O tempo



O som preguiçoso de chuva batendo no telhado era estranhamente perturbador.


 


Por algum motivo lembrava algo interminado.


 


E Chovia torrencialmente.


 


As geladas gotículas amassando o pequeno vidro da janela se permeavam pelo espaço.


 


Era de certa forma poético.


 


Tudo fazia parecer, que todos queriam que o tempo se infiltrasse em cada segundo.


 


E o tempo passava mais rápido a cada segundo.


 


Toda dor e todo sofrimento de todos aqueles que tiveram algo levado pela guerra era constante. Era cortante.


 


Eram essas pessoas que menos sentiam o peso do tempo.


 


Ou, que mais ainda, permitiam o tempo passar.


 


E o tempo... ele andava estranho. Estranho como nunca.


 


Todos estavam um pouco que fosse, diferentes.


 


Os sorrisos se esvaíam, os olhares sempre distraídos, as bocas contorcidas, pálpebras caídas... Como se o choro estivesse sempre preparado a perpassar nos rostos.


 


A Senhora Weasley andava resmungando inquieta pelos cantos. Mais que nunca, procurava afazeres inúteis para se ocupar.


 


O Senhor Weasley tentava conversar com todos. E ser o mais simpático e agradável possível.


 


Estava se dedicando piamente ao seu novo cargo no ministério.


 


Rony... Bem, Rony andava triste. Estava mais diferente do que em qualquer outro momento que já passara. Parecia mais sensível e menos bobalhão e desajeitado que antes.


 


Gui e Fleur ainda estavam apaixonados. E isso era bom. Ao menos para eles.


Percy não havia voltado pra casa. Nem pretendia. Mas, estava indo à Toca com bastante frequência. E por algum motivo, sempre levava flores lindas e cheirosas para a Senhora Weasley.


 


George não vivia. As horas que passava acordado eram desperdiçadas em seu quarto. A barba começava a crescer descontroladamente.


 


            Carlinhos ainda estava na Romênia, embora começasse a visitar mais vezes a família.


 


            Gina passava grande parte de seus dias, junto a Hermione, Harry e Rony. Jogavam um pouco de quadribol, como nos velhos tempos.


 


            Hermione era decididamente a pessoa mais animada da casa. Ou ao menos, parecia a mais animada.


 


            Harry tentava não pensar.


 


            Ele e Rony iam diversas vezes por semana na Gemialidades Weasley. A pedido do Senhor Weasley, eles andavam averiguando e tomando em parte conta da loja, enquanto George não se recuperava.


 


 


 


 


 


            O barulho de pés descendo as escadas pôde ser ouvido.


 


            A ruiva coberta com infinitos agasalhos virou vagarosamente o rosto.


 


            Era mesmo Harry.


 


            - Está pronta Gina? - o garoto perguntou.


 


            - Já estou te esperando há um bom tempo Harry... - respondeu Gina se levantando.


 


            - Ah... Eu demorei a me levantar...


 


            - Percebi. - Gina caminhou na direção do moreno enquanto se espreguiçava.


 


            - Tem certeza de que quer ir comigo?


 


            - Harry, se eu não precisasse realmente ir ao Beco Diagonal, não teria levantado tão cedo... - disse com obviedade na voz. - E muito menos teria perdido essa meia hora aqui no sofá te esperando.


 


            - Ah, ok... - disse Harry quando começaram a andar em direção à porta. - Só quis ser gentil... Está muito frio lá fora.


 


            - Eu sei...


 


            Pararam na saída da casa. Ajeitaram as capas de chuva.


 


            Se olharam por alguns segundos e recomeçaram a andar.


 


            Gina apertou o braço de Harry. Em seguida a imagem desfocada do Beco Diagonal foi anunciada.


 


 


 


 


 


 


 


            - Finalmente a chuva parou – a ruiva comentou com o rapaz de cabelos negros.


 


            - Gina... – começou Harry um pouco inseguro. Mastigava um chiclete quase freneticamente. – Está tudo bem?


 


            A garota o olhou.


 


Se saía muito bem falando com os fregueses da loja...


 


Estava muito bonito. Usava sempre um terno exageradamente elegante quando ia até a Gemialidades.


 


            - Está – esbanjou um meio sorriso. – E ai atrás do balcão...? Tudo bem?


 


            Harry também sorriu.


 


            - O que acha de tomarmos um sorvete?


 


            O meio sorriso de Gina se esvaiu.


 


            - Ah... O tempo não está tão bom pra sorvete... – Desviou o olhar para dois garotinhos se atracando com uma das invenções do irmão.


 


            - Hum... Você nunca ligou para essas coisas... Sorvete é sorvete, não? – Gina o fitou mal humorada. – Está ficando com dor de garganta? – arriscou ainda Harry.


