RESPOSTAS



- Eu vou matar a Gina! – vociferava Rony, não pela primeira vez. Seu rosto ainda tinha algumas manchas coloridas, mas Hermione já providenciava a limpeza com sua varinha.

- Bem feito para você! – respondeu a namorada, tirando do rosto do ruivo as últimas bolinhas azuis e lilases.

- Mas ela é minha irmã mais nova...

- E uma bruxa adulta. E Harry é seu melhor amigo, lembra? Duvido que ele a forçou a fazer qualquer coisa.

- O Harry? Você está brincando! – exclamou o ruivo – É mais fácil a Gina tê-lo agarrado.

Hermione não agüentou a afirmação do namorado e começou a rir. A constatação de Rony era realmente engraçada.

- Então, por que o escândalo?

- Ela é minha...

- Ah, Rony, nem vem! Os dois não estão fazendo nada que nós não fizemos antes. Há muito mais tempo. E não venha com essa história de sua irmãzinha. Isso é de um machismo ridículo! Harry também é como se fosse meu irmão.

- E você o protege o tempo todo – disse Rony muito calmamente. Ele pronunciou a frase sem nenhum ressentimento e sem nenhuma ponta de ciúme. Era apenas uma constatação. Que desconcertou Hermione subitamente.

- Você tem razão. Mas o Harry sempre foi tão... tão...

- Abandonado? Tudo bem, Mione. Mas, ele está lá com a minha irmã, fazendo sei lá o quê!

- Você sabe o que... – disse a jovem de maneira irônica.

- Por favor, estamos falando da minha irmã...

- Rony, eles são adultos e se amam! Não há o que fazer. Eles estão destinados a ficar juntos. Você sempre soube disso.

O ruivo suspirou ruidosamente e aconchegou-se à namorada.

- Eu amo você, sabia? – disse finalmente – Você é tão inteligente, bonita, fofa...

- Fofa? – perguntou Hermione rindo.

- Tá legal. Esquece fofa. Que tal... – disse bem baixinho outro adjetivo no ouvido da namorada.

- Rony! – ela disse surpresa. Depois, fingindo pensar a respeito, falou suavemente: - Parece que vou ter que fazer jus ao elogio.

- Mal posso esperar – disse o ruivo, tirando a camisa.
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- A gente deveria levantar, Rony – disse Hermione sonolenta. Mas não se moveu dos braços de Rony. Eram quase duas da tarde e a cama e a companhia eram ótimas.

- Daqui a pouco... – disse Rony, voltando a abraçar a namorada e dormir.

Pancadas na porta do quarto, entretanto, sobressaltaram o casal. O feitiço eficiente de Hermione impedia que qualquer pessoa entrasse no aposento. Vestindo-se apressadamente ambos correram até a porta, abrindo-a e dando de cara com Gina à beira da histeria.

- O Harry! – disse a ruiva ofegante.

Conjurando rapidamente sua maleta de instrumentos, Hermione correu até o quarto do amigo, tendo os irmãos no seu encalço.

- Ele está ardendo em febre – disse a ruiva aos soluços – Nem os feitiços medicinais que você me ensinou diminuíram a sua temperatura – explicou a garota.

A curandeira examinou o amigo, semidesperto que ofegava pesadamente. Gina, aflita, apertava o braço de Rony.

- O que aconteceu? – quis saber Rony

- Não sei – explicou a garota chorosa – Ele estava bem e acordou desse jeito.

- É só uma gripe bruxa – tranqüilizou-os Hermione - Ela causa febre alta mesmo, mas nada muito grave se for tratada a tempo.
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- Mione, essa gripe não é desencadeada por algum tipo de comoção? – perguntou Rony.

- “Comoção”? – caçoou Gina – Maninho, acho que você tem andado demais com Hermione. Que vocabulário!

Os três jovens estavam na varanda da propriedade da família de Draco. Uma chuva fina caia naquele momento. Eles sabiam que além dos portões uma multidão de jornalistas praticamente havia acampado, a espera da resposta do presidente do time sobre a proposta de transferir os Cannons para a América. Eram quase quatro horas da tarde e eles haviam se servido de um lanche leve que os elfos haviam preparado. Gina e Rony esqueceram momentaneamente da briga da madrugada, preocupados que estavam com Harry.

