Horcruxes, Aposta e Teimosia

Harry andava pelos corredores de Hogwarts sem se importar com muita coisa.

Só estava mais concentrado em encarar a foto de seus pais jovens no pingente do colar que fora de seu pai, e o anel em seu dedo mindinho que pertencera á sua mãe.

O pequeno sorriso que apareceu sem que percebesse, se apagou ao lembrar-se da conversa que tivera com Dumbledore minutos atrás.

 

- Você já ouviu falar das Horcruxes?

Harry e Dumbledore ficaram se encarando um pouco, até que Harry desviou o olhar a baixou a cabeça.

- Hoje eu sonhei que estava desafiando Voldemort, onde falávamos dessas tais Horcruxes e Nagini sibilava mais eu não entendia o que ela falava, o que é estranho já que eu sou Ofidioglota.

- Nagini está no meio da história – disse Dumbledore sem sua característica calmaria na voz.

- O que são Horcruxes? – perguntou Harry voltando o olhar para o diretor.

- Uma Horcrux é um ou mais objetos no qual foi inserida a alma de um bruxo, e consequentemente, impede a morte de seu dono.

- E quando você diz um ou mais objetos... – disse Harry receoso pela resposta.

-... Podem ser divididas em várias partes – completou Dumbledore – Não há um numero exato, só que essa pessoa pode ficar extremamente fraca, mais nem por isso morre.

- E com isso você quer dizer que Voldemort criou uma ou mais Horcruxes?

- Sim.

Harry suspirou pesadamente e se afundou na cadeira da sala do diretor.

- Impossível... Eu sabia que não seria nada fácil matar Voldemort depois que eu ouvi a Profecia ano passado, mais isso já é inacreditável! Como vou acabar com isso agora?

- Destruindo-as – disse Dumbledore simplesmente.

Harry encarou Dumbledore como se o velho diretor tivesse três cabeças.

- Como? – perguntou Harry piscando os olhos nervosamente.

- Isso mesmo Harry – disse Dumbledore – Sua missão será procurar e destruir as Horcruxes.

Harry se levantou encarando Dumbledore estranhamente.

- Você tem noção do que está me pedindo? Não é como se eu fosse parente de Morgana e soubesse onde elas estão!

- Nem eu sei Harry, podem estar em qualquer parte – disse Dumbledore mexendo em sua barba, pensativo – Lembra-se do Diário de Tom Riddle que você destruiu em seu primeiro ano?

- Como posso esquecer? – resmungou Harry, lembrando que Gina quase morreu em sua frente, enquanto sofria por causa do veneno do Basilisco.

- Era uma das Horcruxes de Lorde Voldemort.

Harry arregalou os olhos ao ouvir tal noticia.

Destruíra uma das Horcrux sem ao menos ter noção disso.

Talvez, agora entendia o porquê de Voldemort, ou Tom Riddle, ter ficado com uma feição de pavor ao ver o diário sendo destruído.

Era obvio que ele não ficaria bravo se um diário fosse destruído e Tom Riddle se fosse, pois ainda estaria vivo como Voldemort. Mais sim porque sua alma estava nele.

- Agora faz sentido a reação dele não é? – disse Dumbledore com um sorrisinho – Harry, eu acho melhor aproveitar esses minutos para chegar á tempo em sua aula de Adivinhação não?

- É sim... Mais, professor... Isso tem de ficar entre nós ou...

- Pode contar para o Sr. Weasley e para a Srta. Granger, até para a Srta. Weasley se quiser. Mais que fique só entre nós, não é seguro que esse assunto se espalhe.

 

É... Seus planos de “esquecer o Lorde Qualquer-Bosta e viver a vida como um adolescente normal” pareciam fora de cogitação.

Não que fosse parar de se divertir, achava que as Horcruxes seriam só uma fase.

Assim esperava.

Nada que uma cabeça inteligente não possa ajudar. (Lê-se Hermione Granger).

