Amigos finalmente
Luke acordou na Ala hospitalar. Praticamente não sentia seu corpo, sabia que podia pensar, porque tentou. Mas mexer qualquer outra parte era impossível. Conseguiu abrir os olhos. Viu que estava na cama mais perto da sala de Madame Pomfrey. “Deve ser para ela me ver melhor”. O garoto tentou falar, mas foi inútil, suas cordas vocais também não obedeciam. Chegou a pensar que estava tetraplégico, mas não achou razão para tal.
Aliás, por que ele estava ali, deitado? Luke fez um grande esforço para se lembrar, mas parecia que todas as suas lembranças estavam imobilizadas, nem seu nome conseguia saber. Só sabia de coisas que pensava naquele exato momento.
Seus olhos estavam abertos, isso tinha que significar alguma coisa, só não sabia o quê...
Chamar atenção da Madame Pomfrey, era isso que precisava. Mas como? Sem poder se mexer era impossível. Estava em estado de desespero, foi só nesse momento que percebeu que não sentia seu coração bater. Será mesmo que estava vivo? Podia ser um espírito, que não conseguia deixar o corpo, ou qualquer coisa parecida. “Estou conseguindo pensar”, espíritos pensam? Ficou se perguntando, nunca parou e perguntou a um fantasma se ele era capaz de formular ideias. Seria muito ofensivo perguntar isso para qualquer pessoa, ou fantasma, ou espírito vagando entre o céu e a terra.
Desespero e dúvida tomaram conta de Luke completamente, a vontade de gritar era muito grande e a impossibilidade de fazer tal coisa só aumentava. Era como estar num quarto trancado, lacrado contra a entrada ar. Ar, outra coisa que Luke não sentia era a presença de ar em sua volta, não sentia seu nariz inspirar o ar e seu pulmão inchar. Estava morto, só podia, não conseguia respirar, não sentia seu coração pulsar sangue, estar morto era a única resposta.
Não sabia seu próprio nome, mas sabia onde estava e quem tinha que chamar, como isso era possível? Louco, estava ficando louco, só podia. Mas o que era louco? De onde surgiu essa palavra estranha? Depois disso começou a pensar o que era pensar, não tinha uma definição concreta para aquilo, só sabia que podia porque podia. Era como existir, concluiu. Mas como ele conseguiu isso? Eram perguntas e mais perguntas, intermináveis, inexplicáveis, incompreensíveis.
A louca vontade de gritar estava aumentando, quase fazendo-o explodir como uma bomba. Mas, o que era gritar? Não sabia como gritar, só sabia que já tinha conseguido fazer isso uma vez, não se lembrava quando, mas tinha certeza que conseguia.
De onde vem tudo isso? Como consigo fazer essas perguntas? De onde elas vêm? Por qual motivo? Então uma pergunta, que parecia crucial surgiu: Quem eu sou realmente? Não parou para pensar nisso de fato, as coisas foram aparecendo e deixando ele perdido, completamente perdido.
De repente, uma linda menina de olhos verdes apareceu em sua frente. Quem é essa? Mais uma pergunta surgiu para atormentar aquela mente. A garota saiu de lá e quando voltou, voltou com outra mulher. Madame Pomfrey. Como ele sabia isso? Viu a mulher, que se chamava Pomfrey, pegar uma vara de madeira. O destino dela ele não sou...
Como um raio, várias e várias informações caíram em sua cabeça. Seu nome era Luke, estava na Ala hospitalar de Hogwarts, era bruxo e estava ali porque gastou mais energia do que podia num duelo contra Tiago e mais outros três alunos.
A primeira coisa que fez depois de tomar consciência de onde estava foi gritar. Gritou o mais alto que pôde, sentiu o ar entrar pela sua boca, o coração disparar, o sangue a correr pelas suas veias. Estava vivo, agora tinha certeza. Olhou para a garota, sabia quem ela era, era Lílian Evans, sua melhor amiga. Em um salto, levantou e abraçou-a.
