Generosidade Weasley
| Do Nosso Jeito |
Capítulo Quatorze- Generosidade Weasley
"Invoco a fé, a calma e a coragem”.
Ele aparatou no breu. Seus pés bateram nas folhas mortas e estranhamente úmidas espalhadas pelo chão, produzindo um farfalhar característico. Harry agachou-se, a sensação térmica diminuindo consideravelmente.
As árvores ao seu redor eram anormalmente negras, e seus troncos estavam congelados, embora o inverno ainda não tivesse atingido seu ápice.
Ao longe, ele avistou as devastadoras criaturas que estavam entre as mais sujas da Terra. Os Dementadores infestavam os lugares mais escuros e imundos, devastando a glória em decadência e desespero. Harry sentiu a paz, esperança e felicidade serem drenados do seu corpo.
O Mar do Norte era podre e frio, pois as criaturas era doentias e fédidas, e suas bocas emitiam um ruído rouco que parecia um agouro da morte.
Eles viriam, rápidos e brutais, formando uma aura de horror.
Ignorando o aperto firme em seu coração, Harry ergueu os olhos pela primeira vez para a Fortaleza de Azkaban. Haviam quatro torres que se erguiam imponentes para o céu, feitas de tijolo e metal bruto fundido, não continham janelas, mas estranhamente o vento gélido nunca cessava, infiltrando as paredes firmes.
Harry não estava imune ao medo, mas agora, naquele exato momento, ele era um soldado. Iria agir, ou Bellatrix teria todo o prazer de fazê-lo por ele.
Ergueu a varinha, e com o cuidado de produzir o mínimo de barulho possível, murmurou:
– Abaffiato!
O feitiço silenciador penetrou por entre as árvores, impedindo que barulhos fossem percebidos pelas odiosas criaturas.
Imediatamente, Harry ouviu dezenas de cracks, o característico som da aparatação.
Kingsley foi o primeiro a aparecer, escondendo-se atrás de uma moita e acenando a cabeça para o garoto, num gesto que demonstrava confiança.
Hermione apareceu em seguida, esgueirando-se ao lado esquerdo de Harry. Sem pudor algum, ele agarrou a mão dela, entralaçando seus dedos.
– Fique perto de mim.
Logo, diversos bruxos estavam por ai – Draco, Astória, Neville, Luna, Dino, Simas, Susana Bones, Katie Bell, e outros tantos que Harry estava apenas começando a conhecer.
Ele fechou os olhos, aspirando o ar com força. Era o começo do fim da morte prematura de todos que lutavam naquela Guerra, e da perca da inocência dos que ainda resistiam bravamente. Aquele dia significava uma pontada de esperança no coração de todos que permaneciam íntegros.
Levantou-se do seu esconderijo, e ergueu a varinha no ar, apontando para a imponente Torre. Seu gesto foi imitado por outros tantos braços.
– Expecto Patronum!
As pontas das varinhas irradiaram pequenas e poderosas luzes brilhantes que ganhavam a forma de animais – cervo, lontra, lebres, leão, lince, águia.
Pequenos animais feitos de luz, mas que eram capazes de lutar contra toda a escuridão que Harry já havia visto.
E ele sabia que, enquanto acreditasse, enquanto tivesse esperança e algo pelo qual viver, as coisas boas lentamente iriam tomando conta das coisas ruins.
O seu cervo galopava elegantemente por cima do mar, e não se demorou a golpear o primeiro Dementador; a lontra de Hermione seguia-o de perto, nadando ágilmente entre as pernas do quadrúpede, e afastando as horrendas criaturas com muita facilidade.
O Leão e a Lebre de Luna também corriam juntos e em igual velocidade. O lince de Kingsley já arrebatara três Dementadores de uma vez só, que fugiam desesperadamente.
Harry puxou Hermione pela mão, aparatando do lado das grades de ferro que guardavam a entrada da prisão. Ela apontou a varinha rapidamente para a fechadura enferrujada.
– Bombarda Maxima!
Harry protegeu os olhos quando um pedaço da parede e das barras de metal explodiram, espalhando poeira e fuligem na direção deles, a porta se arreganhando sem resistência.
Os dois penetravam na Fortaleza fria, correndo e averiguando rapidamente as celas.