Contaria para seus melhores amigos o resto dessa história, obviamente.

Mais será que era necessário meter Gina na história? Ele queria protege-la, e não dar motivos para que ela se machuque. OU PIOR: dar motivos pra que ela morra.

Não queria nem mesmo meter Rony e Hermione na história, mais já era inevitável.

Se ele começou, teria que terminar né? Seria até desleal de sua parte não contar para os dois.

- Porque é tudo tão difícil hein? Hein? – perguntou Harry encarando a foto dos pais como se fossem lhe responder – Eu tenho uma apresentação no baile de Halloween com os meus amigos, e agora o Voldie me vêm com essa de Horcruxes? Porque agora? Já tenho muito com o que me preocupar não? Que droga!

- Harry?

Ele se virou e viu Hermione indo á sua direção com dois livros pesados nas mãos.

- Porque o ataque de pelanca? – perguntou Hermione com um sorriso maroto.

- Ainda não estou acostumado com esse sorriso na sua cara – disse Harry franzindo o cenho enquanto pegava os livros de Hermione, que ria – Umas coisas aí, mais depois eu conto pra você e pro Rony.

Hermione o encarou com aquele olhar “Porque você vai fazer isso?”, mais especificamente “Porque você não vai contar isso que você quer contar também para sua própria namorada Potter? Não tem vergonha na cara? Seu quatro olhos!”. Não precisamente nessas palavras, mais Harry sabia que era quase isso. Quase.

- Se eu não vou contar pra minha ruivinha é por uma boa causa – disse Harry desviando o olhar do da amiga – Mais então, pra onde vai?

- Para minha aula de Runas Antigas, está cada vez mais fascinante – disse a castanha com os olhos brilhando – Acho que deveria ir para sua aula de Adivinhação também, Rony já deve estar lá.

- Se você não quer minha companhia é só falar – disse Harry se fazendo de magoado.

- Não é isso – disse Hermione dando um leve tapa no braço do amigo que sorriu – Você perdeu uma das melhores noticias do ano! Depois, claro, das aulas de DCAT com o Sirius e a Tonks.

Aí que Harry se lembrou de que vira Remo e o mesmo o acompanhara para o Salão Principal, mais não pôde ouvir o que ele tinha á anunciar já que fora conversar com o diretor.

- Tem algo a ver com o Aluado? – perguntou Harry ansioso.

- Aham! Ele vai dar aula de Duelos pra gente! – disse Hermione entusiasmada, ao que Harry sorriu animado – O fato é que vão ser todas as casas e todas as turmas acima do segundo ano, ou seja...

- Vamos ter mais uma aula com a Sonserina, era o que eu precisava – disse Harry bufando – Mais que se dane, ele vai ser nosso professor!

- Melhor que o Lockhart ele vai ser – disse Hermione com uma careta de desagrado.

- E outra: vamos ter uma chance de vencer o Malfoy em um duelo “justo” sem podermos ser mandados para a diretoria.

- Bem pensado Sr. Potter – disse Hermione com um sorriso diabólico, que fez Harry arquear as sobrancelhas – Agora tchau, corre pra sua aula antes que se atrase.

Harry entregou os livros para Hermione, deu um beijo na bochecha da amiga e saiu correndo.

 

- Ah! A arte de ver o futuro em bolas de cristais é magnífica! – disse Sibila Trelawney com seu ar sonhador – Você pode evitar catástrofes! Como a sua morte Harry Potter.

- Lá vem ela... – resmungou Harry, ao que Rony e Neville seguraram o riso.

- Já imaginou se no almoço você engasga com um osso de galinha? Ou quem sabe durante o Quadribol caia de uma altura de 15 metros? E se...

- Eu já entendi professora – disse Harry dando um sorriso amarelo – E se eu me jogar da Torre de Astronomia por não aguentar mais certas aulas e certos professores.

