É realmente verdade?
Ele não acreditava no que acabara de ouvir. Era realmente aquilo que ele pensou? Ah, não podia ser. Ele subiu correndo as escadas e deu de encontro com Rony.
- Hey cara, vai com calma nas escadas! – disse Rony com um tom sarcástico.
- Eu preciso muito falar com você. – George puxou Rony até o degrau, fazendo-o sentar. Ele explicou tudo, o que havia dito para Millene e o que ela tinha acabado de dizer para ele.
- Sério cara? Ela disse isso mesmo?
- Sim, com todas as palavras , sem exceção.
- E o que você está esperando para contar para ela?
- Contar o que?
- Que quer namorar com ela.
Até então, nada disso tinha passado pela cabeça dele. Ele achou que saber que ela sabia o seus sentimentos bastava para tudo. Nem imaginou os próximos passos que deveria tomar, ele não tinha muita experiência, suas relações com as colegas de escola não exigiam sentimentos verdadeiro nem nada do gênero, eram coisas de momento, de logo passava, paixonites. Mas com Mi estava sendo diferente, ele estava até subestimando sua capacidade amorosa, pois não conseguia se quer falar o que sentia por ela. Teve de esperar ela se acidentar e estar desacordada para se declarar. Ele estava se culpando, se achando um completo legume insensível, ela não merecia isso dele, ela não o merecia.
- Calma George, isso não é fácil, você não está sozinho. Se precisar de mim estou aqui.
- Ela não me merece, não tenho coragem de olhar em seus olhos, muito menos falar com ela, ninguém merece isso.
- Me escute bem irmão, não vai ser nada fácil você dizer isso para ela, não mesmo, mas ela tem que saber, e você têm que dizer para ela, isso é importante para vocês.
- Eu sei disso... Mas eu não consigo...
- O que você diria para ela?
- Bem, eu diria que desde que voltou, ela incrivelmente se tornou importante para mim, mais do que já era. Que eu estou enxergando a com outros olhos, que ela está linda, mesmo machucada. Que eu faria de tudo para que ela parasse de chorar, por causa de tudo... Que ela é muito mais do que ela pensa, ela é maravilhosa por dentro e por fora. E que... que eu ...amo ela.
Rony olhou para o irmão satisfeito, mas o momento foi cortado por um comentário.
- Não foi difícil, não é Weasley?
Os dois se olharam rapidamente e olharam juntos para cima, viram Millene de debruçada no corrimão das escadas do andar de cima. Rony deu um tapinha no ombro de seu irmão e seguiu para o quarto. Millene sentou no lugar em que Rony estava e ficou olhando pra o rosto de George envergonhado.
- O que você ouviu? – perguntou ele de cabeça baixa.
- O bastante para entender o porquê dos seus olhares diferentes para mim. – eles deram uma risadinha. – E então? O que você vai fazer a respeito agora?
Aquela pergunta intrigou George de uma forma avassaladora, ele não tinha conseguido pensar a respeito, ela acabara de ouvir o que ele tinha planejado para fazer daqui alguns dias, não agora.
- Bom, acho que você já sabe... Agora eu não sei... O que devo fazer?
Ela deu uma risada de canto, se aproximou acariciou com a mão enfaixada, o rosto sardento de George, ele por sua vez ficou fitando os olhos castanhos tão próximos, ele podia mergulhar neles e ficar lá dentro para sempre, o rosto dela com alguns arranhões e curativos, estava cada vez mais próximo, ele podia ver as pintinhas embaixo de seus olhos, e cada vez mais próximo. Quando os lábios estavam praticamente colados, ela deu uma risadinha.
- E agora? Você já sabe o que fazer? – ele deu um sorriso de canto, colou os lábios dele nos dela, cada vez mais profundo, cada vez mais caloroso, ela afundada a mão que não estava enfaixada nos cabelos ruivos e macios dele, com carinho. Ele apertava-a contra sí segurando pela cintura. Aquilo era mágico, ele nunca havia sentido sensação parecida ou igual. Quando houve necessidade de oxigênio, se afastaram com as testas coladas e um sorriso no rosto dela.
- Espero que tenha ajudado a você saber o que fazer agora. Boa noite Geroginho.
Ele a viuela subindo os últimos degraus e entrando no quarto das garotas. Esperou a porta fechar, e subiu correndo para o quarto de Harry e Rony.
- Rony, Rony... Eu não acredito – ele sacudia o irmão para ele acordar.
- O que foi George, tudo bem? – disse Harry assustado colocando os óculos.
- Sim, ela... Eu .... Nós – ele estava muito agitado, e andando de um lado para o outro.
- Espera... Você e quem? – disse Rony sentando na cama, com uma cara de sono tentando entender o enigma que seu irmão tentava dizer.
- Por Merlyn, Millene é claro!
- Calma o que vocês fizeram?
- Nós conversamos, e ela me beijou! Foi a coisa mais emocionante da minha vida, ela é fantástica, nós...
- Você são fantásticos? – Harry completou com um sorriso malicioso.
- É... e não.
- Porque não? – Rony parecia indignado
- Não posso dizer ainda nós... Não foi nada decidido, sabe? Foi um beijo, uns carinhos, mas não falamos sobre...
- Namorar? – completou Harry
- É. Não falamos disso.
- Você quer isso? – perguntou Rony sério.
- Mais que tudo nessa vida, e agora eu tenho certeza disso.
Ele se sentiu forte e corajoso quando disse isso, ele tinha certeza absoluta do que queria. E fazia tempo que não sentia isso em seu peito.
- Mas como eu faço? O que eu faço?
- Calma, amanha converse com ela. Leve-a para passear e seja gentil. Depois, se declare e pergunte. – Harry disse seguro e firme olhando para ele.
- Perguntar o que? – o rapaz olhou para ele confuso.
- Se ela quer ser sua namorada. – disse os dois ao mesmo tempo, num tom alto e claro.
- Ta, fiquem calmos. Farei isso. Muito obrigada a vocês dois, mesmo.
Ele dirigiu-se para o próprio quarto e deitou na cama, pensou no que faria no dia seguinte, mas logo caiu no sono.
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