Blanchet & Cooper
Pelo contrário do que você pensa, eu não acabei de acordar em uma cama qualquer ao lado de Remo. Você estava pensando isso não é seu ser miserável de mente poluída?! Pare de acusar o pobre leitor e continua narrando. Ok. Bem, na verdade eu e Remo não passamos muito do beijo ontem à noite. Depois da terceira vez que nos separamos para recuperar o fôlego ele achou melhor parar. Em outra situação eu brigaria com ele e o agarraria novamente, mas eu não estava com paciência para discutir. Tenho andado muito cansada desde que voltei da vida no meio do mato e seria capaz de arrancar suas orelhas e fazê-lo engoli-las se dissesse algo que eu não quisesse ouvir. Por sorte, Remo também tinha esse conhecimento. Ele não disse nada como "Você sabe que não podemos ficar juntos" ou "Eu sou muito perigoso" ou nada do tipo. Simplesmente me afastou delicadamente com um "chega" ofegante; deu-me um beijo na testa; se despediu e saiu.
Francamente, eu preferi que ele saísse do nada a desse a sua explicação "racional". Pelo menos você não foi forçada a arrancar as orelhas dele. É... Eu ficaria muito mal se nós discutíssemos novamente. E mesmo assim, estragar um beijo maravilhoso como aquele com uma briguinha seria idiotice.
Fiquei com aquele sorriso bobo por três segundos depois que ele bateu a porta. Então suspirei tristemente e fui arrumar as coisas. Francamente, por que diabos eu fui subir em cima da mesa com minhas patas sujas de raposa?! Por que você estava querendo calar a boca do idiota do Edgar. Sabia que foi ele o mané que zoou de você e aquilo te custou uma detenção? Maledito... Muito.
Bem, no dia seguinte, ano novo. Meu pedido? Que a maldita guerra acabe e que Remo me peça em casamento. Bem, no dia seguinte eu vi a notícia que um casal em lua de mel foi assassinado por comensais e eu nunca quis tanto refazer um pedido em toda a minha vida. Então eu achei que estava na hora de arrumar um emprego finalmente. Achei que o mais sábio para se fazer era trabalhar em algo do mundo dos trouxas. Brincadeira, Kingsley me disse isso na reunião. Talvez vocês não saibam, mas eu me dediquei bastante nos estudos dos trouxas quando a primeira parte da guerra acabou. Bem, é que eles estavam fazendo roupas lindas naquela época e eu queria algumas. Acabei aprendendo algumas coisas... E me furando com um tal de gampedor.
Ma após pensar um pouco, achei melhor deixar a idéia de lado. Francamente, eu, no mundo dos trouxas? Eu poderia acabar explodindo alguma coisa. Eu sempre desconfiei daquele tal de cereal deles... Bem, de qualquer forma, eu ainda tenho uma coisa para fazer aqui, que venho evitando desde que voltei a realidade.
Anne.
Minha amiga precisa saber que eu estou viva. Eu preciso saber se ela está viva. Com o estado das coisas por ai... Mandei uma carta para ela dizendo que eu precisava encontrá-la. O lugar? Uma cafeteria bruxa bem no meio do subúrbio trouxa. É disfarçada igual ao Caldeirão Furado, mas é longe do Beco. Achei um bom lugar pelo fato de ser afastado do fluxo bruxo. Ah sim! A carta estava toda no código da Ordem. Lembra dele? (n/a: primeiro capítulo seu esquecido) Então; Anne o aprendeu. Ela vai perceber que fui eu que mandei. Mas de qualquer forma devo ser discreta.
Assim que cheguei ao café Coruja de Merlin, me sentei-me à mesa mais afastada, ao lado de uma janela. Continuei com o capuz da capa, mas meus olhos corriam por todo o aposento. Uma garçonete veio anotar meu pedido. Pedi um café e continuei a esperar. Chegou logo depois. Então, após mais cinco minutos de espera, Anne entrou.
Ela tinha a aparência cansada, mas seus olhos corriam pelo aposento com uma velocidade nunca vista. Ela arregalou os olhos quando me avistou. Dei um pequeno sorriso que, pelos meus cálculos, não foi visto graças ao capuz. Anne deu outra rápida olhada pelo aposento e andou até mim. Sorri novamente, dessa vez acho que ela viu. Sentou-se e ficou me olhando de forma assustada.
- Você tinha morrido. - Ela sussurrou
- Já deveria estar acostumado com as minhas habilidades de ressurreição, Blanchet. - Respondi num tom baixo, divertida
- Creevey. - Ela corrigiu num rosnado - Para que o capuz?
