Pesadelo,Perguntas e Respostas
CAPITULO 6
Pesadelo, perguntas e respostas
DE FRENTE A JANELA, contemplando o céu lá fora, sentando em uma de suas poltronas favoritas achava-se um garoto. Um garoto com experiências de um homem. Um barulho de pequenas asas esvoaçando e um brilho dourado denunciava um pequeno pomo de ouro refletindo o entardecer do sol. O sol lá fora estava em um lindo colorido de laranja. Harry estivera na mesma poltrona durante horas seguidas. Após sua conversa com Hermione fora se recolher na torre da Grifinória, aproveitando sua quietude e silencio para poder pensar um pouco nas tais “visões” de Gina.
E ainda tinha os funerais... depois do funeral de Dumbledore essa seria a primeira vez que iria estar presente em mais um funeral. Iria dar seu ultimo adeus àquelas pessoas que o fizeram tão feliz por tanto tempo, desde que descobrira seu verdadeiro “eu”. Lembrar-se disso o fez sentir-se pior do que já estava sentindo. A dor da perda de pessoas tão próximas, e mesmo pessoas que não conhecia fez com que sentisse mais ódio.
Desde que acordara mais cedo não parou de pensar nas consequências que aquela guerra causara na vida de todo o mundo, tanto dos bruxos quanto dos não-bruxos, e agora ele percebia o quanto esses mundos estavam perto um do outro, agora mais do que nunca esses dois mundo tão diferentes e ao mesmo tempo reais estavam se entrelaçando. E para sua surpresa, lhe veio um pensamento. Um pensamento que para ele jamais viria a sua mente. Três pessoas, três pessoas que o fez sentir-se um nada durante 10 anos de sua vida: os Dursley.
Como estariam? O que estavam fazendo para sobreviver? Vivendo aquela vida tão fútil que faziam questão de viver? Fechando os olhos para as coisas que aconteceram e ainda jurando que não existia magia?
Com certeza isso eles não podiam mais negar. Não depois o último ano. Não depois que a guerra fora anunciada.
Pela primeira vez na vida, Harry desejou que estivessem bem e seguros. Afinal de contas, querendo ou não eles foram sua família, lhe acolheram quando todos achavam que estava tão sozinho no mundo. Embora estar com os Dursley precisamente era estar sozinho.
Mas, e agora? O que ele faria da vida? Não haveria hipótese de voltar à Hogwarts no próximo ano letivo, não depois do que acontecera. Onde ele iria morar? Não poderia viver a vida inteira com os Weasley, mesmo que eles o quisessem morando lá. Essa família fora a sua família. A família que sempre desejara ter. Gina... minha Gina. O que acontece com você? O que significa essas visões? Porque você nunca me falou nada sobre elas? Por que você tem que ser assim, tão independente e segura de si o tempo todo?
Contemplou por um momento o pomo de ouro que ganhara de Dumbledore, o mesmo que havia capturado em seu primeiro jogo de quadribol. Esticou a mão direita e, como uma criança a espera de um carinho, o mesmo aquietou-se com o seu toque.
Levantou-se e rumou direto ao dormitório dos garotos. Não queria ver ninguém. Não naquele momento. Não quando estava se sentindo tão inútil.
O dormitório estava exatamente igual, exceto por algumas penas soltas pelo chão, resultado da fúria de Rony. Harry foi direto para a sua cama. Não conseguia pensar em nada, a não ser ficar sozinho. Deitou-se e fechou os olhos. Ficou apenas ouvindo o pipilar dos pássaros lá fora, com certeza procurando um bom lugar para descansar, pois a noite já caíra. Nem se deu conta que ali mesmo adormecera.
Estava andando por entre muitas árvores. Conhecia aquele lugar. Dias atrás estivera percorrendo este mesmo caminho, contudo, seu destino tinha sido outro, pelo menos era o que esperava. Estava se embrenhando cada vez mais fundo pela Floresta Negra, suas árvores eram nodosas, tinha cerca de quarenta metros de altura e seriam necessárias umas trinta pessoas para abraçá-la. Mas ainda não sabia o real motivo de ter ido parar ali, era como se alguém o estivesse guiando, e ele estava apenas seguindo os passos do guia invisível. O coração acelerou ao ouvir um choro distante. Quem estaria ali? Porque fora parar tão distante do castelo? Porque estava tão longe da orla da floresta?
