Na loja Templários
A loja Templários era uma pequena papelaria. Ao menos para as pessoas comuns. Assim que entramos uma amável senhora sorriu para nós e indicou uma porta. Mamãe deu três batidas e então não era mais uma pequena papelaria, mas uma grande loja de departamento, com diversas sessões com nomes inéditos para mim. Olhei para a lista e fomos ao departamento dos livros.
O problema é que o local parecia lotado. Várias pessoas com roupas estranhas andavam pela loja, carregando sacolas e carrinhos repletos de objetos e utensílios mágicos. Papai olhava para tudo assustado, mas minha mãe seguia o nosso roteiro com muita naturalidade. Por fim ela nos explicou que estivera algumas vezes naquela loja quando sua irmã tinha de comprar seu material escolar. Logo notei que minha mãe estava maravilhada com o fato de ter uma filha bruxa, ela aparentava ter muito carinho pelo mundo mágico.
Depois de pegarmos os livros do primeiro ano, decidimos comprar a varinha. Este departamento parecia especial. Era totalmente reservado, haviam poucas pessoas dentro dele. Entre eles um garoto que me olhou com superioridade e puxou as roupas do pai, que reclamou dizendo "não puxe minhas vestes, Marcos". Ele apontou eu e meus pais, então o pai dele se aproximou sorrindo de uma forma afetada.
-Vejo que vocês são pais trouxas - percebi que papai ia xinga-lo, mas mamãe o deteve e apenas pediu licença e desejou boas compras ao o homem e ao seu filho - Não quis atrapalha-los, de qualquer forma, desejo o mesmo - e puxou o filho que levava orgulhoso uma varinha, e me olhou com desdém, eu ignorei e me foquei na varinha.
-Bom dia - uma jovem atendente nos disse sorrindo - Vamos escolher sua varinha pequena - e me olhou concentrada - Ana Bacelar - e meditou um pouco - Veja esta - e me entregou uma varinha que tinha um tom rosado, assim que eu a toquei ela brilhou - Perfeito, dê primeira, aquela jovenzinho que acabou de sair teve de provar cinco - vi papai rir contente
-Como a senhorita sabia meu nome? - perguntei curiosa
-Legimência, mas você ainda vai aprender isso - nos despedimos da atendente e continuamos as compras.
Depois de várias sessões, entre elas a de poções e de animais, para que eu comprasse uma coruja, que chamei de Ellis, terminamos as compras e saímos com várias compras dentro de uma pequena livraria, mas ninguém pareceu se importar muito, até pq minha coruja parecia um pequeno canário dentro da gaiola especial que enganava os trouxas, inclusive meus pais.
E assim passei minhas férias esperançosa pelo primeiro dia de aula em Brumas e pesquisando quase tudo que fosse possível sobre o mundo bruxo.
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