Palavras ao vento. - quarta pa
Em quinze minutos estariam todos em Hogwarts, ela não se aquietava nem por mil reclamações ou ameaças de Jorge e Fred. Eles a amavam muito, era a sua caçula; mas ela estava deixando a família toda mais tensa do que já estava. Mas ela não conseguia se conter, veria Harry...Hermione, Rony...Veria todos, e participaria de uma guerra sem fim. Em que pessoas, como todas que estavam na sala da Toca, poderiam se machucar, e morrer... Algo que ela tentava não acreditar que poderia acontecer... Por que simplesmente não podia, era terrível pensar isso. Que os seus irmãos, sua mãe, seu pai, a Tonks, o Lupin... Eles não podiam morrer, ela precisava de todos eles. Todos eram únicos, e necessários. Todos: uma parte dela.
O relógio vibrou na mesa, e todos perceberam que era hora, que não dava mais para esperar. Todos foram aos poucos saindo e aparatando no jardim dos Weasley.
Gina não conseguiu pensar antes de agir, e aparatou antes do esperado. Sua respiração profunda só teve fim já à frente do castelo que tanto amava. Saiu correndo, estava desesperada, não conseguia parar de agir intuitivamente:
- Não, Gina! – sussurrou Lupin ao seu ouvido, lhe fazendo estremecer. – Você precisa agir com calma, Harry não vai ganhar nada com um amor morto.
E saiu correndo para trás do castelo sob as sombras. Gina engoliu em seco, respirando profundamente e entendeu, compreendeu que seria inútil continuar se guiando pelas emoções, sem olha para frente, sem se precaver do males que poderiam aparecer; apesar de ser difícil se segurar. E começou a andar devagar, ficando de costas apoiada numa parede. Tinha que pensar certinho o que fazer, não podia sair correndo e esperar que os comensais tivessem dózinha dela. Eles não iam perdoar, e ainda iam fazer chantagem com Harry. Ela não se perdoaria.
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
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