 


            - Não... Acho até que a chuva está indo embora pra valer.


 


            - E nada mais normal pra agosto... – continuou Harry enquanto saía de trás do balcão.


 


            - É... Isso realmente não é normal pra essa época do ano. – Suspirou. – Mas você já acabou por aqui na loja? – perguntou a ruiva.


 


            - Ah sim – respondeu Harry.


 


            - Espero que George melhore logo... – começou Gina lançando um olhar ameno à porta de entrada, batendo a cada segundo. – Esse era mesmo o sonho dele... E de Fred.


 


            - Ele vai melhorar – disse Harry colocando uma mão no ombro de Gina.


 


            Se encararam.


 


            - E amanhã já é 1º de setembro... Você precisa ir pra Hogwarts – continuou Gina.


 


            - Nós precisamos.


 


            - Eu sei.


 


            - Vai ser bom.


 


            - Eu sei.


 


            - Eu vou conversar com George.


 


            - Assim como ontem?


 


            Eles foram se retirando da loja.


 


            - Ontem me senti confiante. Ele conversou comigo por mais de quinze minutos.


 


            - Nossa, que avanço... – ironizou Gina.


 


            - Não seja assim Gina. Ele está melhorando...


 


            Ela suspirou mais uma vez.


 


            - Eu sei Harry. Só é duro ver George dessa forma. Ele é a pessoa mais alto astral que já conheci em toda a vida.


 


            - Ele me prometeu que jantaria hoje com todos.


 


            - Mesmo?


 


            - Uhum.


 


            A sorveteria já era visível.


 


            Harry apontou na direção do local.


 


            - O que foi? – perguntou Gina.


 


            - Olha lá o sol saindo.


 


            Era uma imagem realmente bonita. Os raios invadindo as nuvens, agora, pouco cinzentas.


 


            - Me lembrei da primeira vez que estive aqui no Beco Diagonal, com Hagrid... – disse Harry.


 


             Gina esbanjou um sorriso fraco.


 


            - Você já comprou tudo o que queria? – perguntou Harry enquanto entravam na sorveteria.


 


            - Já...


 


            Eles se sentaram em uma mesa próxima à saída.


 


            Harry olhava o cardápio insistentemente.


 


            Chamou o garçom e continuou a observar o cardápio.


 


            Ainda revirou mais as páginas amareladas.


 


            O garçom anunciou sua impaciência pigarreando e Harry continuava a dar voltas no pergaminho bem decorado.


 


            - Harry... – começou Gina, um pouco insegura – o que você vai querer afinal?


 


            - Ah... – Harry focou rápido nos olhos de Gina e em seguida fitou o garçom, agora com os lábios contorcidos em um meio sorriso sem graça. – Desculpe...


 


            - Tudo bem senhor... – respondeu o garçom, tentando ser simpático. – O que vai querer? – terminou com a pena preparada sobre o bloco de anotações.


 


            - Esse. – Apontou para o papel, o garçom o acompanhou com os olhos. – E você Gina? – perguntou para a garota.


 


            A ruiva suspirou, parecia cansada, enfadada.


 


            - Quero um sorvete comum de... – Seus olhos desfocaram. Ponderou um pouco. – Maçã.


 


            - Ok... – indagou o garçom anotando. – Mais alguma coisa?


 


            - Não... Obrigado – respondeu Harry um pouco incerto e o garçom se retirou.


 


            Eles se encararam por alguns bons minutos.


 


            - Por que não pediu de morango? – O garoto quebrou o silêncio.


 


            - Por que não estou com vontade de comer sorvete de morango – respondeu Gina como se fosse a coisa mais óbvia.


 


            - Hum... Mas... é o seu sabor preferido... – justificou Harry. - Acho que não teve uma vez que tomamos sorvete e você não pediu morango...


 


            - Não tomamos tanto sorvete assim juntos Harry.


 


            - Ah, sim... mas...


 


            - E eu também gosto bastante de chocolate.


 


            Harry abriu a boca e a fechou novamente.


 


            Provavelmente estava pensando que Maçã e chocolate não eram sabores muito parecidos.


 


            - Só preferi mudar um pouco... – Gina tentou concluir o assunto.


 


            - Certo... Mudar é bom. - Sorriu sem graça.


 


            O garçom voltou rapidamente com os sorvetes.


 


            - Er... Será que o Senhor... – O garçom começou a falar após servir as taças. – Será que o Senhor poderia me dar um autógrafo?


 


            Harry o olhou intrigado. Gina começou a tomar seu sorvete com um pequeno riso no canto da boca.


 


            - Um autógrafo? – indagou Harry.


 


            - Na verdade é para o meu menino... – o rapaz suspirou. – Ele não pára de falar no Senhor, desde que a guerra acabou.


 


            - Ah...


 


            - E é claro que o Senhor merece...


