Uma Nova Desconfiança
Depois disso, minha semana foi tranqüila, menos quando encontrei a matéria do Profeta Diário sobre o que aconteceu no Departamento de Mistérios, com o depoimento de vários Aurores que duelaram ao meu lado e muitos diziam que o ataque foi culpa minha, até Otto, que o protegi, disse que eu o estuporei porque eu iria conversar a sós com o comensal sobre futuros planos de invasões, Gina quando leu a notícia me disse que queria enfeitiçar Otto e torturá – lo até a morte, mas a aconselhei que era a pior coisa a se fazer naquela hora e depois de uma hora ou duas ela parou de berrar maldições em nome de Otto.
A semana finalmente passou, a quinta – feira chegou e acordei, e do mesmo jeito de qualquer outro dia Gina me deu um beijo de Bom Dia e foi levar Lílian para uma escola trouxa das redondezas, como minha hora de chegar ao trabalho e apenas às 9:00 acordei vagarosamente, estava indisposto a semana havia sido muito difícil considerando tudo o que acontecera, um dia antes no Ministério, algumas dezenas de minutos depois de ter “o Duelo” no Departamento de Mistérios”, eu havia recebido um comunicado inter – departamental dizendo que deveria comparecer no Tribunal do Ministério, para contestar todas as acusações pendentes sobre os recentes incidentes que me envolviam diretamente ou indiretamente, quando cheguei a minha sala oval, algo parecia diferente, mas eu não sabia o quê, rodei e me tornei a rodar sobre ela toda e reparei numa pena, a pena da Gina, em cima da mesa, e do seu lado, um envelope e uma carta dizendo:
Harry, essa carta foi Hermione que mandou, a coruja do Rony chegou e atropelou a Lílian quando estávamos já na rua, todos riam até alguns colegas de trabalho meus, foi um desastre. Enfim, me senti muito envergonhada! E ela quebrou uma asa!”PRA VARIAR!” Ela ta no quarto da Lílian. Quando terminar de ler, envie uma carta à Rony para ele trocar essa coruja lerda. Ninguém merece!
Deixei a carta de lado, apesar de seu certo valor cômico meio agressivo, e peguei o envelope, o abri e nele havia uma simples frase: Harry precisamos conversar, entre em contato!
Deixei o envelope de lado, e caí no sofá com violência ”Isso tudo pra uma frase, Gina vai me matar”
Quando fui enviar a resposta escrevi “Hermione manda o Rony trocar a coruja, ela já ta muito velha, Lílian quase se machucou e Gina quase morreu de vergonha, todos os vizinhos acharam engraçado, já que quer conversar vou à sua casa hoje de noite. Ok?”.
Após se passarem mais ou menos uma hora me arrumei e aparatei. Nada aconteceu, acho que não conseguiria suportar outro incidente, a única coisa que houve foi minha chamada via Dolores Megera, que me convocou no Tribunal às 2:00 horas, chegando lá, vi uma cena um tanto familiar, o ministro da Magia, que no caso era Kingsley Shacklebolt, conversando com Otto, me acheguei à eles, e exclamei:
— Olá Ministro! Olá Otto! — Disse apertando calorosamente a mão do ministro primeiramente, já que ele próprio me salvara a vida, ao chegar a hora de Otto não fui muito animado já que a poucos dias ele deixara de ser meu amigo. Ao apertar a mão de Otto, senti certo calafrio, e me lembrei porque a vira quando tinha 15 anos e estava a caminho de meu julgamento, causa, eu lhe relembro, foi porque eu usei o feitiço do Patrono da frente de meu primo com cara amassada, Duda, O LOIRINHO MARAVILHA, um apelido que criei a ele alguns momentos antes dele me abraçar e ir embora da Rua dos Alfeneiros nº 4. A cena era o ministro daquela época, Cornélio Fudge, conversando com Draco Malfoy, um comensal da morte, mas o mais estranho que isso era que toda vez que me encontrava ou tocava em algum comensal eu sentia o mesmo calafrio de quando senti com Otto, não havia razão pra isso, talvez fosse a marca negra ou sei lá.
