Draco Malfoy



N.A.: Ok, o capítulo anterior não pode ser chamado de Drarry, mas como eu disse, eu preferi criar uma história antes. Os capítulos são curtos, eu não consigo escrever muito tempo com um personagem só, mas os que a Hermione narra geralmente são os mais longos e os do Draco, os menores. Por isso não se assustem com o minúsculo tamanho do cap., ok? Boa leitura
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Draco, ao ver os amigos chegando no salão, foi chamar Potter.

- Malfoy? Por que gostaria de falar comigo? - Perguntou Harry, aparentemente surpreso com a atitude de Malfoy
- Assuntos da monitoria - Harry era monitor da Grifinória, mas raramente fazia suas rondas, já Draco cumpria todos os horários, então achou que seria uma boa desculpa.
- Então eu tenho que ir. Já volto pessoal!
Draco não sabia se o que estava prestes a fazer era o certo, estava com medo, nervoso e preocupado, mas precisava fazer. Então foi andando seguido por Harry até um lugar conecido por ele, uma pequena salinha decorada com prateleiras cheias de livros e uma mesinha com duas cadeiras ao centro. Parecia muito com a biblíoteca, só que bem menor, mais mofada e empoeirada.
- Malfoy, por que aqui para falar da monitoria? Não poderia ser no salão mesmo? - Harry tinha um pouco de curiosidade na voz.
- É que não vamos falar sobre a monitoria. - Draco estava sentindo seu rosto queimar mas não queria que Harry notasse, então virou-se, ficando assim de costas para o garoto.
- Então vamos falar sobre o quê? Quer saber, esquece. Eu vou para o salão, estou morrendo de fome. Até mais, Malfoy. - Harry já estava abrindo a porta quando Draco decidiu falar.
- Harry, espera! - Draco correu e segurou o braço do garoto - Preciso falar.
Harry fechou a porta, deixando-os lá dentro, sozinhos.
- Fale então. Está esperando o quê? - Harry cruzou os braços.
- É complicado, não sei como falar. Já fazem cinco anos. Chegou a hora de você saber.
- Saber o quê? Malfoy, o que está acontecendo aqui?!
- Saber a verdade. Sabe, todos esses anos te infernizando, chigando você e seus amigos, tudo isso foi só para você prestar atenção em mim. Eu achava que era normal isso, tentar fazer alguém notar que você existe, olhar para você... Ah, ok. Chega de enrolação... A verdade, Harry... É que eu não te odeio como sempre falo. Muito pelo contário... Seus cabelos escuros contrastando com esse verde perfeito dos olhos, fica maravilhoso... Essa cicatriz em forma de raio, vermelha e parcialmente escondida, fica lindo. Eu não consigo parar de pensar em você, Potter, não presto atenção em nennhuma aula mais, me pego sempre pensando no seu rosto... Não sei o que está acontecendo comigo. - Vendo a expressão de surpresa de Harry, Draco tratou de explicar - Eu entendo que esteja confuso, não tanto quanto eu, você sempre me viu saindo com muitas garotas, mas eu nunca senti por elas o que eu sinto por você, ainda não entendi o porquê disso. É estranho, quando você está por perto, eu sinto o coração bater mais rápido, as pernas tremerem e um frio intenso na boca do estômago. Mesmo assim, eu me sinto bem quando você olha para mim, o mundo parece que para por um instante, e, só por causa de um simples olhar, eu já perco toda a concentração, meu coração dispara e parece que estou derretendo. É estranho sentir isso, principalmente quando é só por que você passou perto de mim. Eu não sei o que você fez comigo, mas estar no mesmo ambiente que você já é muito para mim. Se você pudesse sentir o que estou sentindo agora... Não consigo me entender mais. E, ah... Por favor, não conte para ninguém que eu falei isso. - Pediu Draco, corando. Fora difícil, mas finalmnte falara isso para Harry. Ele sentia isso havia tanto tempo...
- Malfoy, sinto muito, mas não posso fazer nada em relação a isso. Eu estou... Estou começando um relacionamento com Hermione.
- Aquela Sangue-Ruim? Como você prefere uma nascida trouxa à um bruxo como eu? Não acredito que vou ter de tomar uma poção Polissuco para virar uma Sangue-Ruim e...