 


            - Não tudo bem... Eu dou sim – respondeu Harry pegando a pena e o bloco de anotações que o garçom lhe estendera.


 


            Logo o rapaz se fora, e Harry voltara a tensão habitual.


 


            Gina parecia bastante distraída com sua calda de pêssego.


 


            - Não consigo me acostumar com isso... – comentou Harry.


 


            - Pois já deveria ter se acostumado... com todos esses dias você e Ron vindo aqui, e todo esse assédio das pessoas... – ela suspirou, ainda notoriamente entediada.


 


- Eu sei... É meio constrangedor... Mas até que o Rony gosta disso sabe, é legal vê-lo satisfeito – disse rindo baixo.


 


– Ah, mas é claro... Ele adora se gabar... Mesmo você sendo muito mais assediado do que ele.


 


- Não fale assim... Ele não gosta por mal.


 


- Eu sei.


 


Silêncio.


 


            - Er... – indagou o moreno. Gina o encarou, uma das sobrancelhas arqueada.


 


            - Você quer me dizer algo não é mesmo? – perguntou displicente.


 


            - Quero.


 


            - Então fale Harry... – disse a ruiva encostando suavemente, sobre a mesa, sua mão em uma das mãos do garoto. Começou a tentar ser gentil. Não podia negar que, por algum motivo, desde cedo não estava de bom humor.


 


            - Hum... Como eu poderia começar...


 


            A ruiva sorriu. Já fazia alguns dias que notava Harry lhe cercando como se quisesse muito falar algo. E ela já sabia com certeza, o que era.


 


            - É sobre nós – afirmou a garota antes que o moreno continuasse.


 


            Ele a mirou um pouco menos desconcertado.


 


            - Exato – conseguiu dizer.


 


            Gina apertou carinhosamente a mão levemente suada do garoto.


 


            - Gostaria de saber se... você gostaria... se você... – Pausa. – Se você gostaria de voltar comigo.


 


            Gina sorriu novamente.


 


            - Eu sei que depois de tudo o que aconteceu... – continuou Harry.


 


            - Não importa – o cortou Gina.


 


            Ele a encarou profundamente. Os olhos cintilando nos castanhos absolutos.


 


            Ela enlaçou os dedos nos dedos de Harry.


 


            - Eu gosto de você – afirmou Gina. – Tanto quanto antes.


 


            Harry sorriu completo.


 


            - Ou mais – concluiu Gina.


 


            - Eu fico muito feliz de ouvir isso Gina.


 


            - Me desculpe se hoje eu não estou de muito bom humor...


 


            - Não tem problema... Eu entendo.


 


            A ruiva deixou um sorriso escapar pelo canto da boca.


 


            Harry tomou mais um pouco de seu sorvete.


 


            - Na verdade, não tem a ver com todo esse clima que a guerra deixou o meu mau humor de hoje – ela indagou.


 


            - Não? – perguntou enquanto a encarava novamente.


 


            - Acho que não... – disse Gina. – Depois desses dois meses... todos já estão um pouco que seja melhor... Até mesmo George.


 


            - É...


 


            - Aos poucos as coisas vão melhorar.


 


            - Eu sei...


 


            Pausa.


 


            - Então – continuou Harry. – Com o que tem a ver o seu mau humor de hoje?


 


            - Ah... Eu não sei ao certo.


 


            - Hum...


 


            - Vai passar... Deixa pra lá – pediu Gina sorrindo.


 


            - Ok... Mas, se quiser conversar sobre qualquer coisa, eu vou te ouvir.


 


            - Obrigada Harry.


 


            Eles se observaram por pelo menos um minuto, enquanto podiam já sentir um sol fraco batendo em seus rostos.


 


            Gina ergueu-se cuidadosamente, e sem se levantar da mesa aproximou-se de Harry, colando levemente seus lábios nos dele.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


            A janta havia sido muito proveitosa.


 


            Percy se juntou à família aquela noite.


 


            George realmente participou da refeição com todos. E até mesmo sorriu em alguns momentos.


 


 


 


            Depois de alguma conversa e chocolate quente na sala, todos já tinham se retirado para seus quartos.


 


            Quase todos.


 


            Gina e Hermione estavam devorando alguns sapos de chocolate, sentadas no gramado da toca, sob o céu estrelado.


 


            - Não tem uma nuvem sequer... depois de tantos dias chuvosos... – falava Hermione.


 


            - É mesmo... Desde o inicio das férias o tempo andou estranho...


 


            - Parecia até que a chuva estava tentando levar embora tudo o que ficou de insano.


 


            Gina riu um pouco alto.


 


            - O que foi? – contestou Hermione.


 


            - Nada... Só achei um pouco engraçada essa perspectiva... – justificou Gina. – Mas tem toda lógica.


 


            Silêncio.