O plano era claro: achar, arrombar, soltar, aparatar. Simples, rápido e sem erro.
Um feitiço verde voou na direção de Hermione, e Harry agarrou a amiga e puxou-a para trás de uma coluna, de modo que a azaração passou sibilando pelo seu ouvido.
– Estupore! – Eles ouviram alguém gritar, enquanto Hermione se abraçava a Harry, tremendo e choramingando.
Eram guardas. Bem, isso era inesperado.
Harry arriscou espiar, e um feitiço o acertou em cheio no rosto, fazendo com que ele imediatamente sentisse um líquido quente invadir suas narinas.
– Merda – praguejou, erguendo o queixo para não se afogar no próprio sangue.
Hermione agarrou seu nariz com a mão pequena, fazendo uma leve pressão. Harry ainda a tinha presa nos braços, quando esta apontou a varinha cegamente para os guardas, gritando:
– Estupefaça!
Houve uma pancada e Harry soube que o guarda tinha sido atingido pelo feitiço de Hermione. Ela ergueu a varinha agora na direção de Harry, na altura de seu nariz, disse “Tergeo!” e o sangue sumiu.
Eles observaram Draco e Astória passando rapidamente por eles, abrindo caminho e virando num corredor escuro à direita. Harry puxou Hermione, forçando-a a correr, tomando o caminho contrário.
O chão frio e úmido quase o fez escorregar ao fazer uma curva muito fechada. Apoiando-se na parede, ele não se aplacou, procurando as celas, o coração tão acelerado que parecia que iria sair-lhe pela boca.
Quando a primeira cela surgiu, Harry parou de supetão, e se virou; Hermione só parou ao colidir com ele e cair de costas. Harry a segurou, quando estava prestes a bater no chão imundo.
– Está bem?
Hermione fez que sim com a cabeça, e apontou a varinha para as barras de ferro da cela; em segudos, elas viraram pó.
As celas de Azkaban nada mais eram do que buracos mal-cheirosos, mal-iluminados e gélidos, do tamanho de cubiculos.
O coração de Harry congelou dentro do peito ao ver seu prisioneiro; era Hagrid, mas não parecia-se nada com o Hagrid que Harry conhecera.
Estava pelo menos trinta quilos mais magro, fazendo com que sua cutis ficasse esticada sobre os ossos; a pele era macilenta e oleosa, como se sua consistência fosse papel machê; seu rosto estava marcado por sulcos profundos e escuros, com uma aparência cadavérica. Os cabelos estavam mais emaranhados do que nunca, e sua barba espessa cobria-lhe quase toda a feição, enquanto notava-se claramente o sangue presente entre os lábios rachados.
O meio-gigante ergueu os olhos de besouro.
– Harry..? Hermione..?
Harry pôde jurar que viu um brilho de contentamento naquelas íris negras.
– Hermione, rápido – falou, com pressa, soltando a mão da menina. Virou-se para o velho amigo. – Vamos tirá-lo daqui, Hagrid.
Hermione precipitou-se para o homem, e sua mão quase sumiu quando ela agarrou a do gigante.
– Não volte – ordenou Harry, categórico.
Com um crack, Hermione desaparatou, levando Hagrid consigo, e deixando Harry sozinho.
O garoto suspirou de alívio; pelo menos, Hermione estava bem longe dali, à salvo no conforto do Largo Grimmauld.
Saiu daquele buraco bolorento a tempo de ver Luna resgatando e aparatando com Madame Sprout. Neville, nesse instante, passou correndo em sua direção.
– Ainda há uma cela vazia no final do corredor! – Gritou Harry.
O garoto pareceu entender, porque se dirigiu rapidamente ao local. Harry o seguiu, sabia muito bem quem Neville deveria estar deseperadamente procurando. Ouviu o barulho característico das portas sendo profanadas.
– Vovó!
Aos olhos de Harry, Alice Longbottom parecia mais altiva e sã do que Hagrid e até Mme. Sprout. Um sorriso emocionado tomou conta de sua expressão, quando Neville a abraçou.
– Oh, meu querido filho! Está vivo! Graças a Mérlin, está vivo!
Neville apertava a velhinha nos seus braços, sem conter as lágrimas. A quantos meses não via a avó? Mais do que poderia suportar.
