que cercavam o pátio. Eros e Mali eram professores excelentes, e em pouco tempo, fizeram Harry entender tudo o que era necessário para que começasse a treinar o uso da Magia Elementar. Com ela, seria capaz de exercer muito mais poder mágico. Não seria mais preciso nominar feitiços, porque com a magia antiga ele seria capaz de manipular o poder da forma como quisesse.


- E esta iniciação? Quando começamos?


Eros sorriu para os irmãos e se levantou.


- Agora mesmo – disse Mali também de pé – Vamos levá-lo para o interior do Círculo da Pedra Branca, e de lá, tudo será por sua conta. Quando sair, será capaz de reagir à Magia Elementar e então, começaremos nosso treinamento.


Silas estava parado ao lado dos manequins de pedra e acenou para Harry com um olhar perverso e ao mesmo tempo divertido.


Harry sorriu e acompanhou os irmãos até o lugar onde finalmente teria início uma nova fase de sua vida. Aquela era a esperança que precisava para recobrar as forças. Era a chance de um novo recomeço, essencial talvez, para que Voldemort pudesse ser vencido e uma era de sofrimento terminasse para ele, e principalmente para aqueles que amava.


 


***


 


Remo já estava de pé um dia após o confronto com os Comensais. Tonks era a menos ferida, enquanto Hermione e Rony ainda se recuperavam, física e psicologicamente. Os dois garotos haviam conversado com o Líder da Ordem e com Molly e Arthur. Já eram maiores de idade e poderiam fazer o que quisessem, mas precisavam entender que se estavam de verdade em favor da Ordem da Fênix, seus atos deveriam ser sempre aprovados por quem os comandava. A ação de Rony e Hermione foi imprudente e desprovida de qualquer planejamento e mesmo que tivesse trazido alguns resultados importantes, como a morte de mais alguns comensais e a descoberta das experiências secretas de Voldemort, arriscara seriamente a vida de todos.


Lupin tomava café com Arthur, Kim e Tonks, enquanto esperava ansiosamente pela chegada das visitas. Na noite anterior havia recebido a mensagem por coruja, e desde então não pensara em outra coisa.


Convocara os principais membros da Ordem para comparecer a reunião e depois que adiantou o assunto e contou tudo o que sabia, os outros compartilharam com Lupin a impaciência.


- Parece inacreditável – falou Tonks se servindo de mais suco de abóbora – Há alguns meses isso tudo parecia fábula antiga que ouvíamos em Hogwarts e então tudo se transforma.


- Fique calma – respondeu Kim sem tirar os olhos do Profeta Diário.


O relógio cuco que os Weasley tinham trazido para a sede tocava 9h da manhã e então se ouviram batidas suaves na porta principal da mansão.


- É isso – falou Remo levantando-se – pontualmente! Chamem Rony e Hermione e me encontrem na sala de reuniões. Eles não merecem, mas acho que se souberem de tudo o quanto antes, podemos evitar novas incursões suicidas.


O líder da Ordem andou até a porta da sala e respirou fundo antes de girar a maçaneta de cobre da grande e rebuscada porta de entrada. Quando abriu, um homem alto, imponente e olhar sereno estava parado olhando descontraidamente para o parque que ficava de frente a mansão. Ao seu lado, uma linda menina, muito menor que o homem, de cabelos curtos e uma expressão que lembrava muito a Tonks, e um outro homem um pouco mais velho que a garota, alto e magro, com profundos olhos azuis e um meio sorriso que lhe dava um inteligente e ao mesmo tempo misterioso. Apenas duas coisas eram incomuns entre aquele trio parado junto à sede da Ordem da Fênix. Todos tinham os cabelos extremamente prateados e brilhantes, vestidos com roupas e capaz brancas.


- Bom Dia! – falou o homem educadamente estendendo a mão a frente – Me chamo Odiel Bennedict, e você certamente é Remo Lupin.


Remo sorriu educadamente e cumprimentou o homem.


- Bom Dia! – respondeu – É um enorme prazer recebê-los aqui.


- O prazer é nosso Remo. Estes são meus filhos Ilana e Silas – Odiel apontou para ambos que também cumprimentaram Lupin.