- Eu sei que você odeia Snape tanto quanto Poções, mais não precisa tanto não é mesmo? – disse a professora com os gigantes olhos arregalados.

- Claro – disse Harry zombeteiro, ao que a sala reprimiu risadas. Mesmo que Lilá e Parvati tenham ficado indignadas com a falta de respeito de Harry.

Como a professora era ingênua.

- Quero que vocês se concentrem em sua bola de cristal e vejam o futuro! – disse Sibila animada – Podem ver algumas horas, minutos, dias, mais nunca anos. Os anos são vocês quem constroem e, caso o contrário, poderia interferir em fatos futurísticos! Caso consigam ver qualquer coisa, me falem.

Harry encarou a esfera á sua frente com a testa franzida. Ele só conseguia ver o que parecia ser uma névoa, só fumaça branca. Mais nada.

- Professora, eu tô vendo uma coisa – disse Rony.

- O que seria? – perguntou a professora curiosa.

- Um monte de fumaça branca! Talvez eu estivesse voando entre as nuvens futuramente – disse Rony sarcasticamente.

Harry revirou os olhos e soltou uma risadinha antes de voltar a atenção para a esfera.

- Ora, vocês podem achar isso uma perda de tempo... Mais só os verdadeiros clarividentes conseguem achar o que procuram.

O moreno queria tanto sair daquela sala, que provavelmente veria a si mesmo saindo de lá sorrindo de felicidade. Os incensos já estavam nauseantes.

Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, viu uma imagem aparecendo em sua bola de cristal.

Curioso, aproximou o rosto dessa e prestou mais atenção.

Via á si próprio, Gina, Rony e Hermione voando em um...

- Dragão? – sussurrou para si mesmo, confuso – Porque eu voaria em um Dragão pelo amor de Merlin?!

E o pior foi que depois viu os quatro pulando do enorme animal depois de um sinal de Hermione, e caindo no mar.

Depois a imagem sumiu, e Harry encarou a professora assustado.

- Viu alguma coisa querido? –perguntou Sibila visivelmente curiosa.

Talvez ela imaginasse que tinha visto sua morte, pensava Harry revirando os olhos mentalmente.

- Me vi pegando o pomo antes de Malfoy no que parecia uma partida de Quadribol improvisada. Acho que uma aposta – mentiu Harry, até muito bem.

Mais Rony percebeu que ele estava mentindo, então entrou na brincadeira ao ouvir os sonserinos da sala resmungando.

- Não é preciso ver o futuro pra saber que isso aconteceria – disse o ruivo rindo junto com os outros grifinórios.

- Ah é Weasley? – disse Draco Malfoy ameaçadoramente enquanto se levantava de sua mesa, se aproximando da mesa deles – O que acham de uma verdadeira aposta hein? Vamos tornas essa visãozinha realidade! Só que na realidade, eu vou vencer e vou esfregar na sua cara Potter.

Harry e Rony entreolharam-se e sorriram maldosamente.

- Beleza então. Sábado á noite? – disse Harry calmamente.

- Combinado – disse Malfoy olhando os sonserinos com um sorriso zombeteiro – Veremos quem é o melhor apanhador aqui.

- Ótimo que levam as visões á sério, estou orgulhosa disso – disse Sibila emocionada – Podem ir, a aula acabou. Quero um resumo do capítulo 3: Vendo o futuro de um jeito diferente.

Assim que o sinal tocou, Harry pegou suas coisas e a do amigo e o puxou para fora da sala antes que alguém pudesse falar qualquer coisa.

- Pra onde estamos indo? – perguntou Rony confuso.

- Cala a boca Rony – disse Harry bufando.

- Tá né...

Harry arrastou Rony até a sala de Runas Antigas, na mesma hora em que Hermione saia conversando com Rebecca Ollie.

Harry pegou Hermione com a outra mão e a começou á puxa-la.

- NOS FALAMOS DEPOIS ENTÃO MIONE – gritou Rebecca antes de ir para o outro lado.