— Lily! – abraçou-a o mais forte que conseguiu.
— Luke! Ainda bem que está bem, achei que você ia...
— Madame Pomfrey! Obrigado, obrigado mesmo! Por tudo que a senhora deve ter feito! – Luke virou-se para ela e abraçou-a.
— Eu fiz nada, Senhor Burgage, Dumbledore fez tudo.
— Dumbledore? – perguntou espantado.
— Eu explico, Madame, pode deixar. – interveio Lily. – Bem, vamos sentar que eu digo exatamente o que aconteceu depois que a Minerva te achou deitado no chão do campo de Quadribol destruído.
— Então meu patrono chegou até ela?
— Não só até ela. Chegou a Dumbledore, também.
“Eu estava com ela no momento em que um leão entrou pela sala. Tinha ido até ela tirar umas dúvidas das aulas que perdi enquanto estava aqui. Quando aquele leão abriu a boca e começou a falar, Minerva arregalou os olhos, se levantou e saiu correndo para o campo, eu a segui, porque queria saber o que sua voz estava fazendo naquele leão.
“Quando chegamos lá, Dumbledore já estava no local, estava parado, olhando para você, que estava branco dos pés a cabeça, literalmente, e recitando uns encantamentos que eu nem sonharia em tentar, ele parecia muito desesperado, pediu para Minerva e eu levarmos os outros quatro para cá. Tive que usar um feitiço de levitação de corpo em duas coisas ao mesmo tempo, achei que não conseguiria, mas deu certo, depois. Trouxemos eles e Dumbledore veio atrás da gente, quando chegamos aqui, ele colocou você nessa cama, começou a recitar uns outros encantamentos e sua cor normal voltou, estava completamente curado, acho que a Madame Pomfrey sabia o que era, tanto que foi direto cuidar dos outros. Dumbledore apenas olhou para Minerva e para mim, e saiu. Madame Pomfrey disse que era para nós sairmos, que ela queria cuidar dos outros quatro e que eu podia voltar para ver você outro dia.
“Voltei na segunda, e você ainda não tinha se mexido, Madame Pomfrey me explicou tudo que podia sobre o feitiço que Dumbledore usou, você teria que abrir o olho para ela poder desfazer...
“Você ficou deitado aqui, num estado entre dormindo e acordado, por duas semanas, estava achando que não ia voltar... Achei que tinha morrido, porque se ficar trinta dias, o feitiço acaba por si só e se não tivesse se recuperado, você morreria...”
Ela colocou a mão nos olhos, como se fosse chorar. Luke abraçou-a e disse:
— Mas eu ainda não morri, desculpe por ter te perturbado, Lily. Sempre acabo fazendo as coisas errado. Droga!
— É, dessa vez passou dos limites. Por que fez tudo isso, de novo?
— Porque eles disseram que era você, escreveram uma carta, começaram a tirar uma com a minha cara. Me enchi e descarreguei tudo que já tinha lido. Não achei que fosse sobreviver.
— Nossa Luke, por que disso?
— Eu estava “de bem” com eles, bem que eu digo é que não estava mais com raiva do que eles fizeram no primeiro ano. Mas naquele dia eles enviaram uma carta para mim, assinado por você, falando que queria me ver no campo de Quadribol. Eu fui muito de boa vontade. Quando cheguei lá, eles estavam lá e tinham usado você para me atrair. Aí eu me irritei e deu no que deu. Não digo que me orgulho de ter perdido a paciência de novo.
— Aquilo que falou, era um leão de verdade que você conjurou?
— Só se quando você conjura leões você tem que pensar na coisa mais feliz da sua vida.
— Era... era um patrono corpóreo?
— Aham. – Lily pareceu não ter acreditado – três anos é muito tempo, vai por mim.
— Mas ele falou, como foi quê...
Lily foi interrompida por uma fênix azul-prateada que entrou na Ala Hospitalar e falou com a voz de Dumbledore:
— Senhor Burgage, queria vir até minha sala, por favor. A senha é Sapo de chocolate.