A escuridão estava se infiltrando em seu intimo. Não conseguia enxergar um palmo a frente do nariz, mas mesmo às cegas continuou seu caminho, caminho este ele não sabia onde daria. Lembrou-se da varinha. Levou as mãos ao bolso da jeans e uma onda de medo percorreu pelo seu corpo, arrepiando até os pelos de sua nuca: a varinha não estava ali, esquecera sua varinha.
Continuou o seu caminho, olhando para traz a cada segundo, sentindo arrepios que não condiziam com o frio. O choro ainda distante soando em seus tímpanos, como uma música triste, um pesar, tirando totalmente sua concentração. De quem seria aquele choro? Alguém estava precisando de ajuda e a única pessoa que poderia ajudá-la seria ele, mas como ele iria ajudar sem ter uma varinha em mãos?
A cada passo que dava, observava o caminho por onde passara dias atrás. Um barulho de gravetos quebrados chamou-lhe sua atenção. Encontrava-se próximo à clareira onde encontrou Voldemort e seus comensais, onde encontrou seus pais, Sírius, Lupin e a Morte, mesmo que por alguns minutos.
Mas adiante, à clareira, encostada a uma árvore, estava uma mulher encolhida, a cabeça entre os joelhos, balançando-se por conta do choro, seus cabelos cor de fogo visíveis mesmo na escuridão de breu. Com um sobressalto Harry a conheceu: era Gina. Correu a seu encontro, contudo, por mais que corresse era como se nunca a alcançasse, como se ela não quisesse ser alcançada. O desespero o invadiu e o cansaço tomou conta de seu corpo. Não ia desistir de alcançá-la, sua vida dependia disso, a vida dela dependia disso. Se pelo menos estivesse com a varinha, poderia recorrer ao feitiço para poder paralisá-la. De repente não era mais a Gina que estava na clareira, agora era... Dobby? O que está acontecendo?
- Harry Potter, meu Senhor! - dizia Dobby, sua vozinha fina muito distante - O que faz aqui? Você deveria ter morrido, meu Senhor. Deveria ter morrido... olha só o estrago que fez, meu Senhor.
Harry tentou gritar, mais sua voz falhou, assim como seus pés travaram, seu corpo travou. Não conseguia se mover. Fazendo inúmeras tentativas para poder sair do lugar, um grito mudo estampou seu rosto: no lugar de Dobby encontrava-se Lupin: amarrotado e roto como nunca. Seu rosto estava muito diferente do que Harry lembrava de ter visto a alguns dias atrás. A raiva e o ódio eram evidentes em seu rosto cansado e marcado.
- Por sua culpa eu estou morto - dizia Lupin, uma voz rascante ressoando pela floresta - Não poderei ver meu filho crescer. Que padrinho é você, Harry Potter, que permitiu que os seus amigos sofressem por você? Por uma causa que você deveria ter perdido?
E Lupin transformou-se em Sírius, e depois em Fred, Tonks, Ted, Grampo, Bellatriz e Voldemort.
Uma risada fria e aguda perfurou seus tímpanos. Como ele ainda estaria vivo? Soltou um grito, Voldemort estava a passos firmes indo ao seu encontro. Sentiu-se esmagado pelo abraço de uma cobra, esta estava sacudindo-o.
Encontrava-se deitado em sua cama, todo suado e Rony achava-se a poucos centímetros de seu nariz com cara de terror.
- O que houve? – esganiçou-se Rony – Não me diga que foi outro pesadelo? Você-Sabe-Quem, não é? Aquele idiota, nem morto nos deixa em paz!
Respirando com dificuldade, Harry levantou e pegou os óculos na mesinha de cabeceira. O sol já tinha se posto, e agora lá fora refletia a luz do luar. Passou a mão pela cicatriz em forma de raio: estava normal, não doía nem formigava, mas mesmo assim algo o preocupava: O que significava aquele sonho?
- Se você não quiser me dizer o que acabou de acontecer por bem irá fazê-lo por mal, ok? – ameaçou Rony, sentando-se na cama em que Harry acabara de levantar – Pensei que você já tinha abandonado esse forte por resolver tudo sozinho.
- Não foi nada, Rony, juro! – mentiu ele. Não queria deixar Rony preocupado com o que iria descobrir sobre as visões de Gina, nem queria que ele ficasse pensando coisas quando revelasse o sonho que tivera.
