As palavras da ruiva
Por consequência da poção que o médico me forçou goela abaixo, eu dormi em sono profundo por algumas horas e quando acordei era escuro e eu não via nada, deduzi que eu tinha acordado, primeiramente, em um fim de tarde e depois que dormi algumas horas acordei de novo, já de noite. Já não havia muito o que fazer de noite, mas como no tal do criado mudo ao meu lado haviam algumas poções, eu queria, ou devia, saber exatamente o que eles haviam me dado. Havia uma abajur ligado, sua luz não era muito boa, mas era o suficiente para iluminar as poções no criado mudo. Peguei uma por uma e lí as etiquetas: Poção Acordai bela adormecida, poção nutritiva, água, poção de fortificação de musculos, poção de fortificação de ossos, poção para visão, poção para vértebras... Como pode existir tanta poção? Decidi, enfim, retornar ao meu sono, mas quem disse que eu retornaria assim fácil? Fiquei, no mínimo, uma hora me revirando na cama, tentando achar uma posição mais confortável para dormir, fechei os olhos e nada se passava na minha mente, eu não tinha lembranças, as lembranças que fazem a nossa mente pensar, porquê se não tivéssemos lembranças, não teríamos no que pensar; foi assim que encontrei uma lembrança. A mulher ruiva que estava comigo no quarto, quem era ela? Me parecia tão familiar, sua voz delicada e ao mesmo tempo superior me aconchegavam... Adormeci.
Acordei com alguém me balançando, dizendo:
- Anna, acorda, acorda Anninha, eu vim te ver...
Uma voz igualmente familiar à voz da moça ruiva, mas era uma moça um pouco mais velha, adulta, com cabelos castanho-claro e um belo sorriso, seus olhos marejaram quando eu acordei e disse:
- Oi, quem é você? Onde está aquela moça ruiva?
- Bom dia, Anna.- Disse a ruiva que estava sentada em uma cadeira em um dos cantos do quarto.
- Ainda não contou tudo pra ela? - Disse a moça dos cabelos castanhos.
- O que vocês tem que me contar? - Perguntei.
- Ally, liscença? - Disse a moça dos cabelos ruivos.
- Toda, Ann. - Disse a dos cabelos castanhos, e se retirou da sala.
A mulher familiar se sentou aos pés da cama e disse:
- Vou te contar tudo, tim tim por tim tim tim. Pelo menos o tudo que eu sei. E olha que eu não sei muito. Bom, eu sou a Annie, sua irmã gemea. Acho que ainda não se olhou no espelho pra se lembrar de como é, mas depois te mostro. A mulher que esteve aqui agora é a nossa irmã mais velha, Allynne, e nós temos mais uma irmã mais nova, Luna. Nós somos da família Harvelle Williams, e você é a Anna Harvelle Williams. Nós temos 21 anos agora, Allynne tem 22 e Luna 19. Nossos pais foram mortos há alguns anos, 7 ou 8, como e por quem não importa agora. Você é metamorfaga assim como nosso pai era. Nós estudamos em Hogwarts e fomos para a Grifinória, Ally foi para a Sonserina junto com a Luna. Então, há 2 anos e meio atrás eu estava tranquila no meu apartamento que divido com um colega, e Allynne me ligou bem doida dizendo que recebeu uma notícia dizendo que você estava no hospital, mas não era um hospital qualquer, era o St. Mungus, mas como eu moro no mundo trouxa, fui a última a chegar, e você já estava em coma; a partir daquele dia eu venho aqui 7 dias por semana e fico aqui 15 horas por dia, cuidando de você. O que todo mundo acha, é que você foi atacada por alguma criatura selvagem, eu não descordo. Levou uma pancada forte na cabeça, pode ser por isso que perdeu as memórias, tinha cortes pelo corpo todo, que demoraram alguns meses para cicatrizar. Você ficou 1 ano internada aqui, depois nós, eu, Luna e Ally, decidimos levar você para o mundo trouxa, fazer alguma cirurgia ou algo do tipo. Mas lá é tudo em base de aparelhos eletrônicos, e eles queriam desligá-los e deixá-la morrer. Então te trouxemos de volta pra cá. Ficou um ano aqui, dois meses lá, e o resto aqui de novo. Que eu saiba, sua comida preferida é macarrão com camarão e bebida é refrigerante trouxa de uva.
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