No Expresso de Hogwarts - pt 1
Albus Severus Potter e Rose Weasley estavam a bordo do Expresso de Hogwarts, uma bonita locomotiva vermelha, pela primeira vez na vida. Seria o primeiro ano deles na escola em que os seus pais haviam se tornado ótimos bruxos. Albus era um menino meio magricela, tinha os cabelos pretos despenteados e olhos profundamente verdes – como os de seu pai, e pelo que falavam, de sua avó paterna. Albus não chegou a conhecer seus avós paternos pois eles morreram quando seu pai era um bebê, o que era lamentável, pois pelo que se ouvia, seus avós foram grandes bruxos. Albus era filho de Ginny Weasley e Harry Potter. Seu pai derrotou o maior bruxo das Trevas de todos os tempos com apenas 17 anos. Rose era uma menina muito inteligente – qualidade que puxou de sua mãe pelo que todos diziam -, tinha cabelos vermelhos – como todos na família de seu pai-, e muito volumosos – como os de sua mãe - enfim, era uma menina encantadora, tirando sua mania de querer ser sabe-tudo – coisas da mãe dela, como seu pai sempre dizia. Rose era a filha mais velha de Hermione Granger e Ronald Weasley. Seus pais sempre foram os melhores amigos de Harry Potter, por isso o convidaram para ser o padrinho de Rose Weasley. Agora, Albus e Rose estavam muito ansiosos, principalmente porque James Sirius Potter os assustava sobre o que os aguardava em Hogwarts. James era o irmão mais velho de Albus e primo de Rose. James também tinha cabelos avermelhados como os de Rose, era tão magro quanto o irmão, só que mais alto. James estava no terceiro ano de Hogwarts, conhecia quase tudo do castelo, principalmente porque seu tio, George Weasley, lhe contou todos as passagens secretas do castelo. James sempre aprontava na escola, desde o seu primeiro dia, e agora que seu irmão e sua prima iam entrar para Hogwarts sua maior diversão era assustá-los sobre a Seleção e a terrível perspectiva de irem para a Sonserina - a Casa de Hogwarts que mais havia formado bruxos das Trevas. Assim que Albus e Rose se despediram dos seus pais, eles foram procurar uma cabine vazia no trem, um lugar em que eles pudessem conversar sobre o que teria no castelo.
—Aqui, é a menos cheia - disse Rose, entrando em uma cabine vazia, exceto por um menino de rosto pontudo, muito branco e com os cabelos louros, que estava sozinho olhando os campos que começavam a aparecer pela janela da locomotiva
—Tudo bem se nós ficarmos aqui com você? - pediu Rose ao menino
—Ok – ele analisou Rose e Albus alguns momentos – Você é filho de Harry Potter, não? Meu pai falou muito do seu pai, eles estudaram juntos.
—Você é o filho dos Malfoy, não? - falou Albus com intenso desagrado. Realmente, seu pai havia estudado com Malfoy, e pelo que ele dizia, os Malfoy eram bruxos das Trevas. Draco Malfoy, o pai do menino, foi inimigo de Harry Potter, pai de Albus.
—Sou sim, meu pai falou do seu pai. Ele disse que seu pai é um grande bruxo - falou o menino com um leve desdém
—Qual é mesmo o seu nome? - pediu Rose antes que Albus pudesse começar a discutir com o menino.
—Scorpius Malfoy, e você é ?
—Rose Weasley – disse, sentindo seu rosto corar
—Mas o que vocês estão fazendo conversando tranquilamente quando deveriam estar pensando em uma maneira de sobreviver à Seleção? - era James que acabava de entrar na cabine e estava decidido a assustar os garotos um pouco mais- Como vocês pretendem matar um trasgo se nem se preocupam? Ou vocês querem ir para a Sonserina?
—James, não terá nenhum trasgo para matarmos. A Seleção é um processo bem simples, pelo que eu li em Hogwarts: Uma História. Um professor chamará todos os alunos em ordem alfabética, e um de cada vez sentará em um banquinho em frente a todos os alunos da escola, e o professor colocará em nossa cabeça o Chapéu Seletor, e ele é quem decidirá em qual Casa nós ficaremos, e não uma luta imbecil contra um trasgo – disse Rose muito rápido.
