Segredo de Família



 


A família Wank realmente não estava habituada e nem disposta em contar a história de sua descendência, história que foi contada em segredo de geração em geração. Segredo este, guardado à sete chaves, por causa da pessoa que iniciou essa repulsa, o pai de todos, o que deveria ter sido admirado e bem quisto por todos da família, mas enfim.

Nossa história pode começar na primeira vez em que eu e minha família, tivemos a certeza que eu era realmente um bruxo. Não que realmente existisse a possibilidade de eu não ser.

Na primeira semana em que completei sete anos minha família foi fazer uma visita na casa dos meus tios paternos, foi minha família inteira, eu meu pai, minha mãe e meu irmão que tinha seis anos. Minha tia, irmã do meu pai era trouxa, mas casada a quase oito anos com um amigo da escola do meu pai, eles estudaram juntos em Hogwarts a escola de magia e bruxaria mais famosa do Reino Unido. Gostávamos de ir para a casa deles, para brincar com nossa prima Natalia nasceu dois meses antes que eu, sendo o mais velho tirava proveito deles.

- Eu vou antes que vocês para Hogwarts – disse erguendo o queixo e fazendo cara de desdém, tentando despertar inveja no irmão e na prima, até que a menina com um tom de maldade na voz interrompeu a colocação do primo.

- Hum, temos a mesma idade Robie! Isso é, você vai se você realmente for bruxo!

Robie ergueu as sobrancelhas.

- Mas é claro que eu sou! – falou com um tom de medo, que não passou despercebido pela prima – Meu pai é o chefe do departamento de aurores.

- Eu sei muito bem disso – ela falou calma, continuando a pentear a boneca que tinha nos braços – meu pai disse que já passou da hora de você manifestar a magia que deveria ter nascido com você, já que completou sete anos a mais de dois dias, sabe eu já consigo fazer algumas coisas.

Um pequeno pente flutuou da mesa de cabeceira até a mão de Natalia. Robie e Willian fixaram os olhares no feito da prima e nenhum dos três voltaram ao assunto novamente.

Robie não conseguia dormir na mesma noite, então desceu as escadas do seu quarto e se juntou a mãe na sala.

- Mãe você acha que eu sou um bruxo de verdade?

- Ah, então é isso que esta atrapalhando seu sono? – ela sorriu - Claro que é filho, fique tranqüilo, não pode ser possível você ser um aborto...

- Mas a Natalia disse que já passou da hora da minha magia se manifestar, já faz quase uma semana que tenho 7 anos e nada aconteceu.

- Faz dois dias que você fez sete anos filho – disse Marta com olhar acolhedor – Fique calmo, esqueça de tudo o que você ouviu de todos e durma, amanhã será um dia bonito, e você pode esperar que sua magia se manifeste.

Ela sorriu ao perceber que o filho tinha ficado tranqüilo, ela deu um beijo em sua testa e ele subiu para seu quarto.

O dia realmente estava bonito, o sol brilhava muito forte, e Robie levantou cedo para tentar fazer alguma magia. As ondas batiam na areia do quintal da família Wank, todas as tentativas de usar magia falharam e Robie tinha desistido de “achar a sua magia interior”. A noite chegou rápido, o jantar seguiu silencioso e logo a família se reuniu na sala de estar, Willian balançava seu hipogrifo de brinquedo e o olhar vagava pela casa como se estivesse voando, Robie ficou sério e não mexeu em seus brinquedos, deu boa noite à família e foi deitar.

Seus pensamentos estavam longe, voando por todo o mundo que vivia, e no desprezo que teria de enfrentar caso fosse um aborto, a porta se abriu e Marta caminhou até a cama.

- Posso me sentar aqui – disse ela com um sorriso amargurado no rosto, assim que Robie confirmou tristemente com a cabeça – Você ainda acha que pode ser um aborto não é?

Novamente Robie confirmou com a cabeça, ela sorriu e colocou a cabeça do filho em seu colo.

- Vou te contar uma história, algo que aconteceu antes mesmo de eu nascer – certo de que se sentiria bem melhor após a história, ele olhou nos olhos da mãe esperando.

