Capítulo III



- Ok. Obrigada por tirar essa dúvida. – Ela falou.

- Agora eu já vou indo, preciso falar com umas amigas da Corvinal. Até mais, Rose!

- Até.

Rose se sentou numa poltrona acolchoada e se flagrou pensando outra vez no dia anterior, até que viu Hugo entrar na sala comunal com a habitual cara marota dele.

- Oi, Rose. Bom dia. – Ele falou, sarcasticamente.

- Que é, Hugo?

- É que eu tenho uma coisa aqui que pode te interessar. – Falou ele, com um sorriso de orelha a orelha.

- Do que você tá falando, hein?

- Eu tô falando disso.

Hugo colocou a mão por dentro das vestes, e Rose teve uma sensação de que não ia gostar do que ia ver. Foi aí que ele puxou um envelope. É, estava tudo perdido mesmo, provavelmente aquela era a carta que Rose ia mandar à Hermione.

- Hugo, o que é isso? – Ela apontou para a carta, rezando para que aquilo fosse apenas um engano.

- Uma cartinha, endereçada à Hermione Granger Weasley, em Godric’s Hollow, e parece que é sua, Rose.


- Se é minha você pode me devolver, não é? – Ela perguntou, tentando entrar no jogo dele.

- Não. Achado não é roubado, Rose.

- Se você não me entregar...

- Você vai fazer o quê? Não pode usar magia ainda, não é monitora, então não pode me aplicar uma detenção... Vai chamar seu namoradinho, é?

Rose sentiu o sangue ferver e subir para a cabeça,teve uma vontade imensa de pegar a varinha e soltar um grande Avada Kedavra em Hugo.

- Não, eu vou falar pra mamãe, e ele não é meu namorado.

- Tenta! – Desafiou.

Foi aí que Rose escutou a porta girar, e novamente, o pior dos seus pressentimentos aconteceu: Era Scorpius. Ela teve uma vontade imensa de sair correndo e enfiar a cabeça no vaso sanitário, mas ao invés disso ficou ali, parada, olhando para ele. A cena era extremamente sem sentido: Hugo parado, em pé, com uma carta na mão, estendendo o braço da carta no alto, e Rose a alguns metros de distância, apontando a varinha para ele, enquanto ainda tinha Scorpius, praticamente uma estátua, que nem piscava, provavelmente sem entender nada.


- Er...Oi. – Ele falou.

- Oi, Scorpius, bom dia. – Falou Hugo, ainda olhando para Rose, com um sorriso maior que nunca.

- Hugo Weasley, me dê isso, rápido!

- Cinco galeões pra eu ficar de bico fechado.

- Feito.

Rose tirou cinco galeões do bolso e pagou a Hugo, que rapidamente saiu satisfeito do caminho.

- Vamos, temos aula de Astronomia, não é? – Falou ela para Scorpius, que ainda estava parado.

- O que foi...Isso?

- Nada, coisas de irmãos mais novos. – Ela respondeu, parecendo calma.


- Não reclame, Rose. Ser filho único é bem pior. – Ele falou, sincero.

- Depende do irmão, né? A Lílian mesmo tá no céu com aqueles dois, o Alvo fica na dele e o Tiago só brinca de vez em quando, mas ela nem liga. Já eu, tenho que agüentar um só, e ainda é insuportável.

Rose agüentou todas as aulas calada, mas ela não parava de pensar a todo tempo no que tinha acontecido naquele dormitório, ela sabia que Hugo ia ficar a chantageando pro resto da vida com aquela carta, então precisava logo se decidir. Na hora do almoço, ela saiu correndo para o corujal a fim de mandar a carta logo para Hermione, mas na hora de conferir se a carta estava lá ela viu que Hugo tinha rabiscado a carta inteira, então ela precisou voltar à sala comunal pra reescrever a carta. Chegando lá, viu Lílian sozinha sentada em uma das poltronas, perto da lareira.

- Oi, Rose. – Ela falou.

- Lílian, você não sabe o que me aconteceu! – Falou ela, aborrecida.

- Conta, conta! – Lílian levantou.