- Você anda muito engraçadinha ultimamente – disse o ruivo, contrariado.

Às vezes Hermione esquecia o quanto Rony era sagaz. Tinha muito orgulho dele e sabia muito bem que o namorado não era o idiota que alguns julgavam. Apesar disso ficava surpresa algumas vezes com a facilidade com que percebia as coisas. Ela, como medibruxa, sabia muito bem o que desencadeava a gripe mágica. Com todo o estresse que o amigo havia sofrido nas últimas horas, aliada à sua recuperação lenta, não era surpresa que sua saúde se debilitasse e que sua resistência física diminuísse. Mas, algo sem dúvida, havia ocorrido há pouco. E Rony percebera.

- O que aconteceu entre você e o Harry? – insistiu o goleiro dos Cannons, pressionando a irmã.

- Acho que você não vai querer um relato... – respondeu-lhe a ruiva. Hermione, que conhecia muito bem os Weasleys sabia que a amiga escondia alguma coisa por trás daquela ironia.

- Não é disso que eu estou falando e você sabe muito bem! – irritou-se o rapaz.
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ALGUMAS HORAS ATRÁS


- Casar com você? – perguntou Gina, perplexa.

- Lembra que nós havíamos dito que nos casaríamos quando eu derrotasse Voldemort?

- Claro que eu me lembro – respondeu Gina emocionada. Promessas feitas no auge da guerra, nos poucos momentos que tinham para namorar. Os dois brincavam, dizendo que eram “amassos entre as batalhas”.

Faziam planos de casar, falavam da festa de casamento, discutiam os nomes dos padrinhos e onde passariam a lua de mel. Às vezes falavam também sobre o que “fariam” na lua de mel. Esses sonhos inocentes (ou nem tanto) os mantinham vivos e preparados para lutar pelo futuro, além de Gina saber que aquilo aliviava a tensão e momentaneamente Harry se esquecia do peso que carregava sobre os ombros.

Mas, ali, naquele quarto, finalmente juntos depois de tanta mágoa, idiotices cometidas por ambos e outros percalços, a ruiva não conseguia acreditar que o garoto que havia amado metade da sua vida a havia pedido em casamento.

- Você aceita se casar comigo? – perguntou Harry novamente, e havia quase uma súplica na sua pergunta.

Harry sempre teve dificuldades em lidar com os risinhos afetados que pareciam, na sua opinião, fazer parte da natureza feminina. A única coisa pior do que as risadinhas era a mania que as garotas tinham de chorar nos momentos mais inesperados. Como Gina começava a fazer nesse momento.

Sem responder a pergunta do namorado, Gina começou a chorar e dizer apenas “Oh, Harry!”, “Oh, Harry!”, com a cabeça escondida no seu peito, soluçando baixinho, até finalmente dormir abraçada ao jovem.
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- O que aconteceu? – insistiu Rony.

- O Harry me pediu em casamento – respondeu Gina, quase sussurrando.

- COMO ASSIM O HARRY TE PEDIU EM CASAMENTO? – assustou-se o ruivo.

Miriam, que escolhera exatamente aquele momento para sair até a varanda, ficou olhando chocada para Gina.

- O Harry pediu você em casamento? – a garota repetiu. Quase disse o “meu Harry”, mas julgando-se bastante “adulta” (aos onze anos), segurou-se a tempo. Muito chateada, retornou até a sala de estar. Dentro de pouco tempo todos saberiam do pedido de Harry, concluiu a ruiva.

- Muito obrigada, Rony – disse sarcástica – Você é o cara certo para divulgar informações confidenciais.

- Mas... mas... – gaguejou o ruivo, sem saber o que dizer.

- E o que você respondeu? – perguntou Hermione desconfiada. Rony esperava ansioso pela resposta da irmã.

- Vamos até o seu quarto – disse de repente a artilheira dos Cannons.

- Eu quero saber o que você disse a ele que o deixou...

- Por favor, Rony – pediu Hermione – Me deixe conversar com a sua irmã. Vamos até o meu quarto – repetiu a sugestão de Gina.
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- Você conhece o Harry, Mione. Até mais do que eu, algumas vezes.

