The stranger of my dreams.



 


Capitulo 1 - Um estranho muito conhecido.


Já era o auge do quarto ano de meus estudos em Hogwarts. O fato de estar praticamente na metade dos meus anos de instrução para o mundo bruxo me deixava empolgada.  Eu queria sair por aí, combatendo os bruxos das trevas, sendo temida por todos e queria encontrar a causadora de todos os meus sofrimentos. Entendo que vingança não é um sentimento muito positivo, mas não posso evitar querer encontrá-la e fazê-la pagar por tudo. Aquela mulher teria seus dias contados, era só eu me formar em Hogwarts e seguir a carreira de meus pais: auror.


 


Mas devo admitir que a vida da muitas voltas. Exatamente no mesmo ano que a bendita vingança viria, eu iria aprender lições valorosas. Eu perderia algo que demoraria muito tempo para reencontrar e ganharia muitas coisas.


 


 


 


Era mais uma manhã comum. Abri os olhos e vi que eram sete horas. Sentei-me na cama e comecei a esfregar os olhos, tentando me livrar das cenas de um sonho realmente maluco. Lembro-me de um homem de cabelos negros, olhos castanhos. Tinha um sorriso demoníaco e totalmente assustador do rosto. Coloquei as vestes da Grifinória e desci até o Salão Principal.


 


Varias pessoas se encontravam ali, e, por incrível que pareça, os sonserinos assentiram em bom dia ao me ver. Sim, eu era temida em Hogwarts. A grande pregadora de peças, Annie Harvelle Williams. Uma fama como essa leva anos para se construir. A minha levou mais ou menos 2 anos.


 


É claro que ser amiga de Allynne, Gina, Elizabeth, Hermione Delcroxs e companhia era realmente ótimo para isso. Principalmente quando todas são suas primas. O fato da mãe delas ter sido casada com o irmão de minha mãe, Annabeth Harvelle, era muito estranho, mas isso nos tornava uma grande família.


 


Sentei-me a mesa da Grifinória, comendo um delicioso bolo de chocolate, quando a agitação na mesa da Sonserina chamou minha atenção. Fui até lá e me sentei ao lado de Gina e Allynne, que trocavam olhares temerosos a um exemplar do Profeta Diário. Será coincidência? Destino? Será a minha imaginação fértil que brotou no solo e foi parar na primeira pagina do jornal dos bruxos?  A matéria dizia: Adam Williams está sendo procurado pelos guardas de Azkaban. Adam era o irmão mais velho da família Williams. Um garoto que eu vi poucas vezes, mas reconhecia aquele sorriso enigmático. O mesmo do meu sonho dessa manhã.


 


Senti uma pontada de duvida passar pelo meu corpo. Se Adam havia fugido, Lunny estava em perigo. Lunny, a mãe de Allynne, era uma grande amiga de minha família. A ex-mulher do meu tio sempre tomou conta das filhas e do filho muito bem, mas antes de Adam ir parar em Azkban, ele jurou voltar e ter sua doce vingança. Vingança. Está aí uma palavra bem usada na minha história.


 


- Annie, ficou sabendo, mamãe está na sua casa, com Ronald. – Gina tinha a voz distante, acordando-me de meus devaneios.


 


- Ah, claro eu vi sim. Ela ficará bem por lá.


 


O fato era que eu sempre me desligava do mundo, mas não deixava de estar consciente nas palavras de todos ao meu redor. E reconfortar as pessoas não era meu forte. Eu precisava de conforto também.


 


Subi até o dormitório das garotas da Grifinória e peguei um velho diário que estava embaixo do travesseiro. Aquele diário era uma das ultimas coisas que meus pais haviam deixado para mim. Peguei a pena e um tinteiro e pus me a escrever o que meu coração mandava.


 


“Olá, sou eu novamente. A menina que vive fazendo confidencias a um diário velho que era um presente de Natal de sua mãe. Eu não entendo porque tudo ao meu redor me lembra deles. Temo ser apenas uma brincadeira de mal gosto de um deus antigos que gosta de ver as pessoas sofrerem, mas não é a verdade, nem que eu quisesse que fosse.


 


Geralmente tento dar a volta pelos obstáculos, mas é impossível. Tudo está ruindo outra vez, como a 9 anos atrás. Parece que eu atraio a catástrofe até mim, mas faz parte de ser Annie Williams. Sinto falta de poder usar o nobre sobrenome de Annabeth sem medo. Mas eu não me sinto pronta para me expor como a filha mais nova da família massacrada. Isso iria atrair a atenção dela. Não quero isso agora. Não agora. Preciso me preparar, quando chegar a hora, estarei pronta.”


 


Após escrever  aquele pequeno texto, deitei-me e fitei o teto. Estava meio empoeirado, mas não liguei. Queria esquecer os acontecimentos do café da manhã e poder sorrir. Tentei dormir, mas Blondie, minha coruja branca, estava piando na gaiola. Apenas mantive os olhso fechados, até cochilar.


Fiquem com uma imagem da narradora que vos fala.

          

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.