- Pode sentar, eu não vou precisar da sua ajuda agora, Lily. – Ela deu um sorriso, o primeiro naquele dia. – Foi o idiota do Hugo. Você lembra que eu disse que ia escrever pra mamãe a respeito... Dele?

- Dele quem, Rose?

- Do... – Ela inspirou. – Scorpius.

- Ah, sim, claro, você falou sim. – Lílian deu um sorriso enorme.

- Pois é. Naquela hora que você chegou ontem com a Diana eu tava escrevendo a carta, e aí na hora que eu escutei a porta se abrir eu guardei a carta na escrivaninha, e depois disso, bem, eu dormi.

- Eu percebi. – Lílian deu outro sorriso.

- Eu só sei que hoje eu acordei de vestido, cansada, com dor de cabeça, na cama errada, e dei de cara com o Hugo, e adivinha? Ele tava com a carta!
Lílian levou a mão à boca como se aquilo fosse apavorante, e era.

- E pra variar, o Scorpius chegou nessa hora e eu tava lá, parecendo uma idiota, apontando a varinha pra o Hugo, e ele mais idiota ainda, com uma carta na mão. Ah, que ódio! – Rose estava furiosa.


- E aí, o que você fez?

- Nada! O Scorpius perguntou o que tava acontecendo e o Hugo me fez pagar cinco galeões pra não contar pro Scorpius! – Ela agora estava toda corada.

- Meu Deus! Eu não sabia que ele era tão... Tão perverso, Rose!

- E o imbecil ainda me deu a carta de volta toda rabiscada, agora vou ter que reescrever. – Ela disse voltando a si, com a mão na testa, a dor de cabeça dela estava explodindo. – Eu vou reescrever e ir pro hospital, minha dor de cabeça aumentou.

Rose reescreveu a carta, seguindo pelo modelo anterior, com a mão trêmula, e mandou por uma coruja, depois foi no hospital, tomou uma poção medicinal e voltou para a sala comunal, onde ficou sentada sem fazer nada pelo resto do dia, tirando os dois trabalhos que tinha. Só lhe restava esperar a resposta da mãe dela, se é que ela iria responder no mesmo dia.

Duas horas depois, Rose estava cochilando na poltrona quando alguém veio lhe acordar. Era Nanda Wood, a filha de Olívio, que era capitão do time de quadribol.

- Oi, Rose. – Ela sentou na poltrona do lado. Nanda era uma menina muito bonita, tinha os cabelos cacheados e castanhos claros, que iam até a cintura, uma pele clara, mas não muito, e os olhos acinzentados, mas era muito reservada. – Como você está?

- Oi, Nanda. Eu tô bem, por quê?

- A Lílian me fez vir aqui, ela disse que tava te esperando na biblioteca. – Falou a terceiranista.


- Hum, você sabe pra quê ela quer que eu vá lá, Nanda?

- Não! – Ela respondeu imediatamente.

- Estranho, a Lílian na biblioteca? Mas eu vou lá sim...

Rose se levantou da poltrona e se olhou no espelho, estava horrível. Pegou uma escova, passou nos cabelos, e amarrou com um coque improvisado, e foi atrás de Lílian. O corredor estava praticamente vazio, e Rose achou isso muito estranho, pois ninguém tinha aula naquele horário. Chegou na biblioteca e viu que quase todos da escola estavam lá.

- Hã... Perdi alguma coisa? – Ela perguntou, sem entender nada.

- Perdeu sim! Feliz aniversário, Rose! – Gritou Lílian, e todos começaram a festejar.

- Como assim... Pera aí, que dia é hoje?

- Hoje é dois de julho, sua boba! Esqueceu do aniversário?

Rose parou. Como ela pôde esquecer? Apesar de que com todos aqueles acontecimentos, o baile, a carta e tudo mais, era difícil se lembrar. Mas esquecer o aniversário?

- Vem, Rose! A gente precisa cantar os parabéns!

- Ah, vocês não vão me fazer dar primeiro pedaço de um bolo, vão?

- É claro que sim, Rose! Que graça tem sem o primeiro pedaço?

Rose mais uma vez respirou fundo. Como assim? Ela daria a Lílian, ou a Scorpius? Dar a Lílian era praticamente óbvio, e a Scorpius talvez demonstrasse demais o que ela sentia por ele. Ela resolveu ir cantar os parabéns e dar o primeiro pedaço a quem lhe viesse na cabeça.