“Com certeza há muitos anos atrás, minha bisavó estava andando por Londres, em uma de suas ruas mais movimentadas, com um ramo de flores nas mãos, o dia estava claro, mas as nuvens tomavam conta do céu. Ela estava fazendo compras, tinha acabado de chegar da França com sua família, tinha acabado de concluir os estudos na academia de Bauxbatons, ninguém sabe ao certo como foi o primeiro encontro com o lindo homem por quem se apaixonara. Para muitos ele era estranho, frio e em muitas vezes calculista e egocêntrico, mas Salazar Wank como ela o chamava era amoroso e extremamente atencioso, ainda mais quando ela engravidou da primeira filha Lucia e da segunda, Íris. Somente o casal sabia o sobre sua verdadeira identidade o verdadeiro nome dele era Salazar Slytherin...

- O que? – Robie interrompeu com assombro na voz, seu rosto ficou rígido e branco – Salazar Slytherin! O mesmo que...

- Calma, logo chegaremos nesse ponto – Marta continuou como se não tivesse sido interrompida – Mas assim como sua amizade, no passado um dia fraquejou, esse amor também chegou ao fim. Na primeira noite em que a neve encheu as ruas ele sumiu, deixando a senhora e as 3 filhas sozinhas em uma casa isolada da cidade na Europa mesmo.

Minha bisa não aceitou a reviravolta do marido e decidiu sair da mansão na qual morava com os filhos, e se mudar para a cidade de trouxas, Londres.

Como era de se esperar as 3 estudaram em Hogwarts, mas algo diferente aconteceu, nenhuma das filhas tinham sido selecionadas para a casa que o próprio pai fundara mas sim em Grifinória, e quando minha mãe entrou em seu segundo ano na escola surgiram comentários de que o monstro de Slytherin estava solto pela escola, e que um dos herdeiros estava estudando ali, sem os sobre-nomes registrados, minha avó e seus irmãos escaparam por um triz, quando veio a noticia de que uma aluna teria sido vitima da tal criatura e que a câmara tinha sido selada novamente, todos da nossa família voltou a sossegar.”

Robie parou de respirar por alguns segundos, fixou o olhar no teto.

- Então aquela adaga, com a cobra de esmeraldas, não foi o papai que comprou?

- Não – ela sorriu e respondeu – é uma herança de família por isso eu lhe digo filho seria muito difícil, você ser um aborto – ela passou a mão pelo cabelo castanho do filho, e com voz amorosa disse – Tudo tem seu tempo Robie, é só você esperar. Fique tranquilo e durma bem - ela beijou a bochecha de Robie e saiu do quarto. 

Robie ficou imaginando, seu antepassado, um vencedor da morte, e o fundador de uma das casas de Hogwarts, os pensamentos invadiram sua cabeça até que uma luz brotou da sua mão direita, a luz se espalhou por todo o corpo, e em segundos Robie, a cama e muitos objetos começaram a flutuar no quarto, a maior parte dos objetos mais leves, rodopiavam em volta de seu corpo que pairava no ar. Robie ficou assustado com o que estava acontecendo e gritou para a mãe. Os objetos voavam em alta velocidade, Marta abriu a porta do quarto e ficou assustada com a cena, em seguida chamou o marido.

Os dois ficaram parados na porta do quarto vendo os objetos voarem em volta do filho mais velho, Will estava parado e chorando na porta do quarto, enquanto os pais tentavam tirar alguns objetos com a varinha, Duque o elfo doméstico e Mari sua filha estavam parados à porta, ambos com as mãos na boca. 

Robie estava com muito medo, e a situação piorou quando percebeu que não podia controlar a reação que sua magia produziu, o pânico tomou conta de todo seu corpo, e com um grito de horror tudo se desprendeu do ar e caiu com estrondo no chão. 

Aquela noite foi o inicio de muitos fatos que atingiriam a família. Como por exemplo as cobras que perseguiam Robie pelo quintal da casa, depois que ele conseguiu conversar com uma delas.