Ao soltar a mão dos dois fui seguindo em frente pelo estreito corredor, deixando os dois conversando, e apenas uma pergunta pairava em minha mente Será que Otto era um comensal? Não era possível, ele era meu amigo, esse era outro mistério que teria que resolver.
Entrei pela porta com maçaneta no meio e a abri e no mesmo segundo já haviam centenas de empregados ministeriais sentadas nas suas cadeiras de madeira de avezinho, e no meio de todos estava o ministro já sentado em sua cadeira, a seu lado estavam Arthur Weasley e Percy Weasley, e do lado de Percy estava a pessoa, que naquele momento, seria a que menos quisera ver, Hermione Granger. Sentei na cadeira do réu, como sempre, e relaxei nada poderia ser pior do que as testemunhas de um incidente te acusarem de ser o causador quando você lutou com elas contra os invasores. Mas tudo bem. Nada havia feito de errado.
Após alguns segundos de conversas entre o grupo de promotores, ou seja, o Ministério todo, com exceções, o ministro cochichou uma pequena palavra no ouvido de seu braço direito Percy e ele mesmo se levantou colocou sua varinha sobre o pescoço e disse: Silêncio, o Ministro da Magia irá falar. E todos se calaram, o ministro então começou a falar já abrindo seu pergaminho pequeno que continha todas as acusações do réu, eu no caso: Harry James Potter, o senhor foi acusado de liderar um roubo a um banco no mundo trouxa, relatos de testemunhas dizem que os assaltantes gritaram seu nome e o invocaram durante o ato. Também é acusado de um roubo à uma loja na parte mais remota e maligna do Beco Diagonal, a Borgin & Burkes. E recentemente o senhor foi acusado de comandar um ataque ao Ministério. O senhor nega essas acusações?
— Sim!
— Como?! — Exclamou Dolores Umbridge e eu me impressionei qual razão dela estar ali, afinal ela foi rebaixada.
— Eu nego essas acusações!
— O senhor tem alguma testemunha que possamos levar em consideração? — Perguntou Kingsley já querendo que eu tivesse uma testemunha.
— Nã...
— Eu estava! — Veio um homem um tanto musculoso e sardento da porta a pouco escancarada, o tal homem era Córmaco, o segundo a ficar para trás para duelar com os comensais, apesar de me interromper, e isso era uma coisa de que eu não gostava, eu estava numa espécie de felicidade em vê – lo. Ele era a única da testemunhas que estavam no Ministério na hora do duelo, que não se corrompeu com alguma coisa. – Isso ta errado, Harry não foi quem causou a invasão porque se não fosse ele e sua experiência em duelos todos nós seríamos mortos, eu lhes contarei como aconteceu.
— Está bem! — Disse Arthur Weasley.
— Começou assim então: Estava à metade dos Aurores fazendo uma ronda de rotina no Departamento de Mistérios, Frederico Grewnshaw nos chamou no corredor e nos separou cada auror para cada fileira de prateleira, fomos fazendo a ronda até que chegou um ponto em que todos os aurores se encontraram e Otto Harpford, nosso líder na ronda, estuporado e outros três que eu não falava muito foram mortos. O Harry com sua experiência nos chamou para nos juntarmos, assim teríamos mais chance para sobreviver. Quando nos juntamos três comensais apareceram para duelar com a gente, nós acabamos com eles e eu fiquei junto com outro auror para duelarmos com outros cinco que tinham aparecido, e depois eu não mais de nada, eu fiquei e eles seguiram...
— Eu continuei com outros quatro aurores — Continuei — quando outros comensais apareceram e ficaram mais dois e eu segui com Frederico, que por sinal estava extremamente nervoso com aquilo tudo, enquanto ele tremia as pernas eu prestava atenção em tudo que acontecia, até que eu cheguei numa porta igual a porta que antes nós entramos para fazer a ronda e um comensal saiu de lá, ele queria atacar Frederico então usei um Feitiço Levitante, para que Frederico não fosse morto e o arremessei para longe do comensal e nós duelamos...