Parabéns pra você
Nessa data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida
É pique, é pique,
é pique, é pique, é pique!
Rá-Tim-Bum
Rose! Rose!


Rose deu um sorriso e agradeceu profundamente por Hugo não ter tido sucesso com a tentativa ridícula de cantar um “Com quem será?”

- Vai, Rô! Sopra a velinha e faz um pedido! – Falou Lílian, empolgadíssima.

Rose achou que aquilo era estranhíssimo, ela estava completando dezessete anos, por quê tinha que apagar uma velinha? Mas não quis dizer que não, “Gente doida não deve ser contrariada”, repetiu para si mesma, rindo por dentro.

Finalmente ela aproximou um pouco o rosto do bolo, e soube o que pedir: Pediu para que aquela situação em que estava se resolvesse, que ela decidisse logo o que fazer em relação a Scorpius, em relação ao que sentia, e então, antes que Hugo pudesse pensar em enfiar a cabeça dela no bolo, ela assoprou.

No momento em que ela assoprava, teve a estranha impressão de que tudo em sua volta tinha parado, como se estivesse em câmara lenta e preto-e-branco, apenas um rosto estava colorido, o dele. Será que realmente aquela superstição podia se realizar?


No mesmo momento em que Rose pensou aquilo, uma coruja entrou na sala, e depositou ao lado do bolo uma carta. Rose sabia de quem era, e sabia que aquilo já podia realizar seu pedido. Ela abriu, enquanto todos ainda a olhavam.

Querida Rose,
Faça o que achar melhor pra você. Se você realmente o ama, deixo isso em suas mãos. Só peço que faça suas escolhas com cuidado para não se arrepender e sofrer depois. Não vou contar ao seu pai, vou deixar que você o apresente, se eu contar ele pode criar uma antipatia do garoto e para desfazer isso, se eu conheço seu pai, vai ser complicado.
Um beijo,
Hermione Weasley.


Rose parou, releu a carta três vezes, queria que aquelas palavras penetrassem na sua cabeça. Ela sabia, realmente que era aquilo que queria...

- Rose! Acorda! – Falou Lílian, estralando os dedos na frente dos olhos da prima.

- O quê?

- Primeira fatia do bolo, amorzinho! – Ela falou.

- Ah, claro. Bom, se não lhe incomodar, não quero dar primeira fatia do bolo. Peço que façam uma fila na minha frente por ordem alfabética dos sobrenomes de trás pra frente. – Ela falou.

- Como? – Perguntou Lílian.

- Assim. Seu sobrenome é Potter, por exemplo, então você vai ter vantagem na fila, é de trás pra frente na ordem alfabética.

- Ah sim. Então, tem alguém com letra Z? – Perguntou Lílian.


Depois de ter entregado todas as fatias de bolo, Rose inventou uma desculpa pra chamar Lílian e as duas ficarem a sós.

- Lily, a mamãe me respondeu.

- E...?

- Veja com seus próprios olhos. – Ela estendeu a carta. Lílian a leu.

- Ah, que máximo! Então ela deixa?

- Deixa, né? Agora ela bem que podia avisar a ele...

- Rose, que ótimo, você vai namorar com o Scorpius! – Lílian deu um abraço apertado em Rose.

- Calma, priminha, não é fácil assim! – Ela falou, assustada. – Eu tenho que estar preparada...


- Ok. – Falou Lílian. – Ah, que legal, sua mãe deixa!

- Ainda tenho que falar com o papai. Eu pensei em apresentar o Scorpius, fazer com que o papai o adore, pra depois falar que ele é um Malfoy, e, bem, se daqui pra lá estivermos... Namorando eu conto também.

- Me conta, Rô, você vai pedir a ele ou esperar que ele te peça?

- Não sei, Lí. Depende da oportunidade, né?

- Ai, imagina; Rose Malfoy, ah, que tudo!

- Calma aí, Lílian. – Falou Rose espantada. – Nós nem namoramos e você já tá pensando nisso? Mas, me conta, você tá gostando de alguém?
Lílian passou os olhos pelo ambiente, como se procurasse alguém.