A família Wank realmente não estava habituada e nem disposta em contar a história de sua descendência, história que foi contada em segredo de geração em geração. Segredo este, guardado à sete chaves, por causa da pessoa que iniciou essa repulsa, o pai de todos, o que deveria ter sido admirado e bem quisto por todos da família, mas enfim.


Nossa história pode começar na primeira vez em que eu e minha família, tivemos a certeza que eu era realmente um bruxo. Não que realmente existisse a possibilidade de eu não ser.


Na primeira semana em que completei sete anos minha família foi fazer uma visita na casa dos meus tios paternos, foi minha família inteira, eu meu pai, minha mãe e meu irmão que tinha seis anos. Minha tia, irmã do meu pai era trouxa, mas casada a quase oito anos com um amigo da escola do meu pai, eles estudaram juntos em Hogwarts a escola de magia e bruxaria mais famosa do Reino Unido. Gostávamos de ir para a casa deles, para brincar com nossa prima Natalia nasceu dois meses antes que eu, sendo o mais velho tirava proveito deles.


 


- Eu vou antes que vocês para Hogwarts – disse erguendo o queixo e fazendo cara de desdém, tentando despertar inveja no irmão e na prima, até que a menina com um tom de maldade na voz interrompeu a colocação do primo.


- Hum, temos a mesma idade Robie! Isso é, você vai se você realmente for bruxo!


Robie ergueu as sobrancelhas.


- Mas é claro que eu sou! – falou com um tom de medo, que não passou despercebido pela prima – Meu pai é o chefe do departamento de aurores.


- Eu sei muito bem disso – ela falou calma, continuando a pentear a boneca que tinha nos braços – meu pai disse que já passou da hora de você manifestar a magia que deveria ter nascido com você, já que completou sete anos a mais de dois dias, sabe eu já consigo fazer algumas coisas.


Um pequeno pente flutuou da mesa de cabeceira até a mão de Natalia. Robie e Willian fixaram os olhares no feito da prima e nenhum dos três voltaram ao assunto novamente.


Robie não conseguia dormir na mesma noite, então desceu as escadas do seu quarto e se juntou a mãe na sala.


- Mãe você acha que eu sou um bruxo de verdade?


- Ah, então é isso que esta atrapalhando seu sono? – ela sorriu - Claro que é filho, fique tranqüilo, não pode ser possível você ser um aborto...


- Mas a Natalia disse que já passou da hora da minha magia se manifestar, já faz quase uma semana que tenho 7 anos e nada aconteceu.


- Faz dois dias que você fez sete anos filho – disse Marta com olhar acolhedor – Fique calmo, esqueça de tudo o que você ouviu de todos e durma, amanhã será um dia bonito, e você pode esperar que sua magia se manifeste.


Ela sorriu ao perceber que o filho tinha ficado tranqüilo, ela deu um beijo em sua testa e ele subiu para seu quarto.


O dia realmente estava bonito, o sol brilhava muito forte, e Robie levantou cedo para tentar fazer alguma magia. As ondas batiam na areia do quintal da família Wank, todas as tentativas de usar magia falharam e Robie tinha desistido de “achar a sua magia interior”. A noite chegou rápido, o jantar seguiu silencioso e logo a família se reuniu na sala de estar, Willian balançava seu hipogrifo de brinquedo e o olhar vagava pela casa como se estivesse voando, Robie ficou sério e não mexeu em seus brinquedos, deu boa noite à família e foi deitar.


Seus pensamentos estavam longe, voando por todo o mundo que vivia, e no desprezo que teria de enfrentar caso fosse um aborto, a porta se abriu e Marta caminhou até a cama.


- Posso me sentar aqui – disse ela com um sorriso amargurado no rosto, assim que Robie confirmou tristemente com a cabeça – Você ainda acha que pode ser um aborto não é?


Novamente Robie confirmou com a cabeça, ela sorriu e colocou a cabeça do filho em seu colo.


- Vou te contar uma história, algo que aconteceu antes mesmo de eu nascer – certo de que se sentiria bem melhor após a história, ele olhou nos olhos da mãe esperando.