— Aí eu cheguei, junto com os outros aurores que tinham ficado para trás, inclusive Frederico, e o comensal aparatou. Harry tomou a liderança dar onda e nós procuramos os mortos, eu por sorte não eram muitos apenas cinco mortos, os juntamos e continuamos nossa ronda quando terminamos fomos embora e os levamos para o Departamento de Cura e Anti – Azaração e lá eles ficaram...
O ministro levantou apenas um dedo e Córmaco parou de falar, e a voz dominante do salão passou a ser a do ministro que disse:
— Alguém do Departamento de Cura tem a veracidade dessa informação?
— Ministro — Se levantou Hermione dizendo — Sim, essa informação e verídica, pois as macas do Departamento estão todas lotadas e os registro de doentes contem os nomes dos aurores, não são eles? — Perguntou Hermione tirando um pequeno pergaminho de dentro do bolso de seu blazer e continuou dizendo:
— Robert Spenkdaffinn, Alberto Lengdoom, April Fernand Furter, Spencer e Julio Di Rose, não são eles?
— Sim! — Respondemos Córmaco e eu em uníssono.
— Agora prossigam! — Disse Percy Weasley, sem pedir permissão e num tom totalmente arrogante, mas acho que ele podia falar daquela maneira porque o ministro dava total e completa liberdade à ele.
— Nós então, o deixamos no departamento e enviamos cartas a suas famílias e só.
— Apenas isso, Córmaco? — Perguntou Dolores.
— Sim, Dolores! — Quando Córmaco respondeu daquele jeito percebi que ele também não possuía nenhum apreso por Dolores, nenhuma compaixão, companheirismo ou até pena.
— Senhor Potter vamos agora a questão do assalto, onde o senhor estava no dia do ato?
— Ele estava comigo!... — Exclamou Hermione se levantando de seu lugar indecisa, quando ela observou que todos ali presentes, voltaram a atenção para ela, Dolores por outro lado, se virara para o outro lado e cochichava algum argumento de mal gosto para o empregado do ministério ao seu lado — Ele estava conversando comigo no Caldeirão Furado... Rony estava comigo!
— Está bem! — Disse Percy. E nesse momento Dolores se levantou e exclamou em grande voz ecoante:
— É só isso?! Se algum empregado diz que um réu estava com ele ou ela, conversando ou fazendo qualquer coisa, o ministério nem sequer tenta investigar. Isso é um ultraje! Eu vou...
— Dolores... — Disse Kingsley invocado e Dolores se calou e sentou raivosa em seu banco murmurando mais uma vez algum comentário maldoso com o auror de seu lado.
— Agora conversarei com o Sub - Ministro para dar meu veredicto. Silêncio!
Nesse momento sobreveio pela sala grande silêncio, o ministro conversava com Percy e eu olhava à todos, imaginando sobre o que pensava suas mentes. O clima da sala ficou pesado e gélido, dando a impressão de que um exército infinito de poderosos dementadores estava nos cercando, evitava de respirar fundo e livremente, porque pensava que isso poderia transmiti uma certa segurança sobre o meu veredicto. A verdade é que estava mesmo, não havia feito nada de errado, e Kingsley era justo, apesar de ser um homenzarrão assustador, medonho e com uma grande confiança e destreza com sua varinha, apesar de tudo isso ele não era injusto, mas algo me incomodava. Não era Dolores, nem seus comentários indesejados, que foram bem oportunos, assim por dizer, porque foram seguidos de uma grande ignorância do ministro e naquele momento eu precisava rir.