— Foi exatamente assim que o seu patrono fez, mas como...
— Hum, Lily, acho melhor ir. Creio que Dumbledore tenha algumas perguntas para mim. Depois nos falamos.
Luke saiu da Ala Hospitalar e rumou direto para a sala do diretor. Suas forças não estavam completas, ele estava meio tonto ainda. Chegar na sala do diretor foi rápido, Luke conhecia alguns atalhos.
Luke parou em frente a uma gárgula e disse:
— Sapo de chocolate.
A gárgula se mexeu e deu lugar a uma escada em espiral. Luke hesitou um momento e subiu os degraus. Chegando na porta da sala, antes mesmo de bater, Luke ouviu a voz de Dumbledore.
— Pode entrar, Sr Burgage.
Luke obedeceu à ordem. Entrou na sala circular, todos os quadros olhando para ele, e um grupo de quatro meninos no canto.
— Vejo que meu encantamento obteve sucesso, que ótimo! – comentou o Diretor.
— Hm... Sim, Professor, funcionou... é... obrigado...
— Agora, preciso saber o que houve lá no campo de Quadribol, estava tudo em pedaços, o que foi que vocês fizeram?
— Hm, o senhor não perguntou a eles, professor? – perguntou Luke, apontando para o grupo de garotos que estava no canto, que Luke reconhecia como Tiago, Sirius, Lupin e Pedro.
— Achei melhor perguntar para a fonte do ataque.
— Hm, ok. – Luke parou para pensar por um tempo. “Será que é esse o melhor? Bem... Assumir a culpa eles não vão... Vai acabar sobrando para mim de qualquer jeito... e acho que isso é o melhor que se deve fazer, aproveitando que estou no 4º ano.” – Bem, o que aconteceu foi que eu os atraí para o Campo de Quadribol porque queria brincar com eles por causa daquele negócio no primeiro ano.
Tiago e os outros não fizeram cara nenhuma de espanto, nem se moveram, estavam fitando o chão.
— Foi isso mesmo? – perguntou Dumbledore para os outros que responderam com um aceno afirmativo de cabeça. – Bem, então vocês podem sair.
Dumbledore esperou um tempo até que eles se distanciassem da sala e falou:
— O senhor sabe que teria que expulsar da escola, não sabe?
— Sim.
— Que carreira o senhor gostaria de seguir depois de se formar?
— Transfiguração, como minha mãe.
— Curioso, muito curioso. Tendo em vista que o senhor é um dos melhores alunos que Hogwarts possui atualmente, vou transferi-lo para a escola do Brasil, tenho certeza de que o diretor irá aceitar, o senhor partirá hoje às 7. Entretanto, o senhor não poderá voltar para Inglaterra antes de se formar, fui claro? - Luke confirmou com a cabeça. – Pode ir agora.
Luke saiu da sala e desceu a pequena escadaria. Tomou o caminho normal e mais curto para sua sala Comunal.
No caminho, Luke teve uma lembrança: “Lily!”. Como poderia ter esquecido dela? Como pôde ter feito aquilo e esquecido de sua melhor amiga? Na verdade, agora que parou para pensar, Luke não devia ter feito o que fez, porque ia sair de Hogwarts, o lugar que mais gostava, sua casa, tudo por causa de quatro pessoas.
A distância pareceu tão curta enquanto Luke se perdia em seus pensamentos que quando deu por si, ele já estava em frente ao quadro da Mulher Gorda. Disse a senha e entrou no salão, que estava mais vazio que o normal, havia um pequeno grupo ao canto e uma garota sentada em frente à lareira.
— Lily?
A garota olhou para ele.
— O que ele disse? – perguntou ela.
— Vou ser transferido para a escola no Brasil. Eu... eu assumi a culpa.
— Por quê?
— Porque me pareceu o mais certo. – depois dessa resposta, Luke correu até a poltrona onde Lily estava e abraçou-a com muita força e vontade, lágrimas escorriam pelo canto do olho.
