Nightmares become reality.



Capitulo 2 - Quandos os pesadelos se tornam reais.

Lunny andava inquieta pelo quarto. Pensava no que podia fazer para parar Adam. “Conheço meu filho, ele nunca vai parar até conseguir o que quer”, pensava ela aflita.


O pior de tudo é que ela não se importava em morrer, temia pela vida das filhas. “Se houvesse um meio de pará-lo”


O tempo passava rápido na casa dos Harvelle. Quando Lunny percebeu, já havia anoitecido. Suas filhas logo chegariam e ela conversaria calmamente com elas, não demonstrando o seu pânico.


Ela sentia falta de sua casa, de seus móveis, de tudo. Claro, a casa dos Harvelle era confortável, mas nada se comprava a casa dela. Pensava no que tinha acontecido lá, se Adam a tinha destruído.


Lunny estava distraída com seus pensamentos quando ouviu passos no andar de baixo. Concluiu que era as suas filhas tinham chegado mais cedo e foi correndo saudá-las. Quando lá chegou, não era Ally nem nenhuma das suas filhas que estava lá, mas sim um homem. Adam.


- O que você faz aqui? – Perguntou Lunny aturdida.


- Vim visitar a minha mãe.


- Adam... Se você quiser, eu faço tudo que quiser, mas, por favor, fique longe das meninas.


Ele deu um sorriso, que para Lunny se mostrou sinistro.


- Se você vier comigo, eu posso tentar não fazer nada a elas. – Ele deu ênfase a palavra tentar.


- Prometa.


- Venha mamãe, eu não irei te fazer mal.


 Lunny não reconhecia seu filho, ela estava muito tensa, aturdida. Não mediu as suas conseqüências. Correu até o segundo andar. Ela sabia que não tinha chances, se trancou no quarto e escreveu uma breve carta. Ela colocou a carta na gaveta do criado-mudo. Sabia que Ally era esperta o bastante para achar.Virou-se e se preparou para o pior.


 


 


 


Acordei assustada. Aqueles pesadelos não eram algo normal, até mesmo para uma bruxa. Talvez eu fosse um tipo novo de clarividente que tem visões quando dorme. Não cheguei a pensar nessa possibilidade, era hora de encarar mais um difícil dia de aula. O ultimo antes do feriado de Natal. Eu veria Ronald, Julieta faria mais uma de suas apresentações, Luna contaria suas história de como papai Noel podia ser um trasgo montanhês disfarçado e Anna ajudaria Ronald a assar biscoitos em formato de animais diversos. Era assim todo ano. Era.


 


Minhas irmãs e primas sempre estavam juntas, não foi diferente essa manhã, quando todos me disseram que as Williams ficariam em nossa casa esse ano. Até aí sem problemas, mais gente para rir das histórias improváveis de Luna, mas não foi um Natal tão feliz assim.


 


Chegamos em Londres bem cedo, eu estava com o coração pulando de alegria, a casa de minha família tinha um cheiro agradável, era quase bom. Algo havia mudado. E quando entrei na casa, pude notar o que era.  Tudo estava revirado. Os quadros estavam no chão, quebrados. As pinturas de mamãe estavam em cima do piano de cauda longa, que papai tocava e nós o acompanhávamos em um coro digno de qualquer orquestra.  As paredes estavam arranhadas e o tapete vermelho foi parar no pé da escada. Tudo destruído, mais uma vez.


 


Ignorei o fato de ser uma aluna e usei de magia para levitar objetos até o devido lugar. Luna tentava erguer a arvore de Natal, que estava caída e quase quebrara a janela. Julieta arrumava os quadros e os colocava novamente na parede, que fora concertada por Delcroxs. Liz me ajudou a colocar as teclas de volta no velho piano de papai e assim, em poucos minutos, tudo estava em seu devido lugar. Exceto algo. Ronald não estava em lugar nenhum.


 


Mas Lunny? Onde estava ela? Saímos a sua procura pela casa. Nenhum sinal dela. Senti uma reviravolta no estomago e pensei no pior. E se o sonho que eu havia tido essa manhã não fosse apenas um sonho.


 


- Ela não está em lugar nenhum. – Allynne sentou-se nos degraus da escada, e todas se entreolharam.


 


- É claro que não está. Já era de se esperar. – minha voz cortou o silencio da sala, fazendo todas voltarem seus olhares para mim. – Não pensam não?


 


- Vai me chamar de burra até quando, hein Harvelle? – Allynne se levantou e ficou a poucos centímetros de mim.


 


- Até você notar que Adam levou a Lunny. – Allynne recuou.


 


- Como você sabe? Me fala! Anda sua maldita inútil, cadê minha mãe! – Allynne segurava meus braços e me sacudia com força, ela chorava enquanto fazia isso.


 


- Allynne, solta ela. Está a machucando. – Julieta tentava soltar as mãos de Allynne, mas não conseguia.


 


Allynne estava em lagrimas. Estava abalada, e eu a entendia. Gina tocou o braço da irmã gêmea e ela me soltou. Sentou nas escadas e colocou a cabeça entre as mãos.


 


- Eu a vi, eu acho que sou clarividente. Mas eu tenho sonhos. Eu sonhei com Adam no mesmo dia que o Profeta Diário anunciou que ele escapou de Azkaban. Sonhei com Lunny aqui em casa, Adam veio e a buscou. Não sei mais nada, desculpe.


 


Delcroxs tentou me dar um sorriso de apoio, mas ela também estava triste. Todos estavam abalados. Lunny era a melhor pessoa do mundo. Doce, gentil, meiga, atenciosa. Sempre tratou a mim e minhas irmãs com muito carinho. Ela foi quase uma mãe nas horas que era necessário. Eu me sentia mal por não poder fazer nada mais que dizer que eu era uma clarividente inútil. Notem os detalhes da minha família complicada: Minha mãe era animaga, mas isso não tem muito a ver com isso. Meu pai era metamorfago, mas apenas minhas irmãs puxaram esse dom, eu sou a excluída. Mas não havia nenhum clarividente, não que eu saiba. Era meio improvável. Mas eu era uma animaga também. A única da família atual.


 


- Precisamos achá-la. Ela deve estar por aí. Tenho que encontrá-la.


 


- Você não pode sozinha, Ally. Precisa de nossa ajuda. – Luna se agachou na frente de Allynne, tocando-lhe as mãos molhadas pelas lagrimas.


 


- Tem uma carta. Na casa. Lunny acha que você é esperta o bastante para encontrá-la sozinha. – falei.


 


Allynne me encarou por um tempo, mas depois, subiu as escadas. Eu sabia onde estava a carta, mas era dever de Allynne achá-la sozinha. Ela voltou com o pequeno envelope nas mãos e todas correram para ler. Exceto eu. Fiquei sentada no sofá bege que havia na sala, tentando me concentrar em alguma coisa sem importância. 



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