– Vá, Neville – apressou-o Harry, quando sentiu a temperatura baixar pelo menos dois graus. Os Patronos deveriam começar a desaparecer, e o efeito aterrador dos Dementadores não demoraria a entrar em ação. – Vá agora.
Acenando com a cabeça, com olhos de agradecimento, Neville desaparatou.
Harry saiu da segunda cela, e deu de cara com Kingsley.
– Já foram todos?
– Sim – Kingsley confirmou. Seu rosto parecia afobado de esforço. – Estão todos a salvo. Mas os Patronos se enfraquecem. Precisamos ir.
Mas antes que eles pudesse sequer mover um músculo, ouviu-se um estalido, e Hermione materializou-se à sua frente.
– O que faz aqui? – Perguntou Harry, mais rude do que realmente pretendia.
– Não poderia deixar você sozinho.
– Droga, Hermione!
– Andem – Kingsley empurrou os dois com as mãos, apressando-os. – Vamos sair daqui!
Os três começaram a correr em direção à entrada da prisão. O frio e o desespero agora eram sufocantes, sinais de que os Dementadores estavam mais fortes.
Depois de minutos que mais pareciam horas, eles alcançaram o portão. Kingsley deteu Harry, segurando-o pelos ombros.
– É a hora, Potter.
– Não! – Recusou-se Harry, desviando os olhos.
– Sim, Harry! – Insistiu Kigsley, com eloquência. – As pessoas precisam saber! Elas têm o direito de saber que você está vivo!
– Não assim!
– Você trará a luz, garoto. A luz!
Sem mais, Kingsley agarrou o pulso de Harry, obrigando-o a erguer a varinha no ar.
– Abolitio criminis!
Uma raio luminoso irrompeu da varinha de Harry, cortando as nuvens enegrecidas no céu. A luz transformou-se em um enorme símbolo na forma de raio – identico à cicatriz que Harry carregava na testa –, composto por cristais cor de ouro.
O rosto de Hermione era lívido quando Harry a olhou.
– Vão – falou Kingsley, sem esconder a excitação. – Voltem para a Sede.
– E você? – Perguntou Hermione, um tanto quanto aflita.
– Eu irei garantir de que essa marca esteja estampada em todos os jornais de amanhã!
Com um último aceno na cabeça, o bruxo desaparatou. Hermione procurou a mão de Harry, e por em um segundo, estavam na sala da Mansão Black. Ele soltou sua mão imediatamente.
– Não deveria ter voltado! – Disse ele, com uma entonação raivosa. – Eu disse especificamente para ficar aqui!
– Não iria deixar você sozinho! – Respondeu Hermione, vermelha. – Não iria ficar esperando sem saber se está morto ou vivo!
– Não preciso que você me ajude, Hermione! – Ele disse, irritado. – Preciso que você esteja à salvo...
– Julga que eu não sou capaz de me defender? – Hermione cerrou os olhos.
– Claro que não! – Exasperou-se Harry. – Será mesmo que você não entende...
– É bom ver que os dois ainda se dão tão bem – uma voz conhecida e a muito não ouvida falou.
Harry virou o pescoço tão rápido que seu músculo deu um estalo. Gina Weasley sorria para ele, de braços cruzados. Por trás dela, ele viu um mar de cabelos vermelhos, pertencentes a Jorge, Sra. Weasley, Sr. Weasley, Gui, Carlinhos e Percy. Estavam ali também Minerva McGonagall – que sorria de uma forma quase maternal –, Angelina, e Fleur, que carregava um bebê muito pequeno no colo.
– Meu Deus... Gina... – Ele gaguejou, o coração preenchido pela emoção.
– Oi, Harry – ela falou, timidamente.
Ele venceu a distância entre os dois em apenas dois longos passos, abraçando a ruiva com tanta força que quase a tirou do chão. O cheiro de seus cabelos continuavam os mesmos, e encheu o peito de Harry de lembraças.
Soltou a menina, já esticando os braços para receber um abraço caloroso da Sra. Weasley. Sua mente estava em braco; nada mais importava, apenas abraçar cada uma daquelas pessoas, que ele tanto amava.
