It's not over tonight





Capítulo 15 - It's not over tonight


UM MÊS DEPOIS...


 


 Katherine McCanzey desceu do carro e trancou a porta. Olhou o prédio modesto com apenas três andares. Pegou um pedacinho de papel no bolso e conferiu o endereço. Era ali mesmo.


 Suspirando, ela adentrou no local, cumprimentando o porteiro com um aceno de cabeça e um sorriso amigável. O homem se perguntou o que diabos James Potter fazia para receber visitas de tantas mulheres.


 Kate lançou um olhar para o pedaço de papel, confirmando o número do apartamento. Era no terceiro andar, sendo que o prédio não tinha elevador. Seria bom que essa visita valesse a pena, já que suas pernas nunca mais seriam as mesmas quando acabasse de subir as escadas.


 Com um suspiro – e rezando para que Lily não a matasse mais tarde -, ela tocou a campainha. Quem abriu a porta foi um garoto de mais ou menos dezoito anos, com os cabelos negros e bagunçados e os óculos ligeiramente tortos no rosto bonito.


 - James? – Katherine perguntou, olhando o garoto. – James Potter?


 O menino encarou a mulher de cima à baixo, se perguntando o que uma loira tão elegante queria com ele.


 - Eu...? – foi a resposta dele.


 Katherine sorriu, aliviada. Estava no lugar certo afinal.


 - Oi. – disse. – Meu nome é Katherine McCanzey. – apresentou-se, estendendo a mão.


 James apertou a mão de Katherine, meio hesitante.


 - Oi. – respondeu. – O que deseja?


 - Bem, eu... vim falar com você. – disse Kate, nervosa.


 James franziu a testa, confuso.


 - Sobre o que?


 Não era uma boa idéia ter vindo. E se ele se recusasse a recebê-la?


 - Só... – começou. – Não bata a porta na minha cara, esta bem? – pediu, mexendo na blusa de seda, meio nervosa. – Eu... sou amiga da Lily. E queria falar sobre... – mas foi interrompida pelo forte estrondo que a porta fez ao ser batida.


 - Obrigado pela visita, Katherine. – James disse do outro lado da porta.


 Katherine suspirou, irritada. Porque Lily tinha se interessado nele mesmo? Por Deus, ele era pior do que Leona!  


 - Isso não foi nada educado. – reclamou ela, batendo na porta, sabendo, por algum motivo, que o garoto estava ouvindo.


 - Não acho que o que a sua amiga fez pode ser chamado de educação. – ele retrucou. – Foi ela quem te pediu para vir aqui?


 - Não estou aqui para criticá-la. – disse Kate, colada na porta. – E não. Se ela souber que vim, provavelmente vai me matar.


 - Não. – fez James, a voz abafada do outro lado da madeira. – Está aqui para defende-la. – acusou.


 Kate sentiu irritação. Talvez devesse desistir e ir embora. Estava se arrependendo de ter pedido as informações de James para Leona.


 - James. – chamou, tentando conter o impulso de gritar. – Sei que está com raiva e sei que está magoado...


 - Você não sabe de nada. – rebateu James, contendo o impulso de socar a porta.


 A loira suspirou de novo. Virou as costas para a porta e se sentou no chão, encostando-se na mesma. Aquilo ia demorar.


 - Eu também fui um personagem, James. – revelou Katherine, colocando a bolsa ao seu lado e cruzando os tornozelos.


 James ficou surpreso. Não. Chocado, seria a palavra certa. Como Lily teve coragem de fazer uma coisa daquelas com a própria amiga?


 - Você... foi?


 - Sim. – admitiu Kate, com um sorriso, como se fosse uma boa memória. – Meu livro se chamava Papo de Mulher. – ela riu. – Eu até achei um titulo adequado, levando em conta que contava meu romance com Lily.


 James balançou a cabeça negativamente para a porta. Tinha se esquecido que Lily não tinha preferencias. Para ela, homens e mulheres eram a mesma coisa.  


 - Como pode falar disso assim? – perguntou, incrédulo. – Como se não fosse nada?


 Kate sorriu para si mesma.