 


            Era possível ouvir as corujas nas árvores.


 


            A ruiva suspirou e se deitou sobre a grama.


 


            - Tem alguma coisa te incomodando? – perguntou Hermione.


 


            - Ah...


 


            Hermione se deitou também.


 


            - Esse céu... tão estrelado... – disse Gina.


 


            - O que tem?


 


            - Me lembra algumas coisas...


 


            - Tipo?


 


            - Aliás, hoje o dia todo, desde cedo com Harry me lembrou...


 


            - O que? – insistiu Hermione com a voz levemente aguda.


 


            Gina não respondeu.


 


            Suspirou mais uma vez.


 


            Mais silêncio.


 


            - Você não quer falar? – perguntou Hermione.


 


            - Eu e Harry voltamos a namorar.


 


            - Mesmo? – Hermione ergueu-se um pouco e encarou com olhos arregalados a ruiva a sua frente.


 


            - Mesmo.


 


            A morena parecia estar tentando processar a noticia.


 


            Deitou-se novamente.


 


            - Achei que ele nunca ia ter coragem de pedir – disse Gina rindo, divertida.


 


            - Não seja má Gina – riu-se também Hermione.


 


            - Mas é sério... – continuou ainda rindo um pouco. – O Rony te pediu em namoro assim que voltamos pra casa, depois de tudo...


 


            - E foi perfeito... Nunca imaginei que seu irmão pudesse amadurecer tanto.


 


            - Nem eu.


 


            Continuaram um pouco mais em silêncio a mirar o céu.


 


            - Cheguei a pensar que Harry não estava mais tão interessado em mim...


 


            - Oras... Besteira.


 


            - Sério. Depois de tudo o que ele passou... Poderia querer outra coisa pra vida dele.


 


            - Claro que não Gina! Harry te ama.


 


            A ruiva sorriu.


 


            E mais silêncio.


 


            - Lembra da Melissa? – Gina o quebrou.


 


           - Ah... Aquela menina que encontramos no mercado...? - indagou Hermione.             

            - Isso... A que dividiu barraca comigo naquele acampamento do ano retrasado – confirmou a ruiva mirando pelo canto do olho Hermione.


 


            - O que tem ela? – Hermione parecia possuir um tom curioso na voz.


 


            - Me lembrei muito dela hoje...


 


            - Hum...


 


            - Eu queria mandar uma carta pra ela.


 


            - E por que não manda?


 


            - Eu não sei... – Pausa. – Nós duas acabamos não combinando nada...


 


            - Hum...


 


            - Mas falei que ela podia me escrever, contando sobre o que ela ia fazer por aqui... Que podíamos nos encontrar qualquer dia desses.


 


            - E ela não escreveu?


 


            - Não... Talvez não tenha conseguido nada bom... Talvez tenha voltado para França.


 


            - É possível.


 


            As estrelas se propagavam no céu.


 


            Gina e Hermione observavam caladas.


 


            - Vamos dormir? – perguntou Gina enquanto se levantava.


 


            - Vamos.


 


            As duas se encaminharam para o quarto.


 


            Gina não estava com muito sono.


 


            As lembranças daquele dia que passara com Melissa no inicio das férias, haviam naquele 31 de agosto voltado com muita força.


 


            E de alguma forma, ela tremia um pouco por dentro.


 


            Não queria sentir aquilo.


 


 


 


 


 


            “Os lábios rosados e os lábios vermelhos...


 


            Os lábios rosados e entorpecentes da morena, colados aos lábios vermelhos e fortes da ruiva, sobre aqueles lençóis úmidos, era extremamente inibidor.


 


            Nada mais importava, nada mais fazia sentido.


 


            Seus corpos emanavam calor.


 


            Assim como seus olhos suspiravam desejo.


 


            Ternura.


 


            As mãos de ambas... Delicadas e precisamente intimidantes passeavam pelos poros.


 


            Imploravam por cada canto mais escondido.


 


            Suplicavam amor...


 


            Um amor não vivido.”


 


 


 


 


 


            O despertador tocava quase desesperadamente.


 


            A morena levantou cambaleando.


 


            Deparou com seu rosto amassado na frente do espelho rachado na porta do guarda-roupa.


 


            Uma lágrima escorria sem querer de um de seus olhos... Nem tão brilhantes agora.


 


            O que havia sonhado? Por que havia sonhado?


 


            Olhou a hora no despertador que ainda tocava.


 


            Oito e meia da manhã.


 


 


 


            É, já era hora de levantar.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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Comentários (2)

  • MiSyroff

    Minha Flor escreve muito bem, fala sério!

    2011-09-29
  • Willow Rosemberg

    Que bom que tem continuação! Gostei muito das outras duas. A Gina voltar com o Harry é que não foi boa idéia...

    2011-09-29
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