— Eu juro que volto quando me formar, juro mesmo – declarou.
— Mas... Tiago e os outros não negaram nem nada?
— Não.
Lily pareceu não compreender.
— Eu tenho que arrumar as malas, já, já vou para casa. Arrumo num instante e depois desço para me despedir de Hogwarts, ok?
— Aham, aham – respondeu ela, sem parecer realmente se importar.
Luke subiu para seu dormitório. Parou na porta e olhou o quarto todo. Quatro anos ali. Não pareceu muito, agora que tentava passar uma fita por sua cabeça de tudo que fez. Na verdade, o único ano que realmente valeu apena foi aquele. Pena que não ia terminá-lo ali, na sua segunda casa.
Luke foi para seu malão, ele não estava bagunçado, nem faltando muitas coisas, apenas alguns livros fora do lugar, pergaminhos e penas, nada mais. Seu bisbilhoscópio estava desligado bem ao lado seu travesseiro. Luke pegou-o, pensou “de quantas coisas será que você me fez fugir?” e guardou no canto direito do malão. Seu pijama estava jogado em cima da cama, fazia uma certo tempo que ele não o dobrava mais. Com um aceno de varinha fez o mesmo se dobrar sozinho e guardar na mala. Seus dois pares de tênis estavam embaixo da cama, mais perto da cabeceira, como sempre foi. Agachou-se, pegou-o e quando ia guardá-lo na mala, ouviu uma voz estranhamente familiar vinda da porta.
Luke olhou, era Tiago.
— Por que está guardando suas coisas? As provas só vão começar semana que vem, isso indica que o ano está longe de acabar. – disse Tiago.
— Eu não estou afim de brigar de novo, estou cansado disso, tanto que foi por isso que fiz o que fiz. Então se for me zoar, poderia sair do quarto e me deixar aqui em paz?
— Eu não vim aqui te zoar – respondeu sério – eu queria falar com você... mas vejo que não quer, então vou sair... Tchau.
— Não. Pode ficar, é que... bem... as únicas vezes que falou comigo foi para fazer algo mau para mim, então achei que...
— Eu sei que tenho essa fama de ‘mau’ mas não é verdade... Na verdade, eu vim aqui exatamente pedir desculpas por tudo que fiz para você esse ano, e no primeiro, foi muito errado, muito errado mesmo. É que só fiz as coisas esse porque estava com... com...
— Ciúmes. De eu poder falar com a Lily e você não.
Tiago arregalou os olhos.
— Como você sabe?
— Eu vejo o jeito como você olha para ela. Sei o que significa. Porque eu já olhei para ela daquele jeito. Tentei beijá-la, mas não deu muito certo e...
— Você beijou a Lílian?
— ... e eu sei que ela ama outra pessoa.
— Ela ama? Você sabe quem é?
— Não – mentiu Luke. – Mas por que não foi falar com ela, como você fez com todas as outras meninas que você ficou?
— Porque eu não conseguia chamar a atenção dela, ela não ligava a mínima para mim. Sempre me olhava com desprezo. Sempre tentava impressioná-la com o Quadribol, mas parecia que ela nem ligava...
— Eu nunca fui num jogo de Quadribol daqui, agora que você falou – mencionou Luke. “Vamos ver se é o que penso ou não.”
— Não? – perguntou decepcionado – Por que não?
— Porque nunca me atraiu.
— Nossa! Nós, os jogadores do time da Grifinória, tentamos de tudo para fazer com que sejamos sempre o melhor. É triste ver que um dos alunos não liga para o esforço que faz.
— Falando assim, parece até que você liga para o que eu penso. – respondeu Luke.
— Mas eu ligo, quero dizer, gosto de ser amigo de todo mundo, e uma opinião baixa sobre mim realmente mexe comigo, mesmo que eu não demonstre.
— Eu não sabia que você tinha esse lado...