- Entrem, por favor – Remo apontou para dentro e acompanhou enquanto a família entrava na casa – Estávamos esperando por vocês. Espero que não se importem, mas reuni algumas pessoas membros da Ordem da Fênix que julguei importantes para nossa conversa.


- Não se preocupe com isso – respondeu o homem – Acho essencial mesmo que seu grupo mais íntimo possa nos conhecer e saber de nossas intenções, assim como aquilo que estamos enfrentando.


Remo atravessou o corredor acompanhado pela família Bennedict. Ilana observou as paredes repletas de imagens mágicas de paisagens e quando cruzou com a puída tapeçaria da família Black, se impressionou ao ver como existiam famílias bruxas tão antigas e tradicionais, mas que mesmo assim ignoravam completamente o poder da Magia Elementar.


Quando entraram na biblioteca que Remo constantemente utilizava como sala de reuniões, ela já estava com todos os interessados presentes. Rony e Hermione sentavam-se lado a lado e já pareciam bem melhores. Hermione ainda pálida com o esforço durante o combate, mas era forte e se recuperava depressa. Tonks, Kim e Arthur completavam a mesa.


Remo entrou com Odiel e os filhos e Kim se apressou em conjurar mais 2 poltronas para o casal de irmãos que acompanhava o líder dos Bennedict. Remo apresentou cada um deles e quando se sentaram, Molly entrou trazendo algumas jarras de suco de abóbora, água e um bule fervente de chá de frutas.


- Antes de tudo – começou Odiel olhando a cada um deles – Digo em nome de toda a minha família, que é um prazer sincero conhecer a tão lendária Ordem da Fênix.


Silas contemplou o sorriso de Tonks e como era uma habilidade comum para ele, entendeu que aquela era uma mulher extraordinária. Sorriu em resposta, deixando Tonks levemente constrangida.


Ele é lindo” pensou.


- Como já devem saber, tive a oportunidade de manter durante muito tempo, uma sincera amizade com Alvo e através dele, acabei conhecendo um pouco de vocês, e a julgar pela digamos, impaciência, de meu mais novo hóspede, conheci um pouco de vocês também, Srta. Granger e Sr. Weasley.


Rony e Hermione se espantaram e pareceram constrangido com a forma que todos os olharam.


- O Harry? – perguntou Rony – vocês estão com o Harry? Ele vai voltar?


- Ele está bem? – Hermione se levantou angustiada – Como ele está? Será que podemos vê-lo?


Odiel sorriu ternamente para os dois e Ilana pareceu ainda mais feliz por ver o carinho verdadeiro que aqueles três possuíam.


- Harry está conosco sim – respondeu a garota – Eles está bem e por mais difícil que seja, não precisam se preocupar. Ele não está ferido e fala de vocês o tempo todo.


Hermione se sentou novamente e Rony se serviu de um copo de suco. Odiel observou os dois por mais alguns segundos e depois voltou a atenção ao restante da mesa.


- É muito importante que finalmente estejamos nos encontrando. Acredito de todo o coração, que é chegada a hora de nossos dois grupos se unirem contra o mal que assola o mundo bruxo e consequentemente, o não bruxo também. Viemos até aqui para conversar e discutir a melhor maneira de trabalharmos juntos.


- Isso é ótimo Sr. Bennedict – Remo falou – Dumbledore já havia comentado sobre vocês, mas eu e Kim pudemos investigar com mais eficiência apenas nas últimas semanas. Veja bem, não queríamos nos intrometer em seus assuntos e suas vidas, mas para a Ordem era importante saber quem de fato eram os Bennedicts, até porque vocês estão com um dos nossos.


Odiel assentiu compreensivo e aceitou uma xícara de chá que Arthur lhe oferecia.


- Não se preocupem com isso. Vou contar um pouco sobre nós, vamos conversar também sobre Harry e o motivo pelo qual o salvamos durante o ataque a casa de seus tios, sem ao menos termos lhes avisado. Acredito que hoje é um dia importante para todos, e sem dúvida sairemos daqui mais esperançosos.