O aperto em Jorge Weasley foi completamente cheio de pesar. Harry pressionou os ombros do amigo, dando tapinhas fortes em suas costas, como quem diz: “Entendo sua dor, e estou aqui”.
Gui, Percy e Carlinhos apertaram sua mão com muita força, sorrindo de modo farto. Angelina quase o sufocou, e nesse instante, Harry já tinha os olhos banhados pelas lágrimas. Até Minerva o abraçou!
Gina puxava uma Hermione igualmente chorosa, enquanto Harry salpicava um beijo na bochecha de Fleur.
Parou de repente, para observar o pequeno enrolado de panos que protegia um bebê muito branco.
Harry tocou os poucos fios de cabelos que a criança tinha na cabeça, e ao fazê-lo, a cor mudou rapidamente de castanho para azul berrante. Ele riu, em meio a soluços.
– Teddy? – Ele questionou, erguendo os olhos para Fleur. Ela acenou com a cabeça, confirmando. Harry sentiu que poderia chorar como um menino naquele instante; era a primeira vez que via seu afilhado.
Tão pequeno, tão frágil, tão... perfeito.
Aproximou o rosto devagar, e tocou os lábios de leve na testa do menino, que o fitava com curiosidade. Hermione chegou ao seu lado, agarrando seu braço e apertando-o com força, como se estivesse prestes a desmaiar.
Harry a fitou, as faces banhadas de lágrimas de alegria. Hermione retribuiu o olhar, e em meio à tanta água em seu rosto, um sorriso surgiu. A curva dos lábios dele acompanharam os dela, e os dois soltaram risadas misturadas com alívio, tensão, tristeza e alegria.
Harry colou sua testa na dela, enquanto os sorrisos e as lágrimas caíam livremente agora.
– Não chore, meu amor – sussurrou ele, limpando as lágrimas que escorriam ao longo do seu nariz. Hermione fechou os olhos ao toque.
– É que... – A menina fungou, abrindo os olhos e fitando o bebê Teddy. – Ele é simplesmente lindo.
Harry a envolveu em seus braços, aproveitando-se para roubar um pouco do calor da menina.
– Ele é.
Do outro lado do recinto, Sra. Weasley olhava para os dois com afetuosidade.
– Como está, querido? – Perguntou, diretamente para Harry. – Não tivemos notícias suas – ela se deteve por um instante, com horror. – Pensávamos o pior...
– Não fale por mim, Molly! – Dizia o Sr. Weasley, muito sorridente. – Eu sempre soube que o nosso Harry aqui estava vivo!
– Desculpem-me por isso – pediu Harry, com pesar, soltando-se do abraço de Hermione. – Não tive como manter contato. Não sabia onde estavam, e seria extremamente arriscado.
– Estávamos na Irlanda – respondeu o gêmeo, com um traço de bom humor que lembrava o antigo Jorge. – Fácil de de misturar, com tantos cabelos vermelhor por lá!
– Albefort nos contou sobre Bellatrix Lestrange – comentou Sra. Weasley, parecendo aflita.
– Sim... Desculpem-me mais uma vez, jamais quis envolvê-los novamente numa batalha que é minha...
– Oh, Harry, pare com isso – interrompeu Gui. – Essa Guerra não é sua, e não é nossa, e sim da humanidade. Todos, absolutamente todos, estão convocados à brigar com unhas e dentes contra esse Império Negro. E nós, os Weasley, não nos acovardamos!
Gui falou tudo isso com um assomo de orgulho, inflando o peito. Sua mãe o olhou com orgulho, enquanto seus irmãos lhe davam apoio.
– De qualquer forma, estou muito feliz em vê-los.
Mais uma avalanche de braços e abraços foram criados ao redor de Harry e Hermione, fazendo-os rir.
– Por onde esteve, meu filho? – Perguntou a sra. Weasley, segurando o rosto do garoto com as mãos gorduchas. – Estive tão preocupada!
Harry quase recomeçou a chorar, tamanho foi o sentimento fraterno que o invadiu.
– Estivemos fugindo, lutando, nos sustentando de plantas comestíveis...
– Oh, querido! Prometo fazer um banquete para os dois...
– Tudo que quero já está aqui comigo, Sra. Weasley.