 - É porque não foi nada. Bem, eu fiquei muito chateada no inicio. Talvez não tanto pelo livro, mas por ser a mulher que eu amava à escreve-lo.


 O garoto se afastou da porta, com os olhos e a boca escancarados, como se não pudesse acreditar.


 - Você... a ama?


 - Amava. – enfatizou Katherine, divertida. – Isto é, ainda amo. Mas dessa vez, amo do jeito certo.


 - O que quer dizer?


 - Quero dizer que somos amigas agora. – esclareceu Katherine. – E eu apoio o trabalho dela ainda mais do que apoio o meu próprio.


 James não podia acreditar. Como ela podia dizer uma coisa daquelas? Apoiar aquele trabalho? Aquilo nem podia ser considerado um trabalho!


 - Como é que é?!


 Katherine riu, divertida. Um riso suave, distraído.


 - Ora, James! – riu-se ela. – Se soubesse o quanto ela se arrepende todas as vezes que publica um livro. Se soubesse como ela chora. Fica realmente acabada, sabe? – comentou. – Quando Lily soube que eu havia me apaixonado, ela ficou muito triste. Então me contou tudo.  Tudo o que fazia. E eu fiquei muito chateada. Não sabia aonde enfiar a minha cara. – contou, rindo, como se achasse graça daquilo agora.


 - Então como... como foi que virou amiga dela? – perguntou James, completamente confuso, se perguntando como ela podia rir daquilo.


 - Bem, eu ouvi os motivos dela. – explicou, frisando que aquilo era uma coisa que James não havia feito. - E acabei aceitando o fato de que ela realmente não fazia por mal. – finalizou, dando de ombros.


 - Aceitou? – desconfiou ele. - Como? – porque ele não fazia idéia.


 - Eu li o livro dela. Isto é, o meu livro. – um bando de mulheres, provavelmente vizinhas de James, passaram por ali, olhando Katherine com curiosidade. A mulher acenou amigavelmente para elas. – E acredite ou não, Lily não narrava minha história como se não fosse nada para ela. Ou pelo menos foi essa a impressão que eu tive. Ela narrava como se nutrisse um carinho especial pela minha vida... pela minha história. Não era nada erótico, nem cínico, nem sem graça. Era carinhoso. Como se ela quisesse que a história fosse dela. Como se ela quisesse fazer parte da minha história.


 James suspirou e apoiou a testa na porta, batendo nela de leve com o punho.


 - Aonde quer chegar? – perguntou. – Porque veio aqui?


 Katherine virou o rosto de lado, encostando a bochecha na porta, tentando adivinhar o que o garoto sentia do outro lado.


 - Eu vim aqui para dizer à você os motivos que você não quis escutar. Esclarecer que todos eles são muito mais nobres do que você imagina.


 - Os motivos dela não me interessam.


 - Talvez não interessem. Mas eu vou dizer mesmo assim.


 James esperou, a testa ainda colada na porta, uma vontade de chorar se instalando sobre ele. Depois de um mês tentando se concentrar na escola, nos amigos, no pai, na madrasta jovem e em esquecer Lily Evans, essa mulher chega para atrapalhar tudo.


 - A Lily deve ter te contado sobre o pai dela, não?


 - Isso não é um motivo. – ele rosnou.


 - Ela teve uma infância difícil, James. Passou metade dela sem mãe e com um pai maldoso.


 - Isso não é um motivo! – James repetiu, raivoso. Por que ela simplesmente não ia embora?


 - Ela não teve muitas oportunidades. Teve que se virar para sobreviver depois que saiu do orfanato.


 - ISSO NÃO É UM MOTIVO! – ele berrou, socando a porta com força.


 - Ela procura conforto na sua vida, como procurou na minha. Porque não suporta a própria vida.


 - DÁ PARA PARAR?!


 - Deveria se sentir lisonjeado por isso. – Katherine continuou, séria, encarando o nada e ignorando James.


 - E PORQUE EU FARIA ISSO?! – berrou James, indignado.


 - Porque significa que ela te admira. – finalizou Kate.


 O silêncio se instalou. James não respondeu, porque não sabia o que dizer. Ou talvez porque não houvesse o que dizer.


 Mas Katherine ainda não havia acabado.


