Padrinho
Sirius acordou com os primeiros raios de sol, ele tinha que procurar um lugar seguro para falar com Harry aquela noite, ele estava mais leve que antes.
Tomou um banho, cuidou dos cabelos e da barba, e no espelho pode ver que estava muito melhor do que a meses antes, tinha um brilho no olhar de novo.
Ao sair de casa se transformou e foi para um povoado bruxo que havia lá perto, a casa estava segura, ele era o fiel segredo, então tudo estava bem.
Ao chegar no povoado, tratou de pegar uns pães e algumas frutas na quitanda deixando sempre o dinheiro na bancada, comeu, andou, e aproveitou para ler os jornais que a muito não via. Foi ai que viu o que tinha mais medo: IGOR KARKAROFF estava em Hogwarts, mais um comensal em Hogwarts, ao lado de Harry, ele precisava avisar seu afilhado, ele realmente corria perigo, Snape podia ser de confiança, mas Igor não.
Ficou de olho nas casas bruxas até decidiu qual seria usada para a marotagem, casa escolhida ficou por perto da mesma até anoitecer, depois de conseguir um cachorro quente de umas crianças ainda em forma de cachorro, esperou até o dono da casa sair para jantar com a família e arrombou a casa do bruxo, se colocando em frente da lareira, era hora de falar com o Harry.
Ele nunca gostou de viajar ou se comunicar por pó de flu, mas o desconforto acabou assim que viu o velho salão comunal da Grifinória e seu afilhado sorrindo e indo de encontro com ele na lareira:
— Sirius, como é que você vai indo? – falou o afilhado
Harry estava diferente, tinha um ar cansado e preocupado, podia se dizer um pouco triste, a aparência também estava diferente se lembrava, ele tinha os cabelos mais rebeldes e estava mais alto, a cada dia que passava Harry se tornava mais parecido com o pai.
— Eu não sou importante, como vai você? — respondeu o maroto
— Estou... — Sirius viu Harry dar um suspiro cansado e mexer no cabelo assim como o pai fazia quando estava com problemas, e antes que pudesse falar qualquer coisa seu afilhado já estava contando como seus amigos não acreditavam nele, sobre a idiota da Skeeter que falava mentiras, que estava se tornando piada, que até seu melhor amigo estava brigado com ele e que a primeira tarefa do torneio era enfrentar dragões. Ali Sirius tinha certeza, Harry era filho de Lilian, só ela conseguiria fazer um monólogo tão grande.
Assim que Harry terminou de falar, foi a vez do maroto tentar ser padrinho e amigo, foi quando começou a falar:
— Dragões a gente pode dar um jeito, Harry, mas falaremos disso em um minuto, não posso me demorar muito aqui... Arrombei uma casa de bruxos para usar a lareira, mas eles podem voltar a qualquer momento. Tem coisas de que preciso alertá-lo.
— Quais? — perguntou Harry,
— Karkaroff — respondeu o maroto pesaroso. — Harry, ele era um dos Comensais da Morte. Você sabe o que é isso, não sabe?
— Sei, ele... Quê? – Respondeu o garoto confuso, é ele realmente era filho de Lilian, só ela queria arrumar respostas para tudo, e pensando nisso continuou:
— Ele foi apanhado, esteve em Azkaban comigo, mas foi libertado. Aposto o que quiser que foi essa a razão de Dumbledore querer ter um auror em Hogwarts este ano, para ficar de olho nele. Moody foi quem pegou Karkaroff. Foi o primeiro que trancafiou em Azkaban.
— Karkaroff foi libertado? — perguntou o garoto lentamente — Por que foi que libertaram ele?
— Ele fez um acordo com o Ministério da Magia — respondeu o maroto com raiva, afinal ele era inocente e não teve opção de acordo – Ele fez uma declaração admitindo que errara e então revelou nomes... E mandou uma porção de outras pessoas para Azkaban em lugar dele... Ele não é muito popular por lá, isso eu posso afirmar. E desde que saiu, pelo que sei, tem ensinado Artes das Trevas a cada estudante que passa pela escola dele. Por isso tenha cuidado com o campeão de Durmstrang também.
— OK — disse Harry devagar. — Mas... Você está dizendo que Karkaroff pôs meu nome no Cálice? Porque se fez isso, ele é realmente um bom ator. Parecia furioso com o acontecido. Queria me impedir de competir.
— Sabemos que ele é um bom ator — afirmou o maroto — porque convenceu o Ministério da Magia a libertá-lo, não é? Agora, tenho acompanhado o Profeta Diário, Harry...
— Você e o resto do mundo — disse o garoto com amargura.
—... E lendo nas entrelinhas do artigo que aquela tal de Skeeter publicou no mês passado, Moody foi atacado na véspera de se apresentar para trabalhar em Hogwarts. É, sei que ela diz que foi mais um alarme falso, mas tenho a impressão de que não foi. Acho que alguém tentou impedi-lo de chegar a Hogwarts. Acho que alguém sabia que seria muito mais difícil agir com ele por perto. E ninguém vai investigar muito. Olho-Tonto andou ouvindo estranhos vezes demais. Mas isto não significa que tenha se tornado incapaz de identificar a coisa verdadeira. Moody foi o melhor auror que o Ministério já teve.
