Jogo contra a irmã



Harry ainda estava chocado com o acontecimento. Sabia que podia falar com cobras pois havia atiçado uma contra James no zoológico uma vez, quando ele tinha 6 anos e o irmão 5. E continuava a pensar que mais gente podia falar com cobras também. Mas no mesmo dia foi desiludido. Hermione havia pesquisado em alguns livros e descobrira que a tal câmara secreta havia sido fundada por Salazar Slytherin, um dos fundadores da escola, e ele era ofidioglota - Quem fala com as cobras. Hermione disse que somente um ofidioglota poderia abrir a câmara, e que como Slytherin havia vivido a mais de mil anos, Harry podeira ser o herdeiro. Disse também que agora os alunos iriam pensar que Harry estava por trás dos ataques, e que o que Harry vinha ouvindo nas paredes vinha a ser uma cobra.


Harry agora andava alerta pelos corredores. Sempre um engraçadinho insinuava alguma coisa, e o irritava profundamente. Rony o defendia, estava sempre a seu lado, mas nem sempre podia o ajudar. Hermione, por outro lado, ainda tentava descobrir o que vinha a ser o tal monstro. Não pôde deixar de notar também o estranho fato de os galos da escola estarem sendo mortos, e que em todos os ataques, aranhas serem vistas fugindo pelas frestas das paredes. Procurava em todos os livros da biblioteca, sempre que tinha tempo. Harry, por outro lado, havia estado mais preocupado com o campeonato de quadribol. O próximo jogo decidiria quem iria jogar contra a Sonserina. Jogaria contra a Corvinal. Mas não seria fácil. A apanhadora era sua meia-irmã Thamires, e ela possuía uma Nimbus 2001, um modelo mais avançado do que a vassoura de Harry, uma Nimbus 2000.


Harry murmurava pelo jardim a caminho do jogo, coberto por sua capa de chuva. "Preciso ganhar dela. Preciso mostrar que consigo ganhar a taça das casas. Não vou decepcionar meus pais. Talvez eu ganhe por pouco. Talvez Thamires consiga apanhar o pomo antes de mim, mas não posso deixá-la vencer de lavada. O jogo vai ser difícil. Complicado, a Corvinal é muito boa. Um jogo interessante. Intenso talvez, mas..."


-Intenso? Vocês vão jogar contra alunos do último ano, sendo que a pessoa mais jovem desse time é a sua irmã! Lembra que ela tem 14 anos e você tem 12? - Interrompeu Rony, mostrando estar mais preocupado do que Harry. - A chuva está apertando, e você nunca jogou com chuva antes. Se nós ganharmos deles, podemos disputar a taça, mas se a Corvinal ganhar, estamos ferrados! Olívio Woody te matará! - Harry não reparara que havia subido o tom de voz, mas mesmo assim respondeu.


-Valeu Rony! Estou realmente mais calmo.


Rony foi para a arquibancada, e Harry se dirigiu ao campo. Viu Madame Hooch iniciar o jogo, mas agora a chuva fraca havia se tornado uma chuva forte, e com vento. Esperou no alto, assim como Thamires. Sempre olhava em volta, tentando achar o pomo de ouro. O jogo correu rápido. Corvinal marcou o primeiro ponto, seguido por dois da Grifinória. Mas Harry não esperava que notaria o pomo da forma que notou. Com Hermione chamando sua atenção.


-Harry, Harry olha! Thamires começou a voar! - Ela exclamou da arquibancada. Harry logo avistou o pequeno ponto dourado luminoso bem na frente dela. Foi em direção ao pomo também. O pomo seguia pela parte mais baixa do campo.


De repente, ele começou a subir. Agora em uma linha quase vertical. Harry estava lado a lado com Thamires, seguindo o pomo. Via o pequeno ponto dourado bater as asas bem a sua frente. Esticara o braço, tentando alcançá-lo. Thamires fez o mesmo, porém, tinha alguns centímetros de vantagem. Mas houve uma surpresa. Quando Thamires já podia tocar a ponta de seu dedo indicador no pomo de ouro, ela recuou o corpo, dando passagem para Harry. Porém, em uma fração de segundos, um raio atingiu o pomo de ouro. A descarga elétrica atingiu Harry em cheio, que naquele momento já podia tocá-lo. Já tinha o pomo nas mãos, mas agora estava inconsciente. Caiu da vassoura. Ia em direção ao chão, cada vez mais rápido. A plateia agora via tudo. Thamires seguia velozmente atrás do irmão. Tentava pegá-lo antes de que pudesse bater o chão. Dumbledore puxou a varinha das vestes, mas não foi necessário seu uso. Thamires conseguiu agarrar o irmão antes de bater no chão. O jogo foi instantaneamente cancelado, haveria uma revanche.


Levaram Harry até a ala hospitalar. Teve de ficar lá por alguns dias. Hermione ia sempre lhe visitar, levando os deveres de casa. Em uma noite, no entando, Harry acordou com a voz vinda das paredes. Olhou para o teto, mas sentia-se observado. Via também um pouco de luz ao seu lado. Virou-se. Viu um elfo. Sabia o que els eram, mas nunca havia visto um pessoalmente.


-Hã... Olá? - Disse Harry ao pequeno ser que possuía grandes olhos verdes, parecendo bolas de tênis.


-Olá meu senhor! Meu nome é Dobby, sou um elfo doméstico. Devo avisar-lhe que não está seguro, meu senhor.


-Mas como assim doméstico? - Questionou Harry.


-Eu devo servir a apenas uma família enquanto viver. Mas, ouça-me meu senhor. Coisas horríveis estão para acontecer em Hogwarts, agora que a história está para se repetir...


-Mas que história? - Disse Harry, mas não foi respondido. O elfo estalara seus dedos, e se dissolvera. Logo, madame Pomfrey e o professor Dumbledore entraram na ala hospitalar. Estavam carregando Justino Flynn-Fletchley. A professora Mcgonagall entrou em seguida com o professor Snape, carregando outra pessoa, mas Harry não conseguia ver quem era. Eles retiraram-se dali, e Harry conseguiu ver quem estava ali. Era Gina Weasley.

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