- Sinceramente, eu tô, mas eu sei que não é amor de verdade, eu só gosto dele e pronto.

- Ah, fala, Lílian, quem é?

- O Teddy! Ah, eu comecei a gostar dele depois do baile, lindinha!

- Sim, falando nisso, o Teddy tá namorando com a Roxanne.

- Como? – Lílian pareceu ter levado um choque.

- Teddy Lupin, Lílian!

- Ah, sim. Nem é surpresa pra mim, eu sempre achei que eles se gostavam.

- Conta pro Tiago? Ele vai surtar! – Falou Rose, sorrindo.


- Claro que eu vou contar! Tudo pra ver o Ti pagando mico!

- Eu sempre achei que ele gostava da Roxanne, o que é bem esquisito, até porque Roxanne é nossa prima. – Falou Rose.

- Eu sei disso. Também achava, mas desde o quarto ano dele que ele... Bom... Repara numa menina. – Respondeu Lílian.

- Quem? Me conta!

- Oi Lílian, oi Rose. A gente vai ter que sair agora porque a bibliotecária descobriu que o Dumbledore não estava chamando ela e tá à beira de um ataque de nervos. – Falou Jeremy Lewis, um garoto baixinho do terceiro ano.

- Ah, obrigada, Jeremy. Vamos, Rose, a chapa vai esquentar!
As duas foram correndo para o centro da biblioteca, e viram que a Madame Price gritava o tempo inteiro.

- ISTO É UMA BIBLIOTECA! PELAS BARBAS DE MERLIN, QUE BAGUNÇA! ARRUMEM TUDO ISSO DIREITINHO! PROFESSORA MCGONAGALL, PROFESSORA! – A bibliotecária tinha posto a cabeça para o lado de fora da porta. – VENHA CÁ, OLHE SÓ O QUE ESTES PESTINHAS APRONTARAM!

- Ela está furiosa. – Murmurou Lílian.

- Por que vocês fizeram isso aqui? Podia ser na sala comunal, não ia ser melhor?

- Não. Você estava na sala comunal, e te tirar dali por mais ou menos meia hora ia ser complicado, Rose.

- O que está acontecendo aqui? – Perguntou Minerva McGonagall, entrando na sala.

– Uma festa? Como? Quem é o responsável por isso?

- Eu, professora, eu posso explicar. – Falou Lílian, antes que os demais pudessem impedi-la.

- Não há explicação para uma coisa dessas! Detenção, detenção para todos vocês e menos duzentos pontos da Grifinória. – Ela olhou para o lado e viu Alvo. – E menos dez pontos da Sonserina.


- Acorda, Rose. Chegou uma coisa pra você. – Falou Olívia Mitchell, uma garota de cabelos crespos do quinto ano.

- Como? Então eu sonhei tudo isso? – Ela esfregou os olhos, incrédula, por causa da carta.

- Hum, provavelmente sim! – Ela respondeu.

- Que dia é hoje? – A garota finalmente perguntou.

- Hoje é cinco de junho, Rose. – A menina falou, e entregou a Rose um envelope. – Uma coruja-de-igreja veio entregar aqui, está endereçada pra você.

- Ah, é da minha mãe. – Rose deu um sorriso falso.

- Hum... Ok.

A garota já ia se afastando com uma expressão totalmente confusa no rosto quando Lílian a chamou de volta.

- Olívia, são que horas?

- São seis da noite, é bom você se apressar pra descer, o jantar já está pronto.

A garota ficou encarando Rose.

- Ah, eu não me agüento de curiosidade, me conta o que você sonhou? Tô precisando de mais um sonho pra o meu diário dos sonhos de adivinhação, ainda é a Trelawney que me ensina.

- Claro. Eu sonhei que tinha uma festa surpresa pra mim só que era na biblioteca, aí a bibliotecária apareceu, chamou a professora McGonagall e ela aplicou denteção pra todo mundo, tirou duzentos pontos da Grifinória e vinte da sonserina, já que meu primo é de lá.

- Obrigada, Rose. Fico te devendo essa!

- De nada!