- Caso você não tenha reparado, fui eu que te acordei enquanto você ficava aí, gritando e se debatendo na cama enquanto dormia. Durante sete anos vi você fazendo isso Harry e nem pense que não sei o que isso significa: você estava tendo um pesadelo!
Por um breve momento Rony ficou observando-o com cara de assombro, como se a qualquer momento ele pudesse cair desmaiado.
- Sua cicatriz... bom, ela...ela está doendo novamente? – Perguntou Rony, com voz temerosa.
- Não! – respondeu ele, o dedo indicador percorrendo a cicatriz novamente – É estranho não senti-la arder depois de um pesadelo. – tentou rir na esperança de tranquilizar Rony, mas o máximo que conseguiu foi deixá-lo mais preocupado.
Após aquela breve conversa com Rony, Harry achou que aquilo estava indo longe demais. Queria saber o significado daquele sonho que tivera, mas não encontrava nenhuma maneira de conseguir respostas. Desceu à sala comunal, nesta encontrava-se apenas alguns dos alunos que lutaram bravamente na guerra, entre eles, Dino, Simas e Neville, ex-colegas de dormitório e de classe dele e de Rony.
- Harry, Rony! – exclamaram em uníssono os três garotos.
Harry apenas deu um breve aceno de cabeça.
- E aí rapazes, tudo legal? – perguntou Dino, apertando a mão de Rony e por último a de Harry. Apesar de Dino já ter sido namorado de G ina, Harry nunca deixara de gostar do garoto. – Sinto muito pelo Fred, Rony. Ele era um cara legal, não merecia o que aconteceu.
Após as ultimas palavras do colega, Rony ficara cabisbaixo. Harry, desde que acordara do seu breve pesadelo, não havia lembrado os funerais que ainda iriam acontecer, ouviu ao comentário de Dino com um aperto no coração. Lembrar-se disso fazia-o sentir-se culpado.
- Valeu, Dino. – disse Rony, sentando-se em uma das poltronas vazias ao lado de Neville, sendo acompanhado por Harry que sentou-se numa outra poltrona ao seu lado.
Fez-se silencio por um longo tempo bastante incomodo.
- Você foi incrível, Harry – disse Neville, falando pela primeira vez desde que Harry e Rony se juntaram aos três – Quero dizer... os três foram incríveis, você, Rony e Hermione, é claro!
Ao ouvir o comentário de Neville, Harry ajeitou-se na poltrona, colocando os cotovelos nos joelhos, cobriu o rosto com as mãos, depois passou-as pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais, deu um suspiro e disse:
- Não teríamos conseguido sem sua ajuda Neville. – Falou Harry, sua voz demonstrando cansaço pela primeira vez desde que a guerra acabara – Não teríamos conseguido sem a ajuda de todos vocês. – reformulando a frase, Harry fez questão de olhar nos olhos daqueles que estavam à sua frente, tentando passar-lhes, através do seu olhar, a confiança e gratidão que sentia por eles.
- Fizemos o que qualquer um teria feito, cara! – disse Simas – Sempre confiamos em você, e eu nunca vou deixar de pedir desculpas por não ter acreditado... – dizia ele, mas foi interrompido por Harry, que levantara a mão.
- Acho que essa fase já passou. – disse ele. Queria sair dali, queria se isolar um pouco, pensar, talvez até chorar. Só queria um pouco de paz, se sentir um cara normal, pelo menos uma vez na vida. – Você deixou isso claro desde sua primeira visita à AD, e estou realmente satisfeito que aquelas reuniões tenham valido a pena. – terminou, com um leve sorriso nos lábios.
Neville, Dino e Simas corresponderam àquela breve demonstração de normalidade, contudo alguém não estava prestando nenhuma atenção àquela conversa: Rony estivera calado desde que sentara. E ele, Harry, sabia o motivo: Fred.
- Desculpa, mas, nós temos que ir – apressou-se a dizer – Precisamos ir até a McGonagall, ela disse que queria conversar comigo, Rony e Mione. Acredito que seja sobre os últimos meses que passamos “viajando” – levantou-se e então chamou por Rony – Rony, vamos!... Rony... – batendo no ombro do garoto, chamou-o novamente, a voz um pouco elevada – RONY!