Minerva McGonagall ergueu os olhos para encará-lo, e eles não eram tão severos como antes costumavam ser. Pôde ver, atrás daquele corpo magricela e dos óculos arranhados, não mais um menino, e sim um homem. O homem que os levaria à vitória, que lutaria com a garra de um guerreiro, que cavaria o chão com as próprias mãos para arrancar a raíz do mal.
– Harry – disse o Sr. Weasley, a voz embargada pela emoção. – Eu sei que está cansado, e sei que isso o afeta, mas... Não posso deixar de perguntar – ele enxugou uma lágrima teimosa que escorregou pela sua bochecha. – Meu filho..?
Harry abaixou a cabeça, incapaz de encarar os olhos de tantos Weasleys esperando por uma resposta. Ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria essa conversa, mas esperava que fosse um pouco menos dolorosa. Uma nuvem negra encobria seu coração, e lhe parecia difícil até respirar.
Lembrou-se terrivelmente do Bicho Papão da Sra. Weasley, vendo todos os seus filhos desfalecendo em seus próprios braços. Notou, sentindo seu estômago despencar, que dois deles já estavam mortos.
Sentiu a mão de Hermione agarrar a sua por baixo das mangas das vestes e isso, mais do que qualquer outra coisa, foi o que o acalmou.
– Sinto muito – ele sussurrou, quase sem voz.
Ele não pôde olhar, mas ouviu os soluços altos de Molly. Ela já sabia que seu Ron estava morto, mas havia algo lá no fundo, uma esperança de que tudo não fosse um mal-entendido que só Harry Potter poderia esclarecer.
– Está tudo bem, querida – dizia Arthur com tristeza, afagando os cabelos de sua mulher.
– Não está não – ouviu-se Jorge, com a voz dura. – Nada está bem! E nunca mais estará!
– Basta, Jorge – falou Gina, com autoridade. – Harry – ela o chamou, com doçura. Ele ergueu os olhos, encarando a menina, e viu a si mesmo naquelas orbes: determinado e gentil. – Pode, por favor, nos contar o que aconteceu?
Harry sentiu Hermione apertar sua mão com mais força, antes de inflar o peito de ar e começar a falar.
*
N/A:
Oi pessoal! Como estão?
Antes de qualquer coisa, tenho alguns esclarecimentos a fazer, e gostaria que todos lessem.
O capítulo anterior (Guerreiro Derrotado) causou muitas controvérsias, por isso gostaria de explicar um pouco da minha intenção com ele.
Primeiro, essa fic, ao contrário do que parece, não é uma fic de ROMANCE. Ela é um drama, misturado com aventura e também com romance. Ron morreu, e Harry e Hermione ainda estão no meio de uma Guerra, onde mil coisas acontecem ao mesmo tempo. Não dá pra fazer sempre capítulos lindos e românticos, tem uma hora que tem que ter a parte sombria da coisa!
Segundo, sei que Harry disse o que sentia meio de supetão para Hermione, mas vale ressaltar que ele foi interrompido no meio da conversa e que não, ele não estava fazendo uma “declaração” e sim tirando um peso das suas costas. Os dois não chegaram a conversar realmente, por isso a DR (que nem briga foi) no capítulo anterior.
Terceiro, Hermione não tá fazendo c* doce, ou querendo machucar Harry, ou nada parecido. Ela e Harry resolveram ser sinceros um com o outro, custe o que custar, e assim ela foi. Eu não acho absurdo ela achar que está apaixonada pelos dois, até como Lay Potter disse, ela é muito presa ao que poderia acontecer se Ron estivesse vivo – esse, que vem dando sinais de paixão por ela desde sempre. Ela também tem medo, medo de que Harry esteja se sentindo responsável por ela, medo de que ele esteja confundindo as coisas, medo que esse sentimento dele passe. Em momento algum ela disse que gosta ou que não gosta dele, apenas disse que precisaria um pouco mais de tempo, até para digerir tudo que anda acontecendo. Harry e Ron são de longe as pessoas mais importantes para Hermione e talvez nem mesmo ela entenda seus sentimentos pelos dois.