 - Você bateu nela, James. – disse triste, pela primeira vez se importando com o que dizia. – E isso foi o que mais a magoou.


 Katherine se levantou e tirou a bolsa do chão, sacudindo a poeira das roupas, consciente de que James provavelmente estava ouvindo. Fez menção ir embora, mas voltou e encostou a testa na porta acrescentando:


 - A última pessoa que bateu nela, foi o pai. Espero que saiba o que o seu tapa significou.


 


 


000


 


 - Tem certeza de que querem que eu vá? – perguntou Lily, deitada na cama, vendo Marlene revirar seu guarda roupa.


 - É claro que tenho. – respondeu Marlene, pegando um vestido azul escuro e tomara que caia, bem solto e leve, dando a aparência de estar rasgado, e jogando na cara de Lily. – Veste isso.


 Lily suspirou, cansada, sem se mexer.


 - Não quero ir. – reclamou.


 - Evans, faz um mês que você não sai de casa. – observou Lene, jogando sapatos pretos de salto para a amiga. – Deveria estar louca para ir ao Aspinall’s com a gente.


 Lily revirou os olhos e se sentou.


 - Não acho que estaria louca para sair com você e Sirius, Kate e Leona, e ficar sobrando o resto da noite.


 - Você consegue um homem assim que puser os pés lá. – comentou Marlene.


 - Não sei se quero um homem. Prefiro ficar aqui e me embebedar.


 - Se embebedar aqui e se embebedar no Aspinall’s tem alguma diferença?


 - O whisky é mais barato.


 Marlene bufou, irritada. Até quando estava triste Lily tinha resposta para tudo.


 - Vamos. – mandou a morena, agarrando Lily pelo pulso e a puxando da cama. – Se troque. Sirius e as garotas estão esperando a gente na sala. – acrescentou, ajeitando o próprio vestido vermelho e saindo pela porta do quarto.


 Lily tirou o pijama surrado que vestia e se enfiou naquele vestido. Era um de seus favoritos, mas fazia séculos que não o usava. Agarrou os sapatos de salto e vestiu-os, sentindo os pés protestarem. Fazia séculos que não colocava um sapato daquele tamanho também.


 Olhou-se no espelho e descobriu que sua cara estava horrível. O corte de um mês atrás ainda se encontrava em sua bochecha, só que bem mais discreto. Dando de ombros, ela passou um perfume qualquer, passou as mãos pelos cabelos e saiu do quarto.


 - Poderia ter, pelo menos, passado uma maquiagem. – recebeu-a Kate, com um sorriso.


 Lily tentou sorrir. Não funcionou.


 - Oi, Kate. – respondeu.


 - Ah, para com isso! – fez Sirius, se levantando do sofá e abraçando Lily fraternalmente pelos ombros. – Ela ‘tá linda.


 - Obrigado, Sirius.


 


000


 


 - O que vai querer, senhorita? – perguntou o barman, olhando Lily de cima a baixo, cobiçoso.


 Eles haviam acabado de chegar. Sirius e Marlene estavam na pista de dança, se balançando alegremente ao ritmo da música. Era bom para Lily saber que estavam juntos agora. Pelo menos alguém estava feliz, assim como Leona e Katherine, que agora jogavam baralho com um bando de homens que cheiravam a charuto.


 Lily fora se sentar na bancada do bar, sozinha. Sentia inveja das amigas.  


 - Uma dose de whisky. – respondeu, ignorando o olhar cobiçoso do barman. Ele era realmente bonito: loiro, olhos claros e um sorriso cheio de covinhas. Mas não, obrigado. Não queria mais homens em sua vida... ou em sua cama.


 Quando o copo com whisky foi parar à sua frente, Lily o agarrou e entortou na boca, engolindo o liquido todo de uma vez. Era bom sentir a ardência na garganta de novo.


 Quase automaticamente, Lily pegou o maço de cigarros na bolsa, retirando um e acendendo com o isqueiro. A ruiva tragou e soprou a fumaça para cima. Em outros tempos, aquele poderia ser um gesto displicente para ela. Mas agora parecia triste e desolado.


 Sozinha. Ela estava sozinha.