- Ãh? – falou ele, dando um sobressalto, sem entender o que estava acontecendo – O que é Harry? – completou ao ver quem o estava chamando.
- Temos que ir lá na McGonagall.
- Quê? Mas... na McGonagall... vamos fazer o quê lá? Por acaso ela disse que era pra irmos lá? Porque se disse eu não...
- Claro Rony... você não lembra? – disse Harry, desesperado, seguindo para o buraco da Mulher Gorda, arrastando um Rony confuso, pois os garotos olhavam dele para Rony sem entenderem nada do que estava acontecendo.
- Ué, não me lembro da McGonagall ter dito que era para irmos lá no escritório dela.
- Claro que não lembra, - disse Harry, seguindo pelo corredor que dava acesso à biblioteca. Não sabia o que o estaria levando àquela direção, mas achou melhor ir sem pensar. – porque ela não disse nada.
- Mas, então porque você disse... – disse Rony, mas confuso que antes.
- Precisamos encontrar a Hermione – Já irritado com a lerdeza de Rony para entender as coisas, Harry decidiu mudar logo de assunto. Sabia que Rony não o deixaria em paz a não ser que confessasse tudo a respeito do sonho que tivera, então achou melhor obter ajuda de Hermione, pois ela saberia explicar com mais clareza as tais “visões” de Gina.
- A Hermione? Mas pra quê? – assustou-se Rony – Harry, caso você não se lembre, ela me estuporou, sabia? E ela ainda está com raiva de mim. – parou de chofre bem ao lado de um quadro cujo ocupante tentava, em vão, remendar um grande buraco na tela causado, possivelmente, por um feitiço. Agarrou o braço de Harry e puxou-o, baixando ao máximo a voz completou: – Imagina o risco que irei correr chegando perto dela novamente: ela irá me estuporar pela segunda vez em menos de 24 horas, se não fizer coisa muito pior.
- Por sua culpa, lembra? – disse, ele, divertindo-se com o desespero de Rony. – Vamos logo!
Harry sabia que a presença de Rony seria muito perturbadora nas condições em que ele e Hermione se encontravam, mas Rony precisava de explicações e ele de respostas.
Como imaginara, Hermione se encontrava na biblioteca. Estava escondida atrás de uma muralha de livros antigos, cujas capas estavam surradas e rasgadas. Aproximaram-se em silencio.
De todas as partes do castelo, aquela era a única em que encontrava-se inteiramente “sã”, talvez por estar localizada bem distante de onde a destruição foi maior, devido aos feitiços causados pela “guerra”.
Harry foi ao encontro da garota. Rony preferiu ficar a uma certa distância dela.
- Estarei bem aqui..., próximo, caso precise. – disse ele, parando em uma fileira de estantes ao lado do lugar onde Hermione estava – ...Só por precaução. – acrescentou, ao ver a expressão no rosto de Harry.
Então, Harry seguiu sozinho até onde Hermione se encontrava. Foi até um pouco difícil encontrar uma brecha em meio a tantos livros, por isso resolveu recolher alguns, de modo que ficou frente a frente com a garota.
- Ah... Harry é você! – disse ela, um pouco assustada – Assim você me assusta, sabia? – deu-lhe um sorriso frouxo, mais com um toque de tristeza.
- Desculpa! – apressou-se a dizer – Mas, o que eu tenho a falar é muito urgente, e sério!
Hermione olhou ao redor, aparentemente tentando ver se haveria mais alguém por perto. Como Harry havia esperado ela perguntou:
- Onde anda o trasgo arrogante que se diz seu amigo? – perguntou Hermione.
Harry olhou para o lugar onde deixara Rony esperando e não consegui segurar o riso ao observar que o amigo estava espiando-os através da estante de livros, seus cabelos cor de fogo denunciando-o através do livro que fingia ler.
- Ah, ele é mesmo um idiota! – ele ouviu a voz de Hermione um pouco tremula, por causa da risada abafada.
- Hermione, sinceramente, você não poderia conversar com ele? – indagou Harry – Ele está realmente arrependido de...
- Para, Harry - pediu a garota, mas ele percebeu que não havia raiva em seu tom de voz – não acho que você veio me procurar aqui para falarmos sobre o Ronald, veio?
Então lembrou-se do real motivo de ter ido até a biblioteca.
