Eu morri?
AVISO: Se você quer ler algo que é cientificamente correto, não leia este capitulo pois há muita ficção no jeito em que ela estava!!
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- Narrado por Julieta Giucci -
Merlin que doidera! Nossa... depois que Diggory me deu aquela cerveja não me lembro mais de nada direito! Eu tive a impressão de estar morta, mas que minha alma não saiu do corpo. Mas não era isso... é muito confuso... mas eu tentarei explicar: Bem, depois que eu caí no chão as lembranças ficaram deprimentemente vagas. Me lembro de flaxes que pareciam um sonho... mas só que bem mais real. Primeiro, de Pedro apontando para mim no final do corredor e profª Mcgonagall cobrindo a boca com as mãos, apavorada. Depois, de Remo me sacudindo e gritando sofregamente comigo, pedido para eu falar alguma coisa... eu juro que tentei, mas não consegui. Depois disso, de uma imagem vaga de Sirius, Alice, Anne, James e Lily chorando num canto enquanto fortes soluços vinham de trás de mim. Então lembro de Remo dizendo várias coisas lindas com voz falhada... Então de meus pais chorando enquanto acariciavam meu rosto... Depois, nada. Só esses flaxes mesmo. E, engraçado... eu não senti a necessidade de piscar, de respirar e não conseguia mover um músculo. Só pensar, nada mais. Mas eu sentia quando alguém me tocava.
Mas quando parecia que outra visão viria, aconteceu algo muito estranho: meus sentidos voltaram. Eu, primeiramente, consegui voltar a ver, mas meus olhos estavam ardendo... tentei piscar e consegui. Então uma falta de ar dos infernos. Respirei tentando me acalmar. Aonde eu estava? Parecia a Ala hospitalar, mas... havia uma cortina em volta de mim... Nossa... que dor no corpo... devo estar aqui parada há horas... com algum esforço, me mexi, mudando um pouco minha posição. Ai um sono dos infernos. Fechei os olhos e aí ouvi alguém me chamar com uma voz deprimida e chorosa.
- J-Julieta?
-Remo! - Eu me virei para ele. Seu rosto cortado por lágrimas, vermelho, inchado, fortes olheiras... Estava deprimentemente deprimido.
- Estou tendo alucinações agora... - Ele disse desviando o olhar para as cortinas - Ela não está mais viva Aluado... para de se torturar internamente!
- Para com isso seu lobinho bobo! - Eu toquei seu braço. Ele me olhou assustado - e eu fosse uma alucinação eu não conseguiria te tocar.
- Mas... - Ele me olhou apavorado - Julieta... você está... m-morta.
Parei e pensei por um momento. Então aquelas visões eram reais... eu realmente fora envenenada e todos que eu amo foram destruídos internamente com a notícia de minha falsa morte. Remo estava naquele estado por minha causa. Ele chorara a noite inteira... Eu percebi que ele me olhava confuso, então eu sorri serenamente.
- é muito difícil se livrar de mim Remo.
Ele deu um sorriso tão lindo... um sorriso de felicidade tão intensa... ele segurou minha mão, a beijou e me olhou nos olhos. Ele estava chorando novamente.
- Remo... Por que chorando? Eu não valho essas lágrimas...
- Você vale muito mais que lágrimas Julieta - Ele respondeu enxugando as lágrimas - Muito mais.
Então ele se levantou, abriu a cortina que circundava minha cama e chamou:
- Madame Pomfrey! Ocorreu um milagre! A senhora precisa ver isso!
Ele voltou a se sentar. Madame Pomfrey apareceu e me olhou assustada mais entusiasmada.
- Pelo amor de Merlin isso realmente é um milagre! - Ela disse sorrindo alegremente - Sr. Lupin, vá buscar Dumbledore enquanto eu cuido dela. Já!
- Eu volto. - Ele disse correndo para fora das cortinas
- Como está se sentindo? - Madame Pomfrey me perguntou
- Bem... nenhuma dor... nada de errado... só uma pequena ardência nos olhos mas isso deve ser porque eu estava com eles abertos... - Eu disse pensativa. Estranho... eu morri e não sinto dor...