Depois de tomar todo o chá, especialidade de Molly, Odiel se ajeitou na cadeira e começaram enfim a reunião. Todos falavam, os Bennedict contavam um pouco de sua trajetória e tudo o que sabiam sobre Voldemort e seus experimentos. Remo e o resto falavam sobre suas missões e baixas que vinham tendo e assim tudo foi se esclarecendo. Horas se passaram até que finalmente chegaram em Harry.


Odiel contou detalhadamente o que Harry estava fazendo na Fortaleza Branca. Falou sobre o resto de sua família, o treinamento e a iniciação à Magia Elementar. Rony e Hermione pareciam ter tirado um enorme fardo de suas costas. Harry estava a salvo e tudo indicava que quando se reencontrassem, estaria poderoso e mais capaz de derrotar o Lorde das Trevas.


- Nós gostaríamos muito vê-lo Sr. Bennedict – falou Hermione com uma cordialidade que Remo estranhou – É muito difícil para nós. Fomos criados juntos e todos os perigos e aprendizados que Harry teve durante esses anos, sempre estivemos do seu lado. Ele passou por muita coisa sabe. Rony e eu sempre fomos aqueles que estavam ao seu lado em qualquer situação.


Ilana olhou para o pai que fitava Hermione com interesse.


- Eu entendo Srta. Granger. Entendo que vocês devem realmente estar preocupados e ansiosos para ver o Sr. Potter, mas é importante que ele passe por isso agora. O treinamento com a Magia Elementar será fundamental para que ele controle seu poder, assim como outras habilidades que possa vir a desenvolver.


Odiel respondeu a Hermione e na verdade mantinha seus pensamentos inteiramente voltados a sua Fortaleza Branca. Tudo isto que estava acontecendo, era muito rápido até mesmo para ele. Mantiveram-se anônimos durante anos sem fim e de uma hora para outra, estavam mantendo uma aliança com um grupo que lutava contra as forças do mal. Muitas pessoas estavam tendo conhecimento da existência dos Bennedict, e até mesmo tinham levado um bruxo comum, embora não tão comum assim, para dentro dos portões de sua casa, aprender com seus filhos e se iniciar no controle da Magia Elementar.


- Sabemos disso Sr. Bennedict – foi a vez de Rony tentar persuadir o homem – O Harry precisa realmente se motivar e treinar para fortalecer sua magia. O que a Hermione está tentando dizer, é que queremos ficar com ele e ajudá-lo no que for preciso. Nunca nos separamos senhor, para nós é difícil deixar Harry sozinho enquanto estamos aqui.


Remo olhou para Odiel que o encarou com ar interrogativo. Arthur por sua vez, observava o filho com orgulho. Rony havia se tornado um homem leal aos amigos e corajoso acima de qualquer coisa.


- Lamento Sr. Weasley – Odiel respondeu – Nunca tivemos um hóspede na Fortaleza Branca antes. Somos os guardiões da Magia Elementar e sempre mantivemos em segredo todos os mistérios que estudamos. Temos Harry treinando conosco, apenas porque entendemos a necessidade e gravidade da situação. Mais pessoas seria contra tudo o que acreditamos.


Hermione ficou vermelha com a falta de consideração que o homem estava demonstrando. Será que ele não entendia? Aquilo era estritamente necessário. Harry precisava dos amigos.


Remo sabia que a garota não aceitava ser contrariada e segurou com carinho sua mão. Kim se preparou para iniciar algum outro assunto, mas para Hermione Granger aquele ainda não havia acabado.


- O senhor está fazendo tudo errado – falou a garota com a voz um tanto quanto alterada. Ilana olhou com ar divertido para a garota. Nunca ninguém respondia a seu pai daquela maneira e gostou da menina ainda mais. Odiel olhou para ela com o mesmo olhar sereno que mantinha em todos os momentos, incentivando-a a continuar – Pelo que nos contou, são vocês que protegem a Magia Elementar desde o início dos tempos. Desde que as pessoas do mundo se mostraram incapazes de conviver com ela. Por outro lado, nós bruxos temos a Magia Elementar incrustrada em nossas almas, apenas deixamos que ela fosse influenciada demais por emoções humanas. Ao que me parece Sr. Bennedict, o senhor mantém estes costumes secretos, apenas como tradição de suas raízes, e muito provavelmente desacreditou de todo o coração que ainda possa existir bondade entre a raça bruxa.