 - Enche de novo. – ordenou ao barman, se referindo ao copo vazio. – E põe mais uma pedra de gelo. – acrescentou.


 Foi feito como o ordenado, enquanto o homem loiro atrás do balcão a olhava com crescente interesse. Lily tragou o cigarro mais uma vez, antes de virar o whisky na boca.


 James, à algumas cadeiras de distancia, observava a mulher. Iria matar Sirius por tê-lo feito ir até ali. Se soubesse que Lily estaria no cassino, nem teria se incomodado. Por mais que quisesse, não podia deixar de se sentir magoado com ela.


 E, pior ainda, não podia deixar de reparar no maldito barman, que a olhava como se fosse um pedaço de carne. Era verdade que Lily estava linda naquele vestido, mas daí a ficar babando por ela era ridículo.


 Ora, não era com isso que deveria estar preocupado!


 Isso era o que mais o perturbava: a mulher o havia feito de otário, e ele só conseguia sentir ciúmes.


 Por isso – embora James negasse -, ele se levantou e foi até o lado dela. Estava sem dinheiro para a bebida de novo.


 - Uma mulher bonita como você não deveria estar bebendo sozinha. – comentava o barman, sem notar que o garoto se sentara ao lado de seu alvo. 


 Lily também não notara.


 - E um homem bonito como você não deveria ficar dando em cima dos clientes. – retrucou Lily, apagando o cigarro em um cinzeiro próximo. – Até porque, seu trabalho é encher copos e lavar a louça, sem incluir cantadas imbecis. Bonita ou não, eu estou sozinha e posso beber quando eu quiser. Dispenso sua conversa. Faça um favor à todos e cale a boca enquanto trabalha.


 Não deveria estar sendo grossa. Mas estava farta de joguinhos de sedução e homens, bem como qualquer tamanho de pênis. Será que não podia curtir sua tristeza em paz, sem ter ninguém para impedi-la de encher a cara?


 O barman encheu o copo dela novamente e saiu xingando. Lily agarrou o copo e virou o líquido de novo.


 - Se tivesse sido direta assim comigo, teríamos evitado muitas mágoas. – James comentou, tentando conter a risada ao ver a cara do barman.


 Lily, que não o havia notado, olhou em sua direção de olhos arregalados, completamente estupefata. E engasgou com o whisky, tossindo violentamente, enquanto se apoiava na bancada.


 James não esperava essa reação. Normalmente seria ele à engasgar, não?


 - O que... faz... aqui? – arfou Lily, batendo no próprio peito.


 - Não posso beber? – rebateu James.


 - Só se tiver dinheiro para pagar sua própria bebida. – retrucou Lily, pegando um guardanapo de papel e limpando a boca. Não havia motivos para ficar nervosa, havia?


 James se empertigou, com um pinguinho de raiva nascendo.


 - Desculpe se guardo meu dinheiro para gastar com meu estudo e não com whisky. – disse, irritado.


 - Desculpe se você ganha mesada do seu pai ao invés de trabalhar.


 - E você trabalha? – perguntou o garoto, erguendo a sobrancelhas.


 - Talvez não. – admitiu Lily, se inclinando sobre o balcão para pegar a garrafa de whisky que o barman estava usando e enchendo o próprio copo. – Mas, ainda assim, trabalho mais do que você.


 - Ah, é... – fez James, pegando a garrafa de Lily e bebendo direto do gargalo. – Tinha me esquecido que você escolhe alguns idiotas como eu para executar seu trabalho. E ainda mente para eles, veja só. – comentou, inocentemente.


 Lily virou o whisky na boca de novo e bateu o copo na mesa com força. Ela respirou fundo, tentando controlar um pouco da mágoa e da raiva que nasciam, mas falhou miseravelmente. Quando deu por si, estava se levantando. Não estava ali para ouvir bobagens. Iria embora, antes que se desse ao luxo de quebrar a garrafa na cabeça de James


 - Já vai embora? – perguntou o garoto, sarcástico.


 - Você fala como se ligasse para isso.


 - Na verdade, eu nem queria que estivesse aqui. – admitiu ele. Era mentira.


 Lily se voltou para ele.


 - E foi por isso que veio se sentar do meu lado?