- Certo eu vou buscar uma poção para os olhos agora! - Ela disse saindo sorridente da área circundada pelas cortinas.
Em cinco minutos, Remo estava de volta ofegante. O escritório de Dumbledore é perto, mas para a velocidade que ele demorou... deve ter corrido muito rápido mesmo...
- Não foi uma alucinação... ótimo... - Ele murmurou sorrindo - Oi!
- Oi. - Respondi - ainda acha que sou uma alucinação Reminho?
- Mais ou menos... - Ele ofegou - eu... acho... que talvez... eu estivesse... maluco. Mas acho... que não estou!
- Eu tenho certeza lobinho bobo! - Eu disse rindo. Nossa... rir força meus pulmões...dói!
- A poção - Madame Pomfrey disse entrando de volta com um frasquinho- beba.
Bebi. Gosto de água. De repente a ardência passou. E Dumbledore entrou com um sorriso no rosto.
- Julieta! Está viva! - Ele disse feliz- Isso é muito bom... Descanse e depois eu gostaria de falar sobre como você bem... quase morreu.
- Eu morri mesmo? - Eu perguntei incomodada. Eles assentiram - Tipo... nenhum batimento... pele fria... paralisada... morta?Eu morri?
Eles assentiram de novo.
- Que horror! - Eu disse assustada. Eu tinha ressuscitado ou nunca morri... que confuso! - Mas diretor... eu acho que estou suficientemente disposta para poder te explicar o que aconteceu.
- Bem... - O direitor balançou a varinha e uma cadeira apareceu na ponta da cama - Então conte.
- Bem... eu estava indo para o salão comunal depois do baile... mas tinha esquecido minha bolsa. Eu voltei para o salão do baile, peguei a bolsa e comecei a voltar para o salão... Mas eu tentei pegar um atalho que passava pela entrada do salão comunal da Lufa-Lufa... e quando estava lá, Amos Diggory me ofereceu uma cerveja amanteigada...
- Eu sabia que tinha sido o Diggory... - Remo rugiu
- Não interrompe!- Eu briguei - Ele estava muito estranho Remo... eu acho que estava sobre a maldição Imperius... Mas continuando... Depois disso eu só me lembro de flaxes... eu meio que via o que estava acontecendo de tempos em tempos. Não precisava respirar, piscar, nada. Mas via de vez em quando.
- Interessante... - Dumbledore disse pensativo - Estranho você disse? Como...
- Ele estava robótico. Tentando fazer tudo rapidamente e me cortando. Sua voz estava realmente estranha. - Eu disse
- Certo. Vá dormir um pouco, eu vou resolver as coisas. - Dumbledore disse saindo da área cortinada.
- Eu vou também Julieta. Você precisa descansar... - Remo disse passando a mão por meus cabelos - Vão achar que eu fiquei doido e confuso... mas eu vou trazer todos para cá mais tarde. Vão querer te ver respirando novamente - Ele passou a mão por meu rosto docemente - Bom descanso
- Obrigada. - Eu falei sorrindo
Ele saiu. Madame Pomfrey fechou as cortinas. É até engraçado como o meu sono veio instantaneamente...
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Acordei sem abrir os olhos. Deixe me lembrar... aé... eu morri. Vozes falando em minha volta... Malditas vozes...
- Ela ta respirando... tá mesmo viva... - Ouvi alguém, provavelmente Sirius sussurrar
- Ela continua sendo minha namorada Sirius, para de olhar para onde não deve seu tarado! - Ouvi Remo sussurrar
- Malz Aluado! - Ele respondeu
- Malditos amigos: eu morri ontem... posso pelo menos dormir em paz?- Eu disse abrindo os olhos e sorrindo para eles.
- Bom dia... - Remo disse sorrindo para mim
- Dia? Que horas são? - Eu perguntei assustada
- Para ser exato... oito da manhã Giucci. - James disse sorrindo
- Quando eu fui dormir? – Perguntei coçando os olhos
- Eram umas três da tarde... – Remo sorriu
- Uau... é muito tempo... – Eu comentei. Eles sorriram
Olhei para todos. Sorridentes e me olhando com entusiasmo. Meus amigos. Meus grandes e verdadeiros amigos.
