Reunião
Capítulo 9:
REUNIÃO
Não foi nenhuma surpresa abrir os olhos naquela manhã e se ver em um quarto que não era o seu. Aquilo já havia lhe acontecido tantas vezes, que Lily Evans decidira que era besteira se assustar. Mas não pode deixar de se questionar sobre como fora parar ali, sendo que ela e James haviam usado o banheiro daquela vez.
Sorriu ao lembrar-se de que ele a havia tomado nos braços e levado para o quarto na tarde passada. Fora um gesto um tanto quanto romântico, vamos dizer assim. Lembrava-se vagamente de esparramar-se na cama de solteiro de James, fazendo-o deitar ao seu lado. E ambos adormeceram depois disso.
Ligeiramente alegre – sem ao menos entender o motivo –, Lily se espreguiçou e notou que os braços de seu amante estavam ao seu redor. Ela olhou para o relógio e viu que ainda eram três da manhã. Apoiando-se no cotovelo, Lily olhou para James, adormecido, e retirou-lhe uma mecha de cabelo da testa carinhosamente. Notou que ele estava suado e retirou o cobertor de cima dele.
Suspirou e decidiu que precisava ir embora. Era de praxe deixa-lo sozinho na manhã seguinte e seria uma desonra quebrar o ritmo da história justo agora. Assim, saiu do meio de seus braços e se pôs de pé.
Passou os olhos pelo quarto e descobriu que suas roupas ainda estavam no banheiro.
- Droga – sussurrou e abriu a porta do quarto com cuidado, saindo em busca de suas roupas.
Entrou no banheiro, vestiu-se rapidamente e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo, tomando cuidado para não fazer barulho. Agarrou os óculos de James que estavam em cima da pia e voltou para o quarto.
Com um sorriso, pendurou os óculos na maçaneta.
- Boa noite, James – sussurrou e fechou a porta.
Seguiu pelo corredor a fim de sair, trancar a porta e devolver a chave reserva para debaixo do tapete.
O>O
Já eram nove da manhã quando Leona Lewis bateu na porta da casa de Remus Lupin. Ele morava em um dos bairros de classe alta junto com os pais, em uma casa branca gigantesca, com janelas de madeira escura e um jardim enorme. O pai dele tinha uma garagem com capacidade para seis carros, sendo que tinha oito. Remus não tinha irmãos, mas ainda assim usava os dois maiores quartos da casa.
Os vizinhos eram pessoas esnobes e ricas, que se gabavam pelo parentesco e pelas empresas que possuíam na metrópole e nadavam em ouro. Normalmente, Leona não teria nenhum tipo de ligação com essa gente, mas seu namorado morava nas redondezas, por isso não tinha escolha.
Bateu novamente na porta. Sempre se sentia uma estranha quando era obrigada à ir naquela casa, por isso tinha pressa de entrar, para sair o mais rápido possível.
A porta se abriu e a governanta da casa saiu. Olhou-a com carinho e abriu os braços para recebê-la.
- Leona! – exclamou, abraçando a moreninha. – Já faz um tempo que você não aparece por aqui...
- Olá, Annika! – respondeu Leona, feliz. – Senti saudades suas.
- Também senti, minha linda. – Annika afastou a menina, como que para olha-la melhor. – Você está belíssima, Leona.
- Obrigada – agradeceu sorrindo. – A senhora também está muito bem.
Annika avaliou Leona por um momento e franziu a testa.
- Tem alguma coisa errada?
- Não, Annika.
- Você me parece um tanto triste...
- Estou bem. Só preciso falar com o Remus. Pode chamá-lo para mim?
- Porque não vai ao quarto dele? – Annika apontou a escada. – É só subir, segunda porta à esquerda.
Leona agradeceu mais uma vez e abraçou a governanta com carinho antes de subir as escadas. Annika observou a menina desaparecer e balançou a cabeça negativamente.
- Há alguma coisa errada...
A moreninha seguiu as instruções da governanta e bateu na segunda porta do lado esquerdo do corredor. Ninguém atendeu. Ela bateu de novo. Não houve sinais de vida vindos do quarto. Ela bateu com mais força. Nada.
Irritada, Leona praticamente esmurrou a porta.
- O QUE É?! – perguntou a voz irritada de seu namorado do outro lado da porta.
- É Leona. Abra aqui – ouviu-se o barulho da tranca e em seguida a porta se abriu.
- Oi, Lê – cumprimentou Remus e abaixou-se para beijá-la.
Leona o rechaçou com um aceno de mãos e entrou no quarto. Remus fechou a porta com um suspiro pesado. Ela se sentou na cadeira perto da janela e o garoto se jogou na cama.