Todos olhavam para a garota sem uma única palavra. Remo se obrigou a baixar a cabeça esperando que aquilo não prejudicasse demais a parceria que estavam tentando firmar.


- Pois saiba o senhor, que existe sim esperança! – continuou – Ainda somos capazes de praticar o bem, e prova disso é o que este grupo aqui faz. Trabalhamos duro, sofremos e muitas vezes morremos para livrar o mundo do mal e assim restaurar a bondade. O senhor deveria reconhecer isso, e pensar que se nos levasse para junto de Harry, não seria apenas um a conhecer seus segredos e os mistérios da magia antiga, e sim três pessoas de bem que fazem da amizade uma arma poderosa contra Voldemort e a crueldade que ele representa. Não estamos pedindo para sermos treinados com Harry, já que o senhor se opõe tão fervorosamente a transmitir novamente o conhecimento mágico que já foi de todos os bruxos um dia. Só peço que o senhor nos permita estar ao lado de nosso amigo, lhe dando força e ainda mais razão para continuar. Harry já esteve sozinho durante a vida toda. Não precisa passar por isso novamente.


Remo levantou a cabeça esperando que Odiel e seus filhos já tivessem se levantado para sair. Orgulhava-se de ter Hermione junto na Ordem da Fênix e ter sido responsável por muito do que a garota havia aprendido, mas sabia que às vezes ela conseguia extrapolar com a paciência de muita gente.


Ao contrário do que imaginou, a família permanecia sentado. Arthur olhava atento para Odiel que permanecia inerte e sem expressar nenhuma reação. Tonks tentava segurar um risinho frouxo que era compartilhado com a mais nova dos Bennedict.


- Sr. Bennedict – falou Remo – Hermione apenas...


Remo tinha intenção de se explicar, mas foi interrompido pelo patriarca.


- Não se preocupe – disse o homem gesticulando – Confesso que não tenho costume de receber um tratamento como esse Remo, mas percebo veracidade em alguns pontos levantados pela Srta. Granger.


Hermione ficou ruborizada e todos ainda permaneciam em silêncio olhando para Odiel.


Do lado de fora, a tempestade que ameaçava cair antes que a reunião começasse na sede da Ordem da Fênix, despencou sem dó dos céus sempre nublados de Londres, ensopando completamente aqueles que ainda permaneciam nas ruas. A chuva castigava as vidraças encantadas da Mui Nobre e Antiga Casa dos Black e do lado de dentro, uma nova rodada de chá era servida por uma tensa Sra. Weasley. Aquela reunião certamente ainda iria levar algum tempo para terminar.


 


***


 


Aquilo havia sido sem dúvida, uma das situações mais loucas que já havia vivido. Em um momento, Harry estava caminhando ao lado dos irmãos Bennedict por um corredor iluminado, com tetos de vidro onde era possível se ver os galhos e ramos das árvores no lado de fora. O corredor estava localizado no extremo aposto da Fortaleza Branca, quase encostada na colina que guardava o lado sul da mansão. No momento seguinte, tudo girava. Sentia-se bem, não era como as situações em que tudo girava, mas estava sendo atacado, sangrava ou sua vida corria perigo. Sentia-se agradavelmente bem e mesmo assim era tomado por um turbilhão de cores, tudo rodava e sentia seu corpo levitar.


Quando se aproximaram da porta onde supostamente era guardado o tão misterioso Círculo da Pedra Branca, os irmãos Bennedict pararam e incentivaram Harry a prosseguir. A partir dali era ele quem deveria terminar o percurso. Seu coração deveria estar sereno e aberto para o que estava por vir e aqueles últimos passos seriam como uma prova de que fazia aquilo com os pensamentos livres de nenhuma maldade e principalmente, sem interesse em fazer o mal.


E então ele deixou de se lembrar de tudo o que aconteceu. Enquanto caminhava, Harry imaginou uma sala repleta de magia, onde alguém falaria com ele, uma entidade ou teria um sonho qualquer, repleto de mistérios. Oras, já havia passado por situações como aquela. experiência não lhe faltava. Mas aí Harry se enganou completamente. A única lembrança que teve, foi de terminar de caminhar até uma gigante porta dupla bem avermelhada construída com a mesma pedra onde tudo era feito por ali.


