Is The End - Part Two
Liz correu e procurou as sombras mais próximas. Só que era um dia ensolarado, e que foi um pouco difícil de se achar.
A garota observou em volta e viu uma casinha rosa caindo aos pedaços meio que escondida atrás da enorme árvore (da qual ela não sabia o nome. Liz nunca prestou atenção nas aulas de herbologia!). Ela correu para lá.
De fato, a casinha estava escura. Mas Liz não foi imediatamente para as sombras viajar, ela ficou surpresa ao ver uma casinha de bonecas numa casa onde todas as meninas eram guerreiras desde pequenas.
Elizabeth entrou na casa e olhou em volta. Tinha pequenas janelas fechadas, provavelmente emperradas, em duas paredes. Ela as abriu, com um pouco de dificuldade, e rapidamente a luz do sol inundou a casinha. Com tudo mais claro, Liz viu que estava em volta de muitas aranhas, baratas e todo tipo inimaginável de bicho nojento. Porém, Liz não ligou, pôs não tinha nojo ou algo do tipo.
Embaixo da camada de sujeira (além de bichos tinha até isso!), havia papeis, bonecas e flechas. Vendo aquilo, Liz na hora percebeu que aquela casinha era de Julita. Ela sempre fora a mais... Liz não sabia como descrevê-la.
Remexendo mais, ela achou desenhos de Julieta, mas um em especial chamou a atenção dela. Era mais ou menos assim:
De alguma forma aquilo emocionou Liz. Provavelmente, ela tinha feito aquele desenho antes da morte dos pais. Ela imaginava o quanto as meninas sentiam falta dos pais.
Para Liz não era fácil imaginar, pois sua mãe sempre fora presente. Não era a toa que Annie queria vingança, Marianne destruiu parte do seu mundo. Ela nunca tinha entendido muito bem os motivos de Annie, por não sabia por completo a história, e nem o tamanho do apego que as garotas e, principalmente, Annie, tinha com os pais. Agora ela via, e sentia a dor que as garotas passavam. E quase pode a sentir junto.
Ela ficou um tempo observando a foto e refletindo. Passou-se 10 minutos e ela lembrou do que devia fazer. Foi até as janelinhas e fechou-as. Fechou os olhos e se concentrou nas sombras. Ela sentiu o escuro a inundando.
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Annie ainda observava as fotos, mas com uma diferença. Agora ela não fica triste, ficava feliz. Tudo porque tinha encontrado mais lembranças dos seus pais, e sabia que eles estavam vivos dentro dela, de algum jeito.
A garota de vez em quanto se levantava e via se Adam estava tentando se desamarrar ou algo do tipo. Mas não. Nenhuma tentativa de se libertar.
A ruiva (agora de cabelo rosa. "AFRODITE ME PAGA", ela sempre rosnava quando se lembrava dos cabelos) desconfiava que fosse tudo um plano. Podia se esperar tudo de um idiota que tenta matar a própria família.
- Pensando agora... - Adam começou a falar, surpreendendo Annie - eu fui um grande babaca.
- Sem joguinhos Adam. - Ann disse duramente.
- Eu estou sob algum tipo de poção que me faz falar a verdade. Você realmente acha que eu estou blefando?
- Você é um blefe Adam. - Annie foi seca.
- Qual é Annie! - Adam estava sendo bonzinho de mais, observou ela. - Você mesma me deu a poção, conhece ela mais do que eu! - Ele falou alegremente. Annie suspirou vencida.
- Estou ouvindo.
- Essa poção, como eu pude observar, também faz pensar a verdade sobre o que nós fazemos. Pensando desse lado, eu fui um idiota! - Enquanto ele falava, Annie rondava a cadeira onde Adam estava preso. Ela procurava algum mínimo movimento. Nada. - Sei lá, acho que estou... hm...arrependido. - Annie sabia que não tinha piedade o que Adam fez, como não teve para Marianne. Ela concluiu que era a poção que o fazia pensar isso. Falar a verdade, mesmo que ele não pensasse isso. Era meio confuso, mas era a única explicação. Logo, quando o efeito passasse, ele ia voltar a ser o babaca torturador de sempre.
- Pena que é só a poção que o faz pensar assim Adam. Morrer sabendo da verdade, sem precisar de uma poção, seria... encantador. - Ela disse fria e sarcasticamente.
- Sério que é a poção? Então... eu não penso assim. - Annie não sabia que uma poção fazia pessoas ficaram irritantes e idiotas.
- Sei lá.
- Como você não sabe? - Ele perguntou. Annie respirou fundo.