- Ah, é claro que não! – exclamou ele, e desatou a falar – Não sei como dizer, mais... também não sei se há respostas sobre isso...
- Harry... – disse ela, sendo interrompida novamente por Harry.
- ...também não sei de você saberia do que se trata, mais não consigo entender o que está acontecendo, e se por algum motivo algo deu errado?
- Harry... – tentou novamente ela, mais o garoto não estava prestando a atenção nas palavras dela, tampouco queria parar de falar.
- E se ela estiver correndo mesmo perigo, porque se realmente houver algo que eu possa fazer eu irei até o fim, mais encontrarei um modo...
- HARRY, calma! – desta vez ela teve que gritar.
Nesse momento Harry pareceu ter se dado conta de que a garota estava tentando falar com ele, olhou de esguelha para onde Rony estava escondido, mas o garoto já não estava atrás do livro, agora estava completamente exposto ao lado da estante, com o rosto assombrado.
- Se você não explicar direito não poderei ajudar de forma alguma – disse a garota, um pouco espantada com o que estava acontecendo ali – Olha, porque você não me diz o que está acontecendo? Mas, com calma, ok?
- Ok! – respirou fundo – Mas... bom, será que o Rony poderia vir e sentar com a gente? – perguntou ele e ao ver a expressão que ia se formando no rosto de Hermione, acrescentou – é que também tem haver com ele, é sobre a Gina.
Harry então percebeu que Hermione estava pensando nas condições de Rony poder sentar-se com ambos e debaterem sobre o que estava acontecendo com a Gina. Passados alguns segundos ela decidiu que ele poderia reunir-se a eles.
- Bom, - começou ele, após Rony ter sentando ao seu lado – depois que você me falou das possíveis visões da Gina...
E então contou sobre seu sonho. A reação de Hermione foi quase normal, comparando o fato de ela já ter descoberto as tais visões, já Rony ouvia cada palavra que Harry e Hermione dizia sem dizer nada e com cara de espanto.
- ‘Pera aí – a voz de Rony saiu rouca devido ao fato de ter ficado muito tempo sem falar – vamos ver se eu entendi direito. Você – apontou para Hermione – quer dizer que a minha irmã estava tendo visões sobre o que acontecia com o Harry?
- Isso mesmo – confirmou Hermione, balançando a cabeça afirmativamente – e não era só visões, ela também pressentia que algo estava acontecendo com ele.
- Mais... n-não pode ser... p-pode? – perguntou ele com voz temerosa – Quer dizer, se fosse alguma coisa ruim... isso não é comum..., ou é?
Harry estava entendendo o que o Rony queria dizer com “se fosse alguma coisa ruim...”, mais estava tentando a todo custo não acreditar nisso.
- Não acredito que essas visões sejam comuns. – disse Hermione – Não há indícios de que outros bruxos tenham tido esse tipo de visões, a não ser que eles tenham sido videntes, o que com certeza está descartado em relação à Gina.
- Hermione, você conhece essa biblioteca como a palma de sua mão, sabe de cor cada livro presente neste lugar. – disse Harry, se alterando um pouco – Você tem certeza de que aqui não há nenhum livro, nem unzinho que fale sobre isso?
Hermione deu um longo suspiro.
- Tenho Harry, tenho certeza de que não encontrei nenhum livro sobre esse assunto. – disse ela, um pouco desapontada. Era a primeira vez que a biblioteca deixara-a na mão.
Ele estava com a cabeça à mil. Será que não haveria nenhuma resposta para aquelas visões? Se a biblioteca de Hogwarts negara essa resposta à Hermione, com certeza não haveria mais nenhum lugar onde procurar. Sua atenção foi tirada ao ver as capas de alguns dos livros em que Hermione estivera lendo com os títulos Visões: como compreendê-las, Estudo Avançado das premonições e Poderes Mágicos do século XV: descubra-os
- Então, o que você está fazendo aqui na biblioteca? – perguntou ele – Quer dizer, já que você não encontrou nenhuma resposta para esse assunto...
- É que eu pensei que poderia ter deixado alguma informação passar – informou ela, um pouco desesperada, olhando em volta dos livros – mas, sinto muito Harry... – seu olhar recaiu sobre Rony, que estava em estado de choque até agora.