- Six... Remo te contou que eu vi algumas coisas? - Perguntei a Sirius
- Contou - Ele respondeu – Por que?
- Porque eu vi alguém chorando... - Eu disse sorrindo - Sentiu minha falta Black?
- Giucci você é uma boba! - Ele disse rindo
- Talvez eu seja... - Eu respondi rindo
- Saudades de você amiga - Lily disse calmamente - a Grifinória toda ficou mais deprimente que o dia que você e o Remo tinham terminado. Estava tudo tão... Sombrio. Foi o pior Natal de todos, com certeza!
- Natal? - Eu perguntei incrédula - Foi... a quanto tempo?
- Ontem. - Alice respondeu
- Pelo amor de Merlin! Eu estraguei o Natal de toda Hogwarts! - Eu disse assustada
- Não de toda... -Remo rugiu - Snape estava bem feliz ontem... Ele até riu de mim quando fui almoçar de cara vermelha...
- Ele o que?! - Todos nós perguntamos em coro
- Riu. - Remo respondeu amargamente
- Ta bem, calma povo! - Eu disse para todos, que começaram a ficar agressivos - vocês cuidam dele depois! Mas então... o que aconteceu enquanto eu estava incapassibilitada?
- Bem... Aluado passou quase o dia todo aqui - Sirius disse - a deprimência do lugar foi inevitável! Todos ficaram deprimidos, tirando o Snape, a Cissa, o Avery e o Lestrange...
- Cissa?! - Perguntei
- Minha prima que você adora, a Narcisa. – Sirius explicou -Ahhh é.... - Ele riu - Aluado quase virou um assassino!
- O que Reminho? Assassino? Eu não posso morrer por um dia que você começa a tentar matar gente? - Eu disse ironicamente. Todos riram
- Eu realmente quase matei o Diggory. Mas a profª Mcgonagall me impediu - Ele disse com um sorriso sarcástico - pelo menos agora sei que não foi completamente culpa dele...
- ÉÉ!! - Respondi - Aiiiiiiiinnn... Não acredito que perdi o Natal! - Eu resmunguei.
- Tá pedindo presentes, é isso Giucci? - Sirius disse rindo
- Não... é o Natal! É tudo lindo no natal... a decoração, a comida... todo mundo fica feliz... e eu estava morta.
- Para de resmungar Giucci !- Anne riu - a gente te dá os presentes depois, a decoração ainda não foi tirada, a neve continua e agora que você voltou a viver, todo mundo tá feliz! O natal praticamente atrasou um dia!
- Muito bem... já estão tempo demais... fora! - Madame Pomfrey entrou na cabaninha e disse
- Tchau Julieta - Remo disse tocando minha perna
Agora ferrou! Ferrou... ferrou! Ferrou tudinho! Eu não sinto minha perna! Nada! Eu só sei que ele a tocou porque eu vi, mas não senti nada!
- Remo. - Chamei
- Hã? - Ele disse
- Não sinto minhas pernas - Eu respondi assustada
- Como assim? - Ele perguntou
- Você tocou minha pena, mas eu não senti... só vi... Isso é horrível!
- Eu vou cuidar de você, fora meninos! - Madame Pomfrey disse explusando eles de lá.
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Dumbledore descobriu o que ouve comigo. Bem, é claro, fui envenenada, mas ele descobriu qual foi o veneno. Não tem exatamente o nome, mas é um veneno que causa uma quase-morte por um dia e meio. E depois, tira todo o movimento das pernas -_-+. Era muito usado porque as pessoas eram dadas como mortas e enterradas vivas. Que sorte a minha hein?
Mas a cura demorava a ficar pronta e eu ia ser transferida ao St. Mungus esta noite... A tarde, Remo e o resto do povo (que amor eu tenho por meus amigos né? ) iam vir me visitar pela última vez.
