Outra perda e dessa vez trágic

   (n/a: desculpem a demora, mas a inspiração ainda não veio. Mas eu não vou ficar reclamando, eu queria agradecer aos comentários super fofos que eu ganhei nestes dias. Leitoras, vocês me emocionaram. Só não chorei de felicidade por que eu sou uma insensível que só consegue chorar quando dói muito ou quando vê Harry Potter. Obrigada mesmo. (to super feliz, descobri que tenho uma meia-irmã. APOLO RULES!)


 Imagine você numa esfera de concreto. Você estava lá na boa no centro da esfera, quando de repente algo acontece e o teto dela racha e caí em cima de você. Você é soterrada por vários pedaços da esfera e acaba com ferimentos sérios ou morta.
 Não, eu nunca estive numa esfera de concreto. Amigo, para que porras eu entraria numa esfera de concreto? Não, eu estava falando no sentido figurado. Pode ser representado como a expressão ''o mundo caiu''.
 Agora você deve estar se perguntando ''e o que diabos isso tem a ver com a história?''. Bem, agora eu estou emocionalmente ferida por pedaços de uma esfera imaginária de concreto. ESQUECE A PORRA DA ESFERA E CONTA A HISTÓRIA! Ai, tá bem, não precisa gritar!
 Hoje, eu estava em casa, dormindo já que era madrugada. Sabe, as pessoas dormem de madrugada. Então a voz de Minerva me acordou pelo espelho dupla-face e me mandou ir a Hogwarts, e que estava sob ataque. Eu cheguei, avistei a Marca Negra sobre a torre de astronomia e corri para a batalha. Subi as escadarias até o sétimo andar. Estava um pandemônio lá. Duelei com alguns comensais. Depois de algum tempo o resto estava no chão ou tinha fugido.
 Então nós fomos atrás dos alunos (nós, eu e o povinho da Ordem que estava lá). Estavam todos bem. Então eu localizei Hagrid chorando num canto e fui falar com ele.
- Está tudo bem, Hagrid? - Perguntei amigavelmente
- Giucci? Não soube? - Ele disse entre as lágrimas
- De que? - Perguntei confusa
- Dumbledore... - Ele disse com dificuldade - Ele está m-m-m...morto
 Eu levantei as sobrancelhas e dei um sorriso
- Hagrid, você bateu a cabeça? - Perguntei amistosamente
- É sério, Giucci - Ele disse enquanto grossas lágrimas corriam por seu rosto barbado - Não queria que fosse, mas...
 Meu sorriso foi dar um passeio junto da minha felicidade.
- Não brinque com isso Hagrid... - Comecei irritada
- Acha que eu brincaria? - Ele soluçou
Foi ai que eu senti a esfera caindo. 
- Dumbledore... Não acredito. - Foi a única coisa que eu consegui dizer
 Eu estava... Com medo. Do ser que é habilidoso o suficiente para matar o melhor bruxo de todos os tempos. Eu estava triste também. Dumbledore era meu mestre. E não só meu. Ele influenciava milhares de pessoas para o lado certo há anos. Ele era o homem mais sábio, inteligente e amável que eu já conheci. Além de ser o bruxo mais habilidoso que... Existe. Ou existia. É. Ou existia.
- Tem mais alguma noticia Hagrid? - Perguntei engolindo as lágrimas (havia crianças lá. Chorar na frente delas não as incentivava a superar o fato)
- Tem uma. Gui Weasley foi atacado por Greyback. Está na Ala Hospitalar. - Então ele olhou para o além - Tenho que fazer uma coisa para Minerva, com licença
 E ele foi embora cambaleando. Greyback. Por que ele sempre causava problemas?! Virei-me e fui andando até a Ala Hospitalar. Algumas escadas abaixo e entrei nela. Ao abrir as portas, me deparei com uma cena linda: Tonks agarrada ao casaco de Remo, Molly abraçando uma loira que eu identifiquei como Fleur Delacour (não fasso idéia de por que ela está lá), Arthur junto das crianças, que eram Harry, Ron, Hermione, Gina, Luna e Neville, este numa das camas. Gui Weasley estava numa cama ao lado das abraçadas. Ele tinha arranhões profundos no rosto e eles estavam cheios de uma papa verde. Minerva estava um pouco mais atrás, junto de Madame Pomfrey. Mas a única coisa que eu consegui perceber foi o fato de Tonks estar encostando as mãozinhas que parecem garras nele.
