No Caldeirão Furado



                                                     No Caldeirão Furado


Todos ficaram muito felizes por Millene ter respondido a carta. Principalmente Hermione, por que não parava de falar da prima. George ficou paralisado, ela havia respondido e mandado um beijo para ele (ela disse todos, mas ele estava incluído). Ele subiu as escadas em silêncio, pra que ninguém percebesse. Jogou-se na cama e dormiu. Sonhou que estava no cemitério, especificamente no túmulo de seu irmão. E num susto, abriu os olhos, vestiu um casaco e aparatou do quarto mesmo. Chegou a uma rua do Beco, e olhou a entrada do cemitério. Respirou fundo e entrou, o túmulo de Fred era um dos últimos, enquanto dava passos pequenos avistou de longe uma pessoa ajoelhada sobre o túmulo de seu irmão, definitivamente chorando muito, e apoiada somente com uma mão sobre a foto de Fred. Ele parou e observou a cena, pensou que fosse uma fã, eles tinham acumulado muitas durante os anos na escola, e elas sempre visitavam o túmulo de seu irmão. Quando de repente, a pessoa se levantou e com um movimento na varinha fez aparecer uma coroa de flores colorida. A pessoa limpou as lagrimas restantes no rosto e saiu pelo outro portão do cemitério. George, dessa vez, apertou os passos, curioso, e foi até o túmulo do irmão. Juno as flores avia um bilhete dizendo – Você não sabe a falta que você faz Freddinho.- George olhou para a foto de seu irmão e disse sobre sussurros:


- Realmente você não sabe a falta que você faz – uma lágrima correu até o fim de seu rosto e ele decidiu não limpa-la, ficou mais alguns momentos ali, apreciando a foto de seu irmão. Um vento gelado bateu contra ele fazendo seu casaco levantar. Decidiu então tomar uma cerveja amanteigada no Caldeirão Furado. Chegando lá, sentou-se e manteve o pensamento no bilhete, alguém em especial o chamava de Freddinho, mas ele não lembra quem era. Quando um barulho vindo da porta o fez voltar a terra e prestar a atenção em quem entrava no local. Ele tinha a impressão que era a mesma pessoa do cemitério, ela carregava sacolas da loja Dedos de Mel e fazia movimentos para enxugar suas lágrimas, ela segurava uma foto e ao mesmo tempo enxugava as teimosas lágrimas que caiam do seu rosto, a pessoa fez um movimento nos cabelos, muito conhecido então ele juntou as informações – Movimentos com os cabelos, Freddinho...-


- Millene ?! Quando ele se viu estava perto da moça, mas ela continuava de costas para ele, ela se virou assustada, mas logo deu um enorme sorriso.


- Goerginho ! Eles se abrassavam muito forte, morrendo de saudades, ela chorava muito, chegou a molhar os ombros do garoto, agora sem o casaco. Ela passava as mão no cabelo do ruivo com saudades, e ele corria a mão em suas cotas, apertando-as com mais força do que nunca, matando todas as saudades possíveis. 

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