— Tem muita coisa sobre mim que só duas pessoas sabem. As outras me julgam pelo que viram ou ouviram sobre mim.
— Remo e Sirius, certo?
— Sim. Você não respondeu se me desculpa ou não pelo que eu fiz...
— Bem, desculpar não vai me fazer ficar em Hogwarts, vai?
— Na verdade, em Hogwarts você vai ficar de qualquer jeito, só queria saber se você aceita meu pedido de desculpas para tentarmos ser amigos...
— Vou ficar em Hogwarts?
— Eu falei com Dumbledore, assumi a culpa, contei toda a verdade...
Luke explodiu de felicidade, a felicidade foi tão incontrolável que Luke correu e abraçou a pessoa que ele nunca pensou que fosse abraçar: Tiago. Depois do ato surpreso, Luke viu o que estava fazendo e parou.
— É, desculpe por isso, é que... bem... fiquei feliz e...
— Não tem problema – disse Tiago rindo – é isso que amigos fazem, não é? Se abraçam.
Luke apenas sorriu.
— É legal ver que você tem um outro lado, Tiago. Está desculpado sim. – Luke esticou a mão e Tiago estendeu a dele, eles apertaram as mãos.
— Você é bem mais legal do que eu achei que fosse...
— Obrigado, eu acho. Posso saber por que resolveu contar tudo ao Dumbledore?
— Porque Lílian veio chorando atrás de mim e começou a gritar sobre o que eu fiz... E como eu gosto dela não pude vê-la daquele jeito, fui falar com Dumbledore e assumi a culpa.
— Lily, ela é muito especial.
— E ela realmente gosta de você, então não a magoe ou acho que nossa amizade acabará.
— Não pensaria em magoar Lily.
— Agora pode desfazer suas malas. – disse Tiago sacando a varinha e apontando para o malão. Com um movimento rápido, o malão se abriu e atirou todas as roupas para cima. – Opa, desculpe. – e riu.
— O que os outros vão dizer sobre você querer ser meu amigo? Sirius parece não gostar muito de mim.
— Tentar agradar o Sirius é uma coisa difícil, você só precisa ser um pouco menos certinho que ele vai acabar gostando de você. Posso te perguntar uma coisa?
— Pode.
— O que você sabe sobre uma pessoa virar animago?
— Só sei o que li nos livros de transfiguração da minha mãe...
— Poderia me contar?
Eles sentaram na cama e Luke começou a contar tudo o que sabia sobre animagos. Tiago pareceu realmente interessado.
Depois de Luke e Tiago fazerem as pazes, Luke começou a conversar mais com todos os quatro amigos, até o final do quarto ano eles já eram amigos. Luke ainda conseguiu fazer Tiago se aproximar de Lily, o que era para o garoto “a melhor que ele já poderia ter feito”. Sirius acabou vendo que Luke era realmente uma boa pessoa e começou a tratá-lo bem, só que em seu jeito.
O resto do quarto em si foi bom, todos fecharam com boas notas e seguiram direto para o quinto ano.
O ano acabou e eles voltaram para a plataforma 9 3/4, estavam todos se despedindo.
— Vocês vão me escrever? – perguntou Lily.
— Eu vou – responderam Tiago e Luke.
— Hm... Luke, como você vai para casa? – perguntou Tiago.
— Minha mãe está logo ali, vamos com chave de portal.
— Então eu posso te chamar para passar uns dias das férias de verão lá em casa que dá para você vir?
— Sim.
— Então eu escrevo para você também.
— Tenho que ir então, vai dar a hora da chave já, já. Tchau, até ano que vem.
Luke encontrou sua mãe, beijou-a e ela disse:
— Quem eram eles? – disse ela estendendo para o filho uma tiara que começava a brilhar.
— Amigos que fiz na escola.
— Que amigos?
— Explico quando chegarmos em casa. – o brilho da tiara ficou mais intenso, Luke apertou-a com força e, junto com sua mãe, desapareceu.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!