E tudo faz sentido.

XXXXX

Estou tomando uma cerveja amanteigada quando o retrato se abre. Meu coração dispara loucamente, e eu simplesmente sei que é ele.

Todos já estavam na expectativa da sua chegada, afinal, ele já estava demorando demais.

Alguns terceiranistas já estavam espalhando que o Prof. Snape havia decidido enterrar Harry vivo nas masmorras.

Outros estavam dizendo que Harry havia decidido fazer o mesmo com Snape.

Eu ria, mas internamente já estava ficando preocupada. Todos sabem da relação... explosiva que Harry e Snape compartilham.

Mas antes que eu pudesse sair a sua procura...

Ele entra no salão.

XXXXX

Meu coração pareceu parar, para depois continuar batendo no ritmo máximo.

Ele entrou, e olhou admirado em volta. Senti vontade de rir, de gritar para ele, de dizer que eu havia ganhado por ele.

E então ele sorriu. E meu cérebro parou de funcionar.

Eu não soube o que aconteceu. Eu somente o vi lá, parado, sorrindo, completamente atordoado, e corri.

Corri para chegar a ele. Para alcança-lo. Para tocá-lo. Meu Deus, eu corri porque eu precisava dele. Porque eu precisava tocá-lo, precisava ter certeza de que ele estava bem. Precisava cuidar dele.

Eu corri porque era estupidamente óbvio que eu não conseguiria mais ficar longe dele. As barreiras já haviam sido quebradas.

Eu corri porque era o que eu deveria fazer (e isso faz sentido?).

Deus, eu corri porque Harry Potter era a mais maravilhosa pessoa desse mundo, e ele precisava que alguém dissesse isso a ele, assim como precisava de alguém que o botasse acima de tudo.

Eu corri porque eu me dei conta que Harry precisava de mim tanto quanto eu precisava dele.

Corri porque o amava.

E quando eu cheguei, ou melhor, me atirei nele, passando os braços pelo seu pescoço, aconteceu.

Harry James Potter fez algo que eu não esperava.

Ele fez o que eu mais queria que ele fizesse.

Ele me beijou.

E eu me perdi.

Aquilo fazia meus sonhos parecerem infantis.

A sensação dos lábios de Harry contra os meus era uma coisa para a qual eu não estava preparada. Para qual eu sabia que nunca estaria.

Eu me senti completa. Como se os lábios de Harry fossem feitos para estar com os meus, como se meu corpo houvesse sido projetado para encaixar com o dele, como se eu pudesse passar a vida ali, naquele momento.

A sensação era tão gloriosa que eu me perdi. Me perdi nos lábios, nos cabelos, me perdi nele. E deixo absolutamente claro que nunca mais desejo ser encontrada.

Minha pulsação saltava, meu coração ameaçava sair pela boca, eu talvez até tivesse um ataque cardíaco, mas eu não largaria Harry Potter.

Tudo, tudo fez sentido, naquele momento. Eu poderia explicar o sentido da vida, tenho certeza.

Porque tudo se encaixou. Cada mínimo detalhe, cada ação, cada reação. Estava tudo ali. Estava tudo naquelas sensações que ameaçavam me derrubar, naquele sentimento que transbordava, no meu coração que eu sentia inchar.

Enquanto eu me perdia em Harry, todos os outros detalhes perderam o sentido. Deus, eu realmente nunca senti nada por Miguel ou Dino. Eu não poderia. Porque, mesmo que eu não soubesse, mesmo que eu negasse, nunca haveria espaço para outro.

Eu me senti tão viva que poderia voar. Tão elétrica que poderia convocar raios. Tão quente que poderia entrar em erupção. Tão feliz que poderia chorar.

Meu corpo e mente respondiam a Harry de uma maneira inimaginável. Eu respondia a ele de uma maneira impossível. Como se, de certa forma, fosse dele.

E realmente, realmente, eu não poderia estar mais perdida.

Mas não me importo com isso.

 

E aí, e aí? O que acharam?

Desculpem-me se não foi bom, pf.

Só pude ir até aí, infelizmente. Eu demoraria muito se ainda fosse fazer o encontro. Mas já o estou começando.

Opiniões?

E, claro, muito obrigada pela leitura.

Muito obrigada por me aguentar. Assim como aguentar as minhas loucuras. Muito obrigada por me apoiar, e por simplesmente ler essa história. Você já está me fazendo feliz.

Até logo, Tefa.

   

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