Rose levantou, se trocou e desceu, junto com Olívia. Não queria abrir a carta longe de Lílian, ela sentiu que a prima devia ler junto dela, e ela tinha um mau pressentimento em relação à carta. Ela sonhou que a mãe dela aceitaria, por que isso poderia acontecer de novo?

- Rose, senta aqui! Tava te esperando... – Falou Lílian.

- Oi, Lí. Por que você tava me esperando?

- Porque eu ouvi a conversa de Tiago e Scorpius sem querer hoje, e queria te contar pra você ir se preparando. – Ela sussurrou.

- O que eles falaram? – Ela perguntou, curiosa.

- Ah, é arriscado eu te contar aqui, Rô, mas você vai gostar.

- Liu, eu recebi a resposta da mamãe.

- O que ela falou? – Perguntou excitada.

- Não sei ainda.

- Como não sabe?

- Ainda não abri.

- Ah, por favor, Rose Weasley! Como assim você não abriu?

- Eu tive um sonho estranho, e acordei achando que tinha que ler com você...

- Você...tsc, tsc. – Ela deu um sorriso.


As duas jantaram o mais rápido que puderam, Rose porque queria saber o que Scorpius e Tiago andaram conversando, Lílian porque queria saber o que Hermione tinha falado na carta. As duas só comeram uma panqueca cada e meio copo de suco de abóbora quando saíram quase correndo pelo salão principal rumo à sala comunal.

- E então, o que eles falaram?

- Eu ouvi o Tiago conversando com o Scorpius sobre...

FLASHBACK – Conversa de Scorpius e Tiago

- Scorpius, eu falei com a Lily, sabe... E pelo jeito a Rô também gosta de você.

Scorpius continuou imóvel.

- Não aja como se você fosse um guarda-roupa, você é uma pessoa, parta pra ação, homem!

- Você quer que eu faça o quê? – Ele perguntou.

- Eu quero que você chegue pra Rose e dê um puxão no cabelo dela e empurre ela na lareira. – Ele fez uma cara de quem não estava achando aquilo interessante. – É óbvio que é pra você pedir ela em namoro, né, seu panaca!


- Eu sei que eu tenho que fazer isso, só não sei como! – Falou Scorpius, olhando para a parede.

- “Oi, Rose. Eu tava pensando... Você quer namorar comigo?” Entendeu ou quer que eu desenhe? – Tiago deu um sorriso.

- Não é tão fácil assim, Tiago. Se eu não gostasse dela eu ia falar na maior facilidade, mas é bem complicado, entendeu? Você gosta de alguma menina, não é possível, experimente chegar pra ela e pedir em namoro do nada!

Tiago ficou em silêncio, depois tornou a falar.

- Então faça alguma coisa legal pra ela, se você não consegue falar...

- Tipo...?

- Não sei, Scorpius, é você que gosta da Rose, não eu! – Ele falou sem paciência.

- Então tá, eu vou tentar. Valeu, Tiago.
Scorpius saiu do dormitório, agora pensando em como ia fazer isso.

FIM DO FLASHBACK


- Lílian! Ai, esse negócio de amor é tão complicado! – Falou Rose, sorrindo com o que a prima tinha acabado de contar.

- Pois é, priminha do coração... Agora vamos ler logo essa carta, né?

- Bem lembrado, Lily. – Falou Rose, com ironia.

As duas, juntas, rasgaram o envelope. O maior desejo de Rose era que a mãe dela desse todo o apoio possível.

- Quer que eu leia pra você, Rô? – Perguntou Lílian, vendo que Rose estava muito trêmula.

- Quero. – Ela deu um sorriso pelo canto da boca.

- Pois bem, aqui diz: Rose, desculpe pela demora para responder, é que eu precisei ler a carta dezoito vezes pra poder entender perfeitamente o que você entendeu, querida. Eu comecei a namorar com o seu pai com dezessete anos, - Lílian sorriu. – e acho que depende muito da pessoa, se ela está pronta ou não. Olha, se você achar que realmente gosta dele, e que está preparada pra isso, e principalmente, se ele for bem diferente do pai dele, eu dou todo o apoio. Vou falar pra o Rony, acho que ele vai ter um ataque cardíaco aqui. Depois eu te escrevo pra falar a reação dele. Me mande uma carta assim que estiver decidida. Beijos. Mamãe.


 

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