Após o ministro terminar de falar com Percy, Hermione se virou e olhou calorosamente à mim, e com um sorriso vibrante e um dedão levantado eu sabia que a vitória era minha, eu era inocente. E logo após disso, o ministro se virou para a cadeira do réu, segurou seu pequeno martelo de madeira clara e disse num tom baixo mas que todos na sala poderiam ouvir com clareza:
— Inocente! — Disse batendo o martelo e quando estava prestes a me levantar e ir embora, o ministro se virou para seu lado direito e viu Dolores que estava começando a se levantar para erguer algum outro comentário de mal gosto e começar a gritar com todos, quando o ministro se virou novamente para a cadeira do réu e exclamou — Mas iremos investigar os fatos em questão! — E Dolores se sentou e esperou o réu sair do tribunal, e isso aconteceu com todos os outros promotores. Juntos comigo apenas sairão Córmaco e Otto. Quando cheguei a porta do tribunal me virei e olhei a cadeira do réu e os promotores e Hermione me deu um leve tchauzinho com sua mão direita. Mas eu não o retribuiu e a deixei lá, indecisa sobre como estava me sentindo. Quando o julgamento terminou eram apenas 4:00 horas de uma tarde conturbada, e eu ainda precisava terminar meu expediente, então o terminei já preparado emocionalmente para conversar com Mione a noite. Aparatei.
Desaparatei na minha casa, e a presença de Gina não habitava nem o sofá nem algum cômodo da casa, o que foi estranho até que peguei um bilhete em cima da nossa cama que dizia: Harry, fui dar uma volta com Lílian, e nossos filhos nos mandaram uma carta sobre o chá que tomaram com Hagrid, leia depois ele está no nosso quarto. Fique Bem, Gina.
Após ler o bilhete, olhei para o relógio e já era na hora de aparecer na casa de Hermione e Rony para a tal conversa, não sei quanto tempo se passou mas tinha certeza que foi o tempo que fiquei imaginando meus filhos com o meio – gigante Rúbeo Hagrid. Mas não havia tempo, na verdade minha vida estava tão rápida e descontrola, acontecendo tantas coisas ao acaso que não tinha mais um horário certo das minhas obrigações. E novamente aparatei.
Desaparatei, e cheguei a porta da casa de Hermione e Rony, ela era exatamente como a porta da casa de seus pais, Molly e Arthur Weasley, pelo jeito Rony trouxe com seu cabelo ruivo esse estranho e cômico senso de decoração. Ao olhar para a porta percebendo os detalhes dela, você já percebia que a casa pertencia a um bruxo de verdade, o batente era o primeiro sinal, era uma estátua de gárgula que quando você tocava nela, ela lhe perguntava quem era e o que estava fazendo ali, era de certo modo engraçado. O segundo fator, era que a casa se localizava nas montanhas, o que era típico para famílias de bruxos que queriam mais privacidade, e assim poderiam fazer casas monumentais que alcançassem até mais ou menos 13 metros de altura. O terceiro fator, a casa tinha formato irregular, parecia troncos indispostos numa árvore seca do frio de inverno, o primeiro andar da casa era circular e pequeno em altura, já o segundo era em forma quadrilátera e ia em direção esquerda da casa e paralelo a esse estava um outro cômodo em forma de quadrado. Já o terceiro e quarto, era ovais, porém o quarto e último cômodo da casa era o maior de todos creio que era o quarto de meus amigos.
Toquei o batente e ele me perguntou: Quem é você?
— Harry Potter! — Respondi feliz.
— O que está fazendo aqui? — Perguntou de novo a estátua.
— Vim falar com Rony e Hermione. — Respondi e no mesmo instante ela disse:
— Espere um momento — E o batente desapareceu e ouvi uma voz distante aparente a de um pequeno alto – falante que gritava: É Harry Potter, ele veio falar com Rony e Hermione! Logo depois ouvi passos, e mais passos e pensei que os degraus das escadas que ligavam os cômodos eram extensos. E ouvi outra voz, a de Rony dizendo: Cara, não precisa disso, só tem a gente aqui, quem quer que venha aqui só quer falar com a gente. E a primeira voz respondeu: Desculpe, senhor! E a porta se abriu.
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