- Não acredito que você possa duvidar da sinceridade do pedido dele.

- Claro que não duvido! – retrucou a ruiva de maneira impaciente – Tudo o que Harry faz é absolutamente sincero. Até as idiotices...

- Eu ainda não entendo – desabafou Hermione – Qual o problema? Você e o Harry se amam!

- Mione, o Harry dormiu comigo, certo? – bufou a ruiva.

- E o que isso tem a ver? – perguntou a amiga. De repente, uma sombra de dúvida passou pelo seu rosto – Você não está...?

- Não estou grávida! Que mania!

- Então, o que incomoda você? – perguntou a curandeira, visivelmente aliviada.

- Harry sendo o Harry que conhecemos, você não acha que ele quer se casar comigo para, digamos, “reparar um erro”, como eu sei que rapazes trouxas eram obrigados a fazer antigamente quando transavam com uma garota?

- Gina, você está maluca! – disse-lhe a amiga.

- Eu li sobre isso naquele seu livro sobre a vida dos trouxas – continuou a ruiva, ignorando o comentário de Hermione – Até bruxos de famílias tradicionais faziam isso antigamente.

- Por favor, Gina! Nós não estamos no século XIX!

- É mesmo? Quantos rapazes bruxos no século XXI chegam aos vinte e um anos virgem? Eu acho que o Harry só quer se casar comigo porque acha que abusou de uma “donzela indefesa”!

Hermione não agüentou o último comentário e gargalhou com gosto.

- Bem, certamente você não era nem uma coisa nem outra quando dormiu com o Harry...

- Eu sei! Mas estamos falando do Harry! O sujeito que acha que tem que salvar o mundo!

- Você quer dizer, o “sujeito que salvou o mundo”, não é mesmo? E que quase perdeu o que mais importava para ele – concluiu Hermione de maneira sombria.

- Que seria?

- Você, é claro! Escute, Gina, eu tenho certeza absoluta que Harry ama você.

- Claro – falou a ruiva, cética – Como ele ama você e o Rony.

- Olha aqui, Srta Weasley! – começou a dizer Hermione, bastante contrariada – Harry é como se fosse um irmão para mim, assim como você. Eu amo o Harry e tenho certeza absoluta que ele me ama e ao Rony, mas não como a você! Não estrague a sua vida por uma crise súbita de autopiedade.Você não é mais aquela menininha que amava Harry em segredo e não era retribuída. Pense nisso: Harry pediu você em casamento! Não porque ele dormiu com você e quer “reparar um erro”! Mas, porque ele ama você! Ele não pode viver sem você. Eu vi Harry sofrendo com a sua ausência por três anos. Três longos anos! Portanto, não estrague a sua vida e a dele!

- O que eu faço? – perguntou Gina.

- Apenas aceite. Tenha uma conversa séria com ele. E depois aceite.
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Foi difícil fugir de Toledo e de todas as mulheres da casa que queriam parabenizar Gina pelo pedido de Harry. Helga e Toledo estavam tão emocionadas que pareciam à beira das lágrimas. Miriam também parecia à beira das lágrimas, só que por outros motivos.

- Como assim, você não deu uma resposta? – perguntou Toledo com seu sotaque espanhol se destacando, como sempre acontecia quando ficava nervosa – EU me casaria com o Harry se ele me pedisse!

- Você? – perguntaram Gina e Helga, incrédulas.

- Quer dizer, se eu gostasse de rapazes, é claro – explicou a peruana.

- Ás vezes eu duvido um pouco da sua opção... – ia dizendo Helga.

- Como assim não deu uma resposta? – repetiu Toledo.

- Eu vou resolver isso agora! – disse a ruiva convicta, e começou a subir a escada para o segundo andar. Ainda ouviu Helga e Toledo implorando para que não fizesse alguma coisa da qual pudesse se arrepender mais tarde.

Harry aparentemente dormia tranqüilamente. Gina afagou o seu rosto, percebendo que a sua temperatura havia quase que se normalizado.

- Seu grande idiota – disse a ruiva para o namorado – Eu amei você a minha vida inteira. Como eu vou saber se você não está mais uma vez sentindo pena de mim? Como eu vou saber se você não está de novo tentando me salvar?