- Não custava nada ter aberto a porta. – queixou-se Leona, cruzando os braços.
Remus bufou.
- Deixe disso. Eu não sabia que era você.
- Certo.
Remus indicou um espaço na cama ao seu lado.
- Vem cá, Lê... – pediu com a voz rouca, um sorriso carinhoso nos lábios.
Leona já conhecia aquele gesto. Ele havia feito a mesma coisa quando a levara para o motel dias antes. Enquanto não haviam parado em frente ao local, ela não sabia para onde estavam indo. Assim que chegaram, ela ficara furiosa com Remus e ele se jogara na cama e dissera pra que relaxasse, fazendo a mesma coisa que fazia agora.
Sem realmente estar a fim de repetir a experiência, Leona ignorou o pedido.
- Precisamos conversar, Remus – disse.
O garoto revirou os olhos.
- Você disse a mesma coisa ontem e nós dois acabamos brigando.
- Não. – disse Leona, com convicção. – Nós brigamos porque você é um insensível que simplesmente se negou à entender o meu lado.
- Seu lado? – perguntou Remus, incrédulo. – Você disse que não tinha gostado da transa, mas você parecia bem satisfeita na hora. O que esperava que eu dissesse?
- Bem, eu esperava que você fosse, no mínimo, compreensivo comigo, afinal, eu fui sincera com você e disse o que eu sentia. – respondeu a moreninha.
- Eu não pedi para você ser sincera!
- Ah, claro, então você preferia que eu fingisse um orgasmo todas as vezes que a gente decidisse transar?!
Remus perdeu a fala e decidiu não tentar responder. Mas não desviou seus olhos de Leona.
- Responde – exigiu Leona.
- Não!
- Então o que esperava?
- Esperava que me desse outra chance. – disse Remus.
- Outra chance?! Eu estava disposta a te dar outra chance, Remus, mas você agiu como um idiota e não me deixou nem sequer terminar de falar ontem! – retorquiu Leona.
Remus se levantou.
- Porque você simplesmente não ficou calada?!
- Ah, é meio difícil quando se tem um namorado bruto, que me fez sentir dor ao invés de prazer. – ela também se levantou. - E ainda espera que eu fique calada?
- Veio aqui para esfregar na minha cara o quanto eu sou incompetente na cama?
- Não – disse Leona, passando as mãos pelos cabelos. – Vim aqui te dizer que acabou. Mas, mais uma vez, você não me deixou acabar de falar.
O queixo de Remus caiu, mas ele voltou a pressionar os lábios em uma linha fina.
- O que quer que eu diga? – perguntou com frieza.
- Nada. Era só isso.
Leona retirou a aliança prateada do dedo e colocou em cima do criado mudo. Depois se endireitou e saiu pela porta do quarto.
O>O
Quando James Potter finalmente acordou, já eram mais de dez da manhã. Era terrivelmente incrível o fato de ter dormido tanto. Mas, levando em conta que estava completamente nú em sua própria cama e que seus óculos estavam pendurados na maçaneta, isso apenas indicava que estava exausto e que Lily Evans havia passado por ali.
Sorriu ao olhar para o lado e se ver mais uma vez sozinho. Talvez fosse melhor parar de procurá-la pela manhã.
James se sentou e alongou os braços, sentindo o corpo rígido. Esfregou os olhos, como uma criança que acaba de acordar, e se levantou. Estava bem cansado, observou, e com o equilíbrio ligeiramente precário.
Foi até a maçaneta e pegou os óculos. Depois seguiu até o armário e pegou uma calça cinza qualquer, sem se preocupar em vestir uma camisa ou sequer uma cueca. Passou as mãos pelos cabelos, notando a bagunça que estavam. Bocejou com vontade e fez uma nota de mental de pedir a Lily que pegasse um pouquinho mais leve na próxima vez.
Próxima vez?
O garoto balançou a cabeça negativamente, afastando o pensamento, e foi até o banheiro, aonde lavou o rosto e escovou os dentes minuciosamente. Se tivesse sorte, Lily nunca mais voltaria a procurá-lo. Mas não podia negar que se divertia muito com ela.
Olhando-se no espelho, constatou que seu cabelo não estava pior do que o normal, mas que, fora à isso, estava com uma aparência radiante.
Assoviando, foi até a cozinha a fim de caçar algo para comer. Estava com um bom humor irreconhecível. Talvez até chamasse Ashley para sair. Fuçou os armários até que achou um cereal e uma caixa de leite. Dando de ombros, ele foi atrás de uma tigela. Cereal era melhor do que nada, pensou.