- Pra onde você...

- Cala a boca você também Mione – interrompeu Harry.

- Tá, desculpa – disse a menina indignada.

Harry puxava os dois em direção ao jardim, cansara da Sala Precisa.

Quando eles finalmente chegaram lá, Harry empurrou os dois para debaixo da árvore perto do lago da Lula Gigante e se jogou ao lado deles.

- Isso tem haver com Horcruxes, o tio Voldie, uma busca pelo mundo lá fora e a sabedoria da Mione – começou o moreno encarando os dois amigos com uma careta que seria engraçada, se eles não estivessem tão curiosos.

- Minha sabedoria? – perguntou Hermione.

- Claro, como saberemos quais são as Horcruxes? – disse Harry como se fosse obvio.

- Inferno sangrento, dá pra falar o que são Horcruxes de uma vez? – disse Rony impaciente.

- São um ou mais objetos que contem partes da alma de um bruxo, ou algo do tipo – disse Harry tentando se lembrar da explicação de Dumbledore – Enfim... Tio Voldie achou que seria uma boa ideia dividir á alma em tantas partes, e inseri-las em tais objetos. Que para melhorar a situação, ninguém sabe quais são.

- Se a alma dele está inserida nesses tais objetos, ele só pode ser morto se esses objetos forem destruídos. Certo? – disse Hermione já botando o cérebro para funcionar.

- 10 pontos para a Grifinória – disse Harry aplaudindo Hermione, que corou levemente – O fato é que ninguém sabe também o mais importante.

- Que seria? – perguntou Rony.

- Onde eles estão – disse Harry crispando os lábios.

- Obvio, se ninguém sabe quais são como vão saber onde estão? – disse Hermione revirando os olhos.

- Seu sarcasmo me magoa – disse Harry dando um sorriso amarelo.

- O que vamos fazer? – perguntou Rony antes que Hermione retrucasse.

- Ora essa, quando ele disse minha sabedoria não foi pra menos – disse Hermione se levantando – Eu vou pra biblioteca e você querido – apontou para Rony – vem comigo.

- Eu? Porque não o Harry? – disse Rony arqueando as sobrancelhas – Sabe que eu tenho alergia á bibliotecas.

- Eu levaria o Harry se ele não tivesse que falar com a Gina – disse Hermione encarando o moreno severamente que desviou o olhar – Ai de você se não contar pra Gina.

- Mais eu não quero mete-la nisso! Não quero que ela corra perigo... Não quero nem que vocês dois corram, e ainda tenho que coloca-la no meio disso tudo?

- Sim, tem – disse Hermione cruzando os braços – Não é só porque vocês são namorados, mais sim porque há uma coisa que se chama confiança. E se ela souber que vamos atrás das Horcruxes de outra forma que não seja por você? Ela ficaria magoada.

- Ok Mione, só me dê um tempo tá? – pediu Harry se levantando e suspirando – Eu vou busca-la na aula de Transfiguração, nos vemos daqui a pouco lá na biblioteca.

Rony e Hermione viram o amigo se afastar e reviraram os olhos.

- Como é teimoso – disse Rony.


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Oi gente! Desculpa aê a quantidade de avisos que tiveram que aguentar nesse pouco tempo que postei a fic... Mais é que tô cheia de problemas na escola e com isso a criatividade vai pro beleléu...
Enfim, o que acharam? Tentei escrever um pouco mais para compensar esse tempo todo que fiquei sem postar. Eu ia postar esse capitulo dia 19/01, mais eu consegui convencer a minha mãe de me devolver meu notebook (que ela escondeu para que eu estudasse ¬¬) e terminei de escrever e AQUI ESTÁ (:

Makes Me Wonder definitivamente só vou postar dia 19 mesmo, o capítulo vai ficar enorme... Provavelmente.

UM BEIJO E UM QUEIJO! 

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