- Está frio; minha cara amiga. - Eu respondi - E também temo que nossos amigos de preto não ficariam nada feliz de me ver andando alegremente pelas ruas de Londres... Sozinha.
Ela revirou os olhos.
- As coisas ficaram feias aqui. - Anne disse preocupada - Onde for que você esteve talvez seja melhor você voltar até a poeira abaixar.
Lembrar da minha temporada na floresta me deu arrepios.
- De jeito nenhum! - Respondi enojada - Agradeço a proposta, mas não.
Anne franziu as sobrancelhas.
- O que aconteceu, Giucci? - Ela perguntou - Você desapareceu por meses.
- Eu sei exatamente o tempo que fiquei fora, Anne. - Cortei - Após voltar de duros 5 meses fugindo de comensais no meio de uma mata onde eu cheguei na beira da insanidade mental eu fiz as contas. Disseram-me o que houve aqui, mas eu gostaria de saber o que vem acontecido com você. - Levantei uma sobrancelha e olhei para ela divertidamente - Como vai?
Anne revirou os olhos.
- Por que fica falando como se tudo isso fosse sido planejado? - Ela perguntou nervosa - Eu fiquei meses esperando ouvir algo da minha melhor amiga desaparecida enquanto meu marido sumia de casa a toda semana, enquanto meus filhos estavam num colégio que os tortura e enquanto uma guerra acontecia lá fora. E você simplesmente vem aqui e fica falando tudo sem me dar um mísero detalhe como o que aconteceu. E pelo amor de Merlin tire essa porra de capuz!
Olhei para ela surpresa. Então abaixei meu capuz lentamente, sem tirar os olhos dela.
- Eu lhe diria tudo se não tivesse a forma de morrermos no próximo segundo. - Eu sussurrei nervosa - Eu perdi meu pai nesses meses, Blanchet. Quase perdi o meu controle mental. Eu falei com uma doninha! E não me venha com broncas por que você não é a minha mãe, entendido?!
Ela se encolheu levemente e me olhou com o ar de desculpas.
- Se pai... Eu não...
- Esqueça. - Eu cortei - Me deixei levar pela amargura por um instante. Devo dizer que é divertido ver você se estressando e não eu. Considere isso a revanche sobre aquele maldito comentário ''ele disse que é mulher?''.
Ela revirou os olhos tentando conter o sorriso. Mas não conseguiu.
- Por que você não esquece isso?
- Sou uma escorpiana, nós guardamos ressentimentos minha cara. - Dei os ombros. Ela levantou uma sobrancelha - Ok, eu estava lendo adivinhação antes de vir para cá. Agora peça algo e me explique esse negócio de marido desaparecido.
Dez minutos depois uma xícara de chá jazia em sua mão.
- Eu já lhe disse Giucci. Paul vem andando sumido há quase um ano. Quando você sumiu, eu percebi o quanto isso era. Eu estou ficando desconfiada. Quando perguntei a ele, ele me disse que eu deveria estar louca, por que ele quase nunca sai. E acordei no dia seguinte sozinha. - Ela suspirou tristemente - Eu só quero saber o que está acontecendo.
A olhei de forma consoladora.
- Acho que está na hora de eu ter outra conversinha com o pirralho. - Eu disse pensativa
- Pelo amor de Merlin, Giucci! Pare de chamá-lo assim! - Anne disse irritada
- Ele é mais novo que eu: é um pirralho. - Dei os ombros - Mas o que importa é que você não está louca e que tem algo muito estranho ai... E eu sinto que quando descobrir o que é eu terei a vontade de matá-lo. E terei que impedir você de fazê-lo.
Anne me olhou como se eu fosse louca.
- Acho melhor você parar de ler adivinhação.
Pensei por um momento e dei os ombros.
- Talvez você tenha razão. Essa matéria nunca me fez bem.
Ela deu um pequeno sorriso.
- Falando de relacionamentos... Como o seu nerd de estimação ficou quando viu que você voltou? - Ela perguntou divertidamente
Revirei os olhos.
- Não o chame assim! - Retruquei
- Se Paul é pirralho, Remo é seu nerd de estimação. - Ela disse com um leve sorriso - Vai parar de chamá-lo assim ou não?
- Não devo satisfações para ele. - Eu disse sem ligar - Mas acho que você não vai querer um lobisomem como inimigo.
Ela pensou um pouco e suspirou.
- Você venceu, continue.
Merlin, como eu estou me divertindo hoje! Comecei a contar a história de nossa briga, então de como ele reagiu fofamente quando me viu ferida interna e externamente após uma bela temporada na floresta.
- Que fofo. - Ela disse admirada - Nada mais aconteceu?