- E o que tem nesses livros? Sobre o que eles falam? – Perguntou Harry
- Este aqui – ela pegou o livro com o título Poderes Mágicos do século XV: descubra-os e abriu em uma página que estivera marcada – fala sobre alguns bruxos que apresentavam poderes mágicos muito antigos, poderes que hoje em dia não existem mais.
- E você achou que ele poderia dar algumas respostas sobre o que está acontecendo com a Gina, certo? – perguntou Rony, se empertigando em cima da mesa, para poder olhar melhor o livro.
- É, foi isso – disse a garota.
- Então quer dizer – Harry deu meia volta e se postou ao lado de Hermione para poder observar melhor as páginas do livro – que você acredita que essas visões da Gina... que na realidade é um desses poderes que o livro fala?
- Na realidade, eu sempre suspeitei que fosse algo desse tipo, mais não tive como perguntar a ninguém sobre isso, por que ela me fez prometer que não contaria.
- Tudo bem que você é amiga dela – disse Rony, um pouco alterado – e que prometeu guardar segredo, mas Hermione, nem todo segredo é bom guardar, sabia? Quer dizer – apressou-se a explicar, devido ao olhar recriminador que Hermione soltou – você lembra o que aconteceu com ela na Câmera Secreta, não lembra? Olha só as consequências que nos trouxe...
- Eu sei disso, Rony – falou ela, seus olhos marejados de lágrimas – mais, não tive como dizer a ninguém. Imagina o jeito sua mãe ficaria se eu chegasse e dissesse: Sra. Weasley, a Gina está tendo visões! Ela se preocuparia muito.
- É eu sei – disse ele, um pouco envergonhado por ter ralhado com ela – mais é que...
- Bom, pelo menos já temos uma pista do que pode ser – disse Harry – talvez possamos juntar o quebra-cabeça antes que alguma coisa aconteça, certo?
- Certo – disse os dois em uníssono
Ficaram ali mais alguns minutos, ajudando Hermione colocar os livros em seus respectivos lugares.
- Então é isso – disse Harry, quando eles já estavam saindo da biblioteca e seguindo para o Salão Comunal – nada de dizer a Gina que nós já sabemos dessas visões, ok?
- Ok. – disse Hermione, enquanto Rony apenas afirmava com a cabeça – E nada de contarem a mais ninguém. Nem a seu pai e muito menos a sua mãe, certo? – Apontou para Rony que novamente só afirmou com a cabeça.
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* " LUMUS"
* "Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom"
Olá meus amores?
Estou de volta, depois de muitos meses... [ autora triste :( ]
Estive esperando vc's me vizitarem e me pedirem mais, muito mais... :(
Bom... vamos esquecer esse detalhe... rsrs
Prometi q' estaria aki, pelo menos 1 vez na semana para postar os cap. , mas não deu, sinto muito, muitas coisas envolvidas;;;
Mas, agora retomei minha FIC e prometo que a atualizarei sempre que puder... :D
O CAP. está concuído... então, até o proximo, ok? Portanto, comentem bastante.. é importante pra mim...!
Então, aprecie SEM MODERAÇÃO!!!!!!!
Bjosss
Preciso de muitos comentários, portanto, comentem please!!!!!!
PS: Deixando mais uma vez o lembrete: Se quiserem podem me add no MSN: [email protected], ou no POTTERMORE: WolfFloo14770
*"Malfeito feito"
"NÓX "
Comentários (8)
Ah não..!Assim ñ tem coração que resista a tanta emoção;... A curiosidade já está lá onde Judas perdeu as Botas...
2012-04-28estou amando a fic posta mais.
2012-03-07Quero mais dessa fiC e LOGO! Parabéns ta demais!!!
2012-03-06Não aguento mais de tanta curiosidade.Depois que os livros e os filmes HP acabaram as fics são minha única maneira de entrar em contato com os meus personagens preferidos e nesse caso sua fic é ótima ja que eu amo Harry e Gina.
2012-03-04Preciso de comentrário... Comentem meus amores!!!!Bjosss :*
2012-01-17Nossa , realmente incrivel a fic , meus parabens , aguardando o próximo cap. ((:
2012-01-16Comecei a ler hoje e já li todos os capítulos. Gostei muito do que li até agora e é como você disse: as fics aliviam a saudade (mas somente as boas fics, como a sua). Continue, pls.!!!
2011-11-13Own *-* amei amore, e um beijão enorme para você!!
2011-10-29