 James deu de ombros.


 - Eu tinha que salvar o pobre barman de você. – rebateu ele. – Tenho certeza que tudo o que ele quer é deitar você no balcão e descer sua calcinha até os tornozelos. – provocou, amargo, sabendo que o que dizia era verdade. – Mas acho que ele não ia gostar muito se essa cena fosse parar em um best-seller.


 Lily virou a mão na cara dele, com raiva. Então era isso? James achava que ela sairia por ai, dando para qualquer pessoa que encontrasse?


 - Quer ouvir a verdade, James? – perguntou, encarando o moreno, que segurava o rosto com a mão, os cinco dedos de Lily marcados em sua bochecha.


 - Ah, então agora está disposta a me dizer a verdade? – perguntou James de volta, se levantando, a ironia escorrendo pelas palavras.


 Marlene, que havia sido rodopiada por Sirius, parou de rir ao avistar James e Lily perto do bar. Era impressão sua, ou eles iam... brigar? Por Deus, e se James resolvesse que seria divertido lhe dar outra pancada? Mas o que diabos ele estava fazendo ali? Ela agarrou Sirius pelo braço e puxou-o para fora da pista de dança.


 - A verdade pode doer, James.


 - Talvez não tanto quanto a suas mentiras.


 - O problema não são as minhas mentiras, nem os meus livros, James! – começou Lily, se alterando. Ela havia sido julgada e condenada, mas estava na hora de julgar um pouco também. Afinal, ela não era a única errada nessa história toda. – O problema está nas suas preocupações inúteis! Em você não dar valor ao que tem!


 James riu.


 - O que é que eu tenho, Lily?! – perguntou. – Se você tirou tudo o que eu tinha?!


 - Você tem uma família! Sua mãe, seu pai e sua madrasta! Eles amam você, querem o seu bem! E a única coisa que você faz é reclamar da vida! – acusou Lily. – Eu mal me lembro da minha mãe! Ela está morta, James, está morta! Não tenho uma conversa descente com meu pai à anos, porque ele me abandonou como se eu fosse lixo depois de me arregaçar! E você tem a coragem de se fazer de miserável?! Para mim?!


 James não respondeu.


 Marlene chegou com Sirius até uma mesa de baralho e agarrou Katherine pelo pulso, chamando a atenção da amiga. Katherine a olhou, confusa.


 - Quando eu tinha a sua idade, eu trabalhava em uma droga de um bar como garçonete para ganhar uma merreca que mal dava para pagar um quarto de uma pensão imbecil! Tinha que aguentar um bando de homens bêbados me oferecendo dinheiro para me deitar com eles! Enquanto isso, você ganha uma mesada mensal do seu pai para pagar a porcaria do seu apartamento, tem uma namorada linda e amigos maravilhosos!


 Katherine e Leona olharam a cena perto do balcão do bar, com ar preocupado.


 - Você estuda na melhor escola da cidade e tem uma merda de um futuro promissor! O que eu tinha, James?! – continuou Lily, visto que James só sabia encará-la. – Passei metade da minha vida dentro de um orfanato! Não tinha estudo nenhum quando saí de lá! O que esperava?! Que eu conseguisse um emprego logo de cara?! – a briga estava começando a chamar atenção. Algumas pessoas olhavam e comentavam entre si. – TINHA DIAS QUE EU NEM TINHA O QUE COMER! – Lily berrou, alterada.


 Marlene e Katherine estavam chegando perto do casal. Leona e Sirius vinham logo atrás. Uma roda de pessoas estava se formando em volta de Lily e James. Lene rezava para que James não usasse a garrafa para bater em Lily. Se fosse para acontecer, que usasse as mãos. Machucaria menos. Kate pensava que, se ele a machucasse, não pensaria duas vezes em ligar para a polícia.


 - NÃO ME CULPE POR PROCURAR UMA VIDA MELHOR! NÃO ME CULPE POR TENTAR FAZER ALGUMA COISA DESCENTE COM A MINHA VIDA! NÃO ME CULPE POR TENTAR ESQUECER O PASSADO! VOCÊ NÃO FAZ IDÉIA DO QUE EU PASSEI! DO QUE EU TIVE QUE ATURAR PARA CHEGAR ATÉ AQUI! E ESPERA QUE EU TENHA PENA DE VOCÊ?! DOS SEUS PROBLEMAS?! – perguntou Lily, berrando, e sarcástica. – TROCARIA TODOS OS MEUS PROBLEMAS PELOS SEUS!