Seu estomago estava dando voltas e pontadas de fome quando ele finalmente se sentou para comer, mas, por James ser uma criatura terrivelmente sortuda, a campainha tocou quando a primeira colherada de cereal estava a caminho da boca. Por um instante – o qual se passou com muita raiva por parte do garoto -, James decidiu ignorar a campainha e se concentrar na comida. Porém, como tendia a pirar de culpa mais tarde, pensou em abrir a porta e, dependendo de quem fosse, arregaçar o fulano.
- James! – berrou uma voz feminina lá fora, o que fez o moreno desistir de seus planos maléficos. Era Ashley.
Com um suspiro resinado, James pousou a colher na tigela e se levantou. Respirou fundo duas vezes antes de plantar um sorriso no rosto e abrir a porta.
- Oi, Ash. – cumprimentou. A garota se jogou nos braços dele com uma animação um tanto quanto suspeita.
James a abraçou com um braço, usando o outro para fechar a porta.
- Como vai, Jay? – perguntou a morena, ainda atirada nele.
- Eu vou muito bem – respondeu. Perfeitamente bem, acrescentou mentalmente, lembrando-se da noite passada. – Mas já pedi para não me chamar de “Jay”.
- Claro, claro – disse Ashley, sem prestar atenção. Ela saiu dos braços de James e foi até a cozinha, sentando-se na cadeira onde James estava segundos atrás e roubando uma colherada de cereal.
O garoto tentou se manter calmo. Era ridiculamente infantil ficar irritado pelo fato de sua namorada ter comido um pouco de seu cereal, mas ele ainda assim estava com vontade de esganá-la.
Sentando em outra cadeira, James puxou gentilmente a tigela de cereal para si.
- Jay, precisamos conversar...
Ele soltou um grunhido quando ouviu o apelido e se concentrou em mastigar.
- Sobre o que? – perguntou depois de engolir, enfiando mais uma colherada na boca.
Ashley esticou o braço e pegou a tigela de James, colocando-a fora do alcance. Queria que ele prestasse atenção nela. O garoto rangeu os dentes, mas ela não percebeu. Era tão difícil assim tomar um café da manhã?
- Você me ama? – Ashley perguntou.
- É claro que amo – respondeu James, automaticamente, querendo o cereal de volta.
- Eu também te amo. – prosseguiu a morena. – Então, se nós respectivamente nos amamos, para que esperar mais?
James olhou para ela de olhos arregalados. Ele tinha entendido direito?
- V-você que-quer t-t-transar? – gaguejou, nervoso.
- Sim. Você quer?
James tremeu. A idéia de fazer sexo com Lily era muito diferente da idéia de fazer sexo com Ashley. A namorada o deixava muito nervoso, talvez pelo fato de ele realmente gostar dela, enquanto a ruiva simplesmente o deixava à vontade dentro dos conformes.
Ashley olhava para ele ansiosamente. James não queria decepcioná-la. Não seja covarde, disse a si mesmo.
- Sim. – respondeu firmemente. – Eu quero.
Tomando a iniciativa, James Potter pegou a namorada no colo e, beijando-a, foi com ela até o quarto.
O que poderia dar errado, afinal? Ele já havia feito aquilo três vezes com Lily. Era só repetir com Ashley.
O>O
Leona Lewis se sentou em um café qualquer de uma rua qualquer. O local oferecia variedades bizarras da bebida, então ela decidiu não se arriscar, pedindo um simples capuccino.
O garçom até tentou lhe passar seu telefone, mas ela recusou delicadamente. Além de não ter interesse algum no rapaz, considerava-se comprometida.
Ao sair do local, pegou o celular e ligou para Katherine.
O>O
A campainha do apartamento de Lily e Marlene tocou brevemente. Lily, que estava na cozinha, concentrada em fazer musse de maracujá, saiu de trás do balcão e foi atender a porta aos pulos, sem nem sequer olhar para ver quem era.
- Oi, Lily.
- Oi, Sirius. – cumprimentou Lily, alegremente. – Entre. – convidou.
A ruiva estendeu a mão para pegar o casaco de Sirius, jogando-o em cima do sofá de qualquer jeito. Sirius preferiu não comentar.
- A Lene está? – perguntou, colocando as mãos nos bolsos.
Lily colocou o musse na geladeira e se virou para o moreno.
- Ela está no escritório. – disse. - Desenhando. – acrescentou quando Sirius começou a se dirigir ao escritório. - Eu se fosse você esperava ela acabar. Marlene não gosta muito de ser interrompida.