—É, você realmente andou pesquisando sobre isso... Eu acreditei quando o tio George me contou que teríamos que matar um trasgo... Eu fui preparado para isso – disse James levemente desapontado
—Somente alguém muito tolo acreditaria nessa história, você realmente acreditou que os professores colocariam os alunos de primeiro ano frente a frente com um trasgo? Sendo que muitos deles vem de famílias de sang, de trouxas? - falou Rose meio desconcertada com o que quase falara.
—O que você iria falar? - indagou Scorpius
—Nada – respondeu Rose sentindo seu rosto corar. Albus e James se entreolharam mostrando que não haviam entendido o que aquilo significara.
—Bom, como a srta. Sabichona revelou a verdade sobre a Seleção, eu vou entrar em outras cabines para ver se consigo assustar alguns alunos de primeiro ano. Até mais – comentou James, como se assustar alunos do primeiro ano fosse a coisa mais normal do mundo.
—O que você ia falar aquela hora? - repetiu Scorpius – Você não ia dizer sangue-r...
—Não, é claro que não! Eu... jamais falaria... isso – interrompeu Rose, muito nervosa. Albus olhou para a prima sem entender nada. Sobre o que ela e Scorpius estariam falando? Por que ela ficara tão nervosa?
—Olá crianças, vocês querem algo? - era uma senhora muito gorda levando um carrinho cheio de doces, oferecendo para eles.
—Eu quero... três Bolos de Caldeirão e... dezessete Sapos de Chocolate – disse Rose, sendo a primeira a se levantar, tomando aquilo como uma oportunidade de encerrar o assunto.
—Eu quero o mesmo que ela – pediu Scorpius, ainda olhando Rose, espantado com o que ela quase dissera momentos antes.
—Eu não quero nada... - disse Albus, ao ver Rose e Scorpius trocarem olhares nervosos, não sabia porquê, mas não gostava nadinha de ver Rose se comunicando com um Malfoy – Pensando bem, eu quero o mesmo que eles.
Os três ficaram em silêncio a maior parte da viagem, de vez em quando os olhares de Rose e Scorpius se cruzavam e Rose desviava nervosa. Depois que acabaram com os doces, Albus não suportando mais o silêncio na cabine falou:
—Rose, o que você acha de nós darmos umas voltas pelo trem, para ver se encontramos alguém conhecido?
—Vá você, eu não estou com vontade de sair daqui...
—Ah, ok então... Já volto – olhou desconfiado para Scorpius e saiu
Logo após Albus deixar a cabine, Scorpius falou:
—Você ia dizer “sangue-ruim” aquela hora, não ia?
—Eu já disse que não! - Rose disse nervosa – Minha mãe é sang..., nascida trouxa, eu não teria porquê falar isso... - de repente, percebendo que Scorpius já a entendera, disse - Ah, minha família só tem traidores do sangue, eles me matariam se me ouvissem falando isso...
—Então você realmente ia falar “sangue-ruim”? - indagou Scorpius boquiaberto
—Por que essa cara de espanto? Garanto que você cresceu ouvindo seu pai falando mal de Sangues-Ruins, minha mãe disse que seu pai vivia chamando ela assim...
—Mas eu nunca ouvi alguém de Sangue-Ruim usar esse termo – comentou Scorpius espantado
—Eu não tenho sangue-ruim – falou Rose muito aborrecida – Meu pai é Sangue-Puro, sabe. Ah, ele é traidor do sangue, mas tem sangue-puro, isso que importa!
—Você nem parece filha dos seus pais. Pelo que meu pai disse dos seus, eu imaginei que você seria mais uma sabichonazinha metida à heroína, e não uma... alguém que não gostasse de Sangues-Ruins e traidores do sangue...
—Eu gosto dos meus pais! Claro que eu preferia ser Sangue-Puro, e ter pais que se orgulhassem disso, e não... bem... ser uma Weasley – disse Rose, com certo nojo - mas como infelizmente não escolhemos a família em que nascemos, eu tenho que me conformar com isso... Mas não vejo a hora de crescer e me casar com um Sangue-Puro para deixar de usar o meu sobrenome – falou animada – exatamente por isso, eu espero ficar na Sonserina, é uma ótima oportunidade de conhecer meninos de sangue-puro – acrescentou sonhadora.
—Talvez, você conheça um menino de sangue-puro bem antes do que você imagina – disse Scorpius com um sorrisinho.
Comentários (1)
Oi, estou adorando sua fic! Tinha tempo que eu vinha dar uma olhada e não via nenhum capítulo. Fiquei feliz que tinha! Posta mais! Adorei essa Rose meio maléfica! Beijos!
2012-01-07