Depois de girar a maçaneta, tudo girava, havia as luzes e a sensação de conforto e tranquilidade.


Não sabia exatamente onde estava e nem se havia parado de vez com aquelas voltas e luzes ao redor. Harry abriu os olhos e estava deitado. Ao redor havia um campo verde, com os olhos ainda ofuscados, podia ver uma grande construção de madeira, bandeiras coloridas estavam fixadas na parte superior da estrutura de de cada lado, mastros com círculos de metal em alturas diferentes. Quando a visão melhorou Harry reconheceu de imediato. Estava no campo de quadribol de Hogwarts. A distancia, podia ver o castelo que se erguia imponente por detrás de algumas nuvens solitárias. Uma explosão de felicidade invadiu o peito do garoto. Estava no lugar onde havia vivido os melhores momentos de sua vida. Dava tudo naquele momento por uma vassoura o time verde e prata as Sonserina para disputar uma partida.


- Está em perigo novamente? – uma voz soou atrás de Harry fazendo o menino soltar um berro de susto – Já era de se esperar. Parece que você gosta mesmo de arriscar a vida. Bem do jeito que Tiago fazia em sua época.


Harry olhou para trás e viu Dumbledore sentado em uma espreguiçadeira de praia, olhando para o céu com um olhar intrigado.


- Acho que errei o dia de trazer para cá esta cadeira – disse o professor dando um tapinha de leve na espreguiçadeira – o dia nem está assim tão ensolarado. Achei que um pouco se sol faria bem para os ossos. E você Harry, como está?


Harry sorriu e sentou no gramado de frente ao professor.


- Estou bem professor. Que bom que pude reencontrá-lo. Desde a última vez, fiquei pensando que mesmo que conseguisse evocar novamente essa habilidade que você disse que eu possuo, não o veria mais.


Dumbledore estava agora de olhos fechados, aproveitando cada pequeno raio de sol que batia em seus rosto.


- Confesso que não pensei sobre isso meu caro. Mas acho realmente bom voltarmos a nos ver. Sabe que em tempos passados, eu e o Flitwick vínhamos sempre aqui durante as férias. O sol aqui parece mais agradável. Acho que é menos nocivo, entende?


Harry olhou confuso para o professor que sorria para ele.


- Não estou em perigo agora professor. Aconteceu muita coisa sabe. Estou nas Fortaleza Branca dos Bennedict. A família de Odiel me resgatou e agora vão me ensinar a controlar a Magia Elementar. Quando vim parar aqui, parece que estava sendo iniciado no Círculo da Pedra Branca.


- Ah o Círculo! – disse Dumbledore parecendo mais interessado no assunto – Lembro-me de tê-lo visto uma vez. Um belo lugar não achou? Assim como toda as casa dos Bennedict. Família de muito bom gosto eu diria.


Dumbledore se aconchegou na cadeira e pareceu despertar para o que Harry havia dito.


- Magia Elementar você disse? Odiel irá lhe ensinar?


- Sim!


- Por Merlin, mas que boa notícia – Dumbledore colocou um dedo no resto com ar pensativo e depois gargalhou – Aquele velho gagá é mesmo uma criatura surpreendente. Passei décadas tentando convencê-lo a disseminar novamente o conhecimento da magia antiga e ele sempre me disse que o mundo bruxo ainda não estava pronto. Foi só eu bater as botas pra ele passar todo esse poder justamente a você, a quem eu ensinava e protegia.


- Ele me disse que chegou a hora dos Bennedict tomarem partido da guerra professor – Harry falou lembrando-se da conversa que havia tido com o Odiel no dia em que chegara à Fortaleza Branca – Disse que se juntar a Ordem da Fênix será essencial para fazer a diferença nessa luta. E se eu aprender como manipular a magia elementar, terei ainda mais chances contra Voldemort.