Levando em conta o aviso da mulher, Sirius se sentou, apoiando os cotovelos na bancada.
- Você vai me servir um pouco de musse? – perguntou, puxando conversa.
- Só depois do almoço. – respondeu Lily, como se explicasse para uma criança de cinco anos que não se pode comer a sobremesa antes da comida.
- Eu não sou criança, Lily.
- É sim.
- Não sou.
- É sim.
- Não sou.
Lily encarou o moreno, sentando à sua frente.
- Então, o que você é? – perguntou.
- Eu sou quase e praticamente um adulto. – respondeu com convicção.
A ruiva riu alto.
- Sabe, ser adulto implica em ter, no mínimo, responsabilidade e carteira de motorista.
- Hey! – indignou-se Sirius. – Eu tenho responsabilidade.
- E foi por isso que desmaiou de bêbado no colo da Marlene no Aspinnal’s. – retrucou Lily, com um sorriso maroto.
Discutir esse tipo de assunto com uma mulher 9 anos mais velha que ele era pedir para ser esculachado. Mas Sirius não podia evitar, afinal, conversar com Lily – e até com Marlene – era extremamente prazeroso, até porque nenhuma delas o tratava como um garoto de 17 anos.
Porém, antes mesmo que Sirius pudesse formular uma resposta aceitável, a campainha do apartamento tocou, distraindo-o e fazendo Lily se levantar para abrir a porta.
Seja lá quem fosse, entrou sem esperar que fosse convidado, o que fez o moreno chegar á conclusão de que devia ser alguém conhecido. Ou um assaltante. Mas qual seria o sentido de tocar a campainha, então?
Uma loira maravilhosa (na visão de Sirius) entrou porta adentro, batendo a mesma atrás de si e arrastando Leona... Espere ai! Arrastando Leona?!
- Oi, Kate! – disse Lily, parecendo animadíssima. Ela abraçou a amiga.
- Oi, Lil’s – respondeu Kate, retribuindo ao abraço. Elas pareciam ser muito próximas, concluiu Sirius. – Essa é Leona Lewis. – apresentou Kate, quando soltou Lily.
Lily olhou para Leona Lewis com um olhar analítico, percebendo que a moreninha trocava um olhar assustado com Sirius.
- Ahn... – fez a ruiva. – Oi, Leona!
Leona pareceu despertar e olhou confusa para Lily, que lhe estendia a mão amigavelmente.
- Oi. – disse Leona, apertando a mão de Lily.
- Lê, essa é a Lily Evans, minha amiga. – apresentou Katherine.
As duas trocaram um sorriso amistoso. Lily estava prestes a apresentar Sirius para ambas as amigas – que lançavam um olhar duvidoso na direção dele -, quando Sirius exclamou, parecendo assustado:
- Leona?!
- Sirius?! – disse Leona, sem saber o que fazer.
- O que está fazendo aqui?! – perguntaram juntos.
Antes que mais alguém pudesse dizer mais alguma coisa, Marlene McKinnon entrou na sala, batendo o pé, visivelmente irritada.
- Mas o que está acontecendo aqui?! – perguntou ela.
Todos na sala se encolheram, até Leona, que ainda não conhecia Marlene.
- Uma reunião de negócios. – respondeu Lily, prontamente, sem se deixar abalar, se sentando na bancada e acendendo um cigarro.
Marlene fez cara de incredulidade.
- Uma o que? – perguntou.
- Você ouviu bem, não preciso repetir – retrucou Lily, soprando a fumaça do cigarro para o alto.
Katherine revirou os olhos, recuperada do susto. Sirius e Leona ainda estavam em choque para ter alguma reação.
- Lily, diga a verdade, vai...
Lily olhou para Kate.
- Você quer a verdade? Então tá – disse, se referindo à Katherine. – Eu não convidei ninguém, e eles não me avisaram que estavam vindo. É um bando de sem-educação que invadiram nosso apartamento com o pretexto de atrapalhar nosso trabalho e bisbilhotar nossa vida. – falou, se dirigindo à Marlene.
Silencio morno.
Leona descongelou.
- Sirius, o que você ‘tá fazendo aqui? – perguntou a moreninha.
Marlene pareceu se tocar que Sirius estava ali e, antes que este pudesse responder, ela o abraçou com carinho. Lily levantou a sobrancelha. Leona não estava entendendo nada.
- Sirius, o que você está fazendo aqui? – Marlene repetiu a pergunta de Leona, só que com muito mais carinho.
- Eu vim te ver – respondeu o garoto, roubando um selinho dela. – Mas a Lily disse que você estava trabalhando e eu não quis atrapalhar.