- Se eu dissesse que estou tentando salvar a mim mesmo, você se casaria comigo? – perguntou Harry abrindo os belos olhos verdes. – Se eu disser que não posso viver sem você novamente, você aceitaria o meu pedido? – sussurrou Harry, segurando na mão de Gina. Talvez ele estivesse delirando de febre, pois apertou a mão da jovem tão forte, que ela começou a sentir os dedos dormentes.Mas não ligou para isso.

- Você... você ouviu tudo que eu disse?

- Do “idiota” para frente – brincou o namorado – Eu entendo que você não queira dar uma resposta agora. Eu entendo que o meu pedido foi assim muito de repente, eu...

- Eu aceito – disse simplesmente a ruiva.

- Eu entendo que deveria falar com seus pais e seus irmãos. Eu nem comprei um anel de noivado, eu... – continuou Harry, não ouvindo o que a namorada havia dito.

- Eu aceito – falou novamente a garota, impaciente. Como ela poderia ter duvidado de Harry? Provavelmente não havia ninguém tão puro quanto aos sentimentos como ele. E a sua atrapalhação e a sua comovente declaração de que não poderia viver sem ela eram prova disso. Ninguém diria aquelas palavras com tanta emoção sem um sentimento absolutamente verdadeiro.

- EU ACEITO! – gritou por fim a ruiva, calando finalmente o rapaz.

- Você? Aceita? – repetiu ele bobamente.

- É claro – respondeu a garota calmamente, calando o namorado com um beijo.
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Às nove horas da noite, o jantar estava sendo servido no salão apropriado. Finalmente Harry havia descido, recebendo milhares de recomendações de Hermione e Gina.

- Parece que o cara é de vidro – resmungou Apolo Cole – que andava meio quieto desde que Vera lhe dissera umas boas quando chegaram na América.

- Eu gosto dele – disse o seu sobrinho Dylan, como se isso encerrasse qualquer discussão.

No dia seguinte eles tomariam uma chave de portal internacional e iriam para o Peru. Os norte-americanos não permitiam que pessoas viajassem em chaves de portal para o seu território, mas aparentemente não se importavam que elas fossem usadas para sair dele. Era também uma noite de despedidas. Fred voltaria para a Inglaterra, contente com os bons negócios feitos em favor das “Gemialidades Weasleys”. Helga e as crianças também voltariam para casa, pois Miriam, que iria para Hogwarts em setembro, precisava comprar o material escolar e Helga não queria deixar para a última hora. Os filhos menores e Dylan iriam para as respectivas escolas primárias. A boa notícia (pelo menos para Toledo) é que Tess Smith iria se juntar ao time no Peru. Aparentemente Jane O’Neal lhe dera uns dias de férias e a jovem iria aproveitá-la para matar a saudade da namorada.

- Esse time é liberal demais pro meu gosto – resmungara Apolo Cole, sem que ninguém lhe desse importância.

Após o jantar, Harry levantou-se e pediu a palavra. Todos se calaram para ouvi-lo. Até as crianças M’Bea e o pequeno Dylan.

- Bom, em primeiro lugar eu gostaria de anunciar que tomei uma decisão – falou o rapaz – Eu gostaria de dizer que levei em consideração que vocês estão juntos comigo nessa história desde o começo e não seria justo prejudicá-los. Mas – enfatizou Harry quando parecia que Toni e Rony iriam dizer alguma coisa – eu não posso ficar aqui nos Estados Unidos. Seria muito legal e tudo, mas pareceria que eu estou fugindo. E eu nunca fugi, vocês sabem.

- Nem quando havia um psicopata com cara de cobra querendo matar você – gracejou Fred Weasley.

- Pois é – sorriu Harry – Mas, não seria justo que vocês não pudessem ganhar mais dinheiro...

- Nós já ganhamos bem, Harry – disse Toledo de maneira simpática. O amigo já havia aberto mão de parte dos seus vencimentos para aumentar o salário do resto do time, como a peruana se lembrava.

- Realmente – concordou Andy – A gente não aceitaria que você abrisse mão de ganhar mais alguma coisa para ajudar a gente novamente – enfatizou o brasileiro, arrancando murmúrios de concordância de todos os presentes, menos Apolo Cole, é claro.