- Oh sim! Se fosse vivo indicaria Odiel para fazer parte dos rostos de bruxos que aparecem nos sapos de chocolate! – Dumbledore de repente apareceu com um enorme copo de suco de abóbora nas mãos – Sabe que eu era muito competente Harry. Aprendi a manipular a Magia Elementar sozinho! Só para mostrar para aquele velhote que era muito capaz.


Dumbledore parecia se esforçar para lembrar daqueles tempos, enquanto tomava com satisfação o copo gelado de suco.


- Vai ser ótimo para você rapaz! Sabe que a Magia complementar é um poder que Voldemort tem conhecimento, mas não respeito e não acredita que seja realmente necessário. Talvez possamos considerar esse como mais uma das falhas que Tom cometeu, não é?


- Acha que eu sou capaz professor?


- Acho que é capaz se quiser ser Harry – agora Dumbledore falava serio como costumava fazer – assim como foi sempre capaz de tudo o que quis de verdade. É difícil, e como! Mas você consegue. Precisa apenas abrir seu coração.


- Fico com medo de ter esperança professor!


Dumbledore se levantou da espreguiçadeira e se sentou no gramado ao lado de Harry.


- Esperança é a chave meu garoto. Sabe que quando comecei a estudar e aprender o controle da Magia Elementar, tive dificuldades até entender que a magia flui Harry. Simplesmente flui e esse é o sentido da vida.


- Eu sei! – respondeu Harry. Estes eram os ensinamentos que Mali havia começado a lhe passar no pátio da fortaleza – Preciso aprender a evocar magia com as minhas emoções, mas deixar que ela flua por si só.


Dumbledore colocou a mão nos ombros de Harry e se levantou.


- Entenda que você e sua magia são coisas completamente diferentes. E um conselho que lhe dou. Mantenha em sua mente, sempre o mesmo pensamento na hora de evocar e manipular a Magia Elementar. Aquele que ao mesmo tempo lhe traz amor e esperança, mas também lhe remete a razão de toda essa luta e sofrimento. Pode ser doloroso no começo, mas quando aprender a lidar com isso, será sua maior arma para controlar a magia.      


- Que pensamento professor? O que é razão de amor pra minha luta, assim como também o motivo de tudo isso?


Dumbledore voltou a caminhar pelo gramado por onde havia chegado e começou a desaparecer junto com a brisa tranquila que vinha da Floresta Proibida.


- Pense em seus pais Harry. Pense sempre em seus pais.


Harry sentiu o mesmo clarão da primeira vez que aquele habilidade havia se manifestado. Fechou os olhos e sentiu o puxão que o arrastava e quando os abriu novamente, estava parada no mesmo corredor amplo que os irmãos Bennedict o levaram, com a mão na maçaneta da porta vermelha que se mantinha fechada.


- Você demorou mais do que imaginamos – falou Eros se aproximando do garoto.


- O que aconteceu? – perguntou Harry um pouco atordoado – Eu não saí daqui? Não consegui entrar no Círculo?


Mali sorriu e ofereceu a Harry uma taça de água gelada.


- Você entrou Harry. Passou algumas horas lá dentro e agora está de volta. O Círculo da Pedra Branca é um mistério até mesmo para meu pai. As coisas nunca acontecem iguais com a mesma pessoa. A única coisa em comum é que nunca nos lembramos do que aconteceu.


- E como saber se funcionou?


- Podemos sentir em você ué! – falou Eros como se fosse a mais simples das respostas – você está explodindo de magia antiga acumulada durantes esses ano todos. E agora Harry.....vamos treinar!!!


Harry acompanhou ainda os irmãos para fora da mansão ainda um pouco atordoado. As luzes e voltas que tinha sentido ainda estavam em sua cabeça, e como um flash rápido que irrompeu em sua cabeça, lembrou de uma única coisa que havia ouvido no meio do turbilhão.


Seja a diferença em mundo dividido”


_________________________________

N/A

Oi!

Feliz 2012 pra todos nós!!

Então está aí o primeiro capítulo do ano. Ele já estava pronto, mas aí tive uma ideia e acabei fazendo alterações. Ele acabou sendo meio sem ação e parado, mas achei importante pra introduzir ao que vem por ai.