Olhei para os lados. Então lancei um Abaffiato silenciosamente em volta de nós.
- Transformei minha nova casa na sede da Ordem. - Eu comecei num tom baixo - Depois da reunião, quando todos tinham ido embora, nós nos beijamos. - Suspirei sonhadora - Foi completamente lindo, Anne. Ele nunca tinha me beijado assim antes. Eu senti tanto a falta dele... Merlin, eu to parecendo uma adolescente com o primeiro ficante.
Ela riu levemente.
- Só beijo? - Ela perguntou. Afirmei com a cabeça - Vocês estão juntos?
- Temo que não, Blanchet. Mas pelo menos agora eu tenho a total certeza de que ele me ama.
- Você ainda tinha dúvidas?! - Ela perguntou incrédula
- Bem... Sim. - Disse hesitante - Ele me tratou muito mal naquela hora. Eu cheguei a pensar que ele estaria agarrando a colorida enquanto eu estava fugindo de ursos.
- Então você deve tê-lo irritado muito, por que ele te ama de verdade Giucci. - Ela disse séria - Tenho essa certeza desde que você foi envenenada no sétimo ano. Giucci, ele dava a impressão de querer se matar naquele dia. Nunca vi ninguém tão mal. Nem eu fiquei tão mal quando nossos amigos se foram. O sentimento que ele tem por você é a coisa mais pura, linda e maravilhosa que eu já vi. Não é a toa que Tonks tenta roubá-lo de você. Ela inveja isso. Até eu invejo. Se Paul sentisse por mim metade do que Remo sente por mim... Nossa, eu me sentiria uma rainha! Não acredito que você não tinha certeza, mas tenha. Ele te ama.
Não pude deixar de sorrir.
- Obrigada. - Eu disse - Um dia você vai achar alguém que te mereça mais do que Paul. Eu não gosto dele. Ele sempre foi muito ciumento e mesquinho com você. Eu acho que sei alguém que te faria bem de verdade, mas você tem dois filhos e eu tenho a impressão que não abrirá mão de seu marido somente pela sua amada, adorável e maravilhosa melhor amiga.
- Alice gostava de Paul. - Ela disse dando os ombros.
- É exatamente por essas respostas grosseiras que eu prefiro conversar com Sirius. - Reclamei
- Vou encara isso como um elogio. - Ela retrucou - Tire o feitiço agora.
Relutante, fiz o que ela disse. Então tive uma sensação estranha. Olhei pela janela da cafeteria e vi um vulto de alguém olhando para cá. Xingando internamente, pus meu capuz novamente. Anne não entendeu.
- Por cima do meu ombro direito, uns três centímetros à esquerda. Tem alguém olhando para cá. - Expliquei
Ela olhou para onde eu falei e levantou as sobrancelhas.
- É somente um belo homem admirando a dupla de amigas aqui. - Ela disse - Desculpe por desapontá-la, mas nenhum amiguinho mascarado para brincar no momento.
- Cale-se e beba seu chá. - Resmunguei brincando com o guardanapo.
Ela riu e fez o que eu mandei. Conversamos por mais um tempo e ela achou melhor voltar. Pagamos e saímos do café. Fui andando pela rua movimentada até uma ruazinha sem saída onde eu costumava aparatar. Mas eu não cheguei lá. Um homem me barrou antes disso.
Reconhecendo a cena, segurei minha varinha com força e a pressionei com força contra as costelas do homem.
- Ei, calma. Sou eu. - Ele disse
Mais furiosa do que nunca, olhei para ele.
- Você está louco?! Me barra assim do nada?! Eu quase o matei seu tolo!
O homem alto, com olhos verdes amendoados, cabelos castanho escuro e sorriso de partir corações me olhava divertido. Merlin, como eu odiava Richard Cooper.
- Você não estava morta? - Ele perguntou ignorando completamente o que eu tinha dito
- Para você, sim. - Rugi - Agora saia da minha frente - Disse tentando empurrá-lo
- Sou muito mais forte que você, desista. - Ele disse segurando minhas mãos
- O que o senhor não sabe é que eu sou mil vezes melhor em azarações e que sou muito mais forte do que pareço. Agora me solte.
Ele riu.
- Por que eu faria isso, linda? - Ele disse se aproximando - Você iria embora e eu não sei onde você mora. Poderíamos sair um dia desses. Senti a sua falta, sabe?
Revirei os olhos.
- Você nunca terá uma chance comigo Cooper, desista. - Eu disse friamente
- Pelo amor de Merlin Giucci! - Ele exclamou - O que eu preciso fazer para você me dar uma chance?