 James só conseguia encara-la. Não conseguia pensar em nada para dizer.


 - O que eu fiz foi errado. E eu sei disso. – disse a mulher, diminuindo o tom de voz, a garganta estava começando a arranhar.


 - Nada disso tira fato de que me fez de idiota... – resmungou James.


 Lily o encarou, incrédula. E começou a rir histericamente.


 - James, querido... – fez ela. – Você não precisava de mim para isso. – e apontou o corte curado no próprio rosto. – Não precisava. – e sentiu os olhos se encherem de lágrimas. – Você é igualzinho ao meu pai. Só soube me culpar pelas suas desgraças. Você já era um idiota. Só que nem eu e nem você sabíamos disso.


 O garoto sentiu uma mão pousando em seu ombro e o puxando para trás. Ao olhar, viu que era Sirius. Com o mesmo olhar, viu que a razão de o amigo estar ali, era o medo de que James batesse em Lily de novo. Afinal, ele ainda segurava a porcaria da garrafa de whisky na mão. James se virou para Lily, uma última vez.


 - Lily... – começou, tentando se desculpar por ter batido nela.


 - Mas fique tranquilo. – Lily o interrompeu. – É uma qualidade que eu admiro em você. É por causa de idiotas como você que eu tenho um EMPREGO! – e acrescentou para a roda de pessoas. – EU TINHA UM EMPREGO!


 Nessa hora, Katherine alcançou Lily, sendo seguida por Marlene e Leona.


 


000


 


N/A: O.O’


Uau, acho que eu exagerei. Mas eu só acho.


O que vocês acham?


Bem, não acho que vai dar para estender muito mais essa fic. Talvez mais uns dois capítulos, sei lá... #chateado


Bem, enfim, comentem.

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Comentários (5)

  • Sah Espósito

    que capitulo sufocante!!!!Lily descarregando em Jamesse o James bater nela de novo eu dou um jeito de matar ele tbmquero muito mais Thomase vicio!voe viciou e agora ta mascarandoajuda vai!posta logobjs!               

    2012-11-26
  • Sah Espósito

    que capitulo sufocante!!!!Lily descarregando em Jamesse o James bater nela de novo eu dou um jeito de matar ele tbmquero muito mais Thomase vicio!voe viciou e agora ta mascarandoajuda vai!posta logobjs!               

    2012-11-26
  • Neuzimar de Faria

    Cara, que capítulo! Um dos melhores! Eles precisavam mesmo desse acerto de contas. Serviu para drenar o ressentimento de dentro deles. Ficou mais fácil, ou melhor, menos difícil que eles caiam na real e reconheçam e valorizem o que sentem um pelo outro. Bravo, Thomas!!! Bjs.

    2012-11-25
  • Spencer Cavanaugh

    O.O tipo, você queria botar pra quebrar ? Conseguiu. Que capitulo. Confesse que por alguns momentos eu achei que haveria umal inda reconciliação entre eles, mas na vida nem tudo são flores, ainda mais na vida da Lily :/ agora acho que é o James que vai lutar pra conseguir ela, poxa, bater nela foi pessimo,  ainda bem que ele não fez de novo, ai sim a Lily ia pirar com ele. Todos os outros casais se dando bem e eles dois asism :(  Eu amei o capitulo, e sinto pela fanfic estar quase no fim, gosto dessa turma. Bem eu nem acho que exagerou tanto assim, amei o capitulo mesmo e agora tô curiosa para saber o final deles *-*bjoos! 

    2012-11-23
  • Maria _Fernandes_99

    Caraças, tu quase pões todo o mundo se batendo e matando! Credo, mente assassina!Mas fora isso, está legal, cheio de drama! Não há melhor coisa no mundo!Fico triste que esteja a acabar, eu gostava das répliquas da Lily, eram sábias!Bom, bjs! 

    2012-11-23
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