- Não sabendo.
- Como assim?
- Sabe, eu acho que o Adam metido a besta é menos torturante que o Adam idiota.
- Como assim? - Annie se controlou para não arrancar a cabeça dele naquele exato momento. Ela pensou que talvez a dose tivesse sido alta demais, e que era improvável que ele estivesse a irritando por conta própria.
- Vai dormir Adam.
- Eu não estou com sono, quero... - Annie o cortou.
- DORME CARALHO!
- Nossa, então tudo bem! - Ele disse e fechou os olhos.
Ann voltou a sua cadeira, mas não começou a olhar as fotos novamente. Ela somente ficou com seus pensamentos.
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Quando Liz chegou ao pátio da casa dos Granger tudo estava extremamente normal.
Os meninos jogavam quadribol (não que Liz achasse "aquilo" parecido com quadribol). Luna, provavelmente muito entediada, arrancava galhos de uma árvore com a sua espada. Ela imaginava seu alvo, com certeza. Na sombra da mesma árvore, Julieta lia um livro. Na hora que Liz chegou Julieta estava xingando Luna por "tirar a sua concentração". Gina e Anna cochichavam na varanda e Ally estava com elas, porém, não estava participando da conversa. Ela estava quieta e pensativa. Ninguém notou a presença de Elizabeth.
- EI! ALLY! - Liz gritou. Ela viu a cabeça de Ally voltando para de onde a voz tinha gritado. A garota correu até lá.
- LIZ! - Ally respondeu, levantando-se da cadeira e indo até onde Liz estava.
- Ally! Você... tem que vir comigo! - Liz gritava e ia ao encontro de Ally. Quando elas ficaram frente a frente uma da outra, Ally perguntou:
- Por quê?
- Adam... está preso! Annie e eu o prendemos. Amarramos Adam e agora Annie está cuidando dele. - Agora elas tinham a atenção de todos, que foram mais para perto de onde elas estavam. - Eles estão num porão, de uma casa dos Harvelle. Ai... longa história! VOCÊ TEM QUE VIR COMIGO! Eu explico melhor no caminho!
- Mas...
- Ally, pelo amor a deus, o Adam tá sob efeito de uma poção, se ela acabar, ele pode tentar fugir, temos que ser rápidas! - Ally pensou mais um pouco. Ela estava tão atordoada que não conseguia pensar direito. Liz chegara tão de repente.
- VAMOS! - Ela tinha voltado ao normal. - ALGUÉM... TRAZ A MINHA ESPADA! - Todos em volta se entreolharam. - ANDA CARALHO! - Alguém (que Liz não conseguiu ver) entrou na casa correndo.
Todos em volta desejavam boa sorte para Allynne. Não foi difícil entender o que ia acontecer e também era óbvio que só Allynne deveria ir junto com Liz.
No meio de todos, Liz avistou Julieta e a puxou pra fora da "multidão".
- Mas o que... - Juleita começou a dizer.
- Olha... me escuta! Você tem que salvar a Lunny... - Liz disse. Todos nem prestaram atenção nas garotas.
- Não da... o portal só abre por dentro... - Julita disse tristemente.
- NÃO! Bom... Adam contou como se abre e...
- Sério? O que vocês deram pra ele? Poção do... - A garota começou a falar, mas Liz a interrompeu.
- Como eu disse, longa história, eu... olha, escuta e presta atenção... você tem que dizer essas palavras, na frente do tal portal, com as varinhas em mãos: abre-te sésamo! - Julieta deu uma risadinha e se controlou.
- Você só pode estar brincando, certo? Isso não é Aladim? Se for verdade, bom, Adam não tem muita criatividade... - Ela deu outra risadinha e Liz também. Era extremamente engraçado. Mas ela manteve a compostura e falou depressa.
- Foi Adam que disse e acredite, isso não é mentira. - Ela afirmou.
- Sim, por causa da poção, só me responde que...
- Desculpe Julieta, mas não temos tempo! Acredite, assim você consegue salvar Lunny... melhor, leve alguém com você, uma ou duas pessoas. Adam não disse nada sobre armadilhas, mas nós nem sequer perguntamos! Bem, e nunca se sabe! - Atrás dela, Allynne já corria, com sua espada em mãos, até uma gruta atrás da casa. Era incrivelmente bonita mesmo de longe, mas Liz não reparou tão bem, pois não podia se apegar a detalhes, tinha que voltar a casa dos Harvelle. - Alias Julieta, a sua casinha rosa era muito bonita. - Então ela saiu correndo, deixando uma Julieta surpresa e boquiaberta para atrás.
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