“Com certeza há muitos anos atrás, minha bisavó estava andando por Londres, em uma de suas ruas mais movimentadas, com um ramo de flores nas mãos, o dia estava claro, mas as nuvens tomavam conta do céu. Ela estava fazendo compras, tinha acabado de chegar da França com sua família, tinha acabado de concluir os estudos na academia de Bauxbatons, ninguém sabe ao certo como foi o primeiro encontro com o lindo homem por quem se apaixonara. Para muitos ele era estranho, frio e em muitas vezes calculista e egocêntrico, mas Salazar Wank como ela o chamava era amoroso e extremamente atencioso, ainda mais quando ela engravidou da primeira filha Lucia e da segunda, Íris. Somente o casal sabia o sobre sua verdadeira identidade o verdadeiro nome dele era Salazar Slytherin...


- O que? – Robie interrompeu com assombro na voz, seu rosto ficou rígido e branco – Salazar Slytherin! O mesmo que...


- Calma, logo chegaremos nesse ponto – Marta continuou como se não tivesse sido interrompida – Mas assim como sua amizade, no passado um dia fraquejou, esse amor também chegou ao fim. Na primeira noite em que a neve encheu as ruas ele sumiu, deixando a senhora e as 3 filhas sozinhas em uma casa isolada da cidade na Europa mesmo.


Minha bisa não aceitou a reviravolta do marido e decidiu sair da mansão na qual morava com os filhos, e se mudar para a cidade de trouxas, Londres.


Como era de se esperar as 3 estudaram em Hogwarts, mas algo diferente aconteceu, nenhuma das filhas tinham sido selecionadas para a casa que o próprio pai fundara mas sim em Grifinória, e quando minha mãe entrou em seu segundo ano na escola surgiram comentários de que o monstro de Slytherin estava solto pela escola, e que um dos herdeiros estava estudando ali, sem os sobre-nomes registrados, minha avó e seus irmãos escaparam por um triz, quando veio a noticia de que uma aluna teria sido vitima da tal criatura e que a câmara tinha sido selada novamente, todos da nossa família voltou a sossegar.”


Robie parou de respirar por alguns segundos, fixou o olhar no teto.


- Então aquela adaga, com a cobra de esmeraldas, não foi o papai que comprou?


- Não – ela sorriu e respondeu – é uma herança de família por isso eu lhe digo filho seria muito difícil, você ser um aborto – ela passou a mão pelo cabelo castanho do filho, e com voz amorosa disse – Tudo tem seu tempo Robie, é só você esperar. Fique tranquilo e durma bem - ela beijou a bochecha de Robie e saiu do quarto. 


Robie ficou imaginando, seu antepassado, um vencedor da morte, e o fundador de uma das casas de Hogwarts, os pensamentos invadiram sua cabeça até que uma luz brotou da sua mão direita, a luz se espalhou por todo o corpo, e em segundos Robie, a cama e muitos objetos começaram a flutuar no quarto, a maior parte dos objetos mais leves, rodopiavam em volta de seu corpo que pairava no ar. Robie ficou assustado com o que estava acontecendo e gritou para a mãe. Os objetos voavam em alta velocidade, Marta abriu a porta do quarto e ficou assustada com a cena, em seguida chamou o marido.


Os dois ficaram parados na porta do quarto vendo os objetos voarem em volta do filho mais velho, Will estava parado e chorando na porta do quarto, enquanto os pais tentavam tirar alguns objetos com a varinha, Duque o elfo doméstico e Mari sua filha estavam parados à porta, ambos com as mãos na boca. 


Robie estava com muito medo, e a situação piorou quando percebeu que não podia controlar a reação que sua magia produziu, o pânico tomou conta de todo seu corpo, e com um grito de horror tudo se desprendeu do ar e caiu com estrondo no chão. 


Aquela noite foi o inicio de muitos fatos que atingiriam a família. Como por exemplo as cobras que perseguiam Robie pelo quintal da casa, depois que ele conseguiu conversar com uma delas.




 

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