- Eu imaginei que vocês diriam algo assim. Podem ficar tranqüilos. Eu e o Malfoy aqui tivemos uma conversa há uma hora e meia atrás e acho que temos boas novas – explicou Harry, parecendo bastante animado – Malfoy?

- Você não deveria perturbá-lo – falou Gina, encarando o loiro, que se encolheu ligeiramente.

- Harry e suas garotas superprotetoras... – disse Fred, empostando a voz de maneira dramática.

- Calma aí, ruiva – defendeu-se Malfoy – Foi ele que me chamou!

- É verdade, Gina – disse Harry, defendendo Draco.

- Obrigado, Potter. Essas ruivas geniosas... – acrescentou de maneira irônica e começou a falar de negócios, ignorando o olhar mortífero vindo da garota – A verdade é que as Vassouras Nimbus vão pagar uma pequena fortuna para impedir que eu os processe e que Harry saia por aí falando que as vassouras deles são uma droga e que não fazem curvas direito. Eles não vão querer Mergulho Potter fazendo propaganda contra os seus produtos.

- Um certo americano não vai gostar... – disse Vera Ivanova, visivelmente feliz com a constatação.

- Espero realmente que não – garantiu Draco – Principalmente porque nós exigimos cinco milhões de galeões e um acordo por escrito de que as vassouras daquela série que causou o acidente do Harry serão retiradas de circulação.

- Muito sensato – disse Hermione – Outros jogadores poderiam se machucar.

- O melhor de tudo é que as Vassouras Firebolt vão nos patrocinar agora – continuou explicando Malfoy com a fluência de um homem de negócios. Harry tinha que admitir que ele levava jeito para a coisa - Eles vão pagar quinze milhões por temporada para que a gente use os seus últimos modelos e vão bancar o salário do Potter. Como o clube não vai mais arcar com o salário dele, então acho que posso aumentar todos vocês mais uma vez e as participações do Toni e do Vitor como sócios minoritários.

- Uau! – foi a palavra que mais se ouviu por algum tempo. Mas Gina destoou um pouco da euforia reinante:

- A gente sabe que o Harry não gosta de fazer propaganda. Como eles concordaram em pagar tudo isso?

- Bem, o seu namorado não vai aparecer em comerciais ou algo assim. Mas, esses cartazes vão estar disponíveis em todos os estabelecimentos comerciais bruxos a partir da semana que vem – explicou o presidente dos Cannons, que com um gesto de varinha, conjurou dois cartazes mágicos que mostravam Harry num vôo espetacular, segurando a goles com uma das mãos em um e no outro com o punho direito levantado, comemorando um gol.

Eram duas belas fotos mágicas. A primeira mostrava o jovem concentrado no momento de um arremesso, os cabelos eriçados pelo vento e os músculos retesados pelo esforço do vôo e do lançamento da goles. O segundo mostrava Harry sorrindo depois de fazer um gol. Ambas as fotos haviam sido tiradas por uma fotógrafa no dia do jogo contra o selecionado dos Estados Unidos. Na parte de cima apenas estava o logotipo da marca de vassouras, sem mais nenhuma inscrição.

- Eles pagarão tudo isso por esses dois cartazes? – perguntou Apollo Cole, incrédulo.

- Eles pagarão tudo isso para ter Harry Potter nos cartazes – corrigiu Draco – E mais uma porcentagem se as vassouras venderem acima do esperado. E podem apostar, os modelos novos venderão como cerveja amanteigada, associadas ao Eleito.

- Eu não me importo de aparecer num cartaz sem dizer nenhuma palavra – explicou Harry para os presentes - Eu acho que devia pelo menos isso a vocês, pelo menos.

Quando todos iam começar a dizer que o rapaz não devia nada a eles, Draco interrompeu:

- Isso é menos do que os americanos queriam lhes pagar. Mas eu prometo que esse time vai dar muito dinheiro e vamos ser a sensação da Liga Inglesa, se o ministério não encher o saco, é claro. Eu consegui também que a Federação Internacional de Quadribol bancasse a nossa excursão para a América do Sul. Além dos patrocinadores que já temos, é claro – falou o loiro, virando-se na direção de Fred. Draco estava autorizado por Fred a buscar parceiros para franquias no Brasil – Todos receberão prêmios pelos jogos no Peru e no Brasil.