- MALFOY! - Harry berrou, interrompendo-o - NUNCA MAIS CHAME HERMIONE DE SANGUE-RUIM, OU EU FAÇO VOCÊ SE ARREPENDER DE TER NASCIDO, SEU IMBECIL!!
Quando Draco percebeu o que estava acontecendo, Harry já estava com a varinha pronta, poderia ferí-lo a qualquer segundo. O loiro viu os olhos de Potter cheios de ódio. Malfoy adorava aquilo. Harry, por um momento estava pensando nele, somente nele, e não importava se pensasse em como matá-lo, torturá-lo ou algo do tipo, Draco estava realizado pelo simples fato de estar no mesmo ambiente que Harry. Mas todo esse momento encantado passou quando Harry desviou o olhar para a porta e se afastou de Malfoy. Então, o moreno pegou sua mochila e saiu da sala, batendo a porta.
- Harry, não... Volte, Harry... Por favor... - No primeiro instante, Draco gritara, mas depois sua voz foi sumindo lentamente.
Percebendo que Harry não voltaria, Draco começou a andar de um lado para o outro na pequena sala, passando as mãos pelos cabelos sem perceber, estava ficando desesperado. Estaria chorando? Sim, detestou admitir para si mesmo que estava chorando por causa do idiota do Potter. Sentou-se então em um canto e começou a soluçar, desejando que nada daquilo tivesse mesmo acontecido, que Harry ainda estivesse na sala comunal da Grifinória, se preparando para tomar café no grande salão, bem antes de terem conversado, se aquilo pode ser chamado de conversa... Foi ai que se lembrou que tinha aula dali a meia hora, se aparecesse com o rosto vermelho não seria muito legal. Secou os olhos e decidiu esquecer aquilo, pegou sua mochila e saiu da sala pequena, ainda chorando. Começou a andar em direção as masmorras, de cabeça baixa para que ninguém o notasse. Era a primeira vez que um membro da família Malfoy queria isso.
Chegando no quarto, conferiu que aula seria a próxima. Advinhação, com Lufa-Lufa, os alunos mais fofoqueiros da escola.
"Que maravilha!" - Pensou Malfoy, irônico - "Agora vou ser visto com essa cara de choro pelos alunos mais fofoqueiros da escola, e com sorte, amanhã terá alguns comentários sobre mim, maravilha!"
Draco lavou o rosto e deu uma amenizada nas manchas avermelhadas da pele usando aluns feitiços. Não daria para notar, a menos que chegasse muito perto, e as únicas pessoas que fizeram isso recentemente foram Harry, que não estaria lá, e Pansy. Mas tudo ficaria bem se ele sentasse com Crabbe e Goyle, que era o que iria fazer. Pansy detestava esses dois. Então, verificando uma última vez o rosto e os olhos, saiu do quarto e foi em direção a sala de aulas.
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Na aula, para variar, não prestou atenção em sequer uma palavra do centauro Firenze. Estava pensando o quão as coisas poderiam estar maravilhosas entre ele e Potter se ele não tivesse chamado a Granger de Sangue-Ruim. Sem querer, uma lágrima percorreu seu rosto, mas antes que alguém notasse, ele a secou.
"Tenho que me concentrar, tenho que ser o Malfoy que todos conhecem. Esse Malfoy não chora, ele faz os outros chorarem" - Pensou Draco.
- ... não é, Draco? - Goyle perguntou algo, mas Malfoy, perdido em seus devaneios, não escutou.
- Anh? O que foi Goyle? - Draco perguntou, ainda fitando a janela,
- Draco, o que houve? Você está um tanto... Diferente. - Pansy, que sentara na mesa da fileira do lado, ficando assim ao lado de Malfoy, perguntou, percebendo o assunto.
- Não aconteceu nada! Eu estou ótimo hoje, é só que eu não suporto mais essa aula idiota! - Mentiu Draco. Quando terminou de falar, saiu da sala, batendo a porta e, com isso todos os alunos pararam de prestar atenção na aula.

CONTINUA...


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N.A.: É, cap. muito curto, eu sei. Mas se ele fosse mais comprido, iria omitir certas informações  que eu gostaria de colocar com a narração do Harry, então, ficou assim.

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