Carta de Hogwarts



Ao chegar em casa, seus pais, Válter e Petúnia Dursley encontravam-se na sala de estar, completamente desesperados, gritando e falando coisas totalmente sem nexo.


- Ei! – gritou Duda, porém sua mãe Petúnia, gritava tão alto que não foi possível ouvi-lo


Válter e Petúnia gritavam com Lorena. Lorena também tinha um tom de voz mais alto, porém parecia estar calma, típico dela. Valentina estava sentada no sofá, com uma cara amarrada e os olhos marejados por lágrimas. Ao ver a expressão de sua filha, Duda perdeu a paciência e resolveu acabar com a confusão:


- Mas ela é minha neta! –gritava Petúnia – Eu não vou permitir isso! – disse apontando para um envelope.


- CHEGA!! – gritou Duda tão alto que poderia ser ouvido pelas pessoas de outro bairro,


Todos se calaram  no mesmo instante. Valter e Petúnia levaram um susto, assim como Valentina. Lorena porém manteve a mesma expressão.


- O que está acontecendo? –perguntou Duda um pouco mais calmo.


Os quatro começaram a falar ao mesmo tempo, fazendo com que Duda se irritasse mais uma vez.


- Ei! Ei! – gritou e todos se calaram novamente – Um de cada vez por favor – disse em um tom mais calmo.


- Nós recebemos, ou melhor... Valentina recebeu isto – disse Lorena entregando à Duda um envelope com uma brasão; uma águia; um texugo; um leão e uma cobra circulando uma grande letra “H”.


Ao ver o brasão, Duda sabia que conhecia aquele símbolo de algum lugar, mas não lembrava de onde exatamente.


Antes mesmo de conseguir abrir a carta, esta foi arrancada de suas mãos, de modo com que quase foi rasgada. Seu pai, Válter estava com a carta nas mãos e pretendia queimá-la, jogando-a na lareira, mas Valentina o impediu.


- NÃO VOVÔ! – gritou a garota.


Fez-se um estranho silêncio por mais de três minutos, até que Duda finalmente perguntou:


- Vocês podem, por favor, me explicar o que está acontecendo? Não estou entendendo NADA.


Valter, Petunia e Lorena entreolharam-se, nenhum dos três disseram uma palavra, até que Petúnia começou a falar:


-Hoje como toda quarta-feira eu e seu pai, viemos tomar um chá. Enquanto nós conversávamso na sala, Valentina estava  em seu quarto trocando de roupa, quando de repente, ela chega na sala com uma estranha carta, dizendo que foi entregue por uma coruja – ela fez uma pausa, segundos depois voltou a falar – Assim que ela disse disse que foi entregue por uma coruja, eu soube que era isto.


- Isto o que?


- Nossa filha é uma bruxa, Duda! Ela recebeu esta carta, de uma renomada escola de magia e bruxaria, chamada, se não me engano: HOGWARTS.


Duda estava em estado de choque, totalmente estupefato. Como sua filhinha, aquela garota tão normal e perfeita poderia  ser uma bruxa? Ela nunca demonstrara sinais de que isso era possível, aquilo só podia ser alguma brincadeira de mal gosto.


- Como? Isto  é impossível! Ela nunca demonstrou NENHUM sinal de poderes, não, isso não é verdade.


- Mas pai! Como assim nunca demonstrei sinais? Você não lembra? No meu aniversário de sete anos o bolo voou estranhamente na tia Guida... bom, na verdade foi eu – dizia Valentina.


- Não, não foi você minha querida – dizia Petúnia – O que aconteceu com o bolo, foi que... que... –Ela beliscou Valter, pedindo ajuda para inventar alguma desculpa.


- Ai! Aah... o bolo, é! O que aconteceu foi... que,  eh...


- Viu!? Não tem explicação. E no dia que meu porquinho-da-india ficou roxo? A mamãe disse que tinha caído corante nele, mas é mentira! Foi eu, eu deixei ele roxo!


- Não. Não foi você Valentina – disse Duda


- Não, Duda! Foi ela! Qual o problema de ela ser uma bruxa? Isto não é nenhuma anomalia Petunia! Isso é um DOM! Vocês deveriam se orgulhar de uma neta especial como Valentia – gritava Lorena. Era raro ver ela se descontrolar desta maneira. Ela não costumava gritar.


Todos permaneceram em silencia por vários minutos. Eles voltaram a conversar, dessa vez sem gritos, sem brigas ou confusões.


Duda pegou a carta de Hogwarts e leu, releu e leu novamente. Ainda estava muito chocado e continuava a achar que aquilo só podia ser um engano.


- Eh... Bom – começou Duda – aqui diz que um tal de “professor Longbottom” virá aqui alguns dias antes do início do período letivo... eh... porque ela é “trouxa de nascença” seja lá o que isto queira dizer – “Não me parece coisa boa” pensou


- Exatamente – respondeu Lorena.


- Isto não me paerce coisa boa... – dizia Petúnia, como se lesse os pensamentos do filho.


- É, eu também acho – concordou Valter – Isso me parece uma má idéia, eu não deixo mais nenhum professor dessa tal de “Hogywas” ou qualquer tipo de bruxo ou bruxa, entrar na minha casa ou de meu filho!? Lembra daquele velho barbudo e maluco? E aqueles ruivos? Os “Whesli”, “Weslai”, alguma coisa assim, você não lembra Duda? Que eles te deram um caramelo que fez sua língua...


A discussão continuou por várias horas. Chegaram a uma conclusa, não era muito do gosto de Lorena, mas foi o único acordo que conseguiram, Valter e Petunia são muitíssimos teimosos.


O combinado foi: Dia 16 de agosto, o dia da visita do Prof Longbottom, Valter e Petunia estariam presentes e chamariam a policia assim que acontecesse alguma coisa.


Após este dia tão cansativo, confuso e surreal, Valter e Petunia foram para sua casa, e Duda e Lorena foram se deitar. Valentina já havia adormecido fazia um tempo, durante a discussão.


Ao deitar na cama, Duda suspirou e desejou nunca mais acordar com a sensação que acordara hoje


 

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