Olhei para ele com nojo.
- Eu lhe dei uma chance quando tinha 15 anos e você me tratou como se eu fosse uma qualquer. Eu não gosto de ser tratada como uma qualquer. Então, se me dá licença, eu gostaria de ir para a minha residência para fazer algo de produtivo.
- Ei. Você ficou sumida por meses e me trata assim? Eu me preocupo com você, Giucci. Por que não jantamos amanhã?
- Por que eu não gosto de você, ora! - Eu exclamei - Se você pelo menos me tratasse como uma pessoa eu te daria uma chance! Solte-me!
- Se eu te soltar... Vai sair comigo? - Ele perguntou com um sorriso
- Eu nunca sairia com você! - Rugi
- Então não. - Ele disse - Simples assim, hã? Anda, por favor.
- Sabe, meu amigo me disse que você não parecia muito triste quando eu sumi... Disse que você só parecia chateado pelo meu corpo não estar ao seu alcance. - Eu comentei friamente
- Aquele cara é o seu amigo? - Ele perguntou - Merlin, ele é muito chato! O cara ficou estressado por um leve comentário! Eu fiquei triste sim, aquele homem é um louco, insano, pirado, burro...
- Meu namorado. - Eu completei tentando controlar minha fúria
- Como?! - El perguntou tão incrédulo que me soltou - Você namora... Aquilo?!
- Não exatamente, mas sim. - Eu disse - Sabe você me lembra um colega da época do colégio... Remo quase o matou um dia. Ele disse a alguns dias que sentiu a vontade de fazer o mesmo com você.
- E ai...? - Ele perguntou com a esperança que eu fosse dizer algo bom para ele
- E ai nós rimos e nos beijamos. - Eu disse com um sorriso - Agora, se me dá licença, vou ver se ele está disponível para passar a noite comigo.
E saí andando. Ok, eu não ia perguntar isso para Remo. Era algo muito indiscreto demais para eu fazer. Remo com certeza não reagiria bem ao ouvir um convite desses... Se bem que talvez houvesse a chance dele aceitar... Foco, ser vivo, foco! Sim! Mas eu precisava dizer algo que chocasse o curandeirinho de quinta. Acho que me livrei dele por um tempo. E que devo parar de usar capuzes de capas por ai. Me paz parecer uma maluca. Esqueça isso!
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n/a: SAIU! O CAPÍTULO SAÍU FINALMENTE! UHUUUUUUUUUUUUUL!!!!!! Bem, agora nós temos a porra do carnaval (odeio o carnaval com todas as minhas forças) e eu ficarei trancada em casa a porra do feriado inteiro! :D O que significa... Pelo menos uns três capítulos até a semana que vem! LOL Amo não ter aula! Ah sim! Ess estilo irônico e esquizofrênico que eu usei na Giucci... Bem, eu vi Sherlock Holmes hoje e achei que seria engraçado se ela fosse daquela forma. Não tenho certeza se consegui deixar parecido (provavelmente não), mas valeu a tentativa. Bem, boa noite u.u
Comentários (2)
Adoreeei o capitulo!!! Mas perai... o Paul é um começal? O Sirius ta sumido pq? E a Anne... só eu que achei ela meio suspeita? Ou é o estado normal dela? Meeeeeu Merlim! Essa curiosidade 'tá me matando! Mas enfim... Parabens por mais uma perfeito capitulo! Eu adorei o novo estilo, no começo eu achei estranho, mas depois eu vi o tipo de humor antigo que eu só vi em umas 3 fics. Eu Amei (não sou puxa-saco ok, leitores que estão lendo esse comentario) esse novo estilo!
2012-02-19uhuuuuuuuuulllllllll!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! capitulo novo! antes, qro pedir desculpas, eu vi que tem pelo menos dois caps q eu nao comento, eu nao sei o q foi q nao medeixou comentar, mas saiba q eu amei!esse cap ta dmais! eu to rindo a meia hr, já levei até travisseirada do meu irmao dorme no msm quarto q eu, pq eu acordei ele kkkkkkkvc pode até nao gostar d carnaval, mas só d ter mtos caps novos em varias fics já faz ser um ótimo feriado, sem contar ficamos longe de profs chatos e aulas cansativas com deveres enormes por um tempao, sem contar q nao precisamos acordar cedo...estou a espera dos proximos caps, e Giucci:pelo jeito o remo nao vai te pedir em casamento tao cedo, por que VC nao pede ELE em casamento, agiliza as coisas, ou vai fica rpra titia no fim da fic, mostra q vc é uma mulher poderosa q toma decisoes maduras.kkkkbjss, rafaela
2012-02-19