Como sempre...espero que gostem e continuem comentando meu povo. É importante receber feedback, ainda mais quando estou tento minha primeira experiência publicando textos meus. E se gostarem mesmo..compartilhem! To com muito trabalho por aqui, mas prometo postar o próximo o quanto antes!



N/A²

Nota exclusiva para Deusa Potter, minha mais nova "opinadora'' VIP da Fic... o próximo capítulo tem coisas pra vc. Mais nesse aí já demos a entender né?

 

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Comentários (3)

  • Deusa Potter

    Ow, agora me senti importante... *.* Oh sim, você já deu a entender a resposta para algumas de minhas perguntas e fiquei muito feliz com isso. Devo confessar que me emocionei com o que o Dumby disse para o Harry:" Pense em seus pais Harry, aqueles que ao mesmo tempo lhes traz amor e esperança, mas também lhe remete a razão de toda essa luta e sofrimento", achei de um sentimento tão puro, de uma verdade que estava sendo descoberta num coração confuso. Do mesmo modo achei maravilho o discurso da Hermione, uma amizade extremamente verdadeira, afinal nao é todo dia que se vê Hermione Granger dizer que nao se importa em nao aprender desde que esteja ao lado do amigo, e isso vale para o Rony tambem. Espero que o sr Benedict reconside e permita que os dois tambem seja treinados, pois como eu ja havia dito, o Harry nao dará conta de tudo sozinho.  Bem, foi impressão minha ou o Silas gostou da Tonks?Ah, mais uma coisa, seria bem interessante se o Harry tivesse algum contato com o espirito dos pais, fosse por um sonho, por transe, durante o treinamento, enfim, de algum modo que eles pudessem dizer que o Harry esta fazendo a coisa certa, afinal o moreno quer acabar com Voldie para salvar as pessoas que ama e para vingar aqueles que morreram. Só uma sugestão.  Hum, acho que me empolguei... Para terminar meu "comentariozinho" adorei o final do capitulo com essa frase, fechou com chave de ouro. E nao se preocupe se demorar um pouquinho a postar o proximo capitulo, afinal se você mantiver esse nivel, ou ainda subi-lo, tenho certeza que valerá a pena. E um feliz 2012 para nós!!!!

    2012-01-05
  • Deusa Potter

    Ow, agora me senti importante... *.* Oh sim, você já deu a entender a resposta para algumas de minhas perguntas e fiquei muito feliz com isso. Devo confessar que me emocionei com o que o Dumby disse para o Harry:" Pense em seus pais Harry, aqueles que ao mesmo tempo lhes traz amor e esperança, mas também lhe remete a razão de toda essa luta e sofrimento", achei de um sentimento tão puro, de uma verdade que estava sendo descoberta num coração confuso. Do mesmo modo achei maravilho o discurso da Hermione, uma amizade extremamente verdadeira, afinal nao é todo dia que se vê Hermione Granger dizer que nao se importa em nao aprender desde que esteja ao lado do amigo, e isso vale para o Rony tambem. Espero que o sr Benedict reconside e permita que os dois tambem seja treinados, pois como eu ja havia dito, o Harry nao dará conta de tudo sozinho.  Bem, foi impressão minha ou o Silas gostou da Tonks?Ah, mais uma coisa, seria bem interessante se o Harry tivesse algum contato com o espirito dos pais, fosse por um sonho, por transe, durante o treinamento, enfim, de algum modo que eles pudessem dizer que o Harry esta fazendo a coisa certa, afinal o moreno quer acabar com Voldie para salvar as pessoas que ama e para vingar aqueles que morreram. Só uma sugestão.  Hum, acho que me empolguei... Para terminar meu "comentariozinho" adorei o final do capitulo com essa frase, fechou com chave de ouro. E nao se preocupe se demorar um pouquinho a postar o proximo capitulo, afinal se você mantiver esse nivel, ou ainda subi-lo, tenho certeza que valerá a pena. E um feliz 2012 para nós!!!!

    2012-01-05
  • Gui_Hawk

    Não axo legal o Rony e a Mione aparecerem na mansão,esse é um treinamento que o Harry deve fazer,algo que ele precisa pra crescer,e com os dois sempre juntos vai ser complicado,entende? Mas de resto esta bom o capitulo

    2012-01-04
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