-... Você - Disse Arthur - Afinal das contas, Remo, os homens jovens e saudáveis não permanecem sempre assim - Ele disse com um gesto triste para o filho
 Eu grunhi para que percebessem minha presença. Remo ficou pálido. Arthur virou o olhar. Hermione e Gina entreabriram a boca. Tonks me lançou um olhar de ódio mortal. Molly soltou Fleur. A loira me olhou curiosamente.
 Andei lentamente até o lado de Tonks, que ainda não soltou o meu homem. Me aproximei de seu ouvido e sussurrei num tom intimidador:
- Tire suas mãozinhas, sim?                                      
 Ela hesitou e soltou Remo. Ele suspirou e se virou para mim, para dizer algo. Eu o repreendi com o olhar e me voltei para Molly.
- É verdade? Que Greyback...
- Si. - Fleur disse num sotaque levemente gutural 
- Ele está bem? - Perguntei dando dois passos na direção delas
 Elas se entreolharam preocupadas
- Dentro do possível. - Molly disse acariciando os cabelos ruivos do filho
- Mas ontem não era lua cheia. - Eu observei
- De fato não. Mas também não sabemos se haverá algum efeito. - Arthur disse num tom baixo
 Eu levantei uma sobrancelha e um pequeno sorriso se formou em meus lábios.
- Acredito que ele ficará bem. - Eu disse lentamente
- Como sabe disso? - Molly perguntou alertada
- Bem, nem todos sabem disso, mas eu fui atacada por Greyback quando criança. Era lua cheia e eu continuo bem aqui, saudável e totalmente humana. - Eu expliquei - Talvez ele prefira carne mal passada, mas isso deve ser o máximo que vai acontecer.
 Todos me olhavam com os olhos arregalados. Eu fiquei constrangida por um momento.
- Mas é claro que eu... Bem, eu não sou nenhuma especialista no assunto. Posso estar errada, mas acho que é. - Eu continuei timidamente - Tá bem parem de me olhar assim.
 Não adiantou, continuaram me olhando da mesma forma. Murmurei algo como ''malditas pessoas facilmente impressionáveis'' e saí da Ala. Esbarrei com Hagrid novamente, mas não disse nada. Eu só precisava ficar longe das pessoas por um tempo. As vezes se afastar é bom. Andei até os jardins e fiquei por lá.
 Eu avistei ''minha'' árvore ao longe. Não fui para lá. Se eu chegasse perto provavelmente ia começar a chorar como um bebê indefeso. Preferi fingir que estava fazendo algo produtivo nos jardins. Eu estava simplesmente parada em pé, olhando tudo em volta com pose de que nada de errado aconteceu. Mas é claro que aquelas lágrimas já tinham caído. 
 Não me julgue mal, mas eu acho que estou com mais raiva de Tonks do que triste por Dumbledore. Aliás, eu não senti a falta de Dumbledore ainda. Mas ver Tonks agarrada a Remo daquela forma. E a forma com que todos ficaram pálidos quando me viram? Ela deveria ter dado um discurso do tipo ''fique comigo, eu sou uma deprimida, venha me confortar!''. Vadia.
- Ei. - Alguém chamou atrás de mim
 Limpei minhas lágrimas rapidamente e me virei.
 Para a minha não surpresa era Remo, com uma expressão confusa no rosto.
- Ei. - Eu disse num estilo ''animação=zero''
- Achei que era segredo. - Ele disse
 Eu suspirei
- Remo, Dumbledore está morto. Nesses tempos segredos são a pior coisa que nós devemos ter. E, além disso, eu não contei de meu pai nem do trauma. Só disse que fui atacada. - Eu expliquei
 Percebi que estávamos andando. Maldito hábito.
- Está certa. Mas eu não pensei que iria dizer ali na frente de tanta gente. - Remo comentou
- Falando em gente... - Eu comecei
- Ah não. - O ouvi murmurar
-... O que diabos a Tonks estava fazendo agarrada ao seu casaco, Remo? - Perguntei com uma sobrencelha levantada
 Ele suspirou e deu um leve sorriso.
- Está com ciúmes? - Perguntou marotamente
- Não mude de assunto. - Repreendi séria - O que ela estava fazendo e que assunto era aquele de homens jovens e saudáveis?