- Por que a Federação vai nos pagar? – perguntou Rony.

- Porque eles acham que o futuro do quadribol está na América Latina. E viram como os americanos ficaram de joelhos pelo time e principalmente por Mergulho Potter. Dar uma forcinha para o quadribol no Peru e no Brasil é considerado um investimento.

- Eu tenho mais uma informação – disse Harry, de novo atraindo a atenção de todos. Hermione, Toledo e Helga sorriram, imaginando o que viria.

- Não me diga que ele vai dizer o que eu estou pensando que vai – cochichou Rony para a namorada.

- Deixa ele falar, Rony – retrucou Hermione.

- Eu fiz um pedido muito importante para Gina hoje. Desculpe não ter pedido a permissão de vocês antes, Fred, Rony – falou Harry para os irmãos Weasleys – Mas acho que Gina me mataria se eu fizesse um pedido a vocês antes de consultá-la.

- Pode apostar, Sr. Potter – falou a ruiva, arrancando risadas de todos. “Essa é minha irmã!”, disse Fred.

- Mas eu ainda pretendo pedir a sua mão aos seus pais, mocinha – brincou Harry – Sim, eu pedi Gina em casamento. E ela me deixou muito feliz aceitando o meu pedido.

Vivas de felicidade explodiram na sala de jantar. Fred, é lógico, aproveitou para descrever para Harry todos os perigos que envolvia casar-se com uma ruiva maluca, razão pela qual acabou recebendo um chute da irmã mais nova na canela.
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Agora fazia uma noite agradável. A chuva havia cessado e uma noite estrelada, embora um pouco fria para a época do ano, emoldurava os céus da propriedade de Malfoy. Harry, agasalhado mais do que o necessário na sua opinião, por imposição de Gina e Hermione, olhava distraído os céus, numa imensa janela que dava para a parte central da mansão.

- Você agiu certo – disse-lhe a conhecida voz de barítono.

- Você aprova? – perguntou Harry sem se virar. Era inconfundível a voz do amigo Toni M’Bea.

– Eu disse que estaria do seu lado, qualquer que fosse a sua decisão – respondeu o africano com uma sinceridade que deixou o artilheiro dos Cannons comovido – E você nem precisava abrir mão dos seus princípios e fazer propaganda.

- Ah, isso não foi nada – falou Harry depois de alguns instantes, quando virou-se de frente para o amigo.

- E parabéns, cara – cumprimentou-o o africano, dando-lhe um grande abraço – Eu sempre torci por vocês dois.
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JÁ SEI, JÁ SEI! VOCÊS VÃO RECLAMAR PORQUE O CAPÍTULO NÃO TEVE NADA MAIS EMOCIONANTE DO QUE O HARRY RESFRIADO (AUTOR DESVIANDO-SE DOS TOMATES E OVOS). E DESCULPEM, A VIAGEM PARA A MÉRICA DO SUL VAI FICAR PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO (MAIS OVOS E TOMATES, DESSA VEZ ACOMPANHADOS DE LARANJAS PODRES). APENAS QUIS FAZER UM CAPÍTULO FOFO (FOFO NÃO!!!!) PARA OS H/G E DE QUEBRA PARA OS R/H. QUE ALIÁS NÃO PERDEM POR ESPERAR. VOCÊS ACHAM QUE O RUIVO É MEIO LENTO?? POIS ESPEREM E VERÃO!
NO PRÓXIMO CAPÍTULO:
1- GINA CONVERSA COM MIRIAM M’BEA DE GAROTA PARA GAROTA.
2-GUI WEASLEY
3-TESS SMITH
4-QUADRIBOL NAS ALTURAS (NOS ANDES)
5-MAIS SACANAGENS DO MINISTÉRIO BRITÂNICO.
6-SELEÇÃO DA INGLATERRA SEM POTTER E OS WESLEYS. PODE?
7- E O RUIVO RONY WEASLEY BOTA PRA QUEBRAR!
















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