Quarto, Harry não está em paz. Ele sabe o amor que nutre por Hermione, mas sabe também que Ron também o nutria. Além de ser seu melhor amigo desde sempre, é a pessoa que DEU A VIDA para salvá-lo e acabar com a Guerra. Como Harry mesmo disse, ele se sente atormentado por isso, sem saber o que Ron iria pensar ou dizer. Por tanto, Harry tem medo e sente como se estivesse traíndo seu amigo.
Quinto, quando Hermione diz que jamais seria capaz de escolher entre os dois, ela se referia ao PASSADO, até porque Ron está morto, ou seja, ela não precisa escolher entre os dois. Entende-se, pelo modo que ela fala, que ela já vinha dividida entre os dois MUITO ANTES de tudo isso, muito antes de Ron morrer e Harry se declarar. Passado esse que remota-se aos tempos de Hogwarts, e não de agora.
Enfim, é isso! Espero ter esclarecido as coisas para você, Isis Brito (seus comentários são muito bem-vindos, e eu fiquei muito feliz de vê-la de volta à fic), Márcio Black e Melissa Hashimoto.
No mais, agradecimentos à: Lay Potter (<3, haha), Venatrix, Laauras, Line Silva (eu amei demais seu comentário, sério mesmo, saber disso tudo tocou meu coração! Espero que sempre minhas fics tenham esse efeito em você!), Gabrielly Potter, Helen Black, Nina Granger Potter e Michelli Lima.
COMENTEM! Vocês fazem parte dessa história!
Comentários (18)
Voltei.Gostei de ver os Weasleys de volta, e não acho que o retorno da Gina vá "abalar" os sentimentos do Harry em relação a Hermione, ou vice-versa, apesar que VOCÊ deixou isso um pouco no ar né!?rs.TEORIA DA CONSPIRAÇÃO: Creio que alguns Weasleys não vão aceitar bem o fato do seu filho mais novo Rony ter ido embora, podemos ver nos próximos capítulos algum conflito de interesse? É como já dizem por aí, não há nada ruim que não possa piorar, a volta do Harry traz mudança, mudando pode ser boa ou ruim. Beijos
2013-04-24Capítulo mt tocante! Achei mt fofo a cena do Neville com a avó! Mas e o Kingsley? Ele vai morrer né?A volta dos Weasleys foi marcante, com certeza. E como sempre o casal 20 continua brigando...Teddy é um dos bebês mais lindos que existem em Harry Potter (apesar deu nunca tê-lo visto), mas mesmo assim, eu acho ele mt lindo!Bjão, fanfic espetacular a cada att!
2013-04-24perfeitos.. estão todos perfeitos.. ñ comentei antes pq tinha esquecido a minha senha kkk.. mas enfim.. ótimoscomo sempre foram, mas estão curtos =/ .. mas vale a pena esperar pelo próximo. ñ demora a postar o próximo.
2013-04-24Esplendida.
2013-04-23Ai cada capítulo me fazendo amar mais ainda essa fic. Estou me envolvendo tanto com ela <3Muito perfeita.
2013-04-23Wow, que demais! Nossa você escreve muito bem. Eu realmente amei esse capitulo, na verdade estou amando todos... Parabéns pelo otimo trablha que tem feito em suas fic's
2013-04-23Estou com um pressentimento de que a chegada da Gina vai tempestuar as coisas entre Mione e Harry. Não digo por ciúmes, não sei, mas o mais provável é Harry ficar confuso com relação ao que sente. E concordo com você, não é absurdo Mione ter desenvolvido sentimento por ambos. Afinal, eles estavam sempre juntos, superaram e enfrentaram coisas juntos. o trio tinha uma amizade fortedemais e se amavam, ainda que como amigos. E ainda há quem diga, e eu assino embaixo, que da amizade pode nascer o amor. E quanto a culpa que o Harry sente é também compreensível, afinal se Rony estivesse vivo talvez ele (Harry) não teria descoberto o que sente por Hermione e os dois construíriam algum coisa juntos. Há a questão em que Hermione diz que não poderia escolher entre os dois, mas se Harry não sentisse algopor ela e sim por Gina, ela não poderia escolher já que não teria essa opção. No mais é só isso. Estou gostando bastante!
2013-04-23Caramba,que fic fantastica! De tirar o folego! Parabens! Capitulo excelente!
2013-04-22