- Bem, estávamos na Ala, Fleur disse que não liga para a aparência de Gui... Eles vão se casar, sabia? - Eu balancei a cabeça negativamente - Bem, então Tonks ''observou'' que Fleur não liga e então todos começaram a dizer ue eu deveria parar de ser ridículo. - Ele praticamente cuspiu a palavra - Eu estou sendo ridículo a recusá-la?
- Claro que não. - Eu disse satisfeita - Mas onde a saúde se encaixa nisso?
- Eu disse a ela que ela merecia alguém jovem e saudável, não eu. - Ele disse
 Minha satisfação foi se juntar com o meu sorriso e a minha felicidade no passeio.
- A mesma resposta que você dá a mim? - Eu perguntei sem acreditar
- Bem... - Ele disse sem jeito
- Você não tem jeito - Eu comentei olhando para o céu
- Julieta... - Ele tentou
- Você nem se deu o trabalho de inventar outra desculpa? - Eu cortei
- Inventar? Julieta, eu não posso ficar namorando sendo quem eu sou! Nem você, nem a Tonks nem ninguém! - Ele disse irritado
- E novamente a mesma desculpa - Murmurei irritada
 Remo parou de andar de repente.
- É melhor voltarmos. - Ele disse
 Olhei em volta. Estávamos adentrando a Floresta Proibida. Cara, nós andamos rápido!
- É. - Eu disse sem o mínimo humor
- Não vai ficar chateada por causa disso, ou vai? - Ele perguntou
- Vou Remo. Eu acho que você está sendo bobo. - Eu respondi sem olhá-lo - Mas não vamos falar disso agora. Com os acontecimentos recentes... - Eu suspirei - Quero ficar sozinha.
 Eu tentei fugir dele, disparando na frente até dispista-lo, mas ele foi mais rápido e segurou meu braço.
- Não saia correndo. - Ele disse prevendo o que eu iria fazer
- Eu quero sair correndo. - Eu disse virando o olhar
- Julieta. - Ele virou meu rosto com delicadeza e me olhou de forma tão penetrante que eu acho que ele deve saber a cor da minha alma - Não acho que é uma boa idéia.
 Ai que eu percebi que estava mesmo mal. Muito mal. Não sei por que, eu queria correr, me esconder e começar a chorar. Talvez efeito da perda de Dumbledore, mas eu acho que não é só isso. Deve ter alguma força do mal nisso tudo.
 Uma lágrima teimosa saiu de meu olhou quando eu pisquei. Remo a limpou com um sorriso compreensível. Então eu não agüentei e o abracei. Ele me abraçou de volta. Foi ai que eu me lembrei que Remo gostava muito de Dumbledore também. Alias, ele o aceitou em Hogwarts mesmo Remo sendo um lobisomem. Construiu uma casa, um túnel e plantou uma árvore do mal só para o garoto poder ter a chance de estudar. Dumbledore era mesmo um ótimo homem. Eu senti a necessidade de matar quem o matou só em pensar em como ele foi bom à Remo.
- Ficar sozinho nem sempre é a melhor opção. - Remo disse calmamente - Aprendi isso da pior forma.
 Me separei dele e olhei em seus olhos. Tristes. Eu deveria ter imaginado, mas por algum motivo tinha a esperança dele estar bem. Talvez pelo fato de Remo sempre estar bem quando eu estou mal. Eu quero dizer, ele oculta os sentimentos para me confortar. Eu sabia que as vezes ele estava mal, mas ele não deichava isso aparecer. Mas hoje não. Ele estava muito triste, mesmo eu só percebendo isso pê-los olhos.
- Memso assim, eu acho melhor ver se tem algo de produtivo para eu fazer. - Eu disse com um sorriso triste - Desculpe pela bronca
 Fiquei na ponta dos pés e beijei sua testa. Então me virei e fui andando até o castelo.

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(n/a: LEITORAS! Eu atrasei um dia, desculpem. Eu fui ao cinema ontem e perdi tempo de escreveção (isso existe?). Falando em cinema, eu gostaria de avisar que o filme Imortais, é inapropriado para quem não gosta de sangue duas vezes a cada 5 minutos, massacres, torturas, e gritos. Cara, eu gosto de violência e de sangue, mas eu quase vomitei quando saí da sala do filme! É MUITO AGRESSIVO! E também é mitologicamente incorreto, por que para eles, SÓ EXISTE ATENA DE MULHER! CADÊ A LADY ARTÉMIS, HERA, HÉSTIA, AFRODITE, DEMETER? não no filme, meus caros. Bem, acabei as reclamações, tchausinho bruxos semi-deuses ;) 

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