Lily se pronunciou:
- Hey! Você teria atrapalhado ela se eu não tivesse te impedido!
- Lene, eu não sabia que você estava atracada – comentou Kate, rindo.
- O Sirius é namorado dela?! – perguntou Leona.
Todos olharam para ela, que se encolheu levemente.
- Ahn... – fez Katherine. – Lê, essa é a Marlene McKinnon, minha amiga, ela divide apartamento com a Lily. – disse, quebrando o gelo. – Lene, essa é a Leona Lewis.
Marlene trocou um aperto de mãos com Leona.
- Oi, Leona.
- Oi – disse Leona. – Agora sei o que você veio fazer aqui, Sirius. – acrescentou, fazendo o garoto rir e Marlene corar.
Sirius passou o braço pela cintura de Marlene.
- E você? O que faz aqui, Leona? – perguntou.
Katherine não esperava que Leona fosse encontrar algum conhecido no apartamento das amigas, por isso não sabia exatamente o que fazer. A verdade seria dizer que ela e Leona estavam juntas em alguma coisa firme, mas longe de ser namoro. Amizade colorida, talvez. Mas não sabia se a moreninha iria querer que seu amigo soubesse disso.
Estava pronta para afirmar que eram apenas amigas, quando Leona passou o braço pela cintura de Katherine e disse:
- O mesmo que você.
Os olhos de Sirius se arregalaram brevemente, mas o garoto riu.
- Quer dizer que você deu um fora no Remus?
- Bem... é.
- Pobre Aluado.
Silencio morno novamente.
- Puxa vida, Kate, não achava que um dia fosse ter ciúmes de você. – comentou Lily, fazendo a loira rir.
- Fique tranqüila, Lil’s. Você ainda é minha favorita. – brincou, fazendo Leona fechar a cara.
Lily jogou a fumaça do cigarro para o alto mais uma vez.
- Pode até ser, mas acho que estou com a vela hoje.
- Sempre achei que você tivesse vocação para segurar vela. – disse Sirius. Todos riram, inclusive Lily.
Katherine mudou de assunto:
- Poxa, Lene, não acredito que não me contou sobre o Sirius.
- Ah, você perdeu. Eu disse à ela que era para ir atrás dele e ela foi! – riu-se Lily. – E usou minha banheira ainda.
Marlene corou fortemente, Sirius se perguntou como Lily sabia disso. Katherine riu alto, sendo acompanhada por Lily. Leona tentou segurar a risada, por respeito ao amigo.
- Nós já fizemos isso, Lily... – comentou Kate, ainda rindo.
- É, eu sei...
- Evitem esse assunto na minha frente – pediu Leona, um tanto irritada.
Katherine afagou a mão da moreninha e Lily sorriu para ela.
- Não ligue, Lê. Somos assim mesmo. – confortou-a Kate.
- É, simplesmente não ligue. – reforçou Lily. - Não sou como uma ex-namorada que fica correndo atrás da Katherine, ‘tá?
Leona balançou a cabeça afirmativamente, e Kate puxou-a para que se sentassem na bancada.
Marlene, recuperada, finalmente percebeu que Lily estava com um cigarro. Sem hesitar, ela agarrou o cigarro e jogou-o pela janela.
- Hey! – reclamou Lily.
- Quantas vezes eu vou ter que repetir? Não fume na minha cozinha!
O resto tarde passou com muitas risadas e uma garrafa de whisky que Marlene pegou do armário.
O>O
N/A: oi, pessoal!! Aqui está mais um capitulo. Agradei??
O capitulo não está revisado, portanto se tiver algum errinho, me avisem.
Obrigado à quem comentou e quem não comentou, comente!!
Beijos,
Thomas Cale.
Comentários (4)
Ahhhhhhhhhhhhhhh eu ameiii *-* tipo ri muitdo do capitulo, gostei da Reunião deles, "Reunião" sempre me lembra um livro da serie A mediadora kkk - nem sei porque tô falando/escrevendo isso - mas lembro mesmo é um dos livros que mais amo da serie e tal....Bem o capitulo foi ótimo, Sirius não ligou para isso porque é um fofo e a Leona também *--------------------------------*bjoos!
2012-10-31Heiii que demoraaaquero capitulo!
2012-03-02Remus um grossoJames um galinha (transar com a namorada pensando na Lily nao e justo)Sirius e Lene uns fofosLeona e Katarine... duas loucasEnfim... personagens perfeitos em um capitulo perfeito*-*
2012-02-03Ficou ótimo... tenho pena do remus.Posta mais e faça alguém(eu) feliz!
2012-02-02