— Então... Que é que você está me dizendo? — perguntou o pequeno maroto — Karkaroff vai tentar me matar? Mas... Por quê?
Sirius pensou um momento, Harry era tão novo, mas tudo parecia que conspirava contra ele, ele tinha dom para encrencas, mas as encrencas que ele se metia podia causar a morte do mini-maroto.
— Tenho ouvido coisas muito estranhas — continuou o maroto. — Os Comensais da Morte parecem andar um pouco mais ativos do que o normal ultimamente. Mostraram-se publicamente na Copa Mundial de Quadribol, não foi? Alguém projetou a Marca Negra no céu... E, além disso, você ouviu falar na bruxa do Ministério da Magia que está desaparecida?
— Berta Jorkins? – respondeu o garoto
— Exatamente... Ela desapareceu na Albânia, e sem dúvida foi lá que diziam ter visto Voldemort pela última vez... E ela saberia que ia haver um Torneio Tribruxo, não é?
— É, mas... Não é muito provável que ela tivesse dado de cara com Voldemort, ou é? -
— Ouça, eu conheci Berta Jorkins — falou Sirius pela primeira vez realmente sério, afinal conhecia Berta apesar de não gostar dela. — Esteve em Hogwarts no meu tempo, alguns anos mais adiantada do que seu pai e eu. E era uma idiota. Muito bisbilhoteira, mas completamente desmiolada. Não é uma boa combinação, Harry. Eu diria que ela poderia ser facilmente atraída para uma arapuca.
— Então... Então Voldemort poderia ter descoberto tudo sobre o torneio? É isso que você quer dizer? Você acha que Karkaroff poderia estar aqui por ordem dele? – a cada palavra do afilhado, Sirius notava medo e o vicio de mexer nos cabelos igual ao do pai.
— Não sei — respondeu o maroto pausadamente. — Não sei... Karkaroff não me parece o tipo que voltaria para Voldemort a não ser que soubesse que o lorde teria poder suficiente para protegê-lo. Mas quem pos o seu nome no Cálice de Fogo fez isso de caso pensado, e não posso deixar de achar que o torneio seria uma boa ocasião para atacar você e fazer parecer que foi um acidente.
— Até onde posso ver, parece um plano muito bom — disse Harry desolado. — Só precisam sentar–se e esperar que os dragões façam o serviço por eles.
— Certo... Esses dragões — Ao falar isso Sirius ouviu pequenos ruídos e passou a falar mais rápido, não podia ser pego. -Tem um jeito, Harry. Não ceda à tentação de usar um Feitiço Estuporante, os dragões são fortes, e têm demasiado poder mágico para serem nocauteados por um único feitiço. É preciso meia dúzia de bruxos para dominar um dragão...
— É, eu sei, acabei de ver — disse Harry.
— Mas você pode dar conta sozinho — continuou Sirius. — Tem um jeito e só precisa de um feitiço simples. Basta...
Nesse momento Sirius ouviu barulhos dentro do salão comunal, nem todos estavam acreditando em sua inocência, era arriscado demais ficar ali, resolveu dar a conversa por encerrada:
— Vá! — falou num sussurro para o afilhado. — Vá! Tem alguém chegando!
Assim que voltou tinha um sorriso no rosto, tinha visto seu afilhado, tinha o alertado, agora Harry podia tomar cuidado com as pessoas certas.
Saiu da cada em silencio voltando a tranca-la, e como cachorro se afastou da mesma e foi até uma gruta que tinha ali perto para passar a noite, tudo estava se resolvendo.
Dentro da gruta se transformou em humano novamente, fez um pequena fogueira e ficou olhando o fogo queimar até que de repente lembrou:
- Por Merlin, esqueci de falar pro Harry como passar pelos dragões!!!
Nesse momento Sirius rezou para o afilhado ter a inteligência da mãe, porque se não ele realmente teria grandes problemas.
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NA: * Autora olha e ve se não vai ser morta *
Oi galera... como voces estão...
Desculpa a demora a postar... os agradecimentos estarão num capitulo só disso... por favor comentem ok...
Bjsss e obrigada por nao desistirem!
Comentários (3)
Oi de novo! Só uma coisinha. Abri um segundo comentário pra vc poder excluir depois. Quando você foi escrever Pó de Flu saiu Pó de Flúor. Provavelmente foi o word -se vc escreve por ele -, que mudou ao seu bel prazer...kkk Somente um avisinho porque ficou engraçado pensar num pó de flúor. Ehh, Sirius, limpe esses caninos! hahahah! Brincadeira, BJOS!
2012-08-25Cheguei até o fim, por enquanto! Tem mais, né?! Vai falar sobre o quinto ano também?No aguardo. Bjos!
2012-08-25Demoro mesmo em criatura?? U.UNão que eu tenha lá aquela moral pra falar, mas enfim...Ficou muuito foda esse cap, apesar de ainda estar emocionada com o outro!!Amei os dois e quero o próximo cap. logo!!Posta mais rápido, please??Bjs e 'Té mais!! (Postei em Essa Garota... Vc não comentou no quarto cap., então não sei se leu, mas já postei o quinto, só pra avisar...)
2012-07-14