- Tudo bem? - Eu disse quando eles entraram
- Tudo... Giucci, o que houve com sua sensibilidade nas pernas mesmo? - Lily perguntou
- Perdi o movimento... - Eu bufei - mas existe uma cura... vou ser transferida para St. Mungus hoje à noite e ficar lá uns dias...
- Vai embora tão cedo? - Remo perguntou com uma carinha triste
- Sou obrigada... se quiser andar normalmente... - Eu disse com um sorriso triste – Ou seja, não tenho escolha, Remo.
- Então tá certo... - Alice disse - Quanto tempo vai ficar fora?
- Não sei bem... uma semana mais ou menos... - Eu disse dando os ombros
- Uma semana?! - Remo perguntou de olhos arregalados
- Você quer ou não que eu consiga andar? - Eu perguntei ironicamente
- Quero... mas é muito tempo!
- Eu sei... - Eu disse abaixando o olhar
- Então... - Sirius disse
- Então... nada. - Eu respondi - Já contei tudo para vocês, e vocês para mim. Acabou completamente o assunto.
- Que pena... - Anne murmurou
- Ééé...
Três segundos de silêncio. Todos se encararam e por algum motivo todos começaram subitamente a rir.
- Então a gente já vai... - Lily disse - Tchau Giucci, boa sorte no st. Mungus
- Tchau meninas! - Eu respondi
- Nós também, bem, acho que o Aluado não vai querer ir, mas... - Sirius disse - bem, nós vamos.
- Tchau meninos - Eu respondi rindo
Eu e Remo nos olhamos por um momento. Ele apontou para meu pescoço
- Feliz Natal...
Como? Pus a mão em meu pescoço. Meu cordão... Pera ai... tem um pingente a mais... Puxei ele para poder ver direito. Que lindoooo *-* é a cabeça de um lobinho de olhos de esmeralda. Deve ter custado uma fortuna!
- Remo... é lindo! - Eu disse maravilhada - mas não foi muito caro?
- Nada demais... - Ele disse sorrindo - alguns galeões a menos não fazem diferença.
- Lindo - Eu sorri
Eu me virei para a mesa de cabeceira e peguei minha bolsa. Abri ela e peguei minha varinha. Então pus a mão cobrindo a boca e sussurrei:
- Accio presente
Um pacotinho apareceu voando em poucos momentos. Eu o peguei e entreguei para Remo.
- Feliz Natal.
Ele abriu: um relógio de bolso. Não era nada maravilhoso, mas era útil. Presente para homem é sempre difícil, mas aquele era feito para ele: mostrava a lua do dia.
- Abre. - Eu sussurrei
Ele abriu, de um lado, as horas, de outro, a lua. Ele sorriu
- Vai ser útil... Obrigado
- De nada... - Eu sorri
Ele pareceu pensar por um momento. Ele sorriu e estendeu a mão para mim.
- Me dê o seu pingente rapidinho Julieta - Ele sussurrou
Eu olhei ele estranho e obedeci. Ele pegou e abriu (Eu também acabei de descobrir que o pingente é de abrir, você não está sozinho nessa) depois abriu seu relógio. Pegou sua varinha e sussurrou alguma coisa, um encantamento. Uma fina linha azul rodou os presentes e desapareceu. Remo guardou a varinha e sorriu.
- Se quiser falar comigo, é só abrir o pingente. Eu o conectei ao relógio. - Ele explicou
- Que legal! - Eu disse pondo o pingente de volta no cordão
- Devo ir embora? - Ele perguntou pondo o relógio no bolso
- Eu não quero... Mas, acho melhor... Está anoitecendo...
- Tchau Julieta, boa sorte no hospital - Ele disse abaixando e beijando minha testa de leve
- Tchau Remo. Boa sorte com os estudos - Eu respondi sorrindo
- Até mais - Ele sorriu e saiu da cabaninha.
Fui transferida para o St. Mungus lá pelas 19:00, fiquei no departamento de envenenamento com uma velha , um homem estranho e um garoto de uns quinze anos que devia ser do norte por seu sotaque. Chegamos lá tranquilamente, minha cama era confortável, a enfermeira que fez a primeira consulta era simpática... E eu tinha Remo pendurado em meu pescoço...
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