Lágrimas de uma "nova familia"

Ao acordar Sirius se lembrou de como sua vida havia mudado em uma noite. Ele era tio, sua Marlene tinha uma irmã gêmea. Seu único tio que ele amava havia tido um filho que por sinal foi seu cunhado mesmo sem saber. Havia voltado a sentir o gosto dos biscoitos que tanto lhe ajudaram durante a vida, nos momentos bons e ruins, e tinha mais uma pessoa que acreditava na sua inocência sobre a morte dos seus amigos.

Levantou do sofá e com um sorriso no rosto foi em direção ao cheiro de pão quente e café, ao chegar a cozinha encontrou a Sra. Mcdonal sentada a mesa com um semblante preocupado observando uma xícara de chá.

- Bom dia Sra. Mcdonal. Está tudo bem? – indagou o maroto

- Bom dia jovem maroto. Sabe Sirius, apesar de não ser uma bruxa poderosa, tenho o pequeno dom da adivinhação. E espero que esteja errada, mas imagino que o dia de hoje será um dia de lagrimas. – disse a senhora levantando os olhos para o maroto

- Desculpa Sra. Mcdonal, mas não boto muito fé em adivinhações não – respondeu o maroto enquanto se servia.

- Ora meu jovem, existem vários tipos de adivinhação. Eu sei mais do que poderia meu caro, um exemplo disso é que sei que você vive bem em sua forma animaga e seus únicos problemas são as pulgas.

- Realmente Sra. Mcdonal, a calda eu posso viver bem, mas as pulgas são de matar. – Ao dizer isso ele e a velha senhora caíram em gargalhada esquecendo-se dos momentos de tensão segundos antes.

Assim que terminou o seu café, Sirius logo se transformou num belo cão negro e logo subiu acordar a menina que fez festa e carinho no cão ainda na cama. Melissa era linda e uma quase marota, aprontava todas e Sirius mesmo como cão se divertia ao lado dela como se fosse sua filha.

Apesar de estar se divertindo com sua sobrinha, Sirius sabia que precisava ir até o cemitério, e parece que a Sra. Mcdonal também sabia, pois no momento seguinte ouvi-a chamar a garota para tomarem um banho e saírem passear.

Tudo estava tranqüilo durante o passeio, até chegarem próximo ao cemitério. No momento em que passaram pela velha igreja, tudo aconteceu. Diversos vultos encapuzados surgiram, os comensais da morte estavam esperando por eles.

Melissa gritava, a Sra. Mcdonal protegia a neta e duelava com vários comensais ao mesmo tempo. No momento que Sirius ia se transformar para ajudar a velha senhora ela gritou ao maroto:

- Almofadinhas não... corra, vai ficar tudo bem... vai...

Aquela mulher estava louca, duelava e protegia a neta e ainda não queria que ele se aproximasse. Ignorando os pedidos da mulher Sirius se aproximou e nesse momento foi estuporado pela velha Senhora.

Ao acordar horas mais tarde, tudo estava destruído ao seu redor e não havia sinal de comensais da morte. Ao olhar mais a fundo ele viu a velha senhora com uma varinha terminando de fechar um singelo tumulo próximo a igreja e ali entendeu tudo: Sua sobrinha tinha partido.

- Sra. Mcdonal, porque a senhora não me deixou ajudar, porque foi egoísta, de quem é aquela varinha – Sirius chorava, tinha se afeiçoado a menina, não entendia porque tudo aquilo tinha acontecido.

- Ainda bem que acordou Sirius, vou responder suas perguntas: a varinha era a varinha de Melinda, ela a deixou comigo. Melissa já ia morrer Sirius e eu sabia que era hoje quando vi as folhas de chá pela manhã. – falou a velha senhora quase sem forças e com olhos vermelhos de lágrimas.

- Mas você nem tentou impedir, eles a mataram, ela não merecia.- Sirius gritava e chorava, Melissa era um anjo apenas porque tinha que partir

- Sirius, no dia da morte do Tiago fui envenenada, mas consegui me salvar graças a um antídoto que tomo desde aquele dia, ele não me curou Sirius, apenas vez o veneno agir de modo mais lento. Ontem, Melissa tomou o veneno também Sirius, ela achou o vidro e tomou escondido de mim, por isso veio pra rua e depois disso você sabe.

- E como a senhora sabe do veneno? – perguntou o maroto tentando se acalmar

- Essa noite Melissa veio pra minha cama e estava queimando em febre e já não havia mais magia em seu corpo, foi ai que ela me contou que tinha chamado pela poção vermelha enquanto brincava com a varinha da mãe. Ali com ela queimando em febre, sem traços de magia e fraca eu soube que era o veneno, e que já era tarde demais. Não foi minha culpa Sirius ela ter achado antes que me julgue, o veneno estava em uma caixa fechada no sótão, mas Melissa tinha poderes incríveis para sua idade.

- Não a culpo Sra. Mcdonal, mas o que houve após eu ter apagado

- Após estuporar você, consegui retirar a mascara de um dos comensais e isso os fez desaparatar. Depois disso apenas carreguei Melissa já adormecida e embalei-a até o ultimo suspiro de minha garotinha. Ela não sentiu nada Sirius, apenas dormiu.

- E porque não me deixou ajudar a senhora, a senhora esta muito fraca e...

- Shiiiu Sirius, eu sabia o que estava fazendo. Hoje pela manhã tomei o restante do veneno, eu sabia que minha pequena iria partir, e sem ela não tenho porque continuar viva Sirius. Minha alegria foi ver ela brincando com você, foi ver você vivo meu filho. Lute para tornar o mundo melhor assim como você havia prometido. Toda a fortuna dos Blacks é sua agora Sirius, saiba usá-la para o bem. Eu tenho que ir Sirius, na cesta que eu trouxe tem roupas e um pote de biscoitos. Eu era a fiel segredo da casa, portanto você não a verá mais. Cuide-se maroto. Me coloque junto com Melinda e Melissa. Você sempre foi como um filho pra mim... assim como os Marotos... fica em paz meu menino...

Ao dizer isso a velha senhora se deixou cair em terra, com um sorriso nos lábios. E Sirius a abraçou e chorou. Chorou por ter pedido a única família que tinha encontrado mesmo que por acaso. Após chorar por horas, colocou a velha senhora no tumulo ao lado da pequena Melissa. Fechou a lápide com um granito que tinha próximo e escreveu na lápide a frase que tanto definia aquela família: “O AMOR é a maior magia, pois resolve problemas do coração e ajuda a pensar de modo doce”.

Logo depois de gravar, buscou a cesta da velha senhora e encontrou biscoitos e roupas que logo ele tratou de vestir e comer. Ele precisaria de muita força pra continuar seu dia. Ao olhar para o tumulo da família Mcdonal ele teve certeza que não era culpa de ninguém aquelas mortes, apenas do destino, mas ele tinha outro túmulo a visitar, e a causa da morte das pessoas que estavam nesse túmulo se chamava “traição”.

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NA: Gente, tenho uma noticia muito triste, por causa da faculdade minha beta (a incrível MIIH REIS) não vai mais estar betando... Ela esta em uma super-universidade e tem que se dedicar, por isso perdooem meus erros. AGRADEÇO MUITO A ELA E FALO QUE ELA SEMPRE TERÁ LUGAR AQUI!
Também queria pedir que comentassem, estou sentindo saudades de voces lerem e comentarem!
Tenho quase 2 capitulos na minha cabeça, sendo que um tem uma grande lembrança do Sirius e da Marlene ja na Ordem da Fenix, por isso preciso de comentários.
Obrigada  por tudo e peço para que leiam e comentem dando